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Comecei a sentir uma mão passando por meus cabelos, ela era macia.

_Eu amo você. – aquela voz no meu ouvido me fez arrepiar, eu a conhecia...

Comecei a sentir lábios macios e úmidos no meu pescoço, e então ouvi alguém chamá-lo e ele saiu, só então eu abri os olhos.

_Eu também te amo. – sussurrei, voltando a dormir.

Mais tarde, eu senti que alguém havia se deitado ao meu lado, mas decidi, ignorar.

Passou a mão no meu rosto, acariciando-o.

_Ele está furioso com você. – Matt disse

_Eu não ligo – sussurrei abraçando-o

_Ele está assistindo a um documentário do History Channel

_Ele deve estar muito irritado, ele só faz isso para relaxar.

_Allan, ficou batendo na porta um bom tempo antes de desistir.

_E os garotos, foram embora a uns dez minutos, estávamos jogando sinuca.

No quarto do Allan tem uma sinuca...

Minha casa não é casa de ricos, meu pai ganhava muito no trabalho, muito mais do que o suficiente para manter os filhos e Molly, e ele obviamente, precavido como ele era, deixou uma poupança com cinqüenta mil dólares para cada um de nós, menos para a Molly.

Voltando para a minha casa, há seis quartos na casa: O meu, o do Matt, o da mamãe, que dorme com a Molly, o do Allan e mais um, a vovó (ricaça, que mora na beira da praia) ajuda a manter a casa pagando os impostos, e a mamãe faz de um tudo para ganhar o bastante para nos mantermos, ou seja, ela raramente está em casa.

_Eu não queria ter dito tudo aquilo – disse arrependida

_Eu sei, você perder a cabeça quando ele te chamou de idiota. – ele deu um beijo na minha testa.

_Queria me desculpar, mas estou morrendo de vergonha para olhar para ele...

_Mia. – escutei uma voz calma e fraternal vinda da porta, era Allan.

Eu estava de costas para a porta, então não o havia visto.

_Matt, por favor saia. – disse ele calmo – quero conversar com a Mia.

_Não brigue com ela. – disse Matt saindo e me deixando sozinha com ele.

_Não vou brigar. – ele disse, assim que Matt saiu, ele fechou a porta

Eu estava morrendo de vergonha, eu amo meu irmão, eu não queria magoá-lo, mas fiquei nervosa... e acabei explodindo.

_Mia. – ele disse em um tom reconfortante, se sentando na borda da cama e acariciando meu cabelo.

_Desculpa, Allan. – eu disse cabisbaixa e me encolhendo.

Allan me puxou até que eu ficasse em seu colo, e beijou minha testa carinhosamente, eu amava tanto ele! Ele sempre cuidou de mim, me protegeu...

Ficamos assim em silêncio assim por mais ou menos uma hora, eu até dormi no colo dele, eu sabia que ele não iria me perdoar tão facilmente, ele era muito cabeça-dura

_Mia... – ele sussurrou no meu ouvido

_Hum?

_Lembra-se daquela conversa que tivemos de nunca mais brigar um com o outro que fizemos quando você tinha doze anos?

_Uhum.

_Desculpa, eu a quebrei.

_Foi minha culpa.

_Não, não foi.

Eu apenas me aproximei mais dele.

_E não foi a primeira vez... – ele parecia estar triste.

_Não vamos falar sobre isso.

_É a segunda vez, em dois anos... – ele suspirou – a primeira vez foi quando eu descobri que você tinha perdido a virgindade. – ele deu uma risada – eu fiquei muito puto, eu quis espancar ele, mas você o defendeu.

_Uhum.

_E ele veio aqui hoje, na maior cara de pau, e ficou encarando você e o tal de Adam, - ele disse – assim que eu vi a cara dele fiquei com raiva, me lembrei de você chorando no quarto, por que no dia seguinte ele nem tinha olhado na sua cara.

_Uhum.

_Eu não te contei, mas eu bati nele, - eu abri os olhos surpresa – e ele nem tentou se defender, ele deixou eu bater nele, até toda a minha raiva passar.

_...

_Eu fiquei um pouco irritado por ele não se defender, então perguntei: “Você sabe por que eu estou te batendo?”, ele riu e olhou para o lado, exausto, “Não conte a Mia”, ele disse isso e foi embora, mancando.

Eu olhei para baixo, eu sabia que ele iria fazer uma coisa dessas, garoto idiota, um sorriso brotou em meu rosto, foi involuntário.

_E você não está namorando com o tal de Adam, não é? – meu irmão me conhece, fazer o quê?

_Acertou. – eu sorri

_Mia, ele te ama.

_Está falando do Adam ou dele?

_Dele.

_Eu sei, ele veio aqui me dizer isso. – eu olhei no fundo dos olhos de Adam, aqueles olhos lindos e verdes, e vi que ele sorria por dentro.

_Por que vocês não estão juntos então?

_Eu não sei! Eu estava completamente bêbada, ele só ia cuidar de mim até o dia seguinte, mas aí eu me joguei para cima dele, e me confessei, aí ele se confessou e aí rolou – eu passei a mão pelo cabelo e estralei os dedos, eu fazia isso quando ficava irritada...

_...

_Allan... Ajude-me! – olhei de novo para aqueles olhos verdes, e fiz uma cara de cachorro sem dono

_Se vira. – ele riu.

_Poxa!!!