Em um belo lugar me encontrava, andando via vultos, vultos que deveriam me assustar, mas não, sabia que era um possível amigo. Árvores enormes que as montanhas cobriam, grama, pedras e galhos me cercavam no meio de tantas belezas naturais, deitada, observava as estrelas. Mas nem sempre tudo é realidade.

_Bruna, filha, - minha mãe me balançava levemente - seu namorado esta ai.

Me troquei, prendi meu cabelo e desci as escadas para falar com ele. Encontrei-o escondendo flores, margaridas, para ser mais exata.

_Feliz um ano de namoro!

_Não precisava, Danilo! - O abracei.

_Não poderia passar em branco uma data tão especial.

Sorri.

_Vou pegar o seu, já volto.

Subi correndo, entrei em meu quarto e me deparei com a bagunça que ele estava. Não havia percebido assim que acordei. Revirei tudo: cama, armário, gavetas da cômoda, fui achar o presente ao lado de minha cama. Peguei-o e desci correndo.

_Aqui está! - Entreguei o presente nas mãos de Danilo que logo abriu.

_Bruna, como você adivinhou?

_Você não parava de falar nessa raquete de tênis a semana toda, resolvi te dar.

Ele me abraçou, sussurrando:

_Ainda tem mais!

Danilo se afastou um pouco de mim, pegou uma caixa quadrada embrulhada em um lindo papel de presente que estava na mesa de centro da sala.

_O que é isso? - disse segurando.

_Abra!

Danilo sorrindo, me deixou curiosa. Rasguei o papel de presente e vi que, dentro daquele mistério todo, havia somente uma caixa de veludo.Fitei-o.

_Abra de olhos fechados. - pediu ele, com um leve sorriso no canto da boca.

Assim que eu fiz o que ele disse, uma musica suave invadiu minha cabeça me deixando molenga e sem ação. Logo abri meus olhos.

_Uma caixinha de música! É linda, perfeita! Oh Danilo, não precisava se incomodar. - Abracei-o.

_Que tal um cinema hoje Bruna?

_Ah, não gosto de cinemas, vamos a outro lugar.

Ele riu.

_Vamos alugar um DVD e ver aqui mesmo então, o que acha?

_Legal, eu escolho.

_Ok! - Ele beijou minha bochecha - Tenho que ir, vou a faculdade. Até as 8hrs?

_Até.

O levei até a porta, me despedindo com um leve beijo em sua bochecha.

(...)

A noite chegara rápido e Danilo também, ele trouxe “Diário de uma paixão” debaixo de seus braços. Eu o atendi já com pipoca pronta num pote vermelho.

_Oi amor. - Ele disse, sorrindo enquanto me beijava.

_Eu não ia escolher o filme?

_Não resisti, vi este filme na locadora e quis trazer. Se importa?

_Não, mas eu já vi esse filme e é bem triste.

_Tem uma história legal.

Ele entrou e logo foi em direção ao DVD. Sentei no sofá, o esperando. Ele colocou o filme, apagou as luzes e sentou ao meu lado.

_Posso deitar no seu colo Dan?

_Claro.

Deitei e ali mesmo adormeci.

(...)

_Bruna, amor, acorde. Você dormiu o filme todo.

Assim que acordei, vi Danilo sorrindo, acariciando meus cabelos.

_Dan...?

_Você deve estar cansada, vamos, vou te levar até a sua cama. - Ele pegou meu braço, envolvendo o seu em minha cintura e levou-me até meu quarto.

_Obrigada, mas não precisava, não estou tão bêbada de sono.

Ele riu.

_Você já não está aqui? Então pare de reclamar, sua reclamona. - Ele me beijou, se despediu e saiu.