Sou só a Namorada do Justin Bieber escrita por The Sweet B


Capítulo 1
Adeus velha vida!


Notas iniciais do capítulo

minha primeira Fic, Divirtam-se!



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Respira... Respira... Respira! Eu pensei. Sentia uma grande multidão ao meu redor olhando para mim na escuridão. Por um momento pensei nas possibilidades de onde eu estaria... Mas onde estou? Em um palco? Uma luz branca e forte se abre em cima de mim e finalmente pude ver o rosto de todos. Péssimo! Mas onde é que estou? E por que estão gritando meu nome? Então sinto alguem pegar na minha mão. Não vi quem era.

- Alicia... Alicia, meu amor, acorda! Vamos, você tem que acordar... ACORDA! - minha mãe falava abrindo as janelas do meu quarto.

- Argh, mãe, já estou acordada! - resmunguei.

Ah, foi só um sonho. Um sonho muito, muito, muito estranho que em poucos minutos eu vou esquecer... ou não me importar mais. O meu quarto estava agitado, culpa da minha mãe que mexia sem parar no meu guarda-roupa. Minha mãe bateu na minha bunda debaixo dos lençois antes de sair.

- Vou voltar em 5 minutos! - gritou ela sobre os ombros.

Cinco? Eu sei quanto tempo é seus 5 minutos... DOIS! Tá, o jeito é acordar. Me levantando, olhei para meu despertador que dizia: 5:30h quarta-feira, 27 de dezembro. É hoje! Finalmente chegou o dia! Eu ia começar meu intercâmbio para os Estados Unidos! Pulei da cama, sem me lembrar mais do sonho. Corri para o banheiro e depois para a cozinha. Minha mãe estava lá servindo o meu café-da-manhã: Ovos mexidos.

- Ah, mãe, não podia ser só cereais? Eu estou com pressa!

- Não, você já vai comer muito disso lá fora e a tia Sarah não cozinha muito bem. Digo isso por experiência propria de quando eu tinha a sua idade e fui morar lá em São Francisco...

- Tá, mãe! Eu sei muito bem de toda a história do seu intercâmbio. Agora, por favor, come rapido! Eu vou perder o voo! - interrompi minha mãe.

Enquanto eu engolia os ovos, minha mãe tomava calmamente, olhando para mim, sua xicara de café quente com bastante leite. Se fosse para explicar a expressão da minha mãe naquela hora, atras da xicara quente, eu diria que 50% dela era de orgulho, 30% de felicidade por mim e 20% de angustia e tristeza. Ela ia sofrer em ficar sozinha, por todo esse tempo eu fui a mãe dela. Ela ficava muitas vezes confusa sobre o que sentir do meu intercambio. Ela tentou varias vezes me fazer desistir, outras tantas ela me apoiou, afinal ela teve a chance dela. Essa era a minha!

Depois do café, tomei meu banho, e me arrumei. Eu estava vestindo uma calça jeans, uma T-shirt cinza, sapatilhas e meu casaco de moleton nas mãos. Na minha bolsa havia um kit de emergência que era completamente essencial para mim que sou muito desastrada, celular, quilos de doces e chicletes e minha carteira com documentos e passaporte. Eu olhei rapidamente para minha mala e me certifiquei que não havia esquecido de nada. Levei a mala para a sala onde minha mãe ja estava pronta colocando o relógios no pulso e olhando para mim e minhas malas. Eu sabia o que ela queria falar: "Tem certeza de que pegou tudo, Alicia?" sim, mãe, TUDO! Você me viu ontem a noite com uma lista de tudo que eu estava levando. Essa seria minha resposta.

- Pronta?

- Pronta, eu só... Ah, meu Deus! Eu quase me esqueci do... - Eu nem terminei a frase, sai correndo para meu quarto para pegar meu bracelete.

Eu olhei rapidamente pra ele enquanto o prendia no pulso. Havia vários pingentes nele. Havia um estrela dourada que minha avó tinha me dado no Natal de 2004, um coração de cristal que minha mãe me deu no dia do meu primeiro baile quando eu tinha 13 anos (dia do meu primeiro beijo); um microfone dourado da tia Sarah e um pingente de ouro com um escrito "Juntos Para Sempre". Era do meu pai e ele me deu quando eu tinha 3 anos junto com a pulseira. Era o único pingente que tinha algum valor material, pois todos tinham um grande valor sentimental para mim. O pingente do meu pai ele tinha ganhado da minha avó, quem eu nunca conheci e, pelo o que eu sabia, ela não queria me ver nem pitada de ouro e segurando um diamante de 5 quilates na mão. Minha mãe dizia que ela não havia concordado com o namoro da minha mãe com o meu pai, e que, quando minha mãe ficou gravida, ela mandou meu pai esquecer dela. Eu sempre me perguntei se ela não havia se arrependido disso, se ela nunca teve curiosidade de me conhecer, se não queria ter se despedido do meu pai no enterro 11 anos atras. De acordo com minha mãe, a resposta a essas perguntas era "Não".

O aeroporto ficava a 30 minutos da minha casa, e por 30 minutos eu tive que aguentar minha mãe me dizendo coisas do tipo: "Não fale com estranhos! Se sentir alguma coisa, qualquer coisa que seja, fale com a tia Sarah! Ela vai te levar ao médico... Leve o passaporte para todos os lugares! Não quero ter que sair do país pra te tirar da cadeia... Eu quero que você se divirta, mas cuidado com as pessoas com quem você vai fazer amizade!". Quando finalmente chegamos, fizemos o chek-in, e eu tinha que esperar mas duas horas pelo meu voo, aguentar a minha mãe por duas horas...

- Filha... - 2:00h já havia se passado e havia chegado a hora da despedida. - Eu te amo muito e você sabe disso, não é? Nós vamos nos falar sempre! Eu vou estar te mandar e-mails todos os dias e é bom você me responder, ouviu? - disse ela, me abraçando. Ela parecia mais preocupada do nunca.

- Calma, mãe, eu vou te responder todos os dias. E tome cuidado também! Tente não por fogo na casa, por favor, mãe... Eu também te amo muito!

 Uma voz anunciava meu voo para todo o aeroporto. Os olhos da minha mãe se enxeram de lagrimas.

- Ligue pra mim quando chegar! - ela disse enquanto eu pegava minhas coisas e me afastava dela, em direção do para o portão de embarque.

Comecei a sentir as lagrimas tentarem escorrer pelo meu rosto. Quando me virei para dar o ultimo adeus para minha mãe, uma lagrima escapuliu dos meus olhos e limpei ela rapidamente. Minha mãe me mandou um beijo. Hora de partir, Alicia!


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