Memórias Póstumas escrita por dona-isa


Capítulo 11
Pequeno notável




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- Antes que eu vá para o hotel, preciso de um favor, quero que você pesquise em todos os cursos e colégios primários, por Soichiro Matsuda.
- Soichiro Matsuda?
Near coçou a cabeça.
- Sim, é filho de Tota Matsuda, com Sayu Yagami, que agora é Matsuda, ou seja, sobrinho de Raito Yagami.
- Como o mundo é pequeno, não é? - Gevanni sorriu.
- Sim, muito.
- Você acredita que ele possa ser o novo Kira?
- Nada se pode duvidar de um sobrinho de Raito Yagami, ainda mais quando aparentemente ele parece ter herdado a inteligência do tio.
- Isso é preocupante.
- Sim.
- Quantos anos ele tem?
- 7.
- O que?, Near, ele é apenas uma criança!
Near somente abanou a cabeça.
- Não o subestime, Gevanni, somente faça o que eu pedi.
***
- O quarto está de seu agrado senhor? - o carregador perguntou a Near, o entregando as chaves da quarto do hotel.
- Sim, está, muito obrigado - Near lhe entregou uma cortesia generosa, tirando um arfar do homem, que saiu do quarto sorridente.
"Quarto com hidromassagem!" a imagem irritante, murmurou, sentando de cócoras em cima da cama de Near.
- É só uma suíte.
"Não centralize suas suspeitas somente no sobrinho de Yagami, se fizer isso você estará sendo infantil e imaturo"
- É, eu sei, eu devo admitir que internamente o que eu estou querendo mesmo é conhecer esse garoto.
"Não deixe sua curiosidade acabar com tudo..."
- O que você quer dizer com isso?
L apenas sorriu.
"Você vai saber
- É tão bom quando ele some assim de repente! - Near resmungou pra si mesmo, olhando para as paredes e uma cama vazia.

O telefone do quarto tocou estridente, obrigando Near a ir atender.
- Alô?
- Near, é o Gevanni, eu pesquisei, e só há uma inscrição de Soichiro Matsuda, em um curso de esgrima na Florida.
- Florida?
- Sim.
- Um ótimo lugar pra se descansar não é?
- Na verdade é um lugar muito bom, e a escola é uma das melhores.
Near hesitou por um momento.
- Eu preciso acompanhar isso de perto.
- Está pensando em ir pra lá?
- Eu acho que sim, vai ser necessário, se quiser, não é preciso me acompanhar.
- Está tudo bem pra mim se quiser que eu te acompanhe.
- Eu vou ter que pegar mais um avião?
- Eu creio que sim.
- Ahh Droga...
Gevanni sorriu abafado do outro lado da linha.
- É, eu vou pegar o primeiro vôo pra Florida.
- Mas você acabou de chegar.
- Isso é o de menos, outro dia eu visito melhor Nova Yorque.
Gevanni sorriu novamente, o ar entediado de Near as vezes era cômico.
- Tudo bem, eu posso agendar um novo vôo.
- Obrigado Gevanni.

- Ahhh - Near murmurou logo depois de desligar o telefone e cair em cima da cama, de costas.
"Tudo isso está acabando comigo, mas eu não sei se devo ter a audácia de tirar uma soneca, há muita coisa pra se fazer"
Near então se revirou na cama, e se aproximou da janela grande que havia em seu quarto, admirando o que havia por fora dela, o próprio reflexo indicava preocupação, a vista era absurdamente impecável, já que ele estava hospedado em um dos melhores hotéis de Nova Yorque, e se localizava exatamente no centro da cidade.
- Florida... - Near murmurou, se virando para uma mobilia, onde havia um jornal, ele o pegou em mãos e o folheou.
"Mark Phillip, estuprador e assassino é morto por ataque cardíaco"
"Adoração de novo herói americano, que condena criminosos"
"Killer existe? Que é ele?"
- Killer? - Near murmurou consigo mesmo - Então este usa a forma americanizada de Kira, eu não posso ir pra Florida antes de fazer uma coisa.

Centro de Nova Yorque, em uma transmissão local e abrangente, todas as TV's e telões em toda parte transmitiam a mesma mensagem.
"Aqui é o L..."
Todas as pessoas nas ruas param alarmadas, atentas e envolvidas no que dizia a mensagem que lhes estava sendo transmitida.
"Quero deixar oficial, de que eu não irei lutar contra Kira, ou melhor dizendo, Killer, eu não creio que seja algo com que se deva preocupar, e se for, quero deixar bem claro que não irei me envolver nisso, a policia americana e o FBI estão livres para administrar o caso sozinhos, obrigado"
Silêncio.
Depois de alguns minutos, ouvia se uma algazarra de comentários, balbúrdia e muita discussão.
- Droga Near! - Gevanni entrou pela porta do quarto de hotel de Near, seguido por Halle e Anthony.
- O que você está pensando que está fazendo? - Halle perguntou enfurecida.
- Você vai perder toda a credibilidade com a polícia americana e o FBI, e nós perderemos nosso empregos!

Near sorriu, sentado numa cadeira num canto escuro do quarto, um pé em cima dela, e os dedos enrolando perspicazmente mecha por mecha do cabelo alvo.
- Você não vai dizer nada? - Halle se aproximou apavorada, puxando a cadeira de Near.
- Você acha que eu saí do meu escritório no Japão, passei um sufoco no avião pra chegar até aqui a toa? - Near murmurou entredentes, vendo a audácia da agente em puxar sua cadeira.
Todos eles suspiraram aliviados.
- Mas por que você fez aquilo então?
Near sorriu, e se levantou, colocando as mãos no bolso.
- Eu diria que somente um covarde faz o possível pra pegar alguém de guarda baixa, e então eu devo admitir... eu sou um covarde.
- O que? - Gevanni exalou surpreso - O que você quer dizer com isso?
- Quero dizer, que sabendo que L, está fora da investigação, Kira/Killer, ficará de guarda baixa, o que será melhor oportunidade pra investigá-lo.
- Mas isso não está certo, teremos que avisar a policia e ...
- Deixe a policia fora disso! - Near interrompeu Anthony com o dedo indicador erguido.
- Mas... - ele olhou para os outros agentes e depois relaxou - Tudo bem, eu confiarei em você.
Near sorriu, o olhando de lado.
- Muito obrigado, eu sabia que iria colaborar, mas continuando, amanhã irei para Florida, mas preciso que vocês continuem aqui, eu irei por que a raíz das minhas suspeitas pode estar lá, mas não quer dizer que Nova Yorque esteja fora de questão, por isso preciso que continuem aqui.
- Como quiser - todos falaram em uníssono.
***
Em algum lugar, em um quarto escuro uma risada mortal corta a escuridão do ambiente.
- Parece que o L, não é assim tão poderoso, não é? Ou então ele só esteja se fazendo de bobo. - Uma voz quebra o silêncio de repente, dizendo entre risos.
"As coisas parecem começar a ficar mais divertidas" risos.


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