Quando uma porta aparece trancada e nossa esperança esta esgotando, talvez a nossa persistência faça uma janela abrir.

Eu precisava ir para um lugar seguro, mais aonde iria. Fiquei imaginando e me venho uma luz. Aquela “assinatura” de Red John não era recente era antiga. O único lugar que tinha ainda a assinatura de Red John, era a minha casa. Eu nunca dirigi rápido, mas naquele momento estava abrindo uma exceção. Abri a porta e corri para onde minha mulher e filha haviam perdido a vida e me deparo com Sophia inconsciente caída no chão e uma mensagem de Red John. Ela não me é útil no momento.

Coloquei ela no sofá e comecei a limpar seus machucados. Estava preocupado com Lisbon mas sabia que Red  John mudaria se eu fosse em seu encontro. Ele me mandaria alguma mensagem.

Tirei sua blusa manchada de sangue e ela se acorda.

-Jane. – Ela falou chorosa. – Ele quer matar a Lisbon, ele falou que não sou mais útil.

-Calma Sofia. Você precisa de um banho.- Falei. –Você quer beber algo?

-Me leve ao banheiro?

Eu a levei e coloquei uma muda de roupas da minha esposa em suas mãos..

-Eu não posso usar.- Falou ela.

-Você, precisa.-Falei- Minhas roupas iam ficar grandes em você;

Ela entrou no banho eu pude ouvir o barulho do chuveiro e resolvi fazer algo para ela tomar. Coloquei agua para ferver, depois de certo tempo  não ouviu mais nenhum barulho. Me viro e derrubo a xícara no chão Sophia estava parada usando uma camisola da minha falecida esposa. A quanto tempo não sentia isso?Não sabia dizer, mais senti desejo e  uma vontade de toma-lá nos braços. Ela sorriu e eu me abaixei para recolher o cacos. Olhei para suas pernas e acabo cortando meu dedo. Ela me olha intrigada. Me levanto e vou em direção a torneira para lavar o corte, mas ela pega em minha mão e coloca meu dedo em sua boca chupando meu sangue, e olhando-me de forma provocante passa a linga nos lábios. Eu não aguentei e a beijei de forma possessiva, ela retribuiu eu derrubei tudo que estava sobre a mesa e a empurrei. Ela beijava meu pescoço traçando um caminho até a minha orelha e sussurra:

-Lisbon manda lembranças.- Nisso mergulho em uma escuridão.

Não sei quanto tempo se passou se foi minutos, horas ou dias. Ouvia vozes engraçadas.

-Você foi muito Sexy minha Kendi.-Falou ele rindo.-Não é  toa que o Jane lhe desejou, eu fiquei incrivelmente excitado com aquela visão.

-Eu sirvo para lhe agradar Mestre.

Eu estava tentando me lembrar de quem era aquela voz. Comecei a me mexer e percebi que estava amarrado. Ouço gemidos e palavras desconexas. Tento abrir meus olhos e me deparo com Julius Stanford e “Kendi” se beijando calorosamente. Ele passava a mão pelo corpo dela e ela gemia. Olho para os lados e percebo que ainda estávamos na minha casa. Vejo Lisbon olhando para eles com nojo. Sinto os olhos de Julius em mim.

-Olha quem acordou.-Ele falou rindo para Kendi.

-Vocês são Nojentos.- Lisbon Gritou.- Irmãos se tocando dessa forma? Tenho nojo de vocês.

-Lisbon, você não tem direito de julgar ninguém. –Falou Julius sorrindo.

-Meu adoravel Jane.-Ela falou sedutoramente.- Você quer que eu continue de onde paramos?

Eu nada disse, vi Lisbon se mexer ao meu lado me olhando com raiva.

-Fique frio Jane.-Falou Kendi rindo.- Eu prefiro gente honesta e verdadeira, não charlatões.

-Você não trabalha para Red John.-Falei olhando para ela.

-Obvio que não Jane.-Era Julius.-Na verdade era apenas para mim te matar mais o joguinho ficou interessante.

Eu não havia entendido nada.

-Você não se lembra Sr.Jane?- Ele disse chegando perto de mim e olhando com raiva. – Kendi chegue mais perto.

Ela caminhou em direção e sorriu zombeteira.

-O charlatão não se lembra.- Falou Julius rindo.- Pois irei contar a história.

Sophia ou melhor Kendi chegou bem perto de mim eu queria soca-la mais ao mesmo tempo queria beija-la. Eu me sentia tolo como me deixei ser enganado por uma jovem tão tola e egoísta?

- A exatamente 15 anos atras senhor Jane eu estava com 7 anos e a pequena Kendi com 2. Ela obvio não se lembra de nada.- Falou ele zombeteiro. – Um caminhão vinha em nossa direção.

Jane não precisava que Julius continuasse ele se lembrava tão bem daquele momento.

Eu estava viajando com meus dois melhores amigos, Leonidas e Susane Mcgraw, estava sentado no banco de trás com seus filhos Julius e Kendi. Ambos riamos de piadas e gracejos das crianças quando uma luz nos cega e uma batida forte me fez apagar em um sono profundo.

Acordo com Julius me chamando. O cheiro da gasolina impregnava o ar. Susane me chamava.

-Jane por Deus tire as crianças daqui eu não consigo me mexer estou presa.

Consegui abrir a porta e coloquei Julius e Kendi para fora, saio do carro para tentar ajudar Suzane mas ela sorri.

-Eu já estou morta Patrick, não sinto minha pernas e estou com algum tipo de hemorragia.-Ela falou.- Leo já nem respira mais. Leve meus filhos até minha mãe.

Eu apenas concordei e sai de perto. Mau cheguei perto das crianças do outro lado o carro explode.

-Eu sou Julius Mcgraw. -Falou ele autoritário. Quem diria que minha irmã iria reconhece-lo depois de tudo isso. No parque ela o conheceu e o encantou. –Falou ele.

-Como vocês fizeram tudo isso? -Perguntei

-Meu irmão falava muito de você Sr. Jane. -Falou Kendi sorrindo.-No parque lhe conheci logo de cara, então usei meu charme para lhe conquistar.

-E aquelas crianças? Aquela família?

-Sr. Jane quantas crianças você acha que da para comprar com pequenos brinquedos e doces? - Perguntou ela zombeteira. -Você nunca conheceu “meus pais verdadeiros”.

-Depois que minha querida irmã conheceu você achamos que vocês deveriam ficar mais íntimos.-Continuou Julius.-Foi fácil fazer a garota matar sua namorada e o professor um pouco de “intrigas e mentiras” mas a Sr. Dysson tinha que descobrir então demos um fim nela fingindo ser Red John.

-Então naquela noite em que você prendia o assassino, meu adorável irmão dava um fim na querida Diretora e vinha me buscar na escola.

-Então precisávamos mostrar que “Sophia” corria perigo. Então levei ela para o alçapão debaixo do laboratório. Ela ficaria passando gasolina por tudo enquanto implantava a bomba no prédio da CBI.-Continuou Julius.-Você não imagina como existe pessoas que gostariam de destruir aquele prédio.

-Então Sr. Jane eu fingi que estava hipnotizada, você não deve negar. Sou uma ótima atriz.

-Porque?-Perguntei

-Meu Pai e minha mãe, você os matou Patrick.-Falou o jovem com raiva.

-Eu não os matei-Falei triste.-Eu me lembro sempre do que eles fizeram para nos salvar. Para lhe salvar.

-Você mente.-Julius gritou.-Sempre mentiu

-O carro pegava fogo e seu pai ja estava morto. Sua mãe estava presa.-Falei.- Ela pediu para que salvasse você e sua irma;

Kendi pegou a arma e mirou para Lisbon estava quase puxando o gatilho quando um barulho de tiro a espanta. Eu rapidamente vejo um homem encapuzado atirar uma faca nela. Julius foi baleado e estava morto caído no chão com os olhos esbugalhados de surpresa. Lisbon da um berro. Kendi cai no chão e começa a gritar. Red John começa a corta-la seus gritos de socorro eram torturantes Red John terminou seu trabalho pintando as unhas de Kendi com seu próprio sangue e fazendo sua marca na parede.

-Jovens difamadores.-Falou Red John limpando suas mãos.

-Me mate. - Berrei.

-Nos veremos Patrick.

Ele nos deixou sozinhos e amarrados. Eu estava preocupado com Lisbon e não parava de fazer perguntas.

-Pare Jane, esta me sufocando.-Falou ela nervosa.- Eles não fizeram nada comigo. Eu era apenas a isca.

-Entendo.

-Eu fui sequestrada porque Sophia não é a verdadeira Sophia Black ela se Chamava Kendi como você viu.-Lisbon falou e a porta se abriu revelando Van Pelt e Cho.

-Chefe.-Era a voz de Van Pelt ela foi em direção a Lisbon e Cho venho em minha direção.

-Tinha alguém la fora?-Perguntei

-Um homem que falou que ouviu barulhos de tiro.- Falou Cho- Mais não deve ser ele.

-Só pode ser Red John.-Sai correndo e peguei a arma que antes era de “Kendi”.

Desci as escadas e corri em direção a porta, quando abro de deparo com Red John com sua habitual mascara do outro lado da rua. Eu ando em sua direção e ele corre. Ouço os gritos de Lisbon me chamando mais nada no mundo vai me fazer perder a oportunidade de me vingar. Sigo atras dele não reparo onde estamos até ele parar bruscamente.

-Sabe onde estamos Jane?-Olhei para os lados era um parque, reconheci que minha filha vinha todos os dias brincar aqui.- Foi aqui que todos seus vizinhos viram sua filha viva pela ultima vez

-Cale a boca.- Gritei

-Porque Jane? A culpa o assombra? Você sabe que foi culpa sua.- Continuou tirando a mascará.- Porque Jane você não esquece e se casa com Lisbon.

Seu Rosto era todo enrugado, seus olhos eram de um azul escuro e frio, seus cabelos estavam embaraçados e nos seus lábios um sorriso de zombaria. Não aguentei e gritei:

-Você não sabe de nada.

-Não sei Jane? Você esta enganado sei de tudo. Sua filha por exemplo tinha um cheiro peculiar, morango suor e terra.-Falou ele sarcástico, enquanto eu me aproximava, sentia meu sangue pulsar para minhas mãos suadas no bolso.- Sua mulher tinha um cheiro de áloe-vera.

Eu não aguentei e puxei o gatilho não uma mais varias vezes e vi Red John cair no chão. Não senti nenhuma emoção de mata-lo. Não sei por quanto tempo fiquei parado vendo seu corpo no chão senti uma pequena mão tocando meu ombro.

-Você precisa descansar Jane.- Eu me virei e vejo Lisbon ela olhou pra mim e me abraçou era tudo o que eu precisava naquele momento.