Eu corria o mais rápido que me permitia pelas florestas sombrias e nebulosas de Forks, meus pés não agüentavam tamanha dor que sentiam meus pulmões doiam de tanto esforço. Segurei minha barriga dando apenas uma olhada para ver se tava tudo bem. Olhei para todos os lados, parando de correr e caminhando de passos largos.

Uma dor enorme atingiu o ponto de minha barriga, me fazendo  dar um grito alto. Fiz toda força que podia para me levantar, era minha obrigação salva-la.

Senti uma mão gelada sobre o meu ombro, e fechei os olhos imaginando o que aconteceria agora... Eles haviam me pegado.

Me virei lentamente, encontrando uma pessoa que não era quem esperava.

Seus cabelos loiros, e seus olhos cor cobre tentavam transmitir calma... Mas  senti algo pior, algo insuportavelmente pior do que a morte. Uma dor acertou-me em cheio na barriga, fazendo-me quase cair se não fosse os braços daquele estranho me segurarem.

A dor não passava meus olhos não tinham foco, meu rosto estava com uma mascara dolorosa, a única coisa que precisava que aquele estranho fizesse, a única coisa por qual lutei esse tempo inteiro.

- SALVE MINHA FILHA!- Eu gritei enquanto me retorcia, agora não mais nos braços do estranho, e sim em uma cama. Sentir vários olhares sobre mim, mas não conseguia ver quem era. Eu não enxergava nada.

- Você ira morrer se fizer isso. - Uma voz calma e ao mesmo tempo preocupada, disse em minha direção. Não! Eles deviam salva-la!

- SALVE-A! SALVE MINHA FILHA POR FAVOR!- Sentia lagrimas caírem de meus olhos enquanto suplicava ao estranho para salvar a minha pequena menina, a garota pelo qual queriam me matar. Ela tinha uma missão, eu sabia que ela seria única, seria poderosa... Seria esperta. Minha filha.

Ouvir uma pessoa sussurrando a outra, fazendo na mesma hora, o estranho  me preparar para o parto.

Senti meus olhos ficarem marejados enquanto ouvia o pequeno choro. Ela estava bem, minha pequena Isabella. Sorri em meio à dor, em meio à escuridão.

- Me passe minha filha. - Pedi num sussurro, foi ai que a senti, seu corpinho quente, fiz o esforço necessário para poder pelo menos ver o rosto de minha pequena.

Seus olhinhos cor de chocolate diziam tudo, idênticos aos meus, seu rostinho angelical, com bochechas rosadas e pele branquinha.

- Minha filha... Minha pequena Isabella. - Respirei fundo para finalmente dizer o que queria. - E-Eu te amo m-minha pequena, na h-hora certa s-saberá o que fazer. - Meus olhos perderam o foco, minha respiração ficou fraca, e meus braços gelados. Não tinha mais o calor de minha filha.

Eu não queria ser um monstro, por isso recusei a varias indiretas de meu marido, ele sabia o que tinha de acontecer. Eu fiz a coisa certa, salvei a pequena Isabella. Salvei aquela que salvara a todos nós.

Meu corpo foi puxado pela escuridão, meus olhos se fecharam, e eu sabia que não se abririam mais. E a menininha má pela primeira vez fez a escolha certa...