Carpie Diem escrita por SecretsAlice


Capítulo 7
Escuridão esverdeada


Notas iniciais do capítulo

tenho novidades.. nos vemos lá embaixo.



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Bella POV
 Fiquei deitada esperando eles desistirem do intento de me trazer ao mundo real. Por mais que eu tentasse, eu sabia que estava em um mundo à parte de todos e de tudo. Talvez, antes eu estava tentando, sem sucesso mentir para eu mesma, dizendo que tudo estava bem, que eu não tinha com o que me preocupar. Como se tudo um dia fosse voltar a ser o que era antes, ou somente, bem, eu não sei. Na verdade, não importa se eu sei ou não. O que importa, agora é que nada, nada volta. Como o Edward. Ele não voltaria, não depois de como o tratei. Alice, Alice, Alice, por que fiz isso? Minha melhor amiga. A tratei como lixo. O que estava acontecendo comigo? Minha vida estava completamente de cabeça pra baixo. Dormi. Com milhões de pensamentos em minha mente. Sonhei com aquele dia, o dia em que tudo mudou.
                                         ***
 Amanhã faria um ano, um ano da morte de meus pais. Estava em meu quarto, na casa de meus tios. Observava o pacote em cima da minha cama. O abri, me deparando com um vestido preto acompanhado de um chapéu. Amanhã seria um tipo, de “festa” em “comemoração” a morte de meus pais. E como minha tia disse, era meu dever estar lá, junto de todos que também estão sofrendo com a morte deles. Não podia deixar de achar isso ridículo. Aposto que dois meses depois essas pessoas que segundo minha tia, se importavam com meus pais já estavam traindo suas esposas ou maridos, dizendo que trabalhavam até tarde e iam beber com os amigos, coisas desse tipo. Desde que eu me “mudei” para a casa dos meus tios, não, corrigindo, desde que meus pais morreram, eu não vivo. Sou só uma alma vagando pela Terra. Bem, é assim que eu me denomino. Uma alma, sem nada pra fazer aqui, neste mundo. Até que alguém prove o contrário. (n/a: já disse, lei e ordem demais, huahuahua) Claro, eu faço tudo que meus tios me pedem, mas ao mesmo tempo, eu não estou fazendo, é como se a verdadeira Bella, estivesse escondida dentro de mim, mas eu acho que a tranquei, para me proteger. Que grande covarde eu sou. Desde o dia do aeroporto, eu nunca mais tive contato com o Edward ou a Alice, não por falta de tentativas dela, sempre me ligando, eu fingia não ouvir, me mandando emails; era isso que me conquistou na Alice, ela era determinada e quase nunca desistia, se realmente gostava da pessoa. Já o Edward, depois daquele dia, eu nunca mais ouvi nada sobre ele. Ele voltou a Forks e bem, acho que continuou com sua vida. 
 Minha tia insistia que eu fosse a um terapeuta, ela ficava louca que eu não conversava, não saia, só para ir a escola. Eu podia ouvir suas discussões com o Carlisle à noite. Dizendo que achava que lá na casa dos Clearwater fizeram um transplante de cérebro, ou que me transformaram em um robô. Era incrível que quanto mais tempo passava, as teorias dela ficavam cada vez mais absurdas. Ela, então teve sua maravilhosa idéia de me mandar para um psicólogo/terapeuta. A única coisa que fazíamos nas minhas sessões era ficar em silêncio. Eu não me abriria com uma estranha, sim, Tânia é uma estranha, por mais que ela pareça ser simpática. 
 Ate hoje me lembro do meu primeiro dia de aula aqui na Califórnia. Ainda consigo ouvir os sussurros e risos em minha volta. Claro que não era normal uma pessoa usar roupas pretas quase com o dobro do seu tamanho, ainda mais na calorosa Califórnia. Minha tia considerava isso “pecado”. Como ela mesma dizia: “como uma garota tão linda e com um corpo tão belo pode ficar se escondendo nessas roupas de menino?” ou “Isabella Swan você não vai pra escola com essa roupa.” Ela disse isso quando estava indo para a escola com uma calça quase caindo, uma blusa que até no meu pai ficaria grande e uma jaqueta de couro toda suja. Não foi difícil ser invisível depois, passando um tempo todos se cansaram de meu visual esquisito e foram procurar alguma outra pessoa para atormentar. Os professores tentaram me fazer participar das aulas, mas eu não ajudava e como sempre depois de um tempo eles desistiram. 
                                     ***
  Fui dormir, amanhã teria um longo dia pela frente.
                                     ***
 - ISABELLA SWAN, LEVANTE DESSA CAMA IMEDIATAMENTE! TEMOS MUITA COISA PARA FAZER HOJE E VOCÊ AINDA ESTÁ DORMINDO?! Ó CEUS, O QUE EU FIZ PRA MERECER ISSO? – Minha discreta tia entra no meu quarto e faz esse escarcéu e depois vai embora. Quem entende? 
 - Tá, tia. – Resmunguei, com muito esforço levantei da cama e fui ao banheiro. Escovei os dentes e nem me lembrei que tinha escova, sim fazia muito tempo que eu não via uma. (n/a: bate aí Bella, turma dos sem escova, kkkk, quem quer participar?) Desci e vi o Carlisle sentado na mesa lendo um jornal. Sentei em sua frente.
- Hum, você sabe onde está a Esme? Ela me acordou e saiu do meu quarto tão rápido que eu nem entendi o que ela queria. –
- Hahaha, acho que ela acordou a vizinhança toda. Como você sabe vai ter a homenagem a seus pais e ela está querendo te fazer de boneca hoje. Na verdade ela não e sim o Salão BeutyMax. - (n/a: ridículo o nome eu sei, mas o que fazer quando se tem uma autora sem criatividade, huahuahuahua)
- Ela tá realmente esperando que eu vá? –
- O táxi já está ai na porta. –
- Merda. Tchau, tio. –
a se atrasa? – (N/b: hãn? Não entendi!)
- Você fala como se eu fosse a noiva de um casamento ou como se hoje fosse minha festa de quinze anos. Pra que você quer que eu me arrume pro dia mais infeliz da minha vida? -
 Entrei no táxi e fomos ao salão. Na entrada vi minha tia falando no telefone e andando de um lado para o outro. Logo que me viu desligou o telefone.
- Bella, achei que você nunca ia chegar, eu tenho que arrumar toda a cerimônia e você não aparecia. Olha o seu rosto, cheio de remelas e que roupa é essa? Cadê o vestido que te dei? – Ela disse olhando para minha roupa, que era uma calça preta boyfriend grande, bem grande, presa com um cinto de taxinhas que eu pintei de preto e um moletom preto, dois números maiores que o meu.
- Pra que você quer que eu me arrume pro pior dia da minha vida? –
- Olha Bella, você tem que parecer bem, para as pessoas que estão sofrendo com a morte de seus pais perceberem que tem que seguir em frente. E temos que resolver o que fazer com esse ninho de passarinho em cima da sua cabeça, que já tá parecendo palha. – Eu não sou como qualquer revoltada, em vez de pintar meu cabelo de preto ou fazer algumas mechas em meus cabelos castanhas, eu comprei um estoque de tinta oira de farmácia, e é assim que meu cabelo está, muito ressecado e como minha tia disse, parecendo um ninho de pássaro.
- Está bem. – No final eu ia acabar cedendo só para não me estressar. 
                                    ***
Umas duas horas e meia depois eu estava impecável. Esme tinha mandado trazerem o vestido. Ela disse que tinha muita coisa para fazer até as duas da tarde, que seria a hora da “homenagem”, me deixou dinheiro para o táxi e para comer algo em algum lugar. Fui para uma lanchonete qualquer e pedi um XSalada, uma coca-cola e uma porção de batatas fritas. Quando terminei de comer, já era quase uma e meia, chamei o táxi e fomos para a casa de meus tios, sabia que quando chegasse lá levaria uma bronca, e não deu outra. Esme deu o maior escândalo. O taxi foi embora e meu tio foi tirar o carro da garagem para irmos logo. Chegamos lá com cinco minutos de antecedência. Logo depois começou a chegar gente. Alguns eu conhecia e outros não, meus pais foram enterrados em um cemitério da Califórnia então só alguns amigos deles puderam vir. Quem eu conhecia cumprimentei, mas no final fiquei sentada, isolada, pensando. O padre chegou e começou a falar nessas coisas de vida após a morte, coisas que eu não acredito. Se alguém morreu, morreu e acabou. Só se a pessoa tá viva que tem vida. Todo esse clima de lamentações me fez lembrar o dia do enterro deles.
                              FLASHBACK
 Estava sentada bem na primeira fileira de cadeiras, o enterro já havia acabado e só tinha ficado eu no cemitério. Já era fim da tarde, meus tios tinham ido embora, perceberam que eu estava precisando ficar sozinha. Só deixaram dinheiro pra eu pegar o taxi. Olhei para o céu e só vi nuvens de chuva, cinzas e prontas para se livrarem do peso de mais de mil gotas. Eu gostaria de poder fazer isso, me livrar de todo o peso como as nuvens. Senti gotas e percebi que começara a chover. Um instinto me fez olhar para trás e encostado na árvore estava ele. Edward. Já havia passado uma semana do incidente no aeroporto. Como já estava chovendo forte, esfreguei meus olhos, para tirar as gotas e ver mesmo se realmente era ele. Quando os abri, ele havia sumido. Ate hoje não sei se foi algo da minha mente ou se ele realmente estava lá. Já havia me molhado o suficiente, sai correndo e chamei um taxi, no final da rua pude ver um volvo prateado passando rápido. Poderia ser qualquer um, mas senti que era ele.
                          FIM DO FLASHBACK
 Quando finalmente tudo acabou e eu poderia parar de fingir que tudo estava bem, fui embora. Minha tia mal percebeu e meu tio só assentiu. Cheguei em casa e fiquei trancada no meu quarto. Ouvi vozes e percebi que meus tios já tinham chegado. Não jantei, só me levantei da cama para trocar de roupa. Cochilei. Quando acordei já era onze da noite. Saí de fininho, desci a escada e “fugi” de casa, eu não fugi exatamente, iria voltar antes de meus tios acordarem. Chamei um taxi e fui até o cemitério. O taxista me encarou como se eu fosse uma estranha de ir ao cemitério há essa hora, mas eu precisava, logo que ele saiu da rua eu andei, até a mesma rua que um ano atrás eu vi seu Volvo. Me decepcionei ao ver que não havia nenhum carro na rua. Sentei na calçada e encarei o final da rua. De repente vejo um Volvo passando, meio descontrolado, de um impulso me joguei na frente do carro. A ultima coisa que vi e senti foi meu corpo batendo da rua e os tão conhecidos e adorados olhos verdes. Depois a escuridão me engoliu.


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Notas finais do capítulo

Então, dreamers fofos, curtiram o cap? se curtiram vão lá embaixo e digam que gostaram, se não curtiram, vão lá embaixo e digam que gostaram ok?! huahuahua, querem saber as novidades? O JOHN VOLTOU A VIDA! UHUUL, pra quem não sabe, o john é meu computador. huahuahua. e você, sim você, aí que ta lendo esse recado, vai até lá embaixo e manda um review bonitinho, porque se você não mandar EU ODEIO VOCÊ! eu sei que era pra ter postado antes mais nem deu. na verdade eu fiquei esperando o john consertar, ele consertou sexta *-* beijinhos pros meus dreamers lindos que eu amo.



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