POV Leonardo:

  Eu apenas observava Bruna, apenas encontrava seu olhar. Já estava ficando preocupado, Bruna já estava ficando bêbada, ficava encarando Jéssica que ainda segurava minha mão, ela parecia querer falar algo que estava preso. E eu querendo abraçá-la e dizer que a amava.

  POV Bruna

  Quanto mais eu pensava que Leonardo era real, pedia mais uma garrafa de ice, como aquilo poderia ser realidade? Como sonhar com uma pessoa e ela aparecer na sua frente? E como ela se lembrava de mim? Eu já estava ficando bêbada. É.

  _Meu amor, você esta bem? Nunca te vi bebendo desse jeito. – me perguntou Danilo, parecendo preocupado.

  Eu não sabia o que dizer. Não poderia dizer que conhecia Leonardo, muito menos de um sonho.

  _Claro que estou. Só estou querendo aproveitar esse jantar, já que quase o estraguei – olhei para ver se Jéssica falara algo.

  Parei um pouco de falar e lá vem mais ice. Eu realmente não sabia onde estava com a cabeça naquele dia.

  Mais para lá do que para cá, comecei a falar besteira.

  _Então, Danilo, como uma pessoa culta como você foi namorar uma menina com o QI de um amendoim?

  Todos me olharam assustados.

  _O que disse? – perguntou Jéssica, irritada.

  _QI de amendoim? É minha querida, foi isso que eu disse. – afirmei levantando e batendo na mesa.

  Quando Jéssica estava levantando para revidar, Danilo foi mais rápido e desconversou.

  _Já está na hora de irmos, não é mesmo Bruna?

  _Não, que isso, esta noite está apenas começando – sentei, tomei mais um gole e dei um sorriso forçado para Danilo que ainda estava em pé ao meu lado.

  Danilo me fitou alguns segundo, e logo foi se sentar.

(...)

  Aquela droga de ice já estava me levando à loucura.

  _Ah! Que sapado apertado! – murmurei, tirando-o por debaixo da mesa deixando-o ali mesmo.

  Danilo já estava ficando envergonhado.

  _Bruna, podemos conversar?

  _Claro meu amorzinho! – afirmei levantando e caminhando em direção as portas dos toaletes.

  _O que você pensa que está fazendo? – sussurrou Danilo.

  _Me divertindo! O que mais seria? – cai em cima dele, o abraçando sorridentemente – Tive uma idéia.

  _Olha lá em Bruna! Nunca vi você bêbada.

  _Vou levá-los em uma festinha que está acontecendo agora na casa de uma amiga minha.

  _Bruna, eu não sei se...

  _Shiu! – disse colocando o dedo indicador em sua boca – Vamos?

  _Promete se comportar?

  _Tem a minha palavra! – disse com aquele sorriso forçado novamente.

  Caminhamos abraçados até a mesa. Danilo logo foi explicando da tal festa na casa de Camila, minha amiga, todos nós concordamos de ir.

  Liguei para a Camila para confirmar a festa. Seus pais haviam viajado para a áfrica, para cuidar de crianças doentes. Camila estava sozinha.

  (...)

  Chegando por lá, Camila já estava na porta daquela bela casa branca, com a festa rolando lá dentro e em seu quintal.

  _Camila! – gritei enquanto corria saltando do carro em direção a ela.

Fazia uns dois anos que nós não nos víamos, pois ela estava na França fazendo intercâmbio. Nós sempre fomos muito amigas, desde os três anos de idade. Camila já conhecia Danilo, pois eu falei dele para ela pela internet. Já Leonardo, contei a pouco tempo a ela sobre os sonhos frequentes.

  _Bruna! Quanto tempo! – nós nos abraçamos.

  _O que houve com você? Virou punk?

  Camila antigamente tinha cabelo Chanel ruivos, sardas em suas bochechas e usava roupa florida. Agora, Camila estava completamente diferente. Bom, dois anos haviam se passado.

  Leonardo soltou de seu carro, ao lado de Jéssica.

  _Punk? Nada, que isso. Só estou um pouco mudada.

  _Quero te apresentar Danilo, meu namorado. – disse puxando Danilo, que logo estendeu a mão para cumprimentá-la.

  _Hey garanhão! Ouvi falar muito pouco de você.

  _Prazer! Noivo da Bruna! – ele me fitou rapidamente – Pouco de mim? Bruna não é de falar muito.

  Rimos.

  _E quem são aqueles dois? – perguntou Camila, indo em direção a eles.

  _Prazer, meu nome é Jéssica! Esse é Leonardo, meu namorado.

  Camila me fitou assustada, assim como eu fiquei quando o vi.

  _Ah, prazer! – ela sorriu – Vamos gente, a festa tá bombando lá dentro!

  Seguimos todos para dentro da casa, quem sabe dançar um pouco me ajudaria naquele momento.