Vivimi escrita por Igorsambora


Capítulo 11
O orgulho Makah


Notas iniciais do capítulo

desculpa a demora e por esse cap ser menor, mas tem um carinho imenso em cada palavra dele tá?

beijo meninas!

Matilha Unida é Matilha Forte!!! (mais q nunca né?)



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POV Jake

 

Mal tínhamos chegado à minha casa. Ela estava no banho, enquanto eu preparava um lanche leve pra nós dois. O sol dava seu adeus naquele dia e apesar da luz ser precária pra um humano, me movimentava perfeitamente na penumbra e me assustei com o celular de Bella.

- Atende ai, Jake! – ela gritou do chuveiro, enquanto eu abria o celular e me deparava com uma voz cristalina do outro lado. O tom parecia urgente e assustado.

- Bella?! – A sanguessuga reparou na minha respiração.

- Jacob! Ela está no banho! – nunca tive muita paciência com os Cullen.

- Cachorro, escute com atenção porque o assunto te interessa também. Victória vai lançar dois ataques hoje. Seu comparsa levará a maior parte do exército pra uma aldeia ao sul de vocês – associei automaticamente com a aldeia Makah -  Victória virá procurar Bella em Forks com cerca de oito neófitos, já que espera encontrá-la desguarnecida.

- Jake! Quem é no telefone? – Bella estava curiosa e não mais ouvia o barulho do chuveiro.

- Cachorro, foco! Esse ataque acontecerá em cerca de uma hora. Nós seguraremos as pontas aqui enquanto vocês salvam a aldeia. Se vocês falharem, não sobrará ninguém! – A vampira desligou no momento que Bella saia de toalha do banheiro.

- Amarre esse vestido na perna e venha comigo. No caminho eu te mostro o que a vidente me contou. Temos que reunir a matilha. A hora chegou!

Não havia tempo pra nos preocuparmos com detalhes como bilhetes ou roupas, simplesmente explodimos em nossas formas lupinas e eu uivei pra convocar todos pra nosso local de encontro. Sam foi o primeiro a chegar e reforçou o chamado a reunião. Após repassar a revelação de Alice, começamos a nos organizar.

“Não gosto dessa estratégia dos parasitas. Obviamente é uma armadilha essa opção de ataque simultâneo. Alem de apostar em uma possível hesitação nossa, nos força a dividir as forças da matilha” - ponderou Sam.

“Os Cullen ofereceram agüentar o ataque à cidade sozinho” - Embry fez questão de lembrar.

“Jake, a responsabilidade de guardar La Push e Forks é nossa. Logo, Parte da matilha vai ficar guardando o forte.

“Sam, você fica aqui com nossos corredores mais lentos, enquanto eu corro com Embry, Leah, Seth, Bella e Collin. Tentaremos resolver as coisas lá o mais rápido possível e voltamos. Com esse time mais leve, podemos ir e voltar com mais velocidade.”

“Prefiro que você leve Quil. Um lutador experiente como ele vai fazer falta, mas não conseguiria mantê-lo aqui. Não adianta vocês irem tão rápido se não conseguirem dar conta da luta lá.” – Sam decretou, mas preferi não discutir.

“Vamos logo. Claire ainda mora naquela aldeia.” - Quil saiu puxando o grupo e logo vi que não seria ele que atrasaria o passo do grupo.

“Boa Sorte. Vão atrás dos Cullen e segurem as pontas. Voltaremos o mais rápido possível.” - Desejei com pesar a Sam. Essa estória de dividir as matilhas incomodava a todos.

“Faremos um ataque repentino e a meta número um será estabelecer um perímetro de proteção na aldeia. Assim que o ataque for deflagrado, não podemos deixar nenhum sugador ultrapassar nossa linha de defesa. Se mantenham firmes em posição e tentem desmembrar os vampiros. Se possível, queimaremos eles depois, mas dêem prioridade a tirá-los de combate. Se for um embuste, não devem demorar a cair.”

 

POV Bella

 

Voávamos pela floresta, enquanto Jake Embry e Quil repassavam os detalhes do ataque. Os três eram a linha de frente da equipe e cabia a mim, Leah, Seth e Collin o papel de não deixar nenhum dos inimigos cercarem nossos lutadores ou passar por nós em direção a aldeia.

Jake imaginava que nossos adversários eram cerca de doze neófitos. Iríamos “atropelar” o grupo deles na primeira investida e se reduzíssemos um terço do numero deles, não teríamos problemas com o restante.

Tentava não pensar muito no que poderia acontecer com Jacob. Acho que não sobreviveria se o pior acontecesse. Nós éramos muito fortes, principalmente em equipe, mas os vampiros também tinham sua força e principalmente seus dons. E se algum deles tivesse algum dom que desequilibrasse demais a luta?

Minha loba interior também me assustava. Agora podíamos ver o grupo de vampiros e não eram mais do que dez crianças. Sim, deviam ter idades entre doze e quinze anos. Eles avançavam sem se dar conta do perigo que corriam, mas não podíamos deixar que chegassem à aldeia. A alcatéia impulsionava minha loba a destruir cada um deles, mas se a situação fosse outra, eu procuraria outra solução.

Atropelamo-los a menos de um quilometro da comunidade. Ataquei o sangessuga mais próximo de mim arrancando um braço e decepando-lhe a cabeça no chão. Os outros caíram com a mesma rapidez, mas Jake mudou pra forma humana e perguntou ao último vampiro.

- Vocês eram quantos? – Embry estava sobre o menino.

- Quinze. Alguns chegaram antes. Sua aldeia já deve estar toda morta agora.

Quil disparou em direção à aldeia. Sua dor parecia imensa e Embry ficou com Collin pra juntar e queimar os frios que desmembramos. Não se ouvia nenhum som, mas a cena era pior que o inferno de Dante.

O chão sagrado da aldeia estava banhado de sangue e uma mulher loira e branca como a neve debruçava-se sobre o corpo de uma velha senhora. Podia-se ver sua pele morena contrastando com a ofuscante luminosidade da fria. A loira tentou correr, mas Quil foi impiedoso com ela. Três frios chegaram pra dar combate. Estavam enfrente a uma casa a uma velha casinha azul. Reconheci de imediato como o lugar onde busquei a pequena Claire. Meu coração falhou um compasso diante do sangue fresco que brilhava nas roupas dos frios. Uma onda de ódio e frustração atingiu a nós todos. Jake ditava comandos pra que abatêssemos os três frios e pediu pra mim pra procurar pessoalmente a criança. Assim como ele, eu acreditava que ela ainda estivesse viva.

Comecei pelo casebre azul. Os meninos seguiram os frios até a praça central da vila, onde o combate se desenrolava. Voltei à forma humana e agucei meus ouvidos procurando um choro, um batimento, uma esperança pra continuar. Tinham cerca de sete corpos pela casa. Dois adultos jovens, que deveriam ser os pais de Claire, estavam segurando uma porta. Apesar de comovida com o sacrifício deles, eu me agarrava a esperança de não ter sido em vão o esforço deles. Eles defenderam um pequeno corredor que dava para as montanhas.

Encontrei o vovô Young no sopé de uma íngreme escada, ao lado de sua velha espingarda que dava sinais do quanto o combate fora injusto. Acima da escada, um grande portão de madeira fora destruído na perseguição. Se algum vampiro fez isso com a última defesa do abrigo, era quase impossível que alguém sobrevivesse a sua investida.

 O sol resplandecia na pele da bela vampira que estava parcialmente soterrada na entrada de uma caverna. Sua pele fria e seu odor enjoativo denunciavam sua condição. Ela também me farejou logo que a vi e sua íris vermelha foi o estopim da minha ira. Retirei meu vestido com os tremores me sacudindo e não tardei em ceifar mais uma não vida do universo. Retirei suas pernas dos escombros e taquei fogo com ódio no olhar. Não encontrara a pequena Claire depois de seguir o rastro de defesa de sua família e não consegui frear minha vingança. Espero que Quil me perdoe um dia.

Observava a pira dos restos da parasita a minha frente e as lágrimas já banhavam meu rosto, quando eu ouvi um leve murmúrio vindo da caverna. Aquela risada infantil encheu meu peito de esperança.

- Claire!? Você tá ai, meu anjo? – retirava as pedras com cuidado, tentando abrir um espaço pra entrar.

- Não se aproxime fria! Os protetores vão nos vingar! – A voz era de uma adolescente. Ela com certeza devia ser a babá da pequena.

- Meu nome é Isabella e eu sou Quileute. Pode vir comigo. Quil está preocupado com a Claire.

- Você acha que eu vou acreditar em você? Sua pele é pálida como a da fria. – tinha que reconhecer que ela tinha razão. Eu era muito branca pra uma Quileute e me transformar em Loba não ia ajudar em nada agora.

-Minha pele brilha como a dela? Pegue em minha mão. Você pode sentir meu calor – ela não se aproximou muito, mas pude ver aquela jovem makah. O medo estampado em seu rosto e suas roupas manchadas de sangue denunciava os augúrios que ela passara pra salvar-se. Não era mais velha que Collin ou Brady, mas tinha aquela beleza dos nativos.  Ela encostou rapidamente em minha mão, mas não a segurou. Desabou chorando de alivio.

- Sim. A pequena Claire está aqui, mas não vamos conseguir retirar essas pedras. – sua voz estava embargada, mas tinha um timbre bonito de menina-mulher.

- Eu vou chamar ajuda. – pensei em chamar os meninos e abrirmos caminho na montanha de escombros.

- Não nos deixe sozinhas! -  eu também ficaria assustada depois de tudo que ela passou. Hoje eu preferia não ficar lembrando os momentos com Edward, mas eu sei o terror que é ser perseguido por um vampiro sádico e sanguinário e não poder se defender. Conectei-me com a matilha e mostrei onde estava, quase instantaneamente, eles chegaram e começaram a abrir uma passagem segura pras meninas saírem.

Certifiquei-me que estavam todos bem antes de pensarmos em voltar pra La Push. Jake me abraçou e apertou forte contra seu peito, fazendo com que toda minha angústia fugisse de minha mente. Embry e Leah olhavam, embevecidos, uma birrenta Claire bater seus punhos gordinhos contra um bobo Quil que chorava compulsivamente com um sorriso imenso nos lábios.

Seth foi o último a chegar e foi completamente novo pra mim ver aquilo acontecendo bem diante de meus olhos. Ele mal colocou os olhos em Sarah, e parecia que tinham acendido um holofote sobre ela. Ele era incapaz de ver algo além da jovem Makah e rapidamente se prontificou a ajudá-la. O sorriso de ambos era sincero e por sobre toda a tristeza que nos cercava ficou o alento de que nenhuma delas ficaria sozinha no mundo.


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Notas finais do capítulo

e a matilha vai crescendo...
proximo capitulo teremos a outra parte do combate!