Talvez... escrita por Mariana
Sai do táxi e entrei em casa mesmo á bruta.
-mariana vem a sala. – porque é que eu não estava a gostar nada da voz da minha mãe?
Fui para a sala meio receosa e eles estavam os dois sentados no sofá com uma cara que mete medo ao susto.
-hum…olá? – digo eu.
-o que é que é isto? Um telefonema mariana, da escola…
Da escola, porque será? Eu não fiz nada de mal…
-não te lembras? – pergunta agora a minha mãe mesmo chateada.
-não… - digo.
-ai não? Pois, mas devias. O telefonema falava da aula de inglês…o que é que dizes agora? – pergunta a minha mãe aos berros comigo. Eu fiquei agora apenas do tamanho de uma formiga.
-mas, mas…eu não copiei…e o professor…vocês sabem que eu nunca seria Mal-educada para ninguém. – disse perto de chorar.
-vai para o teu quarto. Pela primeira vez tu desiludiste-nos! Os teus dias vão passar a ser casa escola casa. Não há saídas, não chegas a casa a estas horas…estás a ouvir? – disse o meu pai.
Fui para o meu quarto a correr. Abri a porta e mandei-me para cima da cama e comecei a chorar.
Fiquei assim algum tempo até adormecer.
Acordei no dia seguinte com os olhos todos inchados de ter chorado.
Fui para a cozinha onde estavam eles os dois a comer na paz do senhor. Eu tirei um iogurt do frigorífico. Nem me dignei a olhar para eles. Estúpidos, devem pensar que para mim isto é fácil. Bebi o iogurt mais rápido que consegui.
-mariana… - começa a minha mãe.
-adeus. – digo ríspida.
-mariana olha já para mim. – disse ela com uma voz que mete medo para mim.
-o que é porra? Olha eu só desejo que tu sofresses um bocadinho, apenas um bocadinho daquilo que eu já sofri…ai, ai sim eu aceitaria o vosso castigo. Tu mulher perfeita com todos os homens atrás, com o marido atrás…a vida é-te muito fácil, não é?! Se tu…adeus! – não terminei a frase pois já estava prestes a chorar, e eu NÃO queria chorar ao pé deles.
Corri até á porta e fui a pé para a escola. Cheguei lá e não estava quase ninguém. Fui para ao pé da sala, meti os headphones na cabeça e comecei a ouvir música.
-ey, acorda dorminhoca! – disse o chris a abanar-me toda.
Esbocei um sorriso e abracei-o de repente que ele ficou meio surpreendido.
-precisava de um abraço de um amigo. – disse meio envergonhada.
-é na boa, mas nós já estamos a entrar. – disse ele.
Levantei-me. A aula passou rápido, e a outra também. Eu estava agora a ir em direcção ao refeitório. O comer era hambúrguer. Sentei-me ao pé do chris onde logo de seguida se juntou o justin & companhia.
-nem dei tu saíres de casa ontem. – disse o justin.
Ai que nervos…
-és mesmo tapado não és? Tu me deixaste ali na sala á seca e se não fosse o teu amigo, a seca seria ainda maior. – disse-lhe.
O chris começou-se a rir sem se conseguir controlar.
-espera lá, explica isso melhor. – pede ele.
-o teu amigo, convidou-me para ir a sua casa mas ele com uma rapariga que se chama caitlin eles sei lá o que é que eles começaram a fazer, mas sei que ele me deixou na sala á seca a tarde toda sem vir ter comigo. Apareceu um amigo dele e começámos a falar, eu quando vi que o justin não vinha mesmo fui-me embora.
-mariana, eu e ela já fomos namorados, temos muita coisa em comum, muitos momentos passados…percebes? – falou o justin.
Quando ele disse que eles já tinham sido namorados foi como uma faca no coração.
-namorados? – Perguntei.
-sim…mas percebes?
-Fode-te páh! A serio eu não quero ouvir mais merda nenhuma que saia da tua boca! – Disse enervada saindo da mesa.
Peguei no meu tabuleiro e meti-o no respectivo sítio e sai dali disparada.
Fui á casa de banho lavar a cara e arranjar-me quando voltei estava lá o justin. Sentei-me, tentando ignorá-lo.
-mariana… - começou ele.
-sim? – perguntei ríspida.
-desculpa. Eu não me apercebi de ontem. Ela faz-me relembrar bons momentos…será que ainda a amo? Não sei, sinceramente não sei. Ela faz-me sentir nas nuvens, como se eu tivesse encontrado o meu paraíso. – enquanto ele dizia aquilo, lágrimas escorriam pela minha face sem qualquer piedade.
-porque é que me estás a dizer isto? – perguntei entre as lágrimas.
-porque, porque eu pensei que fossemos honestos, e eu achei por bem contar-te…
-para que? Para me estampares na cara que tu gostas dela, é isso?
-não…não…por favor. Não fiques assim. – disse ele quase emocionado.
-tu sabes o que eu sinto por ti…já fiz a minha parte. Agora tu fazes o que quiseres contigo mas não antes disto.
Peguei-lhe na cara e começamos a beijar-nos. Começamos a brincar com as nossas línguas. Eu meti a mão no seu cabelo e puxei-o mais para mim…ele meteu a mão nas minhas ancas e puxou-me contra ele. Eu tive que respirar… ele ficou a olhar paa mim meio abananado.
-lamento. – disse ele.
-eu também… - disse num murmúrio.
Ele saiu de ao pé de mim e saiu pelos portões.
Escorreguei pelos cacifos a baixo e comecei a chorar. Chorei, chorei e chorei até aparecer a jasmine villegas ao pé de mim.
-estás feita. Ás 2 da tarde vai ao palco. – disse ela com uma voz de raiva.
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