Rose acordou de mais um pesadelo. Resolveu tomar um banho. Abriu o chuveiro e sentiu a água quente percorrer sobre o seu corpo, se encostou à parede e sentou, sobrando os joelhos e abraçando-os, encostou o queixo nos joelhos e fechou os olhos. Resolveu tomar o seu banho, não queria dar este gostinho a Scamanta, não queria que Scamanta soubesse que ela sofria com os pesadelos que tinha constantemente, apesar deste ser o objetivo de Scamanta desde o inicio, queria mostrar a Scamanta que ela era forte e corajosa, ou não se chamava Rose Weasley que pertencia a grifinória, e com muito orgulho. E com muita preguiça ela desligou o chuveiro, se enrolou na toalha, e deixou os cabelos molhados e soltos. Quando estava fechando o box...
- AAAAAAA! – gritou Rose de sustou quando ela se depara com Scorpius, o menino com a cara de recém acordado, cabelo despenteado e ela olhou para as roupas dele. E o que avistou? – Por que você está com isso? – perguntou ela para a calça de moletom que ele usava e o peito estava nu.
- Por que você está com isso? – perguntou ele apontando para a toalha em volta do corpo da menina.
- Não mude de assunto. E eu acabei de sair do banho.
- Você acabou de mudar de assunto. E eu acabei de acordar, ou ainda não percebeu? – perguntou ele
- Bom dia Malfoy. – e saiu para o quarto.
- Mulheres, quem vai entender? – murmurou ele para si mesmo – Precisava vir com manual.
E ele foi tomar banho. Era sábado, estava louco para ir a Hogsmead, mas fazer o que? Tinha detenção, mal passou uma semana de aula, e já tinha uma detenção. Tomou um banho e já tinha perdido o café da manha, esperaria pelo almoço, resolveu ir ao refugio, ver se passava o tempo.
Chegou nele e viu Rose. Ela estava deitada de barriga para cima no sofá que tinha, estava de olhos fechados e ouvia uma música. (N/A: Não vou colocar o nome da música, nem cantor, nem a letra, nem nada. Era só para saber que ela estava fazendo algo. E mesmo assim, não sei que música colocar. E também é um tédio ficar toda hora parando a música para ler o que eles fazem ou falam!)
- Oi. – disse ele se sentando em um puff (N/A: Para qualquer dúvida de móvel, que tem no ‘refúgio’ olhe o cap. 5!)
- Oi. –respondeu ela de olho fechado
- Ã... tudo bem?
- Sim e com você?
- Também. – ele ficou entediado, não tinham nada para falar. Olhou o relógio, faltava 10 minutos para o almoço. – Vem, vamos – disse Scorpius se levantando – Falta 10 minutos para o almoço.
- Certo – e ela se levantou, e ele pode ver que ela chorava.
- Ei, por que estava chorando.
- Eu sonhei com a minha mãe. – disse ela entrando em um choro incontrolável.
- Ei, calma. – disse ele tentando acalmar ela – E... ela fez algo com a sua mãe?
- Sim (snif – som de fungada!), ela mordeu o braço da minha mãe. – disse ela abraçando ele.
- Calma. – ele disse abraçando ela – Meu pai disse que a sua mãe era a bruxa mais esperta que ele já viu. – Rose olhou para ele sorrindo – Ela vai saber se cuidar.
- Obrigada. Vem vamos, estou com fome. – e os dois saíram
Chegaram até a entrada do salão principal e foram cada um, para a sua respectiva mesa. Rose olhou e viu que Lílian falava com Hugo, que, os dois apresentavam uma expressão de preocupados.
- Bom dia. – disse Rose com um animo que nem ela, nem Merlin, sabem de onde veio.
- Bom dia. – respondeu Hugo e Lílian.
- E o Alvo? – perguntou Rose estranhando Alvo não estar na mesa
- Dormindo. – respondeu Hugo olhando para a irmã, mas logo depois passou a olhar para a prima e retornar em uma conversa, que pelo jeito foi interrompida por Rose. – Mas aí, ninguém sabe de onde veio.
- Sobre o que vocês estão falando? – perguntando Rose se servindo de suco de abóbora- Papai me mandou um berrador – e ao falar ‘berrador’ Rose o olhou com os olhos arregalados – não! Ele não me mandou um berrador daqueles mais horríveis, ele me mandou um calminho.
- E sobre o que falava?
- Falava que a mamãe acordou com um machucado no braço, mais um machucado feio mesmo, parece que alguém tinha mordido ela. – e ao falar isso os olhos se encheram de lagrimas, mas ela não iria derramar tudo ali, e ela também não queria tomar um suco de abóbora com lágrimas junto. – Ah! Papai me pediu para eu ti entregar uma carta para você. – e dizendo isso Hugo deu uma carta à irmã. – Eu ia ti dar no café da manha, mas como você não apareceu.
- Ah, ta. Obrigada. Eu vou ler... – começou ela a se embaralhar com as palavras – no refúgio. – e dizendo isso ela saiu correndo do salão atraindo todos os olhares por onde quer que ela anda-se.
Ao chegar no refúgio, ela abriu a carta.
“ Rose, minha filha.
Como está os primeiros dias de aula? E os estudos? Tem se dado bem né?
Rose não repare, sua mãe sempre foi assim, ela só está assim por causa das NOM’s!
Ron! Eu tentando animar ela e você só piorando!
Ah Hermione! Esquece. Então minha filha, está tudo bem por ai? Tem aprontado muito?
Ron ela não é igual ao Hugo
Mas é igual a você! Se é que você me entendeu. Hehe...
Certo, mas mudando de assunto... Quero um relatório me contando tudo da primeira semana!
Rose, a sua mãe é pior que um professor pedindo para fazer um tema. Mas é que ela está assim, porque ela acordou de um pesadelo em que ela estava sendo mordida e você gritava para uma cobra parar de morder ela, e que a sua mãe não estava envolvida nisso, e coisa e tal. Por isso que ela está assim.
Ron, você nunca muda! Mas era só isso. Mandei um beijo para todos! E vê se me escreve!
Beijos, Mamãe e papai!”
Rose só ria da carta dos pais. Só eles para fazer ela rir em um momento desses. (N/A: Pessoal, é que eu achei melhor e que – talvez – seria mais engraçado se eles discutissem, por que normalmente as brigas deles são engraçadas. Ok, raramente.)
- Rose? – perguntou uma voz que ela conhecia – Tudo bem?
- Oi Leo. Sim, tudo bem. (N/A: Hehe... Acharam que era o Scorpius...) Com licença que eu tenho que almoçar. – e dizendo ela saiu pelo refúgio. Descia as escadas e se chocou com alguém. – Oi Scorpius. Temos detenção.
- Sim, eu ia te chamar. – disse ele se virando para ir a sala de Horácio – professor?
- Sim? Ah, a detenção de vocês, claro. – disse ele se sentando na mesa dele e falando para os dois se aproximarem.
- O que teremos de fazer?
- Vocês terão que, ou escrever um poema ou uma música. – eles se entreolharam, Rose ia falar algo mas o professor fez sinal que ele ia prosseguir – E nem vem com a desculpa que vocês cantam mal, que eu soube que vocês cantam muito bem. Boa sorte, agora com licença. – e o professor saiu deixando Rose e Scorpius confusos.
- Por que diabos o professor falou ‘E nem vem com a desculpa que vocês cantam mal, que eu soube que vocês cantam bem” Quero ele daqui a duas semanas– perguntou Scorpius imitando a voz do professor
- Eu não sei, quem sabe ele bateu a cabeça enquanto vinha? – perguntou Rose
- Acho que sim – disse ele se retirando da sala, e ela o acompanhando. –O que você vai fazer?
- Uma poesia, é mais fácil. E você?
- Uma música. É muito mais fácil do que poesia.
- Hum. – foi a única coisa que ela conseguiu falar. Eles foram para o refúgio, ela pegou uma pena e começou a pensar, pensou e pensou, mas nada veio na cabeça. Lembrou os momentos bons coma a família e com os amigos, os momentos ruins e tristes, mas nada. Olhou para Scorpius e viu que ele escrevia rapidamente e rabiscava no pergaminho. Olhou para a janela. – Eu vou sair para pensar.
- Ok – foi a ultima coisa que ela pode ouvir dele.
Saiu e ficou dando uns passeios pelo castelo. Chegou ao salão principal e ficou parada olhando para a sua mesa.
- ROSE! ROSE! –gritou Lílian na sua direção
- Lílian! O que está acontecendo? – perguntou Rose preocupada
- Rose! O mundo está caindo!
- O que? Como assim? – perguntou Rose.
- O Jake!
- O que tem ele?
- Ele disse, ele me disse que eu tirei ótimo em poções! – falou ela com um sorriso nos lábios
- O que? Como? – perguntou ela desconfiada
- Ele foi entregar um trabalho para o professor em viu o meu trabalho, e ele disse que viu um ótimo escrito! Rose, um ótimo! E em poções! – gritou ela feliz.
- Parabéns! – disse ela feliz pela prima ter tirado um ótimo em poções. As duas se abraçaram
- Desculpa estar atrapalhando o abraço de primas, mas Lílian tem algumas carruagens a nossa espera. – disse Jake aparecendo
- Vocês ainda não pegaram uma carruagem? Vamos, andem para não se atrasarem!
- Certo. Tchau Ro!
- Tchau Li, tchau Stone
- Tchau Rose! – Jake teimou em dizer
Resolveu voltar para o refugio, não tinha nada para fazer. Chegou lá e viu que ele escrevia e nem prestava atenção em nada.
- Scorpius?
- Hun?
- Ã... está calor, você não quer ir lá embaixo um pouco? – perguntou ela receosa, ele respirou fundo
- Certo, vamos. – ele pegou a varinha e fez ela levitar para o seu quarto
- Por que não deixa o pergaminho aqui?
- Alguém pode ler.
- E qual é o problema? – ele suspirou e foi na direção dela
- Você gostaria que alguém lesse o seu diário?
- Não.
- Então. Vamos. – e os dois foram.