Keen (lamentações Fúnebres) escrita por marytequila


Capítulo 24
Capítulo 24 -Submersa


Notas iniciais do capítulo

TRADUÇÃO DA MUSICA
1ºhttp://letras.terra.com.br/sia/546616/traducao.html



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MUSICA DO CAPITULO:

http://www.youtube.com/watch?v=ab_Mri-M5go

 

Ele trajava uma calça Jeans barata que estava em pedaços, seu peito estava nu e o engraçado é que o tom de Pele dele era um pouco mais escuro que o normal para um vampiro fora isso nada nele, me fazia achar a resposta do por que salvei sua vida. Apenas continuava a sentir que era o certo a se fazer. Porém seus olhos diziam outra coisa eram carregados de tristeza e frustração. Ele não fazia questão de esconder que estava descontente por estar vivo. Seus olhos eram amarelos, porém pela falta de alimentação, estavam sem brilhos e enegrecidos, fundas olheiras lhe marcavam envolta. Todos estavam calados, e Alice me olhava tentando adivinhar meus movimentos. Eu estava com tantas coisas ao mesmo tempo em minha mente que nem sabia qual seria meu primeiro passo. Um ódio me dominava ele nem ao menos agradecia por ter arriscado minha vida, continuava calado com aqueles sentimentos melancólicos. Desci a escada para me juntar a minha familia, parei ao lado de Esme. Ela me dava forças apenas ao estar junto a mim. Carlisle foi em direção do intruso que agora eu sabia que se chamava Patrick  - Meu nome é Carlisle e esta é minha esposa Esme. – Ele pegou apontou para Edward e Bella. –Estes são meus filhos, Isabella esposa de Edward que você já deve ter sido apresentado. – Se virou em direção a Jasper e Alice. – Alice e Jasper. – e veio até mim e esta. –Esta é Rosalie, más creio que você já a conheça. Ele se manteve calado por mais alguns segundos eu poderia jurar que ele era mudo se já não tivesse ouvido sua voz. -Desculpe-me minhas atitudes não é arrogância é apenas dificuldade de me relacionar com desconhecidos. – era a mesma voz que me causou tantos efeitos antes, e continuava causando eu era a única que estava inquieta. Senti vontade de correr.

Ele percebeu que ninguém começaria a falar e resolveu puxar assunto mais era visível seu desconforto. – Eu sinto muito pelos problemas que causei. – ele desviava os olhos de mim. – Não era minha intenção que alguém acabasse se ferindo, não achei que sairia vivo. – Ele sorriu discretamente e covinhas apareceram. Esme não se agüentava no lugar parecia querer falar. – Meu filho o que te trouxe a Forks?! - É uma longa história... – ele aguardava o sinal para falar. -Fique a vontade. – Disse Carlisle polidamente. - Bem, não faz muito tempo que virei um monst... Vampiro. – ele parecia morder a língua. Ele tinha um jeito engraçado de falar sua língua batia no céu de sua boca sedutoramente, como se ele estivesse cantando. Percebi que ele tinha algo metálico preso na língua. – Há uns anos atrás não sei bem ao certo, parei de contar o tempo depois do que houve. Eu morava em Seattle e voltava da faculdade, aquela noite eu tinha bebido um pouco além da conta por causa das comemorações, quando fui atacado por uma gangue local... Todos se entreolharam surpresos ele pareceu não perceber e continuou sua narrativa. - Surraram-me bastante acho que eles pensavam que eu estava morto ou algo do gênero um deles, durante a briga me mordeu... Eu fui largado por lá, chovia muito e não havia uma alma na rua me escondi no esgoto enquanto ocorreu minha transformação. Não sei quanto tempo passei naquele estado só sei que a única coisa que queria quando tudo acabou era voltar para minha casa. – Ele engoliu o nó em sua garganta e tomou fôlego sua voz sussurrada parecia ter diminuído a ponto de quase sumir quando ele voltou a falar.

- Só o que eu sentia era uma fome, e meu corpo parecia mudado, achei que eles tinham me aplicado alguma droga ou algo do gênero. O problema é que quando cheguei em casa a situação era bem tensa minha mãe estava aflita e correu para meus braços desesperadamente, perdi o controle do meu corpo, tudo ficou tingido de vermelho e só o que eu sentia era aquela fome descontrolada. Quando sai do estado de fúria já era tarde demais. Minha mãe estava morta sob meus pés, minha irmã também e os vizinhos gritavam lá embaixo olhei pela janela e vi que no acesso de loucura havia atirado meu padrasto pela janela, não que ele não merecesse... Ele deu uma pausa para conter seus sentimentos, Bella parecia abalada por suas palavras Edward a amparava discretamente. - Depois disso, resolvi me afastar de todos que conhecia com medo do que poderia fazer. Eu não tinha a mínima noção no que havia me transformado, nem o porquê. Depois de muitas tentativas inúteis de suicídio, achei melhor me exilar, vivendo pela estrada como um andarilho. Foi aí que descobri ter outras fontes de sustento e o que havia me tornado afinal. Há pouco tempo fiquei sabendo de rumores que uma familia tinha a mesma dieta que eu. Tentei contato com vocês, porém não deu muito certo acabei chegando à conclusão que não me encaixava em lugar nenhum, já que era uma ameaça não só para os mortais como para os da minha espécie também. Quando estava partindo percebi o que tanto me causava repulsa me repelindo de certas partes da floresta e acabei vendo a matilha, tracei um plano e o coloquei em prática... Parecia o correto para mim. Sinto muito pelo transtorno não imaginei que as coisas tomariam esse rumo. – ele parou esperando qualquer reação. Bela foi a primeira a dizer algo. – Patrick, nós não sabíamos que você era inofensivo, acabamos nos assustando com suas rondas. Más jamais teríamos tomado tal atitude se você tivesse vindo até nós diretamente.

Carlisle parecia viajar em pensamentos e começou a fazer seu pronunciamento. – Fico honrado de saber que nosso estilo de vida fez com que você viesse até nós, gostaria que permanecesse conosco para trocarmos mais experiências. Tendo em vista que você parece não ter abrigo convido em meu nome e em nome de minha familia que fique conosco, você é bem vindo aqui. - Desculpe minha intromissão mais vejo que falta um integrante de sua familia presente, e ele não aprecia nada contente com minha presença na última semana. – era visível seu medo de Emmett. Esme sorriu para ele como só uma mãe saberia fazer, ele pareceu se emocionar com o gesto. Edward sorriu algo nos pensamentos do estranho lhe agradou. -Emmett é parceiro de Rose, - Esme segurou em meus ombros. –Ele ficou preocupado quando percebeu que você a observava, mais não é nada pessoal. – ela se locomoveu para perto dele repousando a mão em seu braço. Internamente ela já o adotava. - Seja bem vindo. – Alice não se conteve e lançou-se num abraço. Ele estranhou seu gesto mais retribuiu por gentileza. Ele parecia muito desconfortável em estar tão próximo de alguém.  Edward se prontificou de escolher as acomodações depois de sussurrar algo inaudível com Bella. – Patrick não quero que leve a mal, más você poderia ficar instalado na cabana por uns dias caso precise repousar ou algo do gênero até tudo entrar nos eixos, sabe nós temos uma meio-humana como já percebeu e... - A criança é meio- humana? Como isso seria possível?! - Ele fez uma cara confusa. Edward desconversou não estava dado a contar a história toda. – Patrick é um pouco mais complicado do que parece mais quando conhecê-la pessoalmente saberá o que falo. Ela é especial, ela é fruto do meu casamento com Bella nossa filha.

- Ah!- Ele ainda estava confuso, más se limitou á não perguntar mais nada. - Rosalie vá buscar Renesmee. – Edward pediu para mim, eu estava preocupada com a segurança dela mais ele parecia tranqüilo em relação a isso. - E Claire?! – perguntei e o próprio Patrick me respondeu. - Eu não tenho mais problemas em ficar perto de humanos, tantos anos sem contato com eles faz com que sua presença só cause um pequeno desconforto. - Você adquiriu um autocontrole tão grande em tão pouco tempo?! – Jasper parecia espantado. E bastante frustrado. - Jasper, depois de anos a fio isolado do mundo a presença de humanos chega a se tornar até necessária. – ele sorriu. Subi e chamei Nessie e Claire que escutavam músicas e falavam pela internet com alguém da escola.  - Ness, Claire, Edward quer que desçam para conhecer um amigo que passará uns dias conosco. – Já ia sair do quarto quando ouvi a voz de Jacob embaixo da janela conversando com Bella e Edward, achei melhor esperar ele parecia irritado. -Bella não adianta argumentar, já falei com Emily e Sam apoio minha decisão, vou levar Claire para a reserva e ela não virá para cá enquanto esse cara estiver aí, não sabemos nada sobre ele. Mesmo sendo inofensivo só Deus sabe com as reais intenções dele. - Embry e Quil estavam atrás dele calados apenas reforçando suas palavras - Tudo Bem se Emily aprovou ela sabe o que está fazendo. – Bella acabou engolindo o que Jacob falava, era bem provável que Quil e a matilha tenham pressionado Emily para ela ter aceitado isso. Jacob olhou para Edward e levantou os olhos em direção a varanda que estávamos. – Posso?! - Se eu disser que não você vai mesmo assim!- Edward deu de ombros e abriu passagem. - Se vocês dois fossem sensatos, fariam o mesmo com Nessie a levariam bem longe daqui.

-Jake não ouse dizer uma palavra se quer sobre como devo educar ela tá legal! Você já se mete demais onde não deve! – Bella enfiou o dedo no nariz dele enquanto falava. Em poucos segundos ele escalou a varanda, estava ao nosso lado. -Claire pegue suas coisas que nós vamos para sua casa. – Jacob colocou as mãos no bolso e ficou sério. - Aconteceu alguma coisa com Emily?! – Claire ficou nervosa com a expressão dele. - Não! É por causa daquele Filho da puta que está lá embaixo! – Nessie respondeu tranquilamente para Claire nem se incomodará com as palavras que usou.  -Renesmee?! – Bella entrou pela varanda e lhe lançou um olha intimidador, - Que palavras são essas?! - Qual o problema?! É verdade mesmo! – Ela sacudiu os ombros. Bella se sentiu desafiada. Já ia começar a falar quando Edward veio em seu socorro. -Mais tarde vou ter uma conversa com a mocinha! Agora você ficará no seu quarto até amanhã, eu não quero ouvir nada ligado nem computador, nem televisão nem vídeo-game! Ouviu Nessie nada! – Edward se virou para Jacob a quem Nessie lançava olhares pedindo ajuda. – Agora vá Jacob, daqui a pouco já anoitece e Claire tem que acordar cedo. Jacob pegou Claire no colo que ao abraçar Nessie para se despedir as duas caíram no choro. Ele saiu com uma cara de quem tinha levado um tiro ou algo do tipo. Logo ele e os meninos sumiram pela mata. Eu ia pegar Nessie para trocá-la mais Bella me impediu. - Se ela é espertinha para responder é espertinha para se trocar sozinha deixa-a aí Rosalie para que ela pense um pouco em suas atitudes. – Bella fez questão de demonstrar o quanto estava decepcionada com Nessie eu acatei sua ordem e sai em seguida atrás de Edward e Bella.  Todos continuavam na sala.

Patrick se locomoveu até Edward. – Eu não quero trazer problemas é melhor que eu vá embora já me sinto melhor. - Espere ao menos amanhecer! – Bella se dirigiu a ele com a voz carregada de sinceridade. - Tudo bem! Mais se não se incomodam será que eu poderia voltar para a cabana?! – ele ainda não estava confortável em nossa presença. - Claro. Edward o acompanhe até em casa, aproveite e me traga umas coisas. – Bella beijou seus lábios e vi que Patrick ficou mais deslocado ainda em vê-la demonstrar carinho á meu irmão. Patrick se despediu de todos apenas com duas palavras. – Até amanhã! - E então?! – Esme estava radiante como se ele fosse uma nova peça de decoração - Pois eu gostei dele, ele parece ser bem maduro para um vampiro tão novo né?! – Alice questionava Jasper. - Éh! – Jasper se chateava com esse fato -Ah Amor você não está triste por causa disso né?! – Alice o consolava o enchendo de beijos senti falta de Emmett. - Logo ele está de volta Rose, você vai ver. – Edward me consolava ao entrar carregando coisas de Bella e um lobo de pelúcia era cômico ver Edward segurando aquilo, se Emmett estivesse aqui já teria tirado uma foto... Más ele não estava...- Edward me olhou com pena nos olhos eu me senti idiota, não havia nem duas horas que ele havia saído. Fui até a janela da sala e olhei em direção a floresta. Nem sinal de Emmett, porém a luz da cabana estava acesa. Ele estava sentado no sofá, dava para ver sua silhueta pela cortina. Bella parou do meu lado. – O quê ele está fazendo?! Ah! – ela olhou para mim e riu. – Espero que ele não mexa nas minhas coisas... - ela caiu na gargalhada. - O que você teria para esconder?! – fiquei assustada com sua reação. - Só algumas coisinhas nada demais!- ela ficou séria.

- Irei preparar o jantar dela. Carlisle e Esme vão visitar Emilly daqui a pouco acho que Alice vai junto. –ela comentou comigo. Edward descia com Nessie no colo. Ele se aproximou de nós duas ele remexia no cordão do pijama sem levantar os olhos. Pegou as mãozinhas e encostou uma em meu rosto e a outra no rosto de Bella, pedindo desculpa pelas palavras que dissera por raiva. - Tudo bem!- Bella lhe deu um estalinho e ela sorriu. - Eu já ouvi coisas piores do seu tio. – Beijei a mão dela. Edward se ajeitou com Ness no sofá para ver TV enquanto Bella ia para a cozinha preparar a comida. - Bella vou tomar um banho, esta roupa está imunda. – caminhei em direção as escadas. - Rosalie você depois poderia fazer um favor para mim?! – ela falava com a cabeça do lado de fora da cozinha. –Poderia pegar a mochila da Escola da Renesmee ela tem lição para amanhã e vai fazer depois do jantar. - E onde está a mochila dela?! – perguntei impaciente eu fedia a cachorro. - Está na cabana!- ela me olhou com cautela. - Tudo bem depois do banho eu vou.  Entrei no meu quarto e meu álbum de casamento estava em cima da cama aberto em minha foto predileta, a do nosso primeiro matrimônio. Emmett escreveu com uma caneta piloto no plástico que protegia a foto

 

Apesar de suas palavras serem lindas e tocarem meu coração não era a primeira vez que as coisas tomavam esse rumo.  Tínhamos uma discussão horrível trocávamos farpas e depois ele fazia algo romântico e sentimental... Era tão difícil ele agir assim constantemente?! Era necessário que tudo ficasse por um fio para que ele fizesse juras de amor? Dessa vez eu não podia me rebaixar ele me machucou profundamente e apesar de amá-lo com todas as minhas forças ele merecia sentir o peso de suas ações, estava cansada de suas atitudes imaturas e insensatas. Em quase oitenta anos de relacionamento eu precisei ficar próxima da morte para que ele prestasse atenção em mim da forma como eu queria. Talvez eu estivesse exigindo demais, más olhar aquela foto me fazia relembrar as coisas difíceis também. Um relacionamento deve ser calculado pelo peso de suas coisas boas e ruins e apesar das boas serem memoráveis as ruins também eram. Assim como o dia de seu enterro que tive que suportar tudo ao seu lado e ele nunca me agradeceu, ou as noites que ele sumia para rever sua ex-noiva alegando preocupação com sua segurança... Eram tantos quesitos na lista que ficava difícil não me chatear com tudo isso... Ele já me traíra uma vez e agora cobrava coisas que nem sequer existiam... O pior de tudo era eu ter que fingir que nada sabia fingir para todos e ser cínica.

Bella não sofrerá nada com Tanya mais eu sim! Tanya nunca foi um empecilho para ela, más para mim... Engraçado como Emmett esqueceu fácil ou fingiu esquecer... Mais eu nunca esqueceria, jamais aquilo sumiria da minha memória as patadas do começo do nosso relacionamento que eu tanto lhe dei tinham um motivo, o fato de eu ignorá-lo tinha um por que... Não estávamos juntos ainda. De certo modo talvez seja até infantilidade minha, mais eu era seu “Anjo” e ele nunca poderia ter feito aquilo comigo...

 

... Era uma noite de inverno, e fazia pouco tempo que Emmett havia se transformado. Partimos viagem para Alaska para uma comemoração que não me lembro ao certo o motivo...  - Você é mesmo muito devagar, desse jeito só chegaremos amanhã. – Emmet dizia ao esbarrar comigo várias vezes. - Fazendo isso você me atrasara ainda mais. – Respondi fingindo impaciência, ele era uma criança mais seu jeitinho de agir me encantava. Ele me pegou no colo como se eu fosse uma boneca e me atirou sobre os ombros. – Vamos Baby! Se não só chegaremos amanhã! Esme e Carlisle iam atrás junto com Edward, Emmett ainda gozava de suas habilidades á todo vapor. A viagem havia sido uma idéia maravilhosa que Carlisle tivera, nos afastaria da cidade onde Emmett ainda tinha tantas coisas de seu passado lhe prendendo. Seria mágico veríamos o por do sol nos picos gelados, dizem que ver o pôr-do-sol lá faz com que você nunca mais queira ir embora... Eu me sentia sozinha ainda apesar de Emmett ter se juntado a nós Edward tomava todo o seu tempo, eles haviam se tornado melhores amigos, más eu continuava solitária.  Olhei para Emmet, e ao encontrar seus olhos me senti preenchida de novo... Talvez depois dessa viagem ele consiga enfiar nessa cabeça dura que poderíamos embora daquela cidade. As coisas que ele teve que passar não era somente difíceis para ele eram para mim. Ter que participar de seu enterro foi horrível, vê-lo imobilizado daquela maneira era como sentir o gosto de sua perda... Más Emmett quis fazer isso por seus pais e por... Sua ex-noiva... Sorte minha que Carlisle, Esme e Edward estavam comigo ou eu teria o arrancado de dentro daquela caixa e o levado embora... Para sempre Vê-la se atirar sobre seu corpo e beijar os seus lábios imóveis foi o maior sacrifício que eu fiz.

Hoje eu penso mal sabia eu o que essa viagem faria... Voltei para aquele Flashback doloroso... Enquanto Emmett me carregava pelo caminho. Eu ficava presa em meus pensamentos... Fazia um mês de sua “morte” e sua familia ainda estava muito abalada. Anne sua noiva já havia tentado suicídio uma três vezes sendo socorrida pelo próprio Emmett que dizia ter responsabilidade sobre tudo... E eu?! Sentia-me pior eu sabia que ele estaria morto se não fosse por mim e que a familia dele sofreria da mesma maneira, más não era com a familia dele que eu me preocupava era com esse inocente de covinhas no rosto e cabelos cacheados, que me feria sem nem ao menos saber quando sofria em silêncio. Essa viagem era uma espécie de desafio para ele, era a primeira vez após sua morte que ele saia do estado... E parecia bem animado com o fato de ser Alaska e poder caçar uns ursos polares para variar. Desde sua morte ele havia criado uma espécie de obsessão doentia por ursos. Chegamos logo à casa que os Dennallis moravam e fomos recebidos com todas as honras, eles tinham assumido nossa dieta após nos conheceram há uns anos atrás. Más os olhos de Tanya não focalizavam ninguém a não ser Emmett. Isso me fez lembrar a história que Carlisle um dia contou para nós sobre Tanya e suas irmãs serem a origem da lenda das Succubus, demônios que a todos os homens seduzem. Um frio percorreu do meu calcanhar, passando por minha espinha e morrendo em minha nuca quando ela apertou a mão de Emmett para cumprimentá-lo. Seus olhos eram carregados de lúxuria e cobiça. Eu queria arrancar-lhe o braço, más nós ainda não estávamos juntos, não da maneira que eu queria então talvez eu não pudesse me abalar certo?! Errado ele era meu, eu o salvará da morte, eu o carreguei nos braços quando ele achou que tudo estava perdido. Eu fiquei velando seu corpo quando o fogo tomou conta, eu estava no seu velório sofrendo em silêncio. Ele só não era meu ainda...

O clima de festa logo tomou conta, e todos estavam felizes menos eu... - Que foi doçura! É o frio? – Emmett veio com seu tom descontraído. - Emmett eu não sinto frio... – Ele passou o dedo por meu braço. - Mais eu poderia fazer você sentir calor com certeza. – ainda tinha repulsa de toques sobre meu corpo, mais os de Emmett não me afastavam pelo ao contrário me faziam sempre querer mais. - Quer ver o pôr- do –sol? - Perguntei, ele abriu a boca para responder quando Tanya vem em nossa direção. - Nós iremos caçar vocês querem ir?! – Ela carregava um brilho, que até eu com toda minha beleza me sentia estranha ao seu lado. - Claro! – Emmett pulou da cadeira. – Vamos Rosy! - Estou satisfeita me alimentei no caminho. – Ele beijou minha mão e partiu com Esme, Carlisle, Tanya, Kate e Irina. Carmem estava viajando com seu novo parceiro, disseram que ele era um membro importante da guarda Volturis mais abriu mão de tudo por ela, como queria que Emmet fizesse o mesmo por mim... Eles chegariam em breve, esse era o motivo da festa comemorar a vinda deles.Me recordei. Edward veio em minha direção. – Você sabe que se continuar com isso, essa situação nunca vai mudar né?! - Do que está falando Edward? – me fingi de desentendida. - Rosalie está na cara que você está perdida de amor por ele, por que não assumi de uma vez. – Ele parecia angustiado. –Você acabará se arrependendo se não tomar logo uma iniciativa.  Mais eu era muito teimosa. – Edward eu sou a garota esqueceu?! Acha que eu vou me declarar? Acha que é fácil para eu correr o risco de ser rejeitada de novo?

Minhas palavras foram o suficiente para que ele cala-se. E fosse atrás do grupo de caça. Resolvi ver o pôr-do-sol sozinha. Procurei um ponto alto, que fosse de difícil acesso achei um perfeito um buraco entre as rochas com um precipício aos meus pés, combinava bastante com a situação que me encontrava. Parecia ser um antigo abrigo de ursos. Escalei com facilidade e sentei ali. Minha cabeça rodava nada estava saindo como planejado, eu queria que meu primeiro beijo fosse aqui, que pudéssemos trocar juras com o brilho do sol sobre nossos corpos. Mais meu desejos ruíram como um castelo de cartas quando pego pelo vento. Olhei para meu lado e estava vazio. Logo o sol se escondeu e escutei passos vindos da encosta a minha direita alguém pulou dentro do buraco, já devia fazer um bom tempo que estava na mesma posição, pois cascas finas de gelo cobriam meu corpo. -Ah! O sol já foi, que lugarzinho que você foi escolher para ficar. – Emmett sentou ao meu lado. - Você achou que o sol te esperaria? – disse aborrecida. – Estava boa a caçada? - Você devia ter ido! Iria adorar, os animais daqui são bem mais limpos, e seu corpo não é poluído como os de nossa cidade. – Ele puxava conversa. - Eu me alimento apenas do necessário! – respondi seco. - Eu também, já viu meu tamanho! – Ele apertou os músculos para mim. Olhei de canto de olho ele estava sem camisa, suas formas eram lindas ele foi o homem mais bonito que meus olhos conheceram. – Já vi músculos maiores.  - É mesmo?! - Ele parecia incrédulo. – Pois eu sou mais forte. – Ele se encaixou em minhas costas como se fosse uma poltrona. – Pode encostar-se a mim. Eu agüento seu peso. – ele gargalhou.

Repousei meu corpo no seu, ele beijou minha cabeça respirando entre meus cabelos, o ar gelado que saia dele em contato com minha pele era uma sensação deliciosa. Ficamos mudos absortos durante um bom tempo. - Emmett?!  - Sim? - Você está feliz com sua vida? – perguntei curiosa. - Claro! – ele respondeu de imediato. - Por quê?- eu precisava escutar. - Bom! Por tudo, a liberdade que a velocidade me dá, minha força. A nova familia que eu tenho. Amo vocês. – ele me considerava sua familia apenas isso, foi destrutivo para mim. Ele ainda amava Anne só podia ser isso. Eu levantei. - Rosalie o que eu te fiz? – ele perguntou franzindo a sobrancelha - Nada Emmett, justamente você não fez nada! – sai e o deixei sozinho.  Corri sem rumo durante alguns minutos. E escalei um dos pontos inalcançáveis pelo homem. Seria um recorde mais pouco me importava. Eu queria gritar. E gritei o mais alto que pude. Até o ponto de achar que minhas cordas vocais estourariam, aquela dor aguda alcançou meu peito. Senti uma mão em meu ombro. – Eu não quero falar com você Edward, eu não preciso de seus conselhos. - Rosalie você tem que parar de ser teimosa e me ouvir! Emmett está perdido também. Você sabe do que eu falo! – ela parecia explicar uma equação para uma criança. - O que é tão difícil Edward? Se ele realmente gostasse de mim mostraria. – eu estava decepcionada, porém era a primeira vez que eu e Edward conversávamos como amigos, sem ser por obrigação ou educação, sempre falávamos apenas o necessário nesses meus dois anos e meio de convivência forçada.

- Rosalie eu gosto de você, é uma irmã para mim só que seu jeito difícil, e sua impulsividade interferem de certa forma. – ele era tão paciente que me dava nos nervos. – Se você fosse sincera sob seus sentimentos, ele corresponderia eu tenho certeza disso. Mais o trauma da rejeição ainda estava em mim. As amarras da minha criação machista não me soltavam. – Edward seria demais depois de tudo que fiz ainda ter que falar abertamente sobre meu amor. Não é visível como eu sofro? - Eu te entendo Rosalie, eu percebo, Carlisle e Esme também só que Emmett é apenas uma criança crescida! – ele se virou e começou a descer. – Eu já dei meu conselho. Eu não tinha coragem, mais não agüentava mais ficar longe dele, eu necessitava de sua presença ao meu lado. Comecei a descer loucamente eu falaria tudo abriria meu coração, era o certo a se fazer. Quando desci Edward me parou de repente. –Rosalie vamos conversar primeiro sim?! – ele parecia agoniado. -Edward agradeço os seus conselhos mais já tomei minha decisão e vou fazê-la antes que eu perca a coragem que me alimenta. – Más ele ainda me segurava. -Me diga o que vai falar para ele, talvez eu possa te ajudar... - Sua voz era apressada, eu o conhecia bem. - Edward o que está a esconder de mim? – ele ficou mudo. Procurei o rastro de Emmett e facilmente encontrei não quis ficar para ouvir o que Edward tinha para me dizer. Porém ele continuava em meu encalço. – Seja ponderada Rosalie volte comigo! Você não vai gostar de ir lá! Mais eu estava enfurecida. Eu queria saber o que tanto Edward queria esconder no mínimo Emmett estava fazendo algo bem idiota e perigoso, ele sempre queria testar o limite de seu corpo. Se algo acontecesse á ele eu não me perdoaria, eu o deixei sozinho naquele lugar horrível. Mais quando observei de longe o que vi não era nada do que cheguei a imaginar nunca isso passaria por minha mente se meus olhos não tivessem captado.

Emmett estava com Tanya sob seu corpo envolvida em seus braços, num beijo demorado. Eu abaixei meus olhos eu era covarde demais para ver como aquilo terminaria saí dali o mais rápido que pude... Nenhum dos dois notou minha presença também pudera estavam muito ocupados. - Rose, você tem que me ouvir a culpa maior é dela, para ela isso é uma caçada. Qualquer um ficaria seduzido por suas ações! – Edward tentava defender Emmett. Mais eu sabia que ele também tinha culpa nisso, ele não era cem por cento inocente. - Edward, você sabe tanto quanto eu como suas palavras não são verdadeiras. Você mesmo já declinou a Tanya. – falei praticamente gritando com ele. - É diferente eu sei como funciona a mente dela, para mim é mais fácil, fora que a natureza de Emmett é assim... Para ele é mais difícil negar suas vontades... E não seja precipitada, aquilo pode ser apenas um beij... - Não termine, não faço questão de saber como aquilo vai terminar. –Caminhei para encontrar Esme, quando a vi deitei a cabeça em seu colo, eu precisava de uma mãe. Ela carinhosamente enrolava os dedos por meus cabelos. Edward tentou disfarçadamente ir ao encontro de Emmett. – Edward não! – Falei num tom sério. – Deixe que ele venha por conta própria, não há nada entre nós que o impeça de estar lá. E foi assim que abri mão de meus sentimentos... Depois de um bom tempo Emmett apareceu sozinho e Tanya chegou logo em seguida por outra direção era ridículo como tentavam disfarçar. Emmett sentou ao meu lado e eu me levantei. Como ele podia se aproximar de mim depois do que fez. Ele parecia não entender minha reação mais se limitou a ficar quieto. Para mim aquela viagem havia se tornado um pesadelo. Graças a Deus iríamos embora na manhã seguinte.

Emmett não desapareceu mais de minhas vistas, não que eu estivesse controlando mais ele sempre estava por perto. Tanya parecia descontente com sua reação. Ele raramente falava com ela. O dia amanheceu e nos despedimos. Carmem e Eleazar haviam ficado a madrugada inteira conversando com Carlisle. Enquanto isso eu e Esme nos divertimos de diversos modos explorando geleiras. Edward e Emmett não se desgrudavam como sempre. Tudo voltará à normalidade. Nos despedimos para seguir viagem eu tive que ter um controle monstruoso para não voar em cima de Tanya antes de partir. No caminho em certo momento Emmett me parou e minha familia seguiu na frente. - Rosalie eu tomei uma decisão! Acho que deveríamos mudar de cidade, todos nós. Assim será mais fácil para mim seguir em frente. E acho que será bom para todos. - Ele me olhava nos olhos com uma ânsia disfarçada esperando que eu dissesse algo. -Carlisle, Esme, Edward! – todos pararam e vieram até nós. – Emmett, tem algo para dizer. Seus olhos eram carregados de dor por minha frieza como se não entendesse o motivo, talvez para ele Tanya não tenha significado nada, Más para mim não era assim eu ainda estava ferida, e se ele realmente me quisesse a partir de hoje teria que lutar por isso...

Bella entrou em meu quarto. – Rose você já pegou a mochila de Nessie?!  - Desculpa, vou lá. – Eu me levantei estava meio apática. - Você está bem? Se quiser eu mesma posso ir! – Bella parou em minha frente, vasculhando em minhas feições. -Eu estou bem apenas estava submersa em meus pensamentos só isso... – Desci e caminhei em direção à cabana seria a primeira vez que falaria com o intruso encarando seu rosto.  Segurei a respiração e bati na porta. Ouvi uma voz abatida sair de lá... – Pode entrar Rosalie!

 


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