Insegurança escrita por Gabrielafmassei, isabellatmassei


Capítulo 1
- INSEGURANÇA -


Notas iniciais do capítulo

http://www.youtube.com/watch?v=bxnpSG0sico - TRAILLER DA FIC



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Joseph Palmgreen - Joey

Angelina Broderick - Angel

POV ANGEL

Estou perdidamente apaixonada pelo Joey. Não que isso venha a ser um problema, tenho medo por mim, ou por nós. O que me preocupa é o fato de estar sempre destruindo meus relacionamentos com meu temperamento difícil e pavio curto. Joey ontem veio aqui e conversou com meu pai, e isso foi um passo tão grande, que tive medo de cair em um poço profundo no meio do caminho.

Papai sempre aprovou nosso namoro, o que me deixa muito insegura, porque quem irá me acordar quando precisar? E será que papai estará sempre do meu lado? E eu sei que pelo fato de mamãe ter morrido à 2 anos, vitima de câncer, papai tentava ao máximo ser o melhor possível, o que as vezes significava deixar eu fazer tudo o que queria. O período de perda pela mamãe ficou conhecido por TODO O MAL.

E acima de tudo, tenho medo de deixar meu pai sozinho e ir viver uma vida com meu Joey. Papai nunca mereceu isso, nem mesmo quando me levantou a mão quando cheguei bêbada em casa. E tudo o que eu pudesse fazer pra ter papai perto de mim, de modo que cuidasse dele, eu faria.

POV JOEY

Ontem falei com o pai da Angel, e não me surpreendi ao ver que ele aceitou meu pedido de namoro facilmente. Sou filho do melhor amigo dele, e ele sempre esperou que ficássemos juntos, e agora feito ele parecia mais feliz que porco no lamaçal.

Quando sai de lá, percebi a tristeza no olhar de minha amada. Senti seus olhos marejados de encontro a minha pele, e pude compartilhar uma dor desconhecida com Angel, a mulher a qual escolhi viver ao lado.

Levantei seu rosto delicadamente e colei meus lábios nos dela, esperando que isso pudesse acalmar sua alma. O beijo foi retribuído, mas senti falta de algo, talvez da alegria constante que sempre a rondou, e que nas ultimas semanas havia ido embora.

Quando sua mãe morreu, me encarreguei de fazer dela uma pessoa feliz, e depois de um ano vi a diferença. Angel não era tão triste como antes, mas ontem vi uma cortina escura se aproximando... Temo que seja TODO O MAL.

Não sei porque, nem o que, mas se Angel não esta feliz, eu não estou feliz. E se eu tiver que sacrificar minhas noites para provar algo à ela, farei de bom grado. Só a quero de volta. Minha Angel que conquistei e fiz feliz.

POV ANGEL

Quanto mais tarde ficava, mais sentia a pressão dentro de mim. Eu amava Joey de uma forma jamais imaginada, eu o amava com toda minha alma e meu ser, e sacrificaria minhas noites para provar isso à ele.

Ontem ele sentiu minha tristeza e tentou me acalmar com um simples beijo, que por mais que tivesse sido correspondido, não foi o mesmo. E ele sabe o quanto me fez feliz ao longo dos anos. Nos conhecemos desde pequenos, mas nos últimos 2 anos que nos aproximamos mesmo.

Ele fez de mim uma pessoa feliz e com vida. Reconstruiu minha alma, e concertou meus maiores defeitos. Eu mais do que ninguém o necessitava. E ontem quando pediu a meu pai o consentimento para o namoro, fiquei num nervoso sem fim, não podia deixar meu pai, mas deixar Joey seria deixar meu coração num banco de praça a mercê de qualquer alma sombria.

E ele era tão bonito, e tão encantador, e tão educado... Não tinha como não o admirar e o desejar da forma que eu sentia. Joey era o amor da minha vida, e eu com toda minha insegurança poderia o deixar ir embora.

POV JOEY

Estava a 3 horas pensando em Angel e numa forma de ajudá-la. Quando TODO O MAL aconteceu, eu ficava da mesma forma, pensando até altas horas numa forma de alegrá-la. E hoje me via na mesma situação, tentando reanimar a razão de minha real existência, e de meu eterno amor.

Angel era linda e morena, olhos cor de um oceano profundo. Olhar pra ela, era mergulhar num céu de esperanças e felicidade, eu a amava como nunca havia amado alguém.

Amanha levantarei bem cedo e irei fazer uma surpresa à ela. Estou pensando em algum presente aos pés de minha princesa, talvez um colar, ou um buquê de flores. Mas sei que nada será o suficiente pra demonstrar o tamanho de meu amor por ela. Posso viver 100 anos, mas em nenhum deles cogitarei esquecê-la.

Nesse instante estava a caminho da cidade grande, a procura do presente perfeito para a pessoa perfeita. Dei benção aos meus pais e fui de carro até a cidade.

POV ANGEL

Joey acabou de me ligar, disse que amanha queria me ver e que estava a contar os minutos. Como sempre, agi despreocupadamente, mas estava morrendo de preocupação por dentro.

Papai esta sempre fora por culpa do trabalho, então me contento em passear pela fazenda na companhia de minha gata Kiara. Agora estava indo até a baia dos cavalos com o intuito de andar na Persephone, minha égua que herdei de mamãe.

Quando cheguei perto da baia ouvi os cavalos relincharem e corri ver do que se tratava. Então vi que dos 4 cavalos que tínhamos na fazenda, apenas 3 estavam lá... Persephone havia sumido!

Corri até a fazenda à procura de Manuel, encarregado dos cavalos, e gritei de nervoso ao ver que ele não estava na fazenda. Era dia de folga, e ali mesmo só estava a mim e a 2 empregadas internas.

- O que foi, Sra. Broderick? – disse Iracema, uma das empregadas.

Parei na soleira da porta e soltei uma lufada de ar, terrivelmente cansada.

- Persephone fugiu, eu não achei ela por nenhum canto da fazenda... Alguém a roubou!

- Vou providenciar um copo d’água para a Senhorita, se acalme, ela deve estar pastando em algum lugar por ai – disse Iracema ao sair da sala.

Meu Deus, a égua de mamãe não podia sumir, o que eu iria fazer? Eu precisava falar com papai agora... Não, é melhor ligar para o Joey, papai ficaria muito nervoso e não faria bem a ele.

Peguei meu celular na mesa da sala e disquei o número.

- Angel?

- Joey, Persephone fugiu, estou preocupada, não me agüento de nervoso, me ajude... – sussurrei entre soluços

- Se acalme meu amor, em 1 hora estou ai – e desligou.

O que foi isso? Cadê a falta de preocupação? Aquela égua tem valor sentimental para nós todos, pra mamãe. O que esta acontecendo que eu não estou sabendo?

POV JOEY

Quando cheguei da cidade, estava com uma coisa na cabeça: Pra surpresa ser boa, precisaria de um mínimo detalhe. E fui atrás do detalhe...

Cheguei na fazenda Broderick e avisei dona Iracema do que faria, pra não agir como um ladrão. Peguei Persephone escondido e cavalguei de volta à minha fazenda. Não sabia se Angel gostaria do fato de ter pego sua égua preferida, de valor sentimental, mas esperava que ela gostasse do que estava por vir.

Meu celular começou a tocar, então parei no meio da estrada e o atendi estupefato. Era Angel.

- Angel?

- Joey, Persephone fugiu, estou preocupada, não me agüento de nervoso, me ajude... – disse ela entre soluços

- Se acalme meu amor, em 1 hora estou ai – desliguei o telefone e voltei a cavalgar para casa.

Eu sabia que Angel estava nervosa agora, e sabia que ela não entendia o porque da minha não-preoucupação, mas se esse fosse o único jeito de fazer o que tinha planejado, assim seria feito.

POV ANGEL

Troquei meus sapatos, que estavam sujos pela correria pela fazenda e lavei o rosto para me preparar pra visita de Joey. Meu coração batia descompassado o ansiando e minha mente lutava contra, dizendo que papai precisava de mim.

- Senhorita, o Sr. Palmgreen chegou e está te esperando na porteira – anunciou Irina, a outra empregada.

- Como estou? – perguntei me posicionando na frente dela.

- Linda como sempre, senhorita – e abriu o sorriso que poucas as vezes vi. Irina por ser filha de Iracema, sempre se sentiu menos do que os patrões, o que não tinha um pingo de razão. Aqui todos eram iguais a todos.

- Obrigada – sussurrei e a segui até a soleira da porta onde ela apontou para a porteira mais na frente, onde podia ver Persephone.

- PERSE... PERSEPHONE! – gritei e corri na direção de minha égua, que estava amarrada em uma arvore.

Por pouco não tropecei no lamaçal que tinha no caminho, e nem ao menos me preocupei com o sapato limpo. Quando estava finalmente encostando em minha égua, Joey saiu de traz dela com um buque em uma mão e uma caixinha na outra.

Sua roupa não era tão casual, ele estava vestido como um cavalheiro e seu sorriso brilhava de tanta felicidade que irradiava.

- Então você estava com a Perse... – comecei, mas fui cortada por um Joey risonho.

- Vamos dar uma volta – e me ofereceu a mão para que subisse na égua.

- Tem certeza?

- Nunca estive tão certo na vida – e assim dito me pegou pela cintura e me colocou na cela.

POV JOEY

Quando cheguei na fazenda Broderick, avisei Iracema e no mesmo instante ela pediu que a filha Irina fosse chamar Angel. Estava suando frio, mas sabia que no fim tudo daria certo. Me escondi atrás de uma arvore e a esperei ali mesmo.

- PERSE... PERSEPHONE! – ela gritou e correu na minha direção e a da égua.

Fiquei quieto atrás da arvore até que ela estivesse bem perto. Então sai da arvore e ouvi o que já esperava:

- Então você estava com a Perse...

- Vamos dar uma volta – ofereci a mão para que ela subisse na égua.

- Tem certeza? – perguntou com sua testa franzida.

- Nunca estive tão certo na vida – então a peguei pela cintura e a coloquei na cela.

Cavalgamos calmamente até o campo que tinha planejado. O campo em que sempre brincávamos, e sempre fazíamos piquenique. O enfeitei com a maior quantidade de rosas possíveis, e me certifiquei de que as luzes se acenderiam no momento em que a pediria em casamento.

Sim, Angel era a mulher de minha vida, e prolongar o que é inevitável não daria em nada. Eu a amava mais do que a mim mesmo, e a queria tão bem, que não cabia a mim dizer o quão feliz ela seria se aceitasse meu pedido. Deus se encarregará de tudo a partir de agora.

- Vamos ao campo Aventura? – disse ela com um sorriso

Retribui o sorriso, feliz ao saber que ela lembrava o nome que demos ao campo 7 anos atrás.

- O que vamos fazer lá a essa hora? Logo vai escurecer...

- Angel, confie em mim – pedi e a ajudei a descer da égua.

- Como quiser.

POV ANGEL

Estávamos no campo Aventura, e até agora meu cavalheiro não havia dito nenhuma palavra. Eu estava preocupada com o que meu pai pensaria, já estava escurecendo e eu estava na mata.

- Tudo bem, vou começar... – disse ele se levantando do campo, que hoje estava cheio de rosas.

Olhei em seus olhos castanhos escuros e desejei que aquilo fosse uma brincadeira. Primeiro ele roubava minha égua, e depois ele me trazia pra uma mata de noite, será que iria me estru... NÃO! Claro que não...

- Angel, ontem vi nos seus olhos uma tristeza já conhecida e jurei pra mim mesmo que nunca gostaria de ver denovo. Seu corpo pertence a mim, e o meu pertence a você. Teu coração, hoje, bate por mim e por você. Tua alma me completa e sem ti eu não posso viver... Eu preciso de você hoje, agora, amanha, ontem e sempre!

Engoli em seco e tentei ignorar as lagrimas que teimavam em cair em minha face.

- Angelina Broderick, quer se casar comigo? – e então perdi meu chão.

É claro que diria sim, mas e toda a insegurança? E meu pai? E minha vida? Tenho apenas 19 anos...

- Eu aceito – me vi dizer e ri, como se fosse a única coisa que podia fazer – Vou me casar com você, Joey!

Ele que estava ali estático e abobado, se levantou e me pegou em seus braços. Eu precisava dele, e precisava para todo o sempre.

- Eu te amo, Angel – sussurrou ele em meio aos prantos.

- Eu te quero, Joey – respondi e o beijei com urgência.


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Notas finais do capítulo

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