Doll House escrita por Aleksa


Capítulo 39
Capítulo 40




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Pôr do sol, faltam poucas horas até que as pessoas  comecem a chegar. Eleonor escolhe maquiagens que Katrina se voluntariou a emprestar, e um par de sapatos altos comprados especialmente para aquela ocasião.

Cada um estava fazendo sua parte no trabalho de arrumar a casa, e Oliver deixa um pouco a mente de Eleonor, pra variar.

Agora ela pensa em Gerrard, e que tipo de vestido ele estaria fazendo. Ela não deu nenhum tipo de instrução sobre suas preferencias, simplesmente jogou a responsabilidade nos hábeis ombros dele.

Por alguma razão ela se sentia perfeitamente segura ao fazer isso, uma vez que os olhos de Gerrard pareciam arrancar sua alma e jogá-la sobre uma mesa de dissecação.

Ela se ocupava em fazer suas unhas esquecidas, num tom suave de perolado furta-cor, que mudava de verde a azul a roxo.

- O que eu faço...?

Uma leve batida na porta, Eleonor pula da cadeira.

- Oh... As minhas unhas... – o pincel do esmalte atravessou transversalmente os seus dedos cruzando a extensão de sua mão quase toda.

- Eleonor. – a voz calma e aveludada de Gerrard soou na porta.

- Ah. – ela se virou pra ele, e encontrou o seu cabelo longo e loiro preso no rabo-de-cavalo frouxo, se espalhando uma  desordem harmoniosa pelo seu rosto compenetrado. – Gerrard.

Ele carregava um cabide com uma massa ainda não identificada de tecidos transluzentes e esvoaçantes.

- Espero que goste. – ele disse, pendurando solicito o cabide no porta-casacos.

- Creio que vá gostar, você tem bom gosto.

Em seu próprio quarto, ela se sentia menos inclinada a gaguejar sempre que ele se dirigia a ela. Ela levanta e tira a fina camada plástica que cobre o tecido macio e encontra a obra feita por Gerrard, perfeita em cada detalhe milimétrico.

- Gerrard... É lindo...

Um leve sorriso de contentamento ao ter seu trabalho elogiado se forma no rosto de Gerrard, um sorriso que cora levemente as maças de seu rosto.

- Fico feliz que tenha gostado.

Eleonor acaba por fim encarando, como o faz sempre que alguma das Dolls a surpreende. O sorriso esmorece após alguns segundos.

- Se precisar de mais alguma coisa, sabe onde me encontrar. – ele faz uma reverencia educada, e sai pelo corredor, com seus passos inaudíveis e sua discrição impecável.

Eleonor coloca o vestido de uma azul-petróleo sobre a cama, longo até os tornozelos; o zíper praticamente não aparece ao fundo da costura, refletindo a luz no tecido escuro, com reflexos mais claros, cinturado e com pequenas pregas, e desenhos intrincados e brilhos esporadicamente distribuído pela superfície leve de esvoaçar gracioso.

Elenor via muito de Gerrard naquilo, principalmente pela discrição que mesmo simples, dirigia a sua atenção a ele.

Cuidando de todo o resto, desde banho até a maquiagem ela sai de seu quarto se equilibrando nos sapatos de salto fino, agarrando firmemente no corrimão de ferro para descer, e na sala, as 9 Dolls estão vestidas formalmente.

Oito tipos diferentes de perfumes se espalham pela sala, cada um com um terno que parecia ter suas imagens talhadas.

Sebastian, com o cabelo avermelhado amarrado em um rabo de cavalo alto e seus olhos prateado, usava um perfume amadeirado que lembrava limão e menta misturados numa adorável combinação, seu terno era preto, como o dos outros Dolls noturnos, um lenço que se prendia dentro dos botões fechados da camisa de linho fino e do terno bem abotoado, encostava-se a parede. Não era necessário dizer, ele estava armado.

Nathaniel mascava uma bala de hortelã, que se confundia com o cheiro do seu próprio perfume, hortelã e agua do mar, tinha um cheiro marcante, mas discreto. Ele também trajava um terno perto, mas não usava nenhum tipo de gravata, e um dos botões da camisa acinzentada de algodão estava desabotoado, assim como o terno que usava. Suas mãos estavam enfiadas nos bolsos, jogando o terno pra trás, apoiado na janela, com uma expressão de claro desconforto por ser obrigado a se vestir formalmente, a medalhinha de seu colar reluzia em seu pescoço.

Bóris tinha seus olhos arroxeados muito alertas, não se sentia nenhum pouco constrangido em usar o coldre de sua arma pendurada na calça, preto e feito de couro. Seu perfume tinha cheiro de carvalho e água, estava de perto também, não estava de gravata, mas tinha o terno muito bem abotoado até em cima, o que não permitia muito da visão de sua camisa levemente azulada. Os cabelos castanho-chocolate se espalhavam numa desordem precisamente programada.

Os cabelos de Vivaldi permaneciam soltos, negros e naturalmente brilhantes, se espalhavam por seus ombros e suas costas, quase até a metade. Ele abotoava os botões de suas mangas, sentado no braço da cadeira próxima ao abajur, com os olhos verdes concentrados no que estava fazendo.  Seu terno era azul escuro, e seu cabelo se espalhava pelo rosto enquanto ele voltava a visão pra baixo e para os botões. Seu perfume era leve e fresco, tinha cheiro de almíscar.

Yuri tinha o cabelo louro repartido de lado, e estava perfeito, com alguns fios espalhados. Seus olhos negros se concentravam em colocar um lenço em seu bolso esquerdo, todo trajado de branco, com a camisa marrom escura por baixo dos botões prateados do terno de tecido caro. Seu perfume tinha cheiro de anis, e se impregnava no tecido de sua roupa.

Apoiado na poltrona preta num dos pontos da sala, Gerrard prendia o cabelo num rabo-de-cavalo baixo com uma pequena fita preta, tinha um brinco prateado na orelha esquerda, coisa que Eleonor nunca havia parado para notar, mas que sempre estivera ai.  Seu terno era preto, e sua camisa azul escura, havia um colete por baixo, preso em dois botões prateados, e abotoaduras da mesma cor, com o brasão de Doll House. Seu perfume era pálido e discreto, algo como rosas brancas e sândalo.

Dominik permanecia sentado, lendo. Tinha os cabelos também em desordem, sua desordem habitual. Seus olhos cor de caramelo se concentravam nas letras, com os pequenos pontos de dourados em seus botões e em seu anel da mão esquerda reluziam sob a luz do candelabro. Seu perfume era suave e tinha cheiro de cravo, e seu terno era azulado assim como o de Vivaldi.

Dietrich usava um terno exatamente igual ao do irmão, os dois, sentados um de frente para o outro no sofá, próprios reflexos de espelho, prendendo o botão da gola da camisa, com uma gravata borboleta preta e o brinco dourado na orelha direita. O perfume de ambos era fraco e suave, cheiro de erva-doce e acácia. Ambos trajados em ternos brancos com camisas pretas, de luvas também pretas, e perfeitamente arrumados. Seus cabelos estavam penteados pra trás, seria difícil diferenciar os dois.

Katrina chegou pouco depois, em seu vestido longo e vermelho-sangue. Com uma gargantilha com as iniciais DH talhadas em letras de caligrafia, em prata. Seus brincos exibiam duas gotas de rubi, tinha luvinhas rendadas, o cabelo preso com cachos em cascata, e seus olhos tinham a expressão altiva que uma Doll Maker deve ter. 

- Estão todos prontos? – ela perguntou, lançando um olhar geral a todos na sala.

- Sim. – todos disseram.

- Abra as portas de Doll House. – ela levantou as mãos em uma ordem, sentando-se em sua cadeira no meio da sala, agora transformada num suntuoso salão de festas.


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Notas finais do capítulo

Pronto fofuras ^^
Agora eu postei um capítulo grandinho ^^
Também estou informando que vou começar uma outra história.
História a qual será dividida em capítulos enormos XD
Se vcs pesssoas assim como eu, gostam de vampiros, anjos, imortais e demonios, vc vão gostar :3
Beijos e me digam o que acharam do começo da festa o/



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