Doll House escrita por Aleksa


Capítulo 23
Capítulo 24




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[**********OLIVER**************]

É estranho, mas pela primeira vez em setenta e quatro anos, eu não sei o que dizer...O que bastante desconfortável, na verdade.

- Nada? – ela pergunta.

Nem eu sei o que eu quis dizer...

- Eu não sei ao certo.

É confuso, não vejo ela assim... Eu acho. Mas quando aquele [insiram aqui os palavrões e ofensas desejados (eu ainda sou um cavalheiro)] a levou para o zoológico, eu senti uma coisa meio estranha... Não como descrever... Katrina já falou sobre isso... Ela chamou de... De... De que mesmo?... Ah é! Ciúmes. É o que melhor se encaixa na descrição... Eu acho, não sou bom nessas coisas.

- Como você não sabe? – ela insiste.

- Acredite, nesses assuntos é uma coisa bem comum.

Como eu posso saber? Ela é a primeira pessoa que já me arrancou da minha zona de conforto tão objetivamente. E pelo amor de Deus! As pessoas (Dominik) vivem me drogando! Isso não é bom pra minha integridade, reputação, ou qualquer outra coisa...

- Você tem que ser mais sociável Oliver!

- Não tenho muita experiência em ser sociável.

- Claro que tem! Você mora com as mesmas pessoas a vida toda!

- Vida toda é tão relativo.

Eu não sou a melhor pessoa pra se tratar assuntos pessoais, e agora, eu estou aqui, sentado, NOVAMENTE falando esses MESMOS assuntos... Esqueçam tudo isso que eu disse, estou confuso...

- Oliver... Você está fugindo do assunto...

- O que você quer que eu diga?

- Eu não sei. – ela responde.

- Claro que sabe. Se não soubesse, não estaria sendo tão insistente.

Ela suspira.

- Esqueça... Você não é bom nisso.

Mas é isso que eu estou tentando dizer!

- Agora quem está fugindo do assunto é você. – eu digo, encerrando o assunto. – Aliás, seria bom se você se mantivesse longe de mim amanhã.

- Por quê?

- Digamos que amanhã é um dia complicado...

É verdade. Amanhã, por escolha do meu Doll Maker, em mais um dos episódios de “vamos obrigar o Oliver a ser feliz” ele determinou que geneticamente o meu cérebro vai me obrigar a agir como eu agi quando Dominik, aquela peste, envenenou o meu vinho... Só que conscientemente, e por vontade própria. E, pra não me arrepender de nada depois, eu geralmente me tranco no meu quarto... Mas, como eu pareço ter uma inclinação a agarrar a Eleonor sempre que estou fora do meu juízo perfeito, será melhor se ela se mantiver longe de mim.

- O que acontece amanhã?

- Por que você nunca pode simplesmente esquecer o assunto? – eu suspiro.

Não é uma coisa que eu gosto. Tá, eu sou chato, ajo como um idoso, um mordomo, não sou bom com emoções e sou antissocial, MAIS ALGUMA RECLAMAÇÃO?

- Não é da minha índole. – ela diz.

- Que reconfortante. – eu reclamo.

- Então?

- Você descobre amanhã, mas é por sua conta. – não que eu ache que ela vai ligar muito, uma vez que o interesse dela em mim não é muito limitado...

- Está bem. – ela diz.

Eu me levantando e vou na direção do corredor, acho que ela quer me seguir, mas não tem certeza de que isso é recomendável.

Tenho a sensação de que Dominik vai ajudar a criar o caos amanhã... Por que isso não parece que vai acabar bem?

Odeio nunca me enganar sobre nada...

***

Na manhã seguinte, Eleonor acorda com o barulho do andar de baixo.

- O que está acontecendo?

Ela desce, estão todos na sala, menos Oliver... O que acontece...?

Oliver aparece no corredor.

- Wee~! Tempo recorde em abrir a minha própria porta. – ele diz, num tom sarcástico. – E será que alguém pode me explicar porque eu sempre me visto como um mordomo?

- O que está havendo aqui? – Eleonor pergunta a Yuri.

- O mestre Yohan fez o Oliver ter um dia de folga obrigatório... Ai ele fica assim.

- Dia do Oliver? – Eleonor pergunta.

- Dia do Oliver-sem-nenhum-autocontrole... – Gerrard lamenta.

- Uh... – Eleonor diz.

- E não é minha culpa. – Dominik sorri.

- Calado Dominik! – Vivaldi repreende.

Dominik se encolhe no sofá. Só por que não é culpa dele, não quer dizer que ele não vai fazer nada... Mas não com o Oliver, uma vez que ele já está fora de seu juízo perfeito.

- Hoje eu vou me recolher ao laboratório. – Dominik diz.

- Tudo bem. – Vivaldi responde, já que era a pessoa mais próxima.

Dominik desce ao subsolo, no andar onde devia ser a garagem está o laboratório pessoal de Dominik, lá que ele inventa todas as substâncias químicas que por ventura ele decida usar em Oliver.

Ele passa as primeiras horas do dia lá. Na superfície, os outros arrastam Eleonor pra longe de Oliver, trancando-a no quarto.

Durante a noite, os outros dormem, e Eleonor está curiosa para saber o porquê de todos a arrastam pra longe de Oliver, por isso sai de seu quarto, bem devagar, com o intuito de não acordar ninguém.

Dominik nesse meio tempo está na cozinha.

- Estranho. Esse negócio ficou com cheiro de suco de maça... – Dominik mexe o liquido dentro de um copo de vidro. – Deixa ele ai, um dia eu dou pro Oliver, ainda tem bastante lá embaixo... Vou pegar um vidro com tampa.

Ele deixa o copo sobre a mesa e sai da cozinha, passando por Eleonor no caminho.

- Oi Eleonor. – ele acena.

- Oi Dominik... O que faz acordado?

- Estava no laboratório, eu acabo me empolgando. – ele sorri, meio encabulado.

- Sei. – Eleonor ri.

Dominik continua andando, descendo as escadas até o laboratório.

- (O que será que aquilo faz?) – ele pensa.

Eleonor entra na cozinha, uma vez que não achou Oliver na sala, e vê o copo sobre a mesa.

- O que é isso? – ela pega o copo.

Cheirando o interior, ela sente um cheiro forte de maça.

- Suco de maça?

Ela pensa por um momento, e, não vendo ninguém ao redor, ela da de ombros e da um grande gole no liquido.

- Estranho... – ela diz. – Minha língua está dormente... Deve estar estragado.

Ela despeja o liquido na pia e continua procurando Oliver pela casa, ela queria saber o que estava acontecendo, ela sentia as pontas de seus dedos esquentarem.

- Credo... Tenho que parar de mexer nas coisas que eu acho sobre a mesa.

Oliver está sentado no fim do corredor, olhando pela janela com uma aparência entediada.

- Oliver. – ela chama.

Ele olha na direção dela, e um sorriso sarcástico se forma em seu rosto.

- O que as crianças fazem fora da cama?

- Esperando o beijo de boa-noite. – ela cruza os braços, falando no mesmo tom que Oliver.

Por um instante ela pensa: “Que resposta foi essa?...”

- Ah é? – ele ri. – Precisa ser um beijo? – ele pergunta.

- Estou aberta a sugestões. – ela ri.

Novamente: “Hein?”

- Bom saber. – ele inclina a cabeça para a esquerda, seu cabelo cai sobre um dos olhos.

- Alguma ideia? – ela pergunta.

Ele respira fundo.

- Algumas... Disposta a ouvir alguma delas?

- Bastante. – ela declara.

- Mas não acho que um corredor seja apropriado. – ele ri. – Me acompanha?

- Claro.

E ambos partem pelo corredor...

Nesse meio tempo...

- Estranho... Será que Eleonor jogou fora? – Dominik pensa alto. – Tanto faz, ainda tem mais.

E agora?...


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora >
Realmente a coisa está complicadita por aqui
n consigo mais postar pelo meu pc e tenho q usar o do meu pai ¬¬
Espero q vc estendam ^^"
Beijos a tds o/



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