Ilusões, Tentativas e Recomeços escrita por gataportuguesa, Darknana


Capítulo 21
Capítulo 21




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Manuella gemeu só de ver a feição da amiga. Dessa vez ela não vacilaria e não faria nada errado. Dessa vez ela estaria ali com a catarinense e só pensaria naquela garota que mudara tanto a sua vida.

Fechou os olhos e passou a se deliciar com as boas sensações que a mais nova lhe dava. O toque de sua boca molhada e quente na sua pele sedenta de carinho, o arrepio que seus dedos ávidos lhe causavam ao explorar o seu corpo, o coração que começava a acelerar a cada momento...

Helena viu a vocalista totalmente entregue as suas carícias e não conseguiu evitar colar sua boca naquela boca carnuda da carioca. O beijo foi longo, ardente, enquanto as mãos continuaram a explorar o corpo desnudo de Pierrot.

A mais velha começou a arranhar as costas da outra, mostrando o quanto aquilo era bom e o quanto estava gostando de estar ali, com a sua querida Colombina.

Sem se importarem com mais nada, consumaram o ato que tanto ansiavam e ainda se amaram mais duas vezes antes de voltarem para casa sem comentarem nada sobre o que havia ocorrido entre elas.

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– Tudo bem, filha? – Heloísa perguntou ao ver a garota entrar em casa com cara de poucos amigos.

– Não, mãe... Não está nada bem... – ela respondeu tristemente.

– O que houve, meu bebê? – a senhora perguntou indo abraçar a filha.

– Você me amaria do mesmo jeito se eu fosse diferente das outras garotas, mamãe?

– Minha, filha... Te amo como tu é. Não vou te amar menos por tu gostar de uma garota.

A guitarrista lhe olhou espantada.

– Tu achou mesmo que eu não tinha percebido nada?

– Ai, mãe... O que eu faço?

– Você tem que decidir com qual quer ficar, minha filha. Não dá pra ser com as duas. Aliás, a Bárbara te ligou. Pediu pra que você ligasse quando chegasse.

– Vou tomar um banho e ligo. Obrigada por me aceitar, mãe. – Naná agradeceu indo pro quarto, sem disposição para continuar conversando.

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Babs já estava começando a ficar agoniada. Aquele sumiço não era normal. Sua intuição lhe dizia que algo estava redondamente errado.

Já estava tarde e não agüentando mais, pegou o telefone e discou o número da catarinense.

– Alô?

– Naná?

– Oi, Babi... Já estava indo te ligar...

– Sua mãe disse que você saiu com a Manu... – ela comentou temerosa.

– Foi... A gente precisava conversar. Mas não quero falar sobre isso agora. Vem me ver amanhã?

– Claro, minha linda. Você está estranha. Aconteceu alguma coisa?

– Só cansaço. Vou dormir agora. Te espero amanhã. Tchauzinho... – disse desligando o telefone.

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A campainha ficou tocando até que a guitarrista despertou e se levantou.

Helena abriu a porta do seu apartamento e se assustou ao ver que era Manu e não a baterista que estava ali.

– Posso entrar? – a vocalista perguntou parecendo desconfortável.

– Pode. – a catarinense disse após alguns segundos. – Aconteceu alguma coisa?

– Sim. – a mais velha disse curvando os ombros como se um enorme peso fosse colocado em suas costas. – Sinto sua falta!

A guitarrista lhe olhou desconcertada. Não estava acostumada com aquela faceta deprimida da amiga.

– Manu, eu... Eu... – ela tentou encontrar as palavras apropriadas, contudo não encontrava nada útil.

A carioca suspirou e se encaminhou para a porta abrindo-a. de costas para a outra, disse:

– Me desculpa por ter te magoado tanto, Naná. Estraguei a única chance que o destino me deu para ser feliz novamente. Espero que a Babi consiga apagar as marcas ruins que deixei no teu coração e consiga te fazer feliz como você merece. Adeus...

– Espera! – a mais nova pediu com a voz embargada.

Pierrot olhou para ela surpresa.

– Esse é o fim? É o fim de tudo? – perguntou tristemente.

Manuella deu um sorriso torto e se encaminhou até a amiga lhe abraçando.

Helena sentiu os braços da carioca lhe apertarem com urgência e ouviu o coração da garota ir se acelerando.

Ela sentiu os lábios da outra pousarem delicadamente em seu pescoço e começarem a percorrer um caminho perigoso. Ela sabia que devia parar com aquilo, que devia se afastar, mas estava se sentindo tão confortável nos braços da mais velha...

– Eu te amo, Colombina! – a garota murmurou de repente.

– Eu também te amo, Pierrot! – a catarinense falou embriagada por aquela sensação boa que a dominava e não a deixava se afastar. Ela falou sabendo que aquilo era a mais pura verdade e viu, logo depois, sua boca ser pressionada contra a boca da escritora.

Ela fechou os olhos e cedeu espaço para que a língua da mais velha explorasse cada canto da sua boca.

Aos poucos seus dedos se cravaram no pescoço da outra, tentando intensificar ainda mais aquele beijo.

Algo lhe dizia para se afastar e par acabar com qualquer esperança que Manu ainda tivesse, porém outra parte ansiava por aquele beijo como se ele fosse uma reserva para todo o resto da vida que elas passariam separadas.

Helena sabia que jamais conseguiria ficar com a vocalista, sabia que Babi era a pessoa certa e era a pessoa que a merecia. Mas ao mesmo tempo ela sabia que nunca esqueceria a carioca totalmente irresponsável que tinha aberto as portas do seu coração para o amor.

Aquele era um beijo de despedida. Por mais que doesse a sua escolha já estava feita e não seria mudada.

Sem ar, as duas se afastaram um pouco para poderem respirar e só então perceberam que não estavam mais sozinhas.


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Notas finais do capítulo

galera desculpem a demora... tou in love, ou seja, querendo curtir ao máximo, hihihisem contar que estava fazendo provas da faculdade¬¬agora que as férias estão ai, os capítulos vão voltar a aparecer mais rapidamente...bjão e brigada por acompanhar a fic!!!