Naquele Tempo escrita por A-Aghata


Capítulo 1
Capítulo 1




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No reino Hyuuga, uma garotinha de oito anos conversava com seu avô sobre historias de aventura, romance e drama, historias com Dragões e guerreiros lendários que resgatavam princesas em perigo e depois se casavam com ela para logo terem o tão desejado “Felizes Para Sempre”, mas as historias logo foram substituídas por lendas, e essas lendas logo tomaram um caminho que o avô tanto queria... A lenda que nasceu junto com o rei, e que tomaria um rumo que a menina menos esperava, que ela nem imaginava, uma lenda antiga que atravessou os séculos atrás do escolhido que libertaria o povo das mãos do suposto Deus entre os homens.

 

-É uma lenda antiga, uma lenda que atravessou os séculos e mesmo assim poucos conhecem, por que nem todos que a escutaram deram importância achando que era loucura a possibilidade de nascer alguém mais forte que o Rei, alguém que o destronaria com o maior exercito já visto ou imaginado... – o avô atiçava a curiosidade da menina

-Conta logo vovô! – a menina estava eufórica quase pulando de tanta curiosidade

-Tudo bem! – suspirou para logo em seguida começar - A um tempo atrás nasceu um menino de origem pobre, porem muito ambicioso, fazia planos de entrar para o exercito e se tornar um guerreiro exemplar reconhecido pelo próprio Rei, que naquela época era um Rei bondoso, e assim que se tornasse braço direito do Rei, pretendia que ele lhe nomeasse seu sucessor, pois o Rei não tinha filhos e o garoto contava que o Rei lhe considerasse a esse ponto. Mas seus planos para depois que se tornasse Rei não eram bons, nada bons... Ele queria ser o Rei dos Reis... Ou melhor, um Deus entre os homens...

-Mas isso é ruim não é, vovô? – a menina perguntou eufórica

-Muito querida, muito ruim... – respirou para logo depois recomeçar a historia – O garoto cresceu, mas ninguém contava que ele conseguisse seu objetivo. Quando ele completou dezoito anos saiu atrás de seu sonho. Juntou um grupo de doze pessoas contando com ele: Pain, Konan, Deidara, Sasori, Hidan, Kakuso, Tobi, Itachi, Karin, Suigetsu, Juulgo e o garoto. O garoto formou uma organização chamada Akatsuki, a organização tinha os mais variados tipos de kekeguenkais, os mais raros e temidos... – o senhor parou novamente para observar a menina que escutava tudo atentamente

-E o que aconteceu depois vovô? – a menina não conseguia conter a curiosidade

-Ele conquistou seu objetivo de um jeito diferente... – o senhor falava se lembrando dos detalhes para não deixar passar nada – Ele não conseguiu entrar para o exercito, apesar de seu kekeguenkai ser um dos melhores, ele não foi aceito. Por esse fato ele juntou a organização chamada Akatsuki, que hoje forma sua guarda particular. Começou rendendo pequenas vilas, e por fim, quando tinha um pequeno exercito, atacou o primeiro Reino, onde fica seu castelo, o lugar onde ele fica... – pode ver que a menina entendeu de quem se tratava

-É o Rei de Otokagure, não é vovô? – seus olhos mostravam a curiosidade que a menina tinha

-Ele mesmo querida... Ele mesmo... – suspirou para continuar em seguida – Mas pouco tempo depois que ele dominou o Ocidente, uma lenda nasceu... A lenda da Kyuubi... O único ser capaz de derrotar o Rei e destroná-lo... – olhou através da janela e pode ver que a lua brilhava forte

-O que é essa Kyuubi? – a menina novamente não conteve sua curiosidade

-Um Bijuu! – voltou seu olhar para a menina – O único Bijuu capaz de vencer o Rei...

-Mas o Rei também é portador de um Bijuu, não é?

-Sim – respondeu a pergunta da menina – Ele é portador da Serpente! – suspirou – Existem cinco tipos de Bijuu: a Serpente, que é a do Rei; o Sapo, que é do Sannin escolhido para treinar aquele que destronará o Rei; a Lesma, que é da Rainha Haruno; o Águia, que é do Rei Uchiha; e a Kyuubi, que é o mais forte Biju já existente...

-Mas o que diz a profecia vovô? – viu o senhor voltar a encarar a lua, algo nela estava diferente hoje, mas o senhor não sabia dizer o que era

-Aquele cuja Kyuubi escolheu para portá-la é o único capaz de derrotar o temido e denominado Deus entre os homens, e ele, o portador do lendário Bijuu, irá retomar o trono que é seu por direito, o trono que um dia foi roubado pelo homem que jamais deveria um dia ter ganhado tamanho poder! – pode-se perceber um sorriso através da grande barba do velho senhor, até por que ele sabia que esse dia se aproximava com tamanha velocidade que não era preciso esperar tanto para ver o grande acontecimento que atravessaria os séculos e as nações existentes no mundo

-E quem seria o portador da Kyuubi? – a garota dos olhos perolados se atreveu a perguntar, pois sua curiosidade era muita para conte-la

-Isso ninguém sabe... – se levantou – Ele pode nascer hoje ou daqui a cinqüenta anos... – foi até a janela ainda sob o olhar atento da menina – Mas ao que tudo indica, ou ele já nasceu, ou não vai demorar muito para acontecer... – seu sorriso aumentou

-Mas como o senhor pode saber vovô? – seus olhos atentos encontraram os olhos brilhantes do senhor

-Dizem que a lenda se tornaria verdade quando o Rei fosse atrás de uma nova rainha, uma rainha forte o suficiente para ocupar o trono ao seu lado... Quando isso acontecer, a Kyuubi aparecerá, pois a mulher que o Rei procura foi prometida ao portador da Kyuubi desde o inicio dos tempos... – se levantou – E ao que tudo indica o Rei já começou sua busca... – encarou a neta

-Mas como o Rei pode ter uma historia tão longa? – a curiosidade da menina era incontrolável

-Quando ele dominou o Ocidente, usou um jutsu capaz de proporcionar à aquele que o fizesse a juventude eterna... – viu os olhos da menina brilharem – Mas não se afobe querida! O jutsu é proibido! – o brilho dos olhos da menina se apagou

-Mas o Rei fez... – choramingou

-Só fez por que se tornou Rei! – cortou a neta com um pequeno sorriso

-Então se eu me tornar Rainha, eu vou poder fazer esse jutsu? – perguntou sorrindo abertamente

-Claro que não! – viu a menina fazer um bico – A não ser que se case com o Rei de Otokagure... – sugeriu segurando o riso

-Claro que não! – a menina deu um pulo na cama – Nem obrigada! – cruzou os braços virando o rosto em sinal de resistência

-Então acho melhor você esquecer esse jutsu, por que não vai poder usá-lo tão cedo! – o avô da menina foi até a porta e a abriu

-Vovô? – a garota o chamou de novo – Mas... – o senhor tornou a cortá-la

-Nada de “mas”, mocinha! – passou pela porta – Você precisa dormir... Se seu pai sonhar que você ainda está acordada, ele me esgana! – deu um sorriso que a menina acompanhou – Agora durma! – falou apagando a luz e fechando a porta

 

 

                                                      ~x~X~x~

 

                                                   8 anos depois...

 

  Um senhor passou apressadamente pela porta sob os olhares atentos das empregadas que desconheciam a reação do patrão. Os olhos do homem varreram o lugar atrás das filhas, que por sinal não estavam em lugar nenhum, e isso o desesperou. Saiu em disparate pela porta dos fundos, na esperança de encontrá-las na varanda da casa, como sempre faziam, e lá estavam elas. Rindo e brincando como sempre. Hinata e Hanabi.

  O alivio que Hiashi sentiu foi instantâneo. Voltou para dentro e pediu que uma empregada as avisasse que ele as esperava, e logo depois se dirigiu ao seu escritório para esperar as meninas.

  Não demorou muito para entrarem, ainda rindo e brincando, mas quando perceberam o olhar do pai se calaram. Devia ser sério... Muito sério...

 

-O que houve papai? – Hanabi se atreveu a quebrar o silencio incomodo que pairava no lugar

-Uma coisa grave! – suspirou encarando as meninas, Hinata já devia ter dezesseis anos, e Hanabi ainda tinha oito – O Rei de Otokagure escolheu sua noiva! – baixou seu olhar para a mesa

-E quem é a “sortuda”? – Hinata riu enquanto fazia sinal de aspas com as mãos, até por que realmente não devia ser legal se casar com o Rei de Otokagure... Não com aquele Rei... Não com aquele monstro...

-Você! – encarou Hinata que parou de rir no mesmo momento

-O que? – ela e Hanabi perguntaram como se não tivessem escutado direito

-O Rei de Otokagure a escolheu como noiva, Hinata! – Hiashi mantinha seu olhar fixo na menina – Preciso que você fuja com Hanabi para o mais longe que conseguirem, antes que os homens do Rei cheguem...

-Mas como vamos fugir sem nada? – Hinata o interrompeu

-Não se preocupem! – o homem abriu uma das gavetas e tirou um maço de dinheiro – Isso deve durar algum tempo! – jogou para Hinata

-Mas papai... – Hanabi tentou se manifestar

-Mais nada! – se levantou – Os homens do Rei já devem estar por perto... Preciso que vocês vão agora! – foi em direção as meninas e as guiou pelos corredores da mansão até a biblioteca – Deve ser por aqui... – Hiashi murmurava enquanto tentava achar algo – Aqui! – seus olhos brilharam ao encontrar a passagem, mas era um brilho triste – Vão logo! – apontou a passagem – É só seguir esse corredor até chegarem à uma bifurcação, peguem a esquerda e saíram na floresta à uns dois quilômetros daqui, sigam para o Leste até avistarem uma pequena aldeia, peça para falar com Jiraya, não se esqueça, Jiraya, diga que Hiashi as enviou! – deixou que as meninas passassem

-Você não vem pai? – Hinata perguntou percebendo que ele não se movera

-Alguém terá que despistá-los! – sorriu, mas o sorriso não chegava aos seus olhos e a garota percebeu o que significava

-Antes de eu ir, pai, me prometa uma coisa... – pediu e assim que Hiashi assentiu ela continuou – Me prometa que nos veremos de novo! Nem que seja uma ultima vez... – ela pedia com os olhos cheios de lagrimas

-Isso, querida, vai ser o destino quem vai decidir... – murmurou para em seguida fechar a passagem

 

  Hinata corria com Hanabi logo atrás, em sua cabeça vários pensamentos e lembranças tomavam conta e não a deixavam prestar atenção no caminho. Enquanto corriam podiam escutar os gritos vindos da casa, o aperto no peito era inevitável e doloroso. Lagrimas desciam pelo rosto da menina e da irmã. Ao fim dos gritos o desespero aumentou, logo iriam atrás delas, e com certeza não iria demorar. Aumentaram a velocidade ao ponto de correr feito loucas pelos corredores.

  Ao chegarem na bifurcação mencionada pelo pai, Hinata logo pegou o caminho que Hiashi havia mencionado e não demorou muito para chegarem ao fim do corredor. Havia uma escada e logo a cima um pedaço de madeira, provavelmente, a saída do túnel. Quando saíram recolocaram o pedaço de madeira na saída e a prenderam com a maior pedra que conseguiram agüentar, Certamente não os impediria, mas com certeza os atrasaria e isso já seria alguma coisa.

  Enquanto corriam na direção que Hiashi havia indicado, puderam ver fumaça ao longe... A casa, com certeza, estava pegando fogo... “Monstros! Ignorantes! Insensíveis!” Hinata pensava com lagrima escorrendo pelo rosto, sabia que eles queimariam a casa, só não sabia se seria com as pessoas lá dentro ou não.

  Enquanto corriam puderam avistar a pequena aldeia, finalmente estavam a salvo... Pelo menos por enquanto...  Agora era só encontrar Jiraya, o que certamente seria fácil... Ou, assim elas pensavam...

 

 


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