Sweet Holidays escrita por reader_05


Capítulo 8
Pequeno paraíso


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, foi mal pela demora. Ela se deve a dificuldade que tive pra descrever algumas partes de uma maneira que me deixasse satisfeita.
Mas eu amei escrever esse capítulo, espero que também gostem dele



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  Tomei uma ducha e coloquei um jeans velho e uma camiseta qualquer, calcei um par de tênis velho e desci as escadas. Durante esse tempo procurei esvaziar minha mente, afinal havia muito nela.

  Quando cheguei a sala de jantar todos já estavam sentados na mesa de jantar, antes que pudesse falar minha tia me apresentou:

- John, Peter, esta é Bella, minha sobrinha - Eu acenei para eles - Bella, este é John, meu noivo, e este é Peter, seu filho.

  Ela primeiro apontou para eu homem que parecia ter de quarenta e cinco a cinquenta e cinco anos, careca e de pele branca ele parecia simpático. O segundo parecia ter minha idade, tinha a pele levemente bronzeada e olhos verdes.

- Prazer em conhecê-los - Sentei na mesa e coloquei comida em meu prato.

- O prazer é nosso - Não sabia qual dos dois falou pois estava com a cabeça voltada para o prato.

  O jantar foi relativamente agradável, a comida estava gostosa e a refeição foi rápida. Depois de alguma conversa pai e filho foram embora e, eu e titia, fomos no deitar.

  Antes que entrasse e meu quarto, minha responsável me avisou:

- Lembre-se que eles se mudam daqui cinco dias

  Não respondi e entrei em no quarto, coloquei meu pijama e escovei os dentes e fui pra cama. As coisas estavam acontecendo depressa em minha vida, mas de alguma forma eu sentia que essa era a maneira certa.

  Acordei com meu celular tocando:

- Alo? - Disse sonolenta

- Desculpa, não queria te acordar - Disse uma voz feminina que eu sabia já ter ouvido

- Hm... Quem é? - Perguntei

- Ah, Bella, é a Rose - Ela fez uma pequena parada - Posso te chamar assim, não é?

- Sim - “Eu acho” pensei - Então, o que quer?

  Nessa hora apliquei a voz menos rude que consegui, porém mesmo assim acho que não pareceu muito amigável

- Eu só queria saber se pode vim me visitar no hospital hoje a tarde. Eu queria conversar um pouco

- Ta, estarei ai as duas, tudo bem?

- Ok, obrigada Bella.

- Então tchau

- Tchau. Até as duas

- Até - Desliguei o telefone após o outro lado da linha ficar mudo

  O fato é que eu estava meio nervosa, fazia séculos que eu não falava coisas que não fossem insultos com a Rosalie, não sabia o que devia esperar

  Mesmo assim segui minha rotina, depois de almoçar coloquei uma roupa comum e avisei minha tia que ia sair.

  Cheguei no hospital em alguns minutos:

- Com licença, não sei se você se lembra, mas estive aqui ontem - Reconheci a mulher da recepção

- Ah, claro, gostaria de visitar o mesmo quarto? - Pelo jeito ela também me reconhecia

- Sim, por favor

- Ok, pode ir - E sorria brevemente

  Subi as escadas o mais devagar possível, tentando adiar o máximo possível, mas logo foi inevitável, pois me encontrava a frente da porta de Rosalie. Tentei bater na porta com leveza

- Bella, é você? - Escutei a voz de Rose

- Sim, posso entrar?

- Claro

  Ela estava deitada na cama do hospital, pelo visto já tinha melhorado, percebi que um grande hematoma que se localizava em seu ombro tinha quase desaparecido. Me sentei em uma cadeira ao lado da janela.

- Eu nem sei por onde começar - Sua voz parecia cautelosa - Eu realmente queria pedir desculpas por todos esses anos, por tudo que eu fiz

- Eu... - Rose me interrompeu

- Pesei muito sobre tudo depois do acidente, e lembrei como costumávamos ser amigas antes daquela conversa, aquilo foi muito cruel

- Realmente - Senti uma dor que não vinha desde tudo que aconteceu na viagem

- Eu nem sei de onde arrumei coragem pra te pedir desculpas, mas eu fiz, porque realmente sinto muito. Só queria que nunca tivéssemos dito aquilo, nem eu nem Edward. Você me perdoa?

- Olha, por um longo tempo eu te vi como um cretina sem coração, mas eu acho que se eu mudei muito nesses meses, você também pode ter. Significa muito pra mim que tenha pedido desculpas.

- Pra mim também - Seus sorriso estava radiante agora

- Sabe, no final, isso foi bem mais fácil do que eu temia que fosse

- Pra mim também

  A volta pra casa foi normal. Mal podia conter meu nervosismo, hoje a noite seria meu primeiro encontro com Edward, quer dizer, meu primeiro encontro

  Foi só depois de tomar banho que percebi que eu não sabia que roupa devia usar em um jantar, por sorte, lembrei que tinha pegado o telefone da Rose:

- Hey Rose, sou eu, Bella - Falei meio envergonhada

- Oi Bella, qual é o problema?

- É que hoje eu tenho um encontro com Edward e não sei que roupa vestir, pensei que poderia me ajudar

- Claro, que tipo de encontro?

- Um jantar

- Bom, você pode usar uma calça jeans e uma camisa ou camiseta um pouco mais normal ou um vestido

- Ta, obrigada

- Nada, espero ter ajudado. Bom, tchau então

- Tchau

  Depois de tentar umas vinte combinações de roupa acabei com uma calça jeans, uma camiseta branca e uma camisa xadrez por cima.

  Passei as próximas horas sentada no sofá me esforçando pra não roer as unhas, ou foram minutos? Ok, agora eu tinha certeza de que minha cabeça explodiria de ansiedade.

  Foi então que, pra minha felicidade, a campainha tocou. Sai correndo,abri a porta e abracei-o.

- Vai com calma - Ele falou em meio a um suspiro

- Desculpa - Retirei minhas mãos e dei um passo pra trás

  Ele gargalhou dessa vez.

- Não se preocupe, não fez nada de mais, só estava brincando - Ele passou um de seus braços ao redor de meu ombros e me guiou até o carro.

- Você gosta de comer o que? - O carro começou a andar

- Mc donalds? - Ele gargalhou mais uma vez

- Quando eu tento fazer alguma coisa especial você diz que quer ir no Mc Donalds?

- Ta bom, estão escolha você

- Aposto que minha opção será melhor

- Claro, mas temos que chegar lá primeiro, vai que o peso da sua modéstia é mais do que o carro pode aguentar.

- Olha, não é que chegamos? - Ele desceu do carro e abriu a porta pra mim. Acho que nem percebi o tempo passar, pois estávamos em um pequeno restaurante na saída de Forks.

  O lugar estava praticamente vazio, havia umas ou duas mesas ocupadas. Nos sentamos em uma perto de uma grande janela de vidro, eu mal prestei atenção na comida que pedimos, acho que foi macarrão.

- Como conhece esse lugar? Não parece muito a sua cara - Comentei

- E por que não? O que é a minha cara

- Não sei, é afastado e clamo, até um pouco clássico

- Pois é, aqui foi onde meus pais se conheceram, venho desde pequeno

- Ah, entendi

- É que achei que ia gostar do restaurante - Ele colocou a mão por cima da minha, que estava sobre a mesa

- Acertou, eu gosto

- a refeição senhores - Olhei para o lado, só então percebi um garçom em um blazer preto parado ao lado da mesa

  Ele colocou os pratos e os copos onde se devia e saiu. A refeição estava deliciosa e tudo parecia perfeito.

  Após terminarmos de comer começou a tocar uma música lente, uma das minhas favoritas na verdade. Edward se levantou e estendeu seu braço e minha direção.

- Me concede a honra desta dança?

- Eu não sei dançar - Senti minhas bochechas fiarem quentes - Volta pro seu lugar... agora

- Vem Bella, eu te ensino - ele puxou meu braço com leveza, me fazendo levantar - Não tem ninguém olhando

- Edward... - Minha vergonha era tanta que não deixava as palavras saírem da minha boca

- Bella... - Ele respondeu no mesmo tom

- Ta, mas se eu cair eu te levo junto

- Nada mais do que o esperado - Ele me puxou pra perto dele e colocou a mão em minha cintura. - Agora coloque sua mão esquerda por cima do meu ombro.

  Ele pegou a direita e levantou-a a uma certa altura, agora estávamos naquela posição clássica de valsa que já tinha visto tantas vezes em filmes.

- Agora de um passo pra leste e dep... - foi tudo que eu consegui ouvir antes de entrar em estado de transe. Com minha cabeça encostada no ombro de Edward eu só escutava a calmaria da música ao fundo.

  Se eu dissesse que sabia quantos minutos ficamos naquele vai e vem da dança eu estaria mentindo, não fazia idéia. Mas poderiam ser horas que eu não me importaria, ou até dias, pois parecia que estava flutuando no salão.

  Mas infelizmente, como tinha de ser, a música acabou e a realidade se restabeleceu, mesmo assim não movi minha cabeça, como que se eu não me mexesse aquilo ali duraria mais.

- Vem, preciso de mostrar uma coisa - Ele sussurrou

- Hã?

- Vem - Ele deu alguns passos a frente e eu segui.

  Perto do estabelecimento, após cerca de cinco minutos de caminhada podia-se ver uma praça de formato redondo, o chão era coberto de um ladrilho que se mostrava bem velho, nos limites do lugar havia árvores baixar e com muita folhagem e por toda sua extensão flores roxas e brancas chamavam a atenção dos olhos.

  Bem no centro tinha uma banco de madeira, onde Edward já estava sentado, fui até lá e sentei em seu colo, abraçando o seu pescoço.

- Obrigada

- Pelo jantar? Que isso - Ele fez uma careta

- Não isso, seu bobo. Por tudo isso, por tudo

  Ele apenas sorriu, mas com esse simples movimento eu sabia que ele tinha me entendido.

- Eu acho que eu vou pegar o casaco que eu deixei no carro - Me levantei e dei poucos passos pra longe de onde sentava.

- Deixa que eu busco pra você - Ele se levantou e andou para onde estava o carro,não podia mais vê-lo.

  Voltei a sentar no banco, minhas mãos suavam, estavam gélidas. O nervosismo vinha, porém ele continuava lá, rendando o ambiente em silencio.

  De repente senti o a textura macia do pano que forrava meu casaco tocando meus ombros

- Obrigada Edward - Ele se sentou ao meu lado

  As coisas estavam um pouco tensas. Pois, em impressionante naturalidade, nossas cabeças estavam se aproximando lentamente, em um movimento inevitável, atraídas uma pela outra como se fossem dois ímãs.

  Seus lábios eram muito macios, se revelando receptíveis e viciantes, sua temperatura agradável me proporcionavam segurança e reconforto.

  Mais uma vez, era como se a física estivesse errada; neste momento a gravidade era nula em minha mente, era como se estivesse pairando no ar, dentro da proteção que sentia envolvida pelo abraço de Edward.

  As coisas pouco me importavam agora. Tudo estava certo, ou pelo menos parecia. Meu coração palpitava veementemente e minha cabeça girava, tonta afogada em felicidade.


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Notas finais do capítulo

Queria que respondessem algumas coisas, tipo:
— mudo a capa?
— a sinopse?
— a faixa etária?

Respondam, please. Só assim poderei aperfeiçoar a parte estética da fic.