Eu caí em um sono profundo e acordei no dia seguinte, Allan estava sentado com a cabeça na cama segurando minha mão enquanto dormia.

_Mia? – disse Sean entrando – como você está?

_Atropelada, mas bem – eu respondi sorrindo e sussurrando

Ele riu.

_Sean... – comecei

_Eu já sei, - ele me interrompeu – você é mesmo uma idiota romântica, não finja se apaixonar pelo cara com quem você transou, só para esquecer algo impossível.

_Mas eu gosto de você! – eu disse rindo

_Não minta – ele me encarou – você está horrível

Meu cabelo estava bagunçado e despenteado e eu tinha um corte na bochecha coberto com band-aid.

_Obrigada, senhor Gentileza. – disse quase levantando para quebrar o meu gesso na cabeça dele.

_De nada, - ele respondeu – não me meta em confusões novamente! Não me obrigue a mentir sobre estar apaixonado.

_Perdoe-me.

_Ter uma ex-virgem no pé é um saco.

_Te dou três segundos antes de te dar um chute.

_Desculpa aí! Vou levar em consideração que seus beijos são ótimos, e seu corpo uma delícia.

_Tarado.

_Sou jogador de futebol, o que me interessa são líderes de torcida e garotas gostosas.

_Safado.

_Mas estar com você nesse jogo de gato e rato nos últimos anos foi interessante.

_Eu achei divertido, mas por que bateu no Max?

_Deu vontade.

_Sua sorte é que já te bati.

_Obrigado.

_Meus parentes vão chegar logo, deixe de matar aula.

Ele saiu pela porta com aquela expressão sexy... e então eu me lembrei daquela noite em que perdi a virgindade.

_O Peter quer me embebedar para transar comigo?- perguntei puta da vida

_Sim. – Sean me respondeu

_Bata uma aposta com ele, quem transar comigo pode ficar, quem perder tem que desistir – eu respondi brava

_Okay.

Ele foi até o Peter que ficou irritado, mas concordou, e eu comecei a beber, álcool mesmo.

_Sean... – disse – vamos, é melhor o Peter desistir de mim logo.

_Sim, senhora.

E então transamos ‘-‘

Na noite que ele apanhou, ele estava me devendo uns favores, e pagou com aquilo.

Sou bem malévola, não é?

Senti a mão de Allan apertar a minha.

_Te amo.... – ele estava até babando

Não tem problema, eu já sei, você ama outra garota, por isso a seca de três meses.

A porta abriu de vagar e Matt apareceu.

_Oi! – ele disse triste – Você está bem?

_Sim, e se eu tiver que responder de novo essa pergunta eu vou escrever no meu gesso “Estou bem, caralho” – respondi

_Continua a mesma de sempre – ele sorriu se aproximando e me dando um carinhoso selinho – Fiquei muito preocupado.

_Nem precisava, vaso ruim não quebra. – mostrei a língua

_Deixe de ser idiota, quando eu ouvi que havia acontecido um acidente com uma das alunas, eu quase tive um infarto, corri com toda as minhas forças para chegar lá e ter certeza que nada havia acontecido com as minhas irmãs, mas quando cheguei você estava no chão ensangüentada e com um pedaço de vidro nas costas, já tinham ligado para ambulância,a diretora ficou desesperada....

_Vocês são exagerados...

_Não brinque, droga! – ele gritou irritado e chorando, a pose máscula dele quando chora some, parecia uma criança – eu achei... que você tivesse morrido. Entrei em pânico.

_Deveria era estar feliz, a Lia não se feriu.

_PARE! EU DEFINITIVAMENTE NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ACHE QUE EU NÃO ME IMPORTO COM VOCÊ.

_Não aja assim, isso me irrita. – eu disse séria – deveria estar feliz de não ter sido as duas, por que se eu não a tivesse empurrado estaríamos as duas no hospital.

`_Okay.

_E depois? O que aconteceu depois da ambulância? o.o

_Liguei para a mamãe, e a Lia tinha desaparecido, ela apareceu só depois no hospital com Allan que parecia uma estátua de gelo. U.U

_?

_Ele estava extremamente furioso, ele foi a delegacia, com a Lia, que em contou que ele quase matou o cara de pancada.

_Allan... – eu disse ù.ú

_Parece que você já sabia...

_Do fato de que eu e Lia não somos filhas do nosso pai?

_Sim.

_Eu soube aos cinco anos, durante uma discussão dos dois.

_E nunca me contou?

_Prometi ao papai, que só contaria quando tivesse certeza dos meus sentimentos.

_Hmm...

_Há quanto tempo o Allan está aqui?

_Desde que você veio para o quarto, ou seja, a dois dias.

_E Lia?

_Estava aqui durante a noite toda. Tenho que ir, cuidar das coisas lá em casa.

_Mogly.

_Também.

Ele saiu do quarto e eu comecei a encarar a parede do quarto, era azul, eu sentia uma forte dor no ombro, seja o sedativo que me deram, o efeito está passando.