Recomeçar escrita por Fernanda Nathany
Antes mesmo que eles falassem alguma coisa, o anjo apareceu ele usa um sobretudo e eu tenho que admitir que era bem gatinho, pena que ele queria me matar.
- Castiel ! - disse o Dean e o Sam ao mesmo tempo.
- Me desculpem, mas ela precisa morrer ! - disse Castiel.
E eu não sabia o que fazer se corria, se gritava ou se fugia.
Mas ele foi chegando mais perto de mim com aquela faca, então optei pela quarta opção.
Me concentrei e pela primeira fez usei meu poder em alguém, com um movimento das mãos o anjo voou na parede e a faca voou pra minha mão.
Todo mundo parou para olhar pra mim e não sei quem estava mas assustado eu ou eles.
- Uooou ,qual é cara você ia me matar e eu não mereço nem saber o motivo e só pra constar eu nunca usei meu poder com ninguém, então isso aqui é novidade pra mim. - todo mundo continua em silêncio olhando pra mim - olha Castiel eu vou te soltar mas por favor tenta não me matar tá?- calmamente soltei ele, mas não devolvi a faca , é melhor prevenir do que remediar. - mesmo assim continuou o silêncio.
Que legal.
Larguei a faca em cima da mesa e sentei no sofá. E as coisas não tinham como ficar pior pra mim, que boom !
- Porque você tem que matar ela ? - finalmente o Dean abre a boca.
- Por que ela tem sangue demoniaco correndo nas veias ! - é ficou pior e eu que achei que não daria.
- Eu ? Sangue Demoníaco ? Eu ? - Agora sim e não tenho dúvidas que o Apocalipse começou.
- É , você !
- Mas eu nunca, nem vi sangue na minha frente.
- Você não bebeu ele, você nasceu com ele, herdou de seu pai.
- Meu pai é um demônio, é isso que você está dizendo ?
- Isso.
- Você só pode estar brincando meu pai desapareceu quando eu tinha 15 anos e com certeza ele não era um demônio.
- Não estou falando dos seus pais adotivos, estou falando dos seus pais biológicos.
- Então eu sou adotada. Legal será que existe alguma coisa ainda sobre mim que eu não saiba.? – perguntei pra mim.
- Para falar a verdade sim, o inferno todo está atrás de você, você é muito mais poderosa que vários demônios. Eles estão precisando de sua ajuda, eu só não sei exatamente o por que.
- Foi uma pergunta retórica, mesmo assim obrigado por responde - la.
- De nada. - Ficamos em silêncio, por um tempo, afinal ninguém sabia o que fazer.
- Então foi por isso que você tentou me matar, mas eu não fiz nada, eu nem sabia sobre tudo isso, eu não vou ajudar eles!
- Me desculpe, arriscamos uma vez e fizeram a escolha errada, não podíamos arriscar novamente. - Eu já imaginava de quem ele, estava falando meu irmão me contou a história do Sam, e no momento em que Castiel disse isso eu pude ver o olhar de tristeza,arrependimento e culpa do Sam.
Era pressão demais até pra mim, meu irmão sequestrado e sendo torturado, anjos e demônios atrás de mim, ser filha de um demônio, minha cabeça não iria aguentar tudo isso.
Eu levantei do sofá , fui em direção a porta e saí,eu precisava respirar um pouco, clarear minhas ideias.Andei até uma colina, sentei lá e assiti o sol se pondo.
Eu simplesmente chorava, chorava muito, e deixei o medo e a insegurança que estava sentindo transparecer por meus olhos azuis.
- Achei, que iria te encontrar aqui, é um bom lugar pra pensar. - disse Sam.
- é.... é mesmo - tentei me recompor e parar de chorar, mas estava impossível naquela hora. - sabe não ... não dá nem pra acreditar que a uma semana, eu era uma adolescente quase-normal e agora minha vida está de cabeça pra baixo. Eu não sei o que pensar, não sei o que fazer.!
- eu até queria te ajudar mais eu não sou a pessoa mais confiável digamos assim, nesse assunto. - mesmo arrasada com tudo que estava acontecendo eu não podia esconder a vontade de confortar o Sam , ele parecia tão arrependido e tão triste.
- Para mim você é Sam, eu confio em você completamente, não me interessa se você fez a escolha errada ou não, eu sei que está arrependido e sente muito e isso já é o suficiente para mim. - eu disse me acalmando e parando de chorar, eu podia ver o olhar de surpresa dele.
- Mesmo assim, talvez se eu não tivesse aberto a maldita porta para Lúcifer sair, você não estaria nessa confusão agora.
- é talvez sim ou talvez não, mas você não sabe, então por favor para de se culpar, não é tudo culpa sua, não mesmo ! - eu disse tentando sorrir, apesar de tudo, então me lembrei que meu irmão ainda estava preso, sendo torturado e as lágrimas voltaram aos meus olhos.
- Julie a culpa de tudo isso também não é sua !
- Eu sei, mas talvez se eu me entregar pra eles, eles soltem meu irmão. Mas eu não posso ajudar eles, eu não posso !- as lágrimas escorriam por meu rosto cada vez mais. - Obrigado, por ficar aqui comigo Sam, obrigado por me ouvir. -então eu o abracei, e ele retribuiu e quando nos soltamos devagar nossos olhares se cruzaram e então nos beijamos, foi um beijo calmo,doce e carinhoso, as minhas lágrimas se misturavam ao beijo deixando ele salgado e ainda assim perfeito.
Ficamos nos beijando por um tempo até que o ar começou a fazer falta, já estava escuro e começava a fazer frio e trovejar.
- Eu acho melhor voltarmos pra casa.
- é ... tem razão vamos. - me levantei e começamos a andar , então o que era só sereno se tornou uma chuva bem forte, foi nessa hora que o Sam segurou na minha mão e começamos a correr, a mão dele era tão quente e me dava tanta segurança.
Chegamos em casa ensopados e eu morrendo de frio apesar do Sam ter me dado seu casaco. Quando chegamos todos pararam de fazer o que estavam fazem e olharam pra gente, eu morri de vergonha , então saí logo daquela situação.
- Bom ... eu vou subir, tomar banho e colocar uma roupa seca. - subi as escadas , entrei no quarto peguei uma roupa e fui para o banheiro, tomei um banho bem quente, vesti a roupa e voltei pro quarto. Sentei na cama tentando absorver toda a informação de hoje, incluindo o beijo. Deitei na cama e rapidamente peguei no sono.
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