Broken Mask escrita por PaperMoon


Capítulo 7
Seventh Stanging - Kaito


Notas iniciais do capítulo

"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz."
Sigmund Freud



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A aparição do albino fez com que toda a sua fúria sumisse, como uma bolha de sabão estourada. Mas ao invés de se mexer, simplesmente ficou ali parado em meio a uma briga quase começada, sem saber o que fazer, apenas encarando o albino, com um turbilhão de sentimentos passando por sua mente.

 Viu um ruivo se destacar do grupo que o encarava e correr para ele, sentiu que era puxado, mas não teve reação nenhuma e apenas quando já se via longe da multidão, longe de todos é que retomou a consciência do que estava acontecendo. Virou-se e caminhou pesadamente no sentido contrário ao que o ruivo o levava. Gevanni merecia uma boa surra pela provocação e Mello não estava com nem um pingo de vontade de ficar devendo-lhe isso, tinha que descontar sua fúria e frustação nele, precisava disso.

 – Ondo você está indo? – Matt perguntou assustado, tentando puxar o loiro de volta.

 – Vou voltar lá e dar uma boa surra naquele moreno metido a... – Mello respondeu, mal prestando atenção ao ruivo.

 – Não! Você não pode, Mello. – o amigo gritou, postando-se no meio do caminho de Mello, com os braços estendidos para evitar-lhe a passagem.

 – Ah, posso sim. Não só posso como vou. – o loiro respondeu, mal prestando atenção nas palavras do ruivo, apenas concentrado em passar por ele e voltar para o amontoado de pessoas que ainda se encontravam mais adiante, sabendo que Gevanni estaria entre eles.

  Matt estava prestes a jogar-se em cima do loiro para fazê-lo parar quando percebeu que o chocólatra ficara subitamente quieto demais. Afastou-se dois passos e percebeu que ele estava totalmente imóvel, fitando algum ponto às costas do ruivo. Ele, então, virou-se e pôde ver o que assombrara seu amigo: um pequeno albino, com uma morena ao seu lado, ambos haviam saltado da multidão e corriam desabalados em direção dos dois.

 – Mello! – o pequeno exclamou ofegante, finalmente tendo-os alcançado – Você está bem? – perguntou em seguida, corando um pouco.

 – Como se você se importasse. – Mello respondeu, insensível, repondo sua máscara e fingindo não se importar. Prevenção que foi totalmente por água à baixo quando viu a decepção e tristeza no rosto do albino ao ouvir suas palavras agressivas.

 Mello se empenhava em dizer algo que tranquilizasse o albino, que demonstrasse seus sentimentos e que resolvesse tudo entre os dois, mas as palavras saiam avulsas, sem sentido:

 – Near, eu... É que... – começou, mas então viu um certo moreno se dirigindo a eles, o que fez saltar em seu peito uma nova fúria – Gevanni!!! – gritou, já correndo para este, esquecendo-se completamente das pessoas que assistiam e que estava prestes a bater em um membro do conselho da escola.

 Por sorte, Matt foi mais rápido, agarrou o loiro pela cintura e, sem esperar por nenhuma resistência, arrastou-o pelos corredores, em direção aos dormitórios. Chegou ao quarto do Mello e jogou-o porta à dentro, parando em frente à porta, decidido a não deixa-lo sair por nada. Queria gritar com o amigo, saber por que ele estava agindo como um idiota, se não tinha mais consciência de seus atos, mas quando olhou para ele, as palavras simplesmente se perderam no silêncio do quarto. O loiro era a imagem do desespero.

 Queria consolá-lo e estava com uma das mãos à meio caminho do ombro do loiro quando o momento passou e Mello voltou à sua expressão de uma indiferença sarcástica e furiosa.

“Sempre volta a ser o bom e velho Mell, no final das contas” Matt pensou, suspirando.

 – O que... O que aconteceu? – Near perguntou para Gevanni, o único que restara no lugar, além dele próprio e Linda, que sabia tanto como ele.

 – Esse... esse... imbecil do Mello. Eu estava passando e ele me provocou, depois começou a querer brigar sem motivo nenhum! – o moreno respondeu, visivelmente tentando conter sua raiva, mas ficando cada vez mais vermelho.

 – Não fale assim dele! – Near retrucou, sem conseguir se conter e arrependendo-se no momento em que as palavras saíram, fazendo os olhos de Gevanni saltarem absurdamente – Quero dizer, não acho que ele faria uma coisa dessas. – o albino tratou de dizer, tentando não se comprometer muito.

 – Não acha? – o moreno perguntou, com uma malícia no olhar que Near nunca esperaria ver em uma pessoa tão bondosa como ele aparentava ser – Então você está errado, não é mesmo? – e saiu bufando, na direção oposta à que Mello e Matt tinham ido, deixando o albino ali parado, desconsolado e confuso, tendo por companhia uma morena que não sabia nem o que dizer.

 Mello jogou-se na cama, já puxando uma barra de chocolate de baixo do travesseiro. Vendo que o momento de ira do loiro havia passado, Matt sentou-se na beirada da cama e, tirando o game-boy do bolso, começou a jogar. Ficaram os dois em silêncio por um tempo, cada um concentrado em seu próprio vício, até que Matt resolveu falar:

 – Então, vai me dizer o que foi que ouve?

Silêncio. Mello abriu outra barra.

 – Não é da sua conta. – murmurou, por fim, em meio a uma mordida e outra.

 – Beleza. – o ruivo deu de ombros, fingindo que não se importava, quando na realidade suas dúvidas e preocupações borbulhavam em sua mente.

Gevanni saiu da companhia de Near, frustrado. Por um momento realmente quis que a briga tivesse acontecido, então teria uma desculpa para suspender Mello por um bom tempo da escola. Riu internamente com a imagem que lhe veio à mente: os pais de Mello decepcionados com o mau comportamento do filho e tirando-o da escola para sempre.

 “Foi uma pena, perdi uma grande oportunidade de afastar definitivamente os dois” pensou, suspirando “Mas pelo menos consegui deixá-lo bem irritado.”.

 Muitos dias se passaram e Near ainda não entendia muito bem o que tinha acontecido, Mello não o procurava, muito pelo contrário, sempre o estava evitando, e, quando tentara saber alguma coisa através de Matt, este dissera que sabia tanto quanto o albino.

 Ele tinha a impressão que Gevanni estava sempre por perto, mesmo que não se manifestasse, mas não sabia por que e isso fazia com que uma preocupação se juntasse à tristeza que dominava seu coração, nem mesmo com o clima de festividade da escola, o albino conseguiu se quer se animar um pouco.

 Era festa de comemoração do centenário da escola e figuras importantes que já estudaram lá e se deram muito bem na vida viriam comemorar esse dia tão importante. Vários grupos de estudantes foram escolhidos para ajudar na preparação da festa, que seria dali a alguns dias.

 Near ficara no grupo de enfeites e estava ajudando para deixar o salão principal pronto para a festa. Cortava fitas e enchia balões durante horas até poder voltar se arrastando para seu quarto, muito cansado.

 Foi com alívio que o dia da festa chegou. Todos se vestiram com trajes de gala e se encontraram no salão cedinho. Os últimos detalhes estavam sendo feitos e alguns convidados importantes já estavam presentes.

 Os ex-alunos não paravam de chegar, eram gênios ricos e famosos. Um verdadeiro marem de pessoas elegantes que chegavam e se enturmavam, fazendo a festa.

 – Boa noite, senhoras e senhores. – Raito cumprimentou educadamente, em um pódio.

 No mesmo instante, todos se calaram, Near olhou em volta e viu que prestavam total atenção ao presidente do conselho. Apenas um loiro, que acabara de atravessar o salão ia a sentido contrário à atenção da multidão e não podia deixar de ser notado devido à sua roupa de couro e seu mau-humor aparente.

 – Estamos aqui reunidos hoje – Raito continuou a dizer – para comemorar o aniversário de 100 anos da Wammy’s!

 “Um centenário de dedicação, formando gerações de gênios que saem daqui para mostrar ao mundo seu valor. Mas hoje estamos de volta para relembrar os velhos tempos e dar suporte àqueles que desfrutarão de nosso legado e continuarão a honrar o nome de nossa querida escola!” – ele citou emotivamente, abrindo os braços como que para abranger todos os presentes e foi aplaudido com louvor.

 Raito retirou-se e a banda começou a tocar música clássica. Todos voltaram às suas conversas e quando Near virou-se, trombou com um ruivo sorridente.

 – Que maneiro. Adoro festas! – comentou, observando alguns pares se juntando para dançar no meio do salão.

 O albino concordou com um aceno de cabeça nada animado.

 – Vamos, anime... Uau! – exclamou, com os olhos arregalados, olhando para uma morena que acabar de se juntar ao grupo.

 Linda ruborizou e respondeu com um sorriso tímido. Estava realmente bonita, com os cabelos longos em tranças, um leve vestido lilás e um sapatinho da mesma cor.

 – Vamos comer alguma coisa? – Matt sugeriu, levemente inquieto e os outros dois concordaram.

 Mello não estava com um pingo de vontade de ir à droga de festa nenhuma. Seguiu revoltado para o salão, mas não demorou muito e já estava voltando correndo para seu quarto; surpreendeu-se com a quantidade de pessoas influentes e conhecidas de sua família que vira reunidas num mesmo lugar.

  Quase arrancou a porta do guarda-roupa quando o abriu para arrancar de lá de dentro uma roupa social.

 – Olá, meu querido sucessor, L! – uma voz exclamou, interrompendo o moreno, que aplaudia Raito.

 L virou-se e viu um loiro alto e elegante ao seu lado e logo reconheceu aquele sorriso carismático e o ar de desleixo proposital.

 – Kaito! Há quanto tempo? – L sorriu de volta, surpreso por ver aquele jovem gênio.

 – Algum tempo, meu amigo. E como vai?

 – Muito bem. – L respondeu, tirando uma bala do bolso.

 – É claro que está bem, um gênio com é. E como está seu pequeno irmão, Near? – perguntou Kaito, sempre sorrindo.

 – Vai bem. Continua tímido, mas é muito inteligente e observador.

 – Igual a alguém que eu conheço. – o loiro observou, referindo-se à L e ambos caíram na risada.

 – Ah! Encontrei você. – um moreno se destacou na multidão, encarando L. Mas seu sorriso sumiu e seus olhos se estreitaram ao ver a proximidade entre L a Kaito.

 – Olá, Raito! – o loiro o cumprimento cordialmente.

 – Oi. – o moreno respondeu, seco.

 – O discurso de abertura foi ótimo. – L elogiou o moreno, sorrindo para ele.

 – Obrigada – ele agradeceu, ainda visivelmente irritado.

 – Bom, eu vou indo, meu amigo. Vou ver se encontro mais alguém por aí. – Kaito tratou de retirar-se, percebendo que estava causando um conflito. Deu um abraço em L e acenou para Raito, que respondeu um grunhido e uma careta, depois saiu.

 L ficou olhando o loiro se afastar e sorriu ao vê-lo para em um grupo de ex-estudantes e cumprimenta-los animadamente. “Sempre foi popular, esse K” pensou, enquanto um certo moreno ardia de ciúmes ao seu lado.

 – Raito-kuuun s2! – uma bela loira apareceu por entre a multidão e jogou-se nos braços do moreno, dando-lhe um amoroso abraço.

 – Olá, Misa-Misa – cumprimentou de volta, meio seco.

 Mas Misa não se deixou abalar, soltou o moreno e deu um beijo na bochecha de L.

 – Como estou? – perguntou para Raito, dando uma graciosa pirueta.

  – Linda. – ele respondeu, ainda indiferente e olhando-a de cima a baixo.

  Misa deu um pulinho de alegria no seu salto fino e seu vestido vermelho e preto rodado esvoaçou. L concordou com o moreno, observando que ela usava seu penteado preferido: as chiquinhas.

 Near foi até a mesa de comida. Beliscou uns salgadinhos enquanto o ruivo enchia a boca de comida e Linda se servia de um suco.

  – Igso é mucho boon. – Matt comentou, com a boa cheia de bolo, fazendo Linda repreendê-lo, com vergonha.

 Mas o albino não estava prestando atenção, pensava em um loiro que vinha evitando-o a semanas e seus olhos percorreram o salão, procurando esse ser mal-humorado. Assustou-se quando encontrou-o não muito distante, conversando com um senhor de idade.

 – Near... Near – Matt o chamava.

 – Ah, desculpe. Eu não o ouvi. – o albino murmurou em resposta, ainda concentrado, gerando uma mecha de cabelo entre os dedos.

 O ruivo olhou para onde o amigo estava olhando e exclamou, surpreso:

 – Olha o Mello ali! – apontou para o loiro, sem descrição – Vamos lá. – decidiu bruscamente, segurando Linda pela mão e Near pelo braço e puxando-os consigo. – Olha... o cosplay de Madonna “tá” vestido decentemente hoje. – o ruivo disse para Mello, com um sorriso de malícia.

 O loiro, no entanto, não lhe deu atenção, continuou conversando como se não tivesse sido interrompido. Matt, então, reconheceu aquela expressão e atitude. “Ele vestiu sua máscara” pensou. Como melhor amigo de Mello, o ruivo sabia muito bem o que estava acontecendo: o loiro precisava ser bem visto diante de tantas pessoas importantes e honrar o nome de sua família.

 – Estou indo bem nos estudos. As aulas são interessantes e eu pretendo me inscrever nas atividades de verão e continuar estudando durante as férias. – Mello continuou, concentrando-se em seu companheiro (um famoso dono de uma empresa de tecnologias industriais) e ignorando totalmente os três pares de olhos que o encaravam, incrédulos.

  – Como esperado do herdeiro da família Keehl – o homem respondeu, com um sorriso automático – Bom, agora vou deixá-lo com seus amigos. – disse, dando um tapinha no ombro do loiro e retirando-se.

 – O que diabos... – Mello começou, raivoso, com medo de o homem ter percebido algo; mas amenizou sua fúria e tornou-se vacilante quando seu olhar cruzou com o de Near – vocês estão fazendo aqui?

 – Ah, vamos dançar, Linda. – bufou o ruivo, puxando a menina pela mão, que pareceu levemente satisfeita.

 Mello fulminou o ruivo pelas costas, percebendo qual era a verdadeira intenção do seu amigo: deixa-lo sozinho com Near.

 O pequeno albino parecia chateado e constrangido. Quando pensava em ir embora, Mello segurou-o gentilmente pelo braço olhou-o nos olhos e abriu a boca para dizer algo, mas um outro loiro, mais alto e mais velho, que Near reconhecia vagamente, apareceu interrompendo a conversa e fazendo Mello se afastar.

 – Te encontrei, Near!

 O albino ficou surpreso, mas Mello fechou a cara na hora, deu meia volta e saiu bufando e batendo os pés.

 – Eu interrompi algo? – o loiro perguntou.

 – Ah, não. – Near respondeu, baixando os olhos.

 – Eu estava conversando com um tal de Gevanni, do conselho estudantil. Ele me disse que você estaria aqui na companhia de um loiro mal-encarado. – Kaito olhou em direção para onde o “loiro mal-encarado” tinha ido, com uma expressão que Near logo reconheceu. Ele estava refletindo, o que fez com que o pequeno albino se perguntasse o que mais Gevanni teria dito. – Mas como vai você, Near?

 – B-bem... hum... é...

 – Você se lembra de mim, não é? – o loiro perguntou e, ao ver a expressão de confusão do albino, acrescentou, sorrindo: - Sou Kaito, antecessor e amigo de L.

 – Ah... – Near retribuiu o sorriso.

 – Como vão os estudos?

 – Vão bem. Eu gosto daqui. – ele respondeu, tímido.

 – Continua sendo um pequeno gênio. – Kaito disse orgulhoso, bagunçando os brancos do albino com um cafuné. – Mas você não gostava mais da sua antiga escola?

 Near arregalou os olhos. Não esperava pela pergunta, não estava pronto para assumir sua cara de tédio e das uma resposta insensível, nem estava preparado para bloquear as  lembranças que a menção da  sua antiga  escola lhe causava.

 Lembrou-se dos tempos felizes dele e de Mello, quando eram apenas os dois contra o mundo, quando eles não tinham com o que se preocupar, não tinham que fingir e nem tinham o peso da culpa sobre seus ombros.

 – Conseguiu se adaptar aqui? – o loiro reformulou a pergunta. E quando Near saiu do seu torpor notou que ele devia ter percebido algo.

 – Sim... Eu... – Near começou, de repente não conseguia mentir, mas nem precisou, pois Matt chegou bem à tempo.

 – Near! Eu vi o Mello lá fora e... Olá. – disse, vendo que o loiro os observava.

 – Oi. – Kaito respondeu – Near, eu vou dar uma volta. Até logo. – e sorriu daquele jeito carismático e característico.

 E o albino ficou ali, ao lado do ruivo que nada entendia e sem saber se ficava feliz por ter reencontrado Kaito, ou infeliz pelas lembranças que ele trouxera consigo.

Tem alguma coisa errada... Gevanni não tinha dito nada concreto, apenas que aqueles dois estavam sempre pelos cantos e parecia que brigavam. Mas tem algo mais entre os dois... um rancor, talvez?

 Saiu caminhando rápido pelo jardim e não foi difícil encontrar um loiro mal-humorado de roupa social. Andou até ele, hesitando um pouco quando viu-o chutar um montinho de terra, mas prosseguiu.

 – Olá, meu nome é Kaito.

 Mello encarou-o com rancor e estava fervilhando de vontade de dar-lhe uma resposta nada educada, mas mudou de idéia quando o loiro acrescentou: “Sou o antecessor de L.”, com isso, decidiu repor sua máscara.

 – Prazer. Meu nome é Mello Keehl. – e estendeu a mão para ele.

 – Sabe, eu acho que vocês estudantes têm muito que aprender conosco, que já passamos por essa fase.

 Mello acompanhava os passos de Kaito, balançando a cabeça para cada palavra, concordando, mas no fundo queria era sair logo dali.

 – Tudo na vida, Mello, nós só conseguimos se arriscarmos. Sem máscaras, sem fingimento, sem negar o próprio passado.

 Kaito viu o loiro arregalar-se ao ouvir sobre o passado e riu internamente. L era bom em analisar fatos, mas K sempre fora o melhor em analisar as pessoas e suas emoções e reações, assim, sempre sabia quando estavam mentindo para ele ou escondendo algo, como era o caso de Mello e Near.

 – O passado é tão importante por que é dele que nós tiramos nosso conhecimento, entende? – Kaito olhou para o outro de rabo de olho e viu que ele voltara a concordar, sem nenhuma emoção – Eu, por exemplo, adoro meu passado, gostaria de voltar no tempo e vive-lo novamente, talvez até mudar algumas coisas que fiz, mas não é certo pensar assim. Nós devemos pegar as experiências do passado e arriscarmos tudo para fazer o nosso futuro ainda melhor.

 O loiro falante parou, olhou fundo nos olhos de Mello e disse, com a mão em seu ombro:

 – Por isso, Mello. Se você tiver algo que queria que aconteça, não hesite, não tenha medo, fale tudo que precisar, faça tudo que tem que fazer por que só assim você viverá bem com alguém... e com você mesmo.

 Terminou dando uma piscadela e saiu andando sem se despedir, deixando o loiro ali parado, suas palavras ecoando nos ouvidos dele e com uma mistura de medo e confusão no peito.


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Notas finais do capítulo

Everybody dance now! o/ /o/ o -o-
Minna, Sharon e Diana: Desculpa pela demora.
Fim de ano, época de provas, todo mundo ocupado com alguma coisa. Vamos tentar postar mais rápido nas férias.
Minna: Na verdade, o capitulo estava pronto a algum tempo... Mas estamos tão cheias de coisas para fazer que não conseguimos postar.
Minna, Sharon e Diana:Boa leitura, esperamos que gostem.
Jaaaa ne o/