Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 47
Capítulo 45 - Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Nos falamos lá embaixo. ;)

Boa leitura.

Beijinhos



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Capítulo 45 – Epílogo:

Dois meses depois...

Bella

Os dois meses seguintes a toda a confusão que minha vida havia se tornado passaram incrível e surpreendentemente rápidos. Eu estava em Treesville, terminando a venda da antiga casa dos meus pais, logo depois de recolher todos os bens, vender o que podia ser vendido e guardar o que devia ser preservado; toda a biblioteca de meu pai ficou junto à biblioteca de Carlisle.

Em Volterra ficaram alguns vampiros que agora andavam por aí espalhando a boa nova e tentando evitar algumas revoltas. Carlisle, apesar de às vezes ser um líder rígido e frio, não era tão repressor quanto Aro Volturi foi. Os vampiros e os lobos entraram em um período de harmonia, claro que às vezes alguns brigavam e, invariavelmente, essa disputa acabava sendo por causa de algumas jovens-talento ou, por elas.

Christine, Ollyvia e Angelique viviam por perto. Desde que prometeram, em laço de sangue, lealdade ao clã Cullen, elas têm estado sempre próximas e tem sido sempre prestativas, tanto para o resto da família, quanto para mim. Com o passar dos dias, acabei adotando-as como amigas, ao descobrir que tudo o que eram não passava do resultado de uma lavagem cerebral feita pelos italianos metidos.

Assim que acordei, dois ou três dias depois da batalha no salão em Volterra, eu soube da morte de Elizabeth e do quão importante ela foi para mim. Aquele dia, assim como os primeiros dias após eu descobrir quem eu realmente sou, marcou minha vida...

Flashback, Bella.

- Bella... – Edward disse-me. – Minha mãe, Elizabeth, morreu. O impacto da batalha foi muito grande, mesmo para sua parte vampira. Parece que mesmo tendo se tornado uma imortal, ela ainda era frágil.

- Eu não... entendo. – Eu disse, tentando reprimir algumas lágrimas.

- Ao que tudo indica, quando vocês são transformadas, vocês não se tornam vampiras como nós. O nosso organismo muda, de acordo com as condições que passamos a viver. Um vampiro normal, seja ele transformado ou nascido, pode se alimentar – ou não – de comida humana, seu organismo, como estomago, pulmão... Vai funcionar quando tiver o sangue permeando os tecidos... Mesmo se ele não se alimentar de comida humana.

“Já as vampiras-talento, como prefiro chamar para diferenciar, tem a resistência que um vampiro normal tem, quando se machuca, por exemplo, ela vai se curar rapidamente, vai precisar do sangue para poder continuar vivendo... Porém, ainda vai precisar da comida e vai ter as necessidades fisiológicas que um humano têm. Diferente das vampiras normais, as vampiras-talento podem engravidar em qualquer época, diferente das nossas, que só podem engravidar a cada um século.” Carlisle explicava cada detalhe que diferenciava uma das outras. “E, depois desse estudo, que descobri porque a mãe de Edward morreu...”

“A batalha foi intensa, ela usou toda a força – de sua parte talentosa – que possuía, ficando esgotada. E sua parte vampira conseguia se manter, com ajuda do sangue, mas uma não podia viver sem a outra. Quando ela se referiu a alma, ela queria dizer que todo o poder que ela tinha estava acabado, e só restava um corpo imortal.” – Ele finalizou.

(...)

Mais tarde naquele dia, quando eu estava na sacada no alto do palácio, observando a noite estrelada e a última noite de Lua Prateada e, a última noite da Lua Vermelha, uma brisa refrescante percorreu todo o meu corpo. Virei-me na direção oposta a que eu estava e vislumbrei duas figuras translúcidas.

- Mamãe? Elizabeth? – Perguntei.

- Oi querida. – As duas disseram em uníssono. – Finalmente você terminou, Bella. – minha mãe sorriu. – Você é a última, mas agora as coisas vão ficar em paz por algum tempo.

- Cuide do Edward, Bella. Cuide dele e cuide do que está por vir. Muito obrigada por tudo.

Fim do flashback.

Depois daquela noite, eu jamais esqueci a imagem feliz da minha mãe e, da minha sogra – e parente distante – Elizabeth. Apesar de ter pensado em vários significados para o que Elizabeth disse-me, não consegui encaixar nenhum na minha atual situação. Talvez isso, só o tempo me diga...

Mas foi na nossa última noite no palácio Cullen, nomeado por Alice e Emmet, é claro, que eu finalmente voltei a ser a Bella de antes. Naquela noite, onde uma brisa morna entrava no quarto e as frésias do imenso jardim perfumavam o ambiente, Alice e todas as outras mulheres do clã Cullen, me deram a noite mais feliz de toda minha vida.

Alice começou a me arrumar. De início, enquanto ela fazia meu cabelo e maquiagem e, ao mesmo tempo, se arrumava, não imaginei o que pudesse estar acontecendo... Até, eu vislumbrar um vestido singelo e cheio de classe... Na cor creme e branco. Ao lado dele havia um buque, pequeno, com flores brancas de orquídeas e lírios. Havia uma pequena tiara e um par de sapatos brancos...

- Meu casamento! – Eu havia suspirado de surpresa. – Como...

- Levei horas para conseguir tudo, Bella. Mas como ser uma vampira poderosa muda muita coisa, não foi difícil. – Alice riu.

No final da nave da igreja, encontrei Edward, vestindo um fraque numa cor creme, combinando com o vestido. Havia vários vampiros do palácio e amigos de Carlisle, e, eu sentia que minha mãe e Elizabeth estavam lá também. Como de praxe... Aquela noite foi maravilhosa. Não houve lua-de-mel, não viajamos para alguma ilha paradisíaca no litoral Brasileiro, ou então para França ou algum país exótico... Nós apenas ficamos juntos. Era tudo o que eu precisava... Sentir Edward ao meu lado... Ter suas mãos hábeis desatando o laço do meu vestido... Ver seus olhos ocre brilhando ao me ver com uma lingerie de seda branca...

Eu me lembro claramente e me arrepio quando o faço, ao vislumbrar em minha mente os olhos dele, sua feição de deus grego... Seu peito marmóreo sobre mim... De “senti-lo”... De sentir seu aroma refrescante... De sentir seus dentes afiados perfurando um local pouco acima do seio esquerdo... Da sensação quando eu chegava a um prazer máximo, sentindo-o me preenchendo e bebendo meu sangue.

Mas foi hoje, assim que Alice chegou, que todos tivemos uma boa notícia, certamente a melhor do século.

Para variar, Alice fazia suspense, Edward não conseguia lê-la e Jasper ficava aflito. Quando todos nós estávamos sentados nos sofás da sala, Alice abriu um sorriso largo, juntou as mãos em punhos próximos ao peito e respirou fundo.

- Eu tive uma visão. – Ela disse novamente.

- Por acaso é a mesma que você teve em Volterra e NÃO CONTOU? – Emmett perguntou, irritado, porque ele, aliás, nenhum de nós, gostávamos de ficar “no escuro”.

- Sim, e hoje eu tive a confirmação que precisava. – Ela sorriu novamente, mostrando os dentes brancos.

- Allie... – Rose resmungou.

- Edward, por favor. – Alice pediu. – Mostre a todos.

Edward concentrou-se, com uma expressão séria, que logo se suavizou. No instante seguinte, houve uma explosão de gargalhadas. Eu encarei Edward e então vislumbrei em sua mente o que ele estava mostrando aos outros...

Estávamos em casa, na sala. Mas só estávamos nós, mulheres. De repente, a porta da frente se abre e Edward, Emmett, Jasper, Carlisle e Matthew entravam por ela. Eles sorriam. Mas espera, havia mais... Mais gente. Mais vampiros. Então, logos atrás deles, vinham seis figuras, três meninas e três meninos. Mas o que me chamou a atenção, era que um dos meninos era a cópia do meu marido.

- Oh Deus! – Exclamei.

- Alice, isso é... – Rosalie engasgou.

- Querida o que...

- Eu posso ver com tanta clareza, como nos vejo agora. – Alice explodiu em risos. – Não vai demorar. Mas já está acontecendo. – Ela levou suas mãos ao ventre.

- Omg. – Eu continuava resmungando.

- Omg, Matt. – Leah engasgou, após algum tempo em silêncio.

- Querida, foi por isso que seu apetite aumentou. Foi por isso que todas vocês estão caçando mais. – Carlisle, como eu nunca tinha visto, gargalhou bem alto. – Parece que a Lua Vermelha aconteceu...

Nesse instante, eu revi a imagem daquele menino de cabelos dourados, entrando sorridente pela casa. Nesse momento, Edward sorriu e me abraçou.

- Você sabe o que significa? – Ele riu alto.

- Oh Deus... Ele é nosso filho, Edward, nosso, só nosso! – Eu ri e comecei a chorar.

- Parece que vamos ter herdeiros para nosso clã. Verdadeiros Cullen! – Alice sorriu.

- São todos... Vampiros? – Leah perguntou.

- Sim. Todos vampiros, incluindo o pequeno Edward... – Esme improvisou.

- Exceto a nossa. – Matthew riu, abraçando Leah, que não parava de chorar. – Ela é um transmorfa, como a mãe, mas com a resistência do pai. Mas ainda sim, humana.

- Como pode? – Perguntei. – Eu sou humana, não deveria nascer um híbrido?

- Vai nascer. – Alice sorriu de novo, com os olhos cegos. – Tem uma menina. Com cabelos cor de caramelo... De olhos verdes... Com as feições de Bella.

Edward virou-se bruscamente para Alice, mostrando-nos a nova visão. Ela era linda. Uma mistura curiosa de Elizabeth, Edward e Eu. Mas não, ela não era uma hibrida de humano com vampiro. Ela era uma híbrida como eu, uma jovem talento, que eu já podia sentir...

- Bella? – Edward chamou-me.

- Oh deus... Edward eu... Eu... – Gaguejei, ao sentir um pequeno frescor em minha barriga, como se houvesse um sol nascendo, como se uma luz cálida se espalhasse em meu ventre. Eu podia mesmo sentir. – Minha... Filha...

- Não Bella... Seus filhos. – Carlisle riu.

- Serão gêmeos, Bellão. – Emmett riu alto. – Gêmeos!!!

- E aí está o milagre da história... – Carlisle assinalou. – Gêmeos, uma jovem talento, poderosa e humana como a mãe, e um menino, com o sangue do pai e com a imortalidade dele.

- Agora está tudo bem... Eu sei que nós vamos ficar em paz... Eu tenho certeza. – Alice sibilou, abraçando Jasper.

Dois meses depois...

Outros dois meses se passaram. Houve mudanças, mudanças drásticas em nossa feliz realidade. Carlisle estava pretendendo mudar-se definitivamente para o palácio em mais alguns meses, já que a mansão branca iria ficar pequena. Alice, Rosalie e Esme já estavam num estágio de gestação bem avançado. O apetite delas estava triplamente maior, suas barrigas eram redondas e lisas, pálidas e já mostravam sinais de que estavam para dar a luz.

Já eu, de acordo com os ultra-sons que Carlisle fizera, eu estava em meu último mês de gestação. Seriam no total, cinco meses.

Eu estava sentada numa cadeira de balanço que Esme havia colocado na sacada, vendo o por sol e a lua que ia surgindo aos poucos, em meio aos raios dourados. O céu parecia ter sido tirado de uma pintura, os tons quentes mesclavam entre si, formando uma paleta totalmente nova. Em meio a tudo isso, tinha o verde das árvores e o prateado da lua que surgia.

Eu ouvi alguma movimentação vinda do andar de baixo, mas não dei atenção. A brisa fresca que eu sentia, somado aos chutes ligeiros e cada vez mais fortes, diga-se de passagem, que eu tinha em meu ventre, tiravam toda e qualquer concentração para qualquer outro assunto.

- B! – Eu ouvi Leah me chamar. – O primeiro Cullen está chegando!

- Oh deus, quem?!

- O de Esme!

Eu sai de minha cadeira e tentei equilibrar-me, ao passo que tentava enxergar o chão onde pisava. Quando cheguei ao segundo andar, vi Alice, Edward, Emmett, Rosalie, Jasper, Lee e Matt parados no hall. Alice tinha uma expressão sorridente, porém todos estavam tensos. Carlisle trancara-se dentro da ala de hospital criada dentro da casa. Um dos quartos de hóspedes estava sendo usado.

Alguns minutos depois, Angelique e suas duas amigas chegaram a mansão branca, a pedido de Alice. Elas haviam sido encarregadas de deixar o palácio em Volterra preparado para a chegada do grande clã.

Enquanto os minutos se passavam, fiquei ao lado de Edward, esperando que Carlisle nos desse notícias. A cada instante, os chutes em minha barriga se tornavam constantes.

Quase quarenta minutos depois, Carlisle abre a porta. Seu rosto tem uma expressão feliz e satisfeita, como se tivesse alcançado o ápice de sua vida. Todos nós entramos e encontramos Esme ligeiramente inclinada, com um pequeno bebê em seu colo. Ele sorria, tinha os olhos abertos e pequenos dentinhos.

- Este é Ryan. – Ela disse. – Que significa “Futuro Rei.”

Os olhos de Esme brilhavam repousados sobre o pequeno corpo de Ryan. Ele sorriu observando os rostos naquele quarto e mostrando as pequenas presas. Ryan iria crescer rápido, assim como todos os outros, exceto minha futura filha.

A mesma coisa aconteceu dois dias depois, com Alice. Carlisle fez o parto, Jasper ficou ao lado dela e recebeu uma menina em seus braços. A cópia de Alice, com as feições esguias miúda, mas com os cabelos ondulados e loiros do pai. Uma pequena boneca, que recebera o nome de Nix, que, segundo Alice, era uma deusa misteriosa. Imagino que Alice tenha tido uma visão sobre a filha ou então, tenha alguma noção do que ela vá ser, por isso este nome.

Três dias depois foi a vez de Rosalie, que dera a luz a um menino, com olhos dourados e as feições de Emmett. Ele recebera o nome de Brian, que significava forte, como o pai.

O meu seria o último parto a ser feito. Um dia anterior ao meu, Leah entrou em trabalho de parto. É claro que iria nascer uma menina, uma transmorfa que estaria fadada a proteger uma jovem talento, ela se chamaria Susan, com a pele branca como a do pai, mas os cabelos escuros da mãe. Susan tinha olhos negros, como o de Leah.

No dia seguinte foi a minha vez. Cedo demais, eu pensei algumas vezes, e, finalmente, em outras, quando eu já estava querendo ter meus filhos em meus braços. Eu não sei por quanto tempo estive inconsciente, devido a morfina que Carlisle me dera, para que a cesariana pudesse ser feita, mas a única coisa de que me lembro, foi que ao acordar, eu encarava Edward sorrindo, como nunca vi antes.

Ao lado dele surgiu Esme, segurando uma menina. Edward segurava um menino, meu filho. Meus dois filhos.

- Segure-a. – Esme disse sorrindo. – Como ela se chamará?... Ela vai ser muito poderosa, sabia? – Ao ouvir isso, eu pude sentir uma fraca energia emanar da minha pequena filha.

- Arya. Preciosa. – Eu sibilei. – Ela não terá o mesmo destino que o meu. Ela não estará fadada a escolher entre as duas espécies. Porque eu tenho certeza que ela encontrará, aqui mesmo, a pessoa só para ela.

- Ele será Edward. – Meu marido, Edward, sorriu. – Meu pai chamou-se Edward, eu me chamo Edward, ele se chamará Edward.

- Um nome muito importante. – Eu ri, lembrando-me da primeira vez em que ouvira aquele nome e de quando ele jamais saiu da minha cabeça.

Os dias foram se passando, logo eles se tornaram meses e então anos. As crianças vampiras cresciam rápido, em um ano Ryan, meu pequeno Edward – apelidado de Eddie por Emmett, para evitar confusão -, Brian e Nix já tinham todos os dentes e os cabelos compridos, constantemente cortados. Suas peles eram resistentes como a dos vampiros e eles já se alimentavam de sangue, humano, por causa do desenvolvimento.

Ryan, por ser filho de Carlisle, tinha o mesmo autocontrole que o pai e uma autodefesa inabalável. Meu pequeno Edward era meu marido, só que com um dom mais aperfeiçoado; ele era um telepata, exímio, é claro. Brian, era forte como Emmett e belo como Rosalie, não havia dúvidas de que era filho dos dois. E Nix, a cópia fiel de Alice, pequena, esguia, mas com os dons de Jasper; Nix conseguia alterar os sentimentos das pessoas ao seu redor e implicar desde dor, até alivio.

Já Susan, filha de Leah, esgueirava-se por ai transformando-se numa pequena lince, sua transformação favorita. Era amiga de Arya, minha pequena criança prodígio, que já exibia seus poderes.

Depois de um ano e meio, Carlisle e Esme decidiram ir para Volterra. Emmett e Rosalie foram junto, assim como Alice e Jasper, deixando que Matt, Edward, Eu e Leah ficássemos aqui, até que as duas meninas já tivessem idade suficiente para conviver entre tantos outros vampiros.

A vida de todo o clã mudou depois que Elizabeth Masen deixou este mundo, meu marido nunca mais quis voltar a Chicago, e eu passei a ser a única Swan em uma família inteira.

Dois anos depois...

- Arya, Eddie, o tio Emmett está na Web Cam! – Eu exclamei, olhando para o andar de cima da casa.

- O tio Emmett? – Susan e Arya apareceram na porta da sala.

- Sim queridas. – Eu assenti.

Logo em seguida, as duas entraram no escritório de Carlisle e pude ouvir risinhos baixos vindo de lá. Eddie passou por mim logo depois, me deu um beijo na bochecha e entrou no escritório. Edward, meu marido, apareceu carregando uma pequena margarida em sua mão, colocando-a em meu cabelo, logo em seguida.

- O que houve?

- Emmett. Não consegue ficar sem ver os três. – Eu disse rindo, aconchegando-me ao abraço carinhoso dele.

- Logo vamos ter que deixar este lugar. – Edward comentou.

- As crianças gostam daqui. – Murmurei, mesmo sabendo que Volterra nos aguardava. – As meninas ainda não estão tão preparadas, talvez...

- Você e Leah as treinam muito bem. – Ele sorriu. – E os treinos com os lobos estão ajudando a fortalecê-los, todos os três. – Ele acrescentou.

- Sim, sei disso. – Falei. – Estou com a impressão de que alguma coisa ruim vai acontecer, Edward. Eu já tive isso antes e então eu vi você sendo-

- Shii!

Ele me calou com um beijo morno. Havia uma estaca em seu coração aquele dia. E depois, sua mãe faleceu. Comentei mentalmente, não podendo evitar lembrar-me da figura inanimada de meu marido. Um tremor percorreu minha espinha e as imagens sempre vinham acompanhadas de outras, que me faziam fraquejar.

Ele amparou-me quando meus joelhos se dobraram.

- Já passou, Bella. – Ele girou-me em seus braços e colocou-me sentada numa banqueta de assento branco. – Tome.

- Obrigada. – Eu tomei um gole do suco de laranja, quando o celular dele começou a vibrar.

- Oi Alice. – Ele disse rindo. – Vai mesmo ficar fazendo ligações no meio do dia para os Estados Unidos?

De repente, sua expressão ficou séria e ele ficou mudo. Seus murmúrios tornaram-se tão baixos, que não pude distinguir um sim de um não, mas eu sabia que a visão de Alice estava relacionada ao meu mau pressentimento. Alguns segundos depois ele desligou, então virou-se para mim.

- Onde está Leah?

- Estava indo até a cidade. Ia buscar os presentes que tínhamos mandado fazer para as meninas e Edward, por quê?

Edward, como sempre, ignorou-me e pegou o celular. Discou um número e esperou que atendesse. Pelo jeito em que passou a me encarar, não havia resposta.

- O. Que. Houve? – Perguntei devagar.

- Alice teve uma visão com Leah. – Ele sibilou o mais baixo que pôde. – Ela estava sendo atacada por vampiros e Matt não estava junto.

- Oh deus. – Deixei-me cair na banqueta novamente. Senti meu corpo girar e meu estômago dar voltas de enjôo. O conhecido tremor passou por minha coluna e logo eu senti que ia perder o controle, como a muito não acontecia.

- Tem mais. – Ele sibilou, tentando me manter calma.

- Fala. – Sussurrei.

- Depois dessa visão, não há futuro para Leah. – Traduzindo: se não a achássemos, ela iria morrer.

Meu controle expirou-se. Aquele conhecido tremor percorreu cada célula do meu corpo e eu não tinha mais noção da realidade ou da ilusão, mas eu sabia o que acontecia ao meu redor. As luzes piscavam e algumas coisas saiam do lugar, então, eu me via cercada por uma barreira vermelha, uma película tão fina e tão mortal, que eu só vi uma vez em toda minha vida: em Volterra.

--

- Bella, amor... – Edward chamava-a, porém sua esposa estava completamente inconsciente.

Susan, Eddie e Arya conversavam com Emmett pela internet, quando viram tudo piscar. Os três saíram de onde estavam e correram para o andar de baixo. Eddie foi o primeiro que correu. Seus olhos estalaram com a imagem de sua mãe, envolta por uma película avermelhada. Instintivamente, ele correu para pegá-la.

- Não! – Edward impediu o filho.

- Mas minha mãe...

- Mamãe!!!

- Arya não!! – Ele enlaçou-a pela cintura quando ela tentava passar por ele.

- O que houve com a tia Bella? – Susan perguntou.

- Bella é como Arya. – Edward explicou. – É muito poderosa, mas infelizmente tem um pequeno problema com controle. Isso já vai passar.

Edward sentia-se angustiado quando via esse tipo de coisa acontecer, mas ele sabia muito bem que não podia fazer nada para impedir.

- Bella, Bella!! – Ele exclamou, dessa vez, sua voz soou mais profundamente, como se fosse um pequeno tremor vindo do fundo do oceano. Algo dentro de Bella despertou e então tudo foi cessando. Edward soltou os filhos e foi amparar a esposa, que caia desacordada em seus braços. As três crianças seguiram Edward para o quarto, enquanto ele a colocava na cama.

Eddie e Arya ficaram ao lado de Bella, sentados no beiral da cama, com Susan próxima a eles.

- O que aconteceu? – Susan insistiu.

- Algo aconteceu com a sua mãe e nós precisamos achá-la, Susan. Mas vou precisar que vocês três fiquem na reserva.

- Não! – Susan bateu o pé, logo em seguida, ouviu-se um barulho no andar debaixo e logo em seguida Matthew apareceu na porta do quarto. Mais alguns passos, pesados e rápidos, seguiram-no.

- Matt. Achou-a?

- Não. – Ele disse com pesar. – Leah sumiu enquanto estava no penhasco indo encontrar-se com o bando.

- Vamos deixá-los na reserva e ir procurá-la. Ela não pode estar longe. – Edward sibilou.

- No perímetro da reserva não há indício algum. Seth já está comandando um grupo de busca e mais alguns lobos ficaram na reserva. Eles estarão seguros lá. – Sam falou, entrando no quarto. – O que aconteceu?

- Minha mãe perdeu o controle quando soube sobre a tia Lee.- Arya falou.

Cerca de vinte minutos depois Bella acordou. Olhou ao seu redor e viu que estava em seu antigo quarto na reserva. Não havia ninguém, ela constatou. Provavelmente foram procurar Leah. Ela pensou, levantando-se e indo em direção a porta.

Todos os arredores da casa estavam sendo vigiados por enormes lobos de várias pelagens diferentes. Na cozinha estava Emily, assando os famosos muffins. Ela sorriu ao ver Isabella acordada.

- Emily, para onde eles foram? – Bella perguntou.

- Mãe! – Arya entrou correndo, abraçando-a. – Você nos assustou.

- Desculpe querida, eu não queria que tivesse visto aquilo, mas eu não consigo controlar.

- Vai acontecer comigo também? – Arya perguntou.

- Não, você será melhor do que eu. – Bella riu, entregando um muffin para cada um deles. – Eddie, fique com elas. Eu não quero saber de nenhum de vocês saindo pela floresta.

Nesse momento, Seth entrou correndo na cozinha. Ele arfava e tinha as roupas – uma bermuda e camiseta regata – desarrumadas, e estava descalço. Ele encostou-se na bancada da cozinha e encarou Bella.

- Nós não temos idéia do porquê. – ele disse, entre suspiros. – Mas existe uma coisa que Edward e Matthew descobriram.

- O quê? – Emily e Bella perguntaram.

- Isso foi obra de dois vampiros, dois vampiros que sabiam que só vocês estavam por aqui.

- Os clãs pequenos aceitaram bem a idéia dos Volturi não estarem mais no poder. A repressão acabou, não teria porque haver mais mortes. – Bella pensou.

- Não existe mais ninguém? – Emily encarou-a. – Mais ninguém que quisesse poder? Alguém que quisesse esse poder?

Bella ficou pensativa. Existia alguém, na verdade. Existiam muitos, mas ela não os conhecia e a maioria preferia continuar vivendo no anonimato, aparecendo e desaparecendo quando fosse conveniente. Porém, algo se passou por sua cabeça. Havia uma pessoa que ela conhecia, que queria esse poder e já esteve desse lado do jogo.

- Eleazar! – Ela arfou.

- Quem é Eleazar, mãe? – Eddie perguntou.

- Um dos vampiros responsáveis pela morte de Elizabeth Masen, sua avó biológica. – Bella respondeu. – Seth, vamos. Emily, fique de olho neles. Edward, você não vai sair daqui. Eleazar não vai medir esforços para nos atacar e eu não quero que ele, ou quem quer que esteja com ele, saiba sobre vocês. Entendido?

- Sim. – Os três responderam ligeiramente desapontados. Arya queria saber quando chegaria a hora de ser a sua vez de lutar, ela não queria ficar na cola do irmão para sempre. E, apesar da pouca idade que tinham, principalmente as duas meninas, eles sabiam muito bem da realidade do mundo atual e do mundo ao seu redor.

- Prometo que vou manter Emily e vocês informados, mas por favor, não venham atrás de mim. Vocês três são preciosos demais para que eu os perca tão cedo e, batalhei demais para conseguir chegar aqui.

- Nós vamos ficar aqui. – Edward encarou-a, com uma expressão séria, porém suave. Ele estava sendo sincero, embora seu temperamento dissesse para fazer o oposto do que a mãe estava pedindo.

Bella deu um beijo na testa de cada um deles. Despediu-se de Emily e saiu com Seth. Os quatro correram atrás dela até a porta da casa, uma porta dupla, de cor escura, carvalho, provavelmente, com maçanetas grandes. Bella assoviou e sua égua apareceu, correndo, de trás da casa. As três crianças sorriram e ficaram com os olhos arregalados ao ver o pêlo brilhante, branco, lembrando o brilho fraco de uma pérola. Bella subiu e galopou para fora das propriedades, sendo ladeada por Seth, em sua forma de lobo.

Matthew e Edward faziam, junto com Sam e uma parte do bando, uma ronda por vários quilômetros em torno da mansão branca e da reserva, onde Leah fora vista pela última vez. Eles corriam, circundando toda aquela região, até que estacaram no meio do caminho, bem próximos a um conhecido campo de batalha.

O descampado atrás da alta colina tinha voltado a ser verde, a cabana abandonada que existia lá, voltara a ser coberta por plantas rasteiras e flores miúdas arroxeadas. Perto dali, próximo ao rio, cuja correnteza estava mais forte naquele dia, devido as cheias, havia um grupo de vampiros – quatro ou cinco, talvez seis – e uma imensa pantera negra, de olhos amarelos, que rosnava ferozmente para os vampiros.

O céu estava parcialmente nublado. As nuvens acinzentadas juntavam-se umas as outras, como um sinal claro de que iria chover, e bem forte. Um vento frio soprava e balançava a copa das árvores.

- Eleazar!! – Edward rosnou, correndo em sua velocidade vampírica para próximo do local.

- Ora, ora, se não é Edward Cullen. – Ele disse com desdém. Atrás dele estava Vasily e Sasha. Carmen estava ao lado.

- Justamente vocês. Suspeitei que isso fosse acontecer, mas não tão cedo. – Edward comentou.

- Isso porque vocês duas tinham dito que me respeitavam. – Bella murmurou, aproximando-se lentamente com Estel, que trotava. Bella correu os olhos para Leah, que estava com várias partes do corpo machucadas.

- Vocês vão pagar por isso. – Matthew rosnou.

- Ou talvez não. Talvez vocês paguem. Existem vários inconformados. Alguns querem apenas vingança e esperam poder se juntar a outros.

- Muitos preferem o anonimato, você sabe. – Edward rosnou. – Eu não vou impedir que qualquer um aqui mate a todos vocês. O clã Cullen já não é mais aliado e amigo de Eleazar, Sasha, Carmen e Vasily. – Edward disse em tom solene.

- Vocês estão banidos dessa região. Qualquer um de vocês que for visto por aqui, não será poupado... – Sam disse. – Caso resistam.

- A vingança é um prato que se come frio. – Carmen rosnou.

- Justamente. – Bella sibilou, aproximando-se de Edward, a pé.

Nesse instante, Vasily avançou de forma esguia, passando por entre Carmen e Eleazar, arremessando-se contra a imensa pantera. Leah, como já estava ferida e, devido a freqüência dos ataques, já não conseguia se curar com tanta rapidez, não conseguia manter-se firme por muito tempo e muito menos, desviar de ataques. Sabendo disso, Vasily esgueirou-se entre eles e arremessou-se contra o lombo da pantera. Ele passou os braços em torno do pescoço dela e aproximou os caninos, rasgando a pelagem.

Leah ganiu e caiu no chão, em sua forma humana. Nua.

Bella estreitou os olhos e, atrás de Edward e todos os lobos que tentavam avançar no clã inimigo, começou a expelir uma grande quantidade de energia. A conhecida película vermelha saiu e foi percorrendo aquele pequeno espaço entre ela e Leah, protegendo-a. Vasily tentou aproximar-se e foi repelido, caindo para trás, com machucados profundos no corpo.

Em questão de minutos a situação estava sob controle, se não fosse por um pequeno detalhe: a vida de Leah corria sérios riscos.

- Matt! Leve-a para casa AGORA!!! – Bella gritou.

- A jugular dela foi perfurada, Matt. Vamos, pegue-a e vamos para a reserva.

Matthew fez o que haviam mandado. Correu com Leah o mais rápido que pôde, enquanto Bella tentava manter-se concentrada na prima. Tentando mantê-la viva.

(...)

- Mãe!!! – Susan correu atrás de Matthew, que subia para o quarto de hóspedes. – Oh deus, pai o que aconteceu?

No momento em que Susan entrou no quarto, Matthew dava seu pulso a Leah, que bebia, sem pestanejar, o sangue oferecido. Os ferimentos iam curando- rapidamente. O metabolismo de Leah já tinha voltado ao normal e já conseguia realizar todos os “reparos” sem ajuda de sangue vampiro. A transmorfa encostou-se no travesseiro, respirou profundamente, ainda sentindo as dores causadas por aqueles vampiros.

- Mamãe?

- Oi, Susie. – Leah sibilou. Seu cabelo, agora mais longo, porém ainda negro e brilhante, cintilou na luz do luar que se iniciava.

- Achei que papai fosse te transformar... – Susie disse.

- Eu também. – Leah confessou. – Mas isso vai acontecer algum dia, querida. Mas por hora, vou continuar sendo uma transmorfa.

- Que bom, mamãe. – Susie abraçou-a e deitou-se no colo dela.

No andar debaixo, Edward amparava Bella, que entrava na cozinha abatia e pálida, com olheiras arroxeadas e profundas. Arya e Edward correram para ajudar a mãe. Emily puxou uma das cadeiras, onde Bella foi colocada.

- Leah está bem?

- Sim, Emily. – Sam sorriu, dando-lhe um beijo estalado na bochecha. – Agora está tudo bem...

- Eles vão voltar. – Seth murmurou, lembrando-se que os vampiros não foram mortos, apenas nocauteados.

- É, vão. Mas nós vamos estar bem longe daqui e, provavelmente eles não terão chances. – Edward murmurou.

- Como a Lee está? – Bella perguntou.

- Bem, amor. Ela está dormindo com Susan. – Edward sorriu, correndo o dedo indicador pela lateral do rosto dela, colocando uma mecha atrás da orelha. – Precisamos ir para Volterra. Mesmo com a matilha aqui, não estamos seguros.

- Vamos esperar, só mais alguns anos, Edward. Arya e Eddie... eu quero que eles... Eu os quero crescendo aqui, num lugar calmo, onde tudo começou. Daqui há... dois, três anos, talvez, nós poderíamos nos mudar. Eles já vão estar com idade suficiente e, com certeza, bem treinados.

- Ela tem razão. – Sam murmurou, observando Eddie e Arya que ouviam a conversa, calados. – Nós nunca convivemos tão bem com os da sua espécie e, isso, acontece graças a vocês. Então, só posso oferecer nossa casa, que na verdade, pertence a Bella e Leah...

- O quê? – Bella arregalou os olhos.

- Jacob, apesar de tudo, havia deixado seus nomes na escritura... Então, fechem a mansão, despachem o que tem que ser despachado e fiquem aqui, com nossa companhia. – Sam Uley ofereceu.

- Eles poderão treinar com mais freqüência com os lobos e estarão sob nossas vistas. – Seth disse, abrindo um sorriso largo, que lembrava muito o sorriso de Jacob. – E eu vou ter minha irmã por mais algum tempo...

- Tudo bem. Ficaremos aqui esta noite e, amanhã ajeitaremos tudo. – Edward sorriu.

Bella

Depois daquele longo dia, as coisas voltaram a seus lugares. Susan voltou a treinar com Leah e os lobos. Edward voltou a caçar com Eddie e ensiná-lo sobre autodefesa e ataques. Eu voltei a dar algumas aulas para minha filha... Levamos a vida assim por mais quatro anos.

Era verão quando decidimos nos mudar. Eddie já era um jovem vampiro, e por ser puro, crescia mais rapidamente, assim como os primos (Ryan – filho de Carlisle -, Nix – Filha de Alice – e Brian – filho de Rosalie). Todos eles já tinham seus quinze anos, tanto psicologicamente, quanto emocionalmente. Já Susan e Arya eram as mais novas, cresciam rápido também, pois a influência mágica em seus sangues era maior que a proporção humana; elas estavam com 12 anos.

Em Volterra já não se falavam em outra coisa, a não ser a nossa chegada. Alice, obviamente, já não agüentava mais a distância, mas ela, mais que todos os outros, sabia bem que aquilo era necessário, porque duas crianças como minha filha e a filha de Leah, não podiam chegar despreparadas num lugar diferente e com muito mais vampiros.

A despedia entre Leah e Seth fora difícil, porém, necessária. Eu sabia que ela iria ficar triste, mas para compensar, Carlisle havia decretado que qualquer lobo pertencente aos Quileute, tinha entrada permitida em qualquer território pertencente aos Cullen. Isso garantiu que Seth e Quil viajassem conosco, depois de uma decisão repentina.

No início da noite do dia seguinte, nós estávamos rumo a Volterra. O céu era mais negro e as estrelas mais brilhantes naquele lado do planeta. Acariciei a mão de Edward, e encarei-o, mais lindo do que nunca, vestindo um smoking. Eu trajava um vestido curto, azul marinho e sandálias de salto. Era uma recepção, obra de quem, eu não preciso dizer, ou preciso?

- Alice não aprende. – Edward riu, quando entrava pelo grande arco do pátio do palácio, sendo seguido pelo carro com Matthew, Leah, Susan, Seth e Quil.

Nós paramos em frente à porta larga, dupla, de madeira maciça. Minha mente fora invadida por lembranças turvas dos dias em que eu fora raptada, a única coisa que eu conseguia ver eram aqueles vampiros carregando a mim e Edward. Eu sabia que aquilo era só uma lembrança, mas não era o que os meus olhos enxergavam naquele momento. Edward colocou sua mão em meu rosto, afagando-o. Eu estremeci e abri os olhos novamente. Alice estava lá.

- Bella! – Alice me abraçou. – Oh Deus, como você está linda!! Seu cabelo está compriidoo!! – Ela exclamou. – Estão todos nos esperando. Preparamos uma pequena recepçãozinha.

- Alice...

- Edward! – Ela riu e abraçou o irmão. Logo em seguida, desviou-se dele e começou apertar bochechas.

- Alice, deixe-os inteiros, se puder. – Leah riu, abraçando-a também.

Nós andamos lado a lado pelos corredores, que agora já não tinham o mesmo ar sombrio de antes. As janelas estavam abertas, deixavam a luz prateada do luar entrar. Os móveis foram reposicionados e flores e plantas verdes decoravam o lugar. Não parecia o lugar onde uma luta havia acontecido.

Quando viramos o corredor e entramos num grande salão, vislumbrei Esme e Carlisle aparecerem.

- Queridos! – Ela nos abraçou.

- Eddie! – Eu ouvi Nix sorrir e ir abraçá-lo.

- Oi Esme, Carlisle. – Abracei-os.

 Logo depois dos cumprimentos iniciais, Carlisle fez questão que nós fossemos apresentados, pois diante daquele dia, viveríamos ali. Todos os vampiros presentes naquele palácio, incluindo os novos aliados, Tanya e Stefan, junto com o clã romeno, ficaram cientes de que uma nova era tinha começado. Os lobos não eram mais vítimas, eram aliados numa luta que se tornaria constante, proteger a única espécie que equilibrava aquele mundo: a minha.

Assim, a eternidade começou. Minha vida passou a ter sentido, assim como a de Leah e de todos os outros. Estávamos completos, não precisávamos de mais ninguém, só da nossa vida em família.

Leah não precisou ser transformada após aquela batalha contra Eleazar, mas ela faria o pedido a Matthew depois de algumas décadas sem envelhecer. Susan continuou crescendo, suas transformações eram hábeis como as da mãe. E foi em Brian que ela encontrou o apoio que precisava. O filho de Emmett, tal como o pai, tinha seu fraco por mulheres, um belo dia, ele veio nos contar que tinha conhecido alguém... É claro que todos nós já sabíamos.

Nix, filha de Alice, com seus quinze anos já tinha conseguia manipular todos ao seu redor com muita habilidade. E foi com Eddie, meu pequeno Edward, que ela escolheu viver a eternidade.

Arya acabou apaixonando-se, exatamente como eu, por Ryan, o legítimo e biológico Cullen.

Seth, Sam e Emily vinham duas vezes por ano a Volterra e nós íamos visitá-los sempre que podíamos.

Quase uma década depois, quando minha linhagem já estava garantida e quando meus dois pequenos herdeiros já estavam criados, Edward me transformou. Foi então que a eternidade começou, para mim.

Houve um dia em que alguém disse que a lua ficaria vermelha e que a criança prodígio iria morrer para que um dos lados prevalecesse. Houve dias em que disseram que quando a lua ficasse vermelha, vampiros iam ficar insanos e brigar pelas fêmeas vampiras...

Houve um dia em que eu achei que a minha vida estava completa... Houve dias em que eu temi vampiros, temi lobos, temi a mim mesma... Mas existiram dias em que eu lutei pela minha e pela vida daquele que eu amaria.

A primeira Lua Vermelha se foi, levando todo o sangue com ela, deixando-nos numa época de paz e prosperidade. Mas viriam outras e eu estaria sempre lá, ao lado de todos aqueles que me apoiam, para impedir que mais sangue inocente fosse derramado.

FIM


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Notas finais do capítulo

Acabouu, own, e aí, gostaram da fic??
Achei que ficou diferente dos finais que costumo escrever, embora, a Bella seja sempre a mesma... Juro que vou mudar isso. hihi~

Agora que Lua Vermelha etsá finalizada, estou a cmainho da reta final de Opera Paris, que para quem não sabe, é baseada na história do fantasma da Opera, então, passem lá, deixem seu review e sua recomendação. ^^

E, outra novidade, em breve, vou começar a postar uma nova fic (deem uma passaidnha no perfil para saber), chama-se Uma Prova de Amor; essa fic não terá vampiros, será Beward e, terá uma história linda e emocionante. Deixem seu review por lá.

Bem, quanto a Lua Vermelha, alguns esclarecimentos... O Nome NIx foi sim pego emprestado da série House Of Night, porem, dei uma olhada na internet e Nix está relacionado, realmente, ao mistério e a mitologia celta. Então acabou combinando com Alice. hihi~ E já o nome Arya, da filha da Bella, é emprestado da série Game of Thrones (é, nada a ver, eu sei), mas a personagem é exatamente a personalidade que eu queria.

Well, nos vemos por aí, muito obrigada a todas voc^Çes por lerem mais uma fic minha, por mandarem seus comentários e me animarem á escrever. Espero poder continuar escrevendo mais e mais, porque afinal, é isso o que eu gosto de fazer nos tempos livres. E, espero também, que vocês continuem comigo.

Nos vemos em Opera Paris e Uma Prova de Amor.

Agradecimentos á Le Cullen pelo review.

Beijinhos,
Até mais.



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