Keen (lamentações Fúnebres) escrita por marytequila


Capítulo 21
Capítulo 21 - Tempestade




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/86902/chapter/21

Olha só alerto de imediato que a música é de supra importância ok?!

Link da musica:

http://www.youtube.com/watch?v=aKMksGsv-9U

Tradução: 

http://letras.terra.com.br/akira-yamaoka/452280/traducao.html

Bella entrou me deixando imersa em meus pensamentos...
Tantas coisas estavam acontecendo ao mesmo tempo em minha vida que eu sabia que não podia prometer nada, os últimos fatos só eu e Seth tínhamos conhecimento...
Não era agradável saber que talvez eu tivesse que deixar minha familia ou - uma idéia remota me passou agora ser arrancada dela...
Um trovão estourou e um arrepio se arrastou por minha pele, logo minúsculas gotas começaram a despencar sobre mim.
Fazia tanto tempo que não tomava chuva que a sensação foi deliciosa para meu corpo, fiquei feliz por que isto não afetaria minha saúde já que quando humana qualquer vento mais frio me deixava adoentada.
Levantei do balanço e deixei meu corpo descoberto da proteção das árvores.
Logo o céu parecia que ia despencar sobre minha cabeça... A água escorria por meus cabelos deslizando por todo meu corpo até se infiltrar no solo...
Estava molhada mais mesmo assim era excitante o poder que a tempestade excercia sobre mim.
Eu amava a força com que ela impunha sua vontade sobre todas as coisas ao seu redor que simplesmente se jogava sobre seus pés.
Uma música começou a se desenrolar em minha mente e logo eu já estava dançado...
Um vento monstruoso capaz de tudo destruir e um barulho ensurdecedor, como eu amava essa sinfonia.
Meu primeiro poema sobre ela me veio à mente cortando o espaço de tempo em que á havia escrito:

“Gotas de sangue ,
lágrimas de dor .
Chuva de medo ,
tempestade de horror .
Terror que sufoca ,
prende e maltrata .
Punhal que corta ,
fura e rasga .
Sentimento que ama ,
engana e destrói .
Que provoca suspiros
e arrepios de amor .
É sereia motológica
que encanta e seduz .
Te leva pras águas ,
te arrasta pro fundo .
Te rouba o ár ,
e com a doçura
de um beijo ,
te mata .”

 

 Essa foi a primeira coisa que escrevi ao sentir a chuva sob meu corpo novo... Era avassalador os efeitos causados sobre mim . Levantei minha cabeça como se pudesse me afogar com a água que era atirada contra meu rosto...
Um raio iluminou as árvores e algo se movimentando chamou minha atenção...
Tentei usar meu olfato mais o cheiro era um misto de informações para mim terra molhada, chuva, animais encharcados e... Ele... Seu cheiro combinava notas de madeira de sândalo, âmbar e frésia, o frescor de sua fragrância era sensual aos meus sentidos. Seu aroma me atraia como a melodia de uma flauta á serpente. Era fascinante e autêntico o que inalava... Ele parecia carregar um pouco de um floral oceânico o que dizia que ele atravessara o mar há pouco...
Olhei em direção ao rastro sem fazer qualquer movimento brusco, eu não conseguia vê-lo ele deveria esta escondido entre as arvores. Uma série de emoções me invadiam ao mesmo tempo... Curiosidade, ódio e... Medo.
Eu tinha que tomar uma decisão mais isso poderia me entregar aos braços da morte... 
Eu escutava as vozes de minha familia lá dentro...
Emmett ainda assistia ao jogo, Esme e Alice cozinhavam ao som de Frank Sinatra na cozinha... Jasper e Carlisle mudaram de jogo estavam concentrados em uma partida de Gamão... Edward e Bella compunham juntos ao piano...
Nenhum deles parecia prestar atenção em mim...
Apenas o estranho separado de mim apenas por umas cem passadas...

Outro raio estourou imponente e ele parecia perceber que eu olhava para ele agora, porém ele não se mexeu... 
Olhei para trás estava dividida entre minha familia e a necessidade de saber o que tanto me aguardava...
Dei um passo em sua direção e ele não se moveu... Dei outro e ele continuava igual. Impassível .
Comecei minha procissão silenciosa, uma marcha á caminho do desconhecido...
Conforme alcancei o meio do caminho ele se deslocou pra dentro da escuridão do Bosque...
Senti-me desnorteada más não restava mais nada á se fazer há não ser segui-lo...
Comecei a entrar me orientado apenas por meu olfato já que a luz precária dificultava minha visão, salvo nos momentos em que os raios iluminavam meu caminho...
Parecia insanidade as atitudes que eu tomava. Mais era como se ele me puxasse lentamente me arrastando até ele para sua alcova.
A sensação era como se eu estivesse em um daqueles filmes clichês de suspense, a escuridão era palpável. 
Comecei escutar seus passos agora ele parecia bem próximo de mim...
Eu Parei e uma ventania revolta invadiu onde estávamos carregando as folhas e tudo mais que podia.
Dava para eu escutar os ossos dos animais que tremiam com o frio e também a respiração artificial dele...
- O quê você quer de mim? – ele não me respondeu. Sua respiração continuava igual.
- Quem é você? – eu ainda mantinha força em minha voz. Não podia transparecer fraqueza ou poderia ser meu fim.
Meu temor da escuridão começava a querer me dominar o expulsei eu não queria que ele visse o quão vulnerável eu estava...
- Por quê não responde as minhas perguntas?! – agora já demonstrava raiva em minha voz eu queria matá-lo.
Uma voz melancólica cortou o silêncio, sua voz era naturalmente sussurrada, grave como o tremor do trovão que arrebentava sobre nossas cabeças... Mesmo assim era sedutora e doce... Como uma lamentação fúnebre...

MÚSICA 2 LINK
VÌDEO: http://www.youtube.com/watch#!v=K2T5q8UuRj8&feature=related
______________________________________________________________
TRADUÇÃO: http://letras.terra.com.br/akira-yamaoka/452278/traducao.html 

...
-Você não me conhece... Eu não sou nada... – Ele demonstrava tristeza em sua voz.
Engoli o nó que estacionou em minha garganta pelo visto eu não estava preparada para ouvi-lo como eu achei que estivesse.
Minha voz sumirá e escutei o riso escapar dos lábios dele. – Eu não quero nada... Apenas algo que talvez nunca tenha tido...
Eu tentava achar as palavras suas frases eram apenas enigmas sem sentido para mim... – O que quer dizer?! – senti que meu corpo tremia involuntariamente.
- Você não imagina como torturante é minha não-vida... – Eu o entendia perfeitamente.
- Você não sabe nada sobre mim! – Bradei expressando ódio em minha voz.
- Digo o mesmo para você, porém uma coisa eu sei... – Ele deu uma pausa que parecia ser mortal para mim. –Sei que tem algo a se apoiar... E a mim... – ele soltou o ar de seu pulmão lentamente. – Nada me resta.
A voz dele provocava arrepios em minha nuca. Suas palavras eram dolorosas aos meus ouvidos.
- O que pretende afinal?! – Baixei meu tom...
Ele riu. – Essa é a questão nada tenho em mente, mais não consigo me afastar daqui... - ele se calou depois prosseguiu. – Como se vocês me atraíssem igual mosca no mel.

- Eu não sei o que lhe dizer. Não consigo te entender. – Talvez ele estivesse me mandando uma mensagem de ajuda...
- Você é tão sensível por baixo de casca que projeta! Nem parece ser você... – seu tom era divertido.
- Ninguém é como demonstra! – O alertei.
- Eu sei melhor do que imagina! – ele soltava o ar com uma urgência. – Tantas dúvidas, tantas necessidades, Tantas dores... – ele se calou.
- Por que não se aproxima não gosto de conversar com fantasmas. – só depois que as palavras saíram e que dei conta do que tinha dito.
- Pela sua expressão você parece contrariada com seu pedido. – Como ele me interpretava tão bem me senti nua á seus olhos. Ele percebeu o efeito que causou com o que disse – Minha desculpa não quis invadir seu espaço, apenas fiquei intrigado com algumas de suas atitudes...
- Curiosidade é uma das Heranças de nossa transformção- ele acrescentou.
Eu devia ir embora más me sentia presa ali como se desvendar seus mistérios fosse mais importante que minha própria segurança. Nada fazia sentido para mim...
-Como chegou até nós? – indague.
- Talvez encontrar vocês não foi um completo acaso. - ele parecia ter passado da minha direita para minha esquerda. O vento trazia com ele seu aroma.
- Por que não tentou contato á principio? – Exigi.
- Eu compartilho do mesmo sentimento que você: Medo. – ele disse de maneira simples. – Não sou megalomaníaco para não enxergar o óbvio. Minha primeira tentativa não foi muito bem recebida por seu parceiro. – ele parecia sincero.
- Sinto muito! – eu estava me desculpando eu devia estar louca.
- Não se desculpe Rosalie á culpa foi minha. – Escutar meu nome em sua voz me causou um sentimento desconhecido.

Ele interpretou minha reação. – Prefere que eu lhe chame de Rose?
- Rosalie para mim está bom. – Não queria lhe passar a impressão que éramos grandes amigos.
- Peço desculpas se a incomodei com minhas atitudes. – ele respirou fundo. – Partirei assim que terminar nossa conversa.
- Você não precisa partir! –Alice também era um nômade quando nos encontrou eu pensei, talvez ... Eu realmente devia estar louca.
-Agradeço o convite mais declino gentilmente. Sua educação é muito lisonjeira mais suas palavras não são sinceras...
- Eu...- ele poupou minhas explicações.
- Você não me deve nada, não tente se redimir não há mal algum em agir como está agindo. É o certo a se fazer. – O senti atrás de mim. Há poucos metros de distância. – Creio que nossa conversa se encerra aqui. – ele continuou ignorando meu silêncio.
- Eu posso ao menos saber com quem falo?! – Eu estava tomada pela curiosidade de ver sua face.
- Estou logo atrás de você. Não me importou que se vire! – sua respiração era tranqüila. 
Eu fechei os olhos e comecei a me acalmar, se ele não me fez mal até o momento não havia motivos para me ferir agora.
Por outro lado sua identidade ainda estava a salvo não dando motivos de preocupação será que ao ver seu rosto tudo continuaria no mesmo modo?! Eu afastei meus temores e me virei ainda de olhos cerrados. Senti-me imatura com minha atitude. Más era tarde demais para julgamentos dada a situação que enfrentava.
O silêncio foi cortado pelo barulho da passada de quatro pessoas distintas e ele se assustou com os que chegavam de repente, num movimento gentil beijou minha mão –Adeus! e sumiu pela escuridão.
- Rosalie o que faz aqui? – Emmett me interrogava. 
Antes que eu pudesse responder a voz de Edward me intimidou. – Com que você estava conversando. –Ele parecia não ter captado todos os meus pensamentos.

Repousei meus olhos sobre Bella que estava ao seu lado e pedi em uma súplica muda que ela protegesse minha privacidade.
Edward apenas lhe lançou um olhar raivoso. – O quê foi Edward?! – Bella o questionou. – Sua irmã tem direito a privacidade.
Jasper também estava próximo ele inalou o ar e olhou para mim. – O intruso estava aqui?
Emmett me abraçou me protegendo do perigo invisível. – Ele te fez alguma coisa?
- Quando eu cheguei ele já tinha partido- menti. – o único que parecia saber a verdade era Edward que me olhou incrédulo.
Partimos em direção a casa onde Alice me esperava afoita.
- Viu não disse que ela estava bem! – Alice me abraçou carinhosamente. – Por que foi tão longe sozinha?!
Longe agora que eu dava por mim eu realmente estava quase atravessando os limites em direção ao mar.
- Desculpe eu queria pensar e a chuva me faz bem! – todos sabiam o meu fascínio por tempestades então ninguém me aborreceu. – Vou para meu quarto ler algo.
Logo que subi Edward entrou logo atrás em meu quarto.
- Eu sei que está escondendo algo de nós Rosalie!- ele estava irritadíssimo.
- Não é nada que você deva se preocupar Edward! – cuspi entre dentes para ele.
- Você sabe que não é só a sua segurança que me importa. – ele jogou as palavras sobre mim sem nenhum remorso.
- Guarde seus sermãos para outra pessoa Edward, você melhor do que ninguém sabe o que é trazer risco a está familia então pare de ser tão moralista e saia de meu quarto. –Abri a porta e apontei para fora, batendo assim que ele passou.

Assim que percebi ele longe, mandei uma mensagem para o celular de Bella agradecendo sua gentileza.
Caminhei até meu banheiro e tomei um banho quente sem muita demora, vesti qualquer coisa que peguei e caminhei em direção a janela me protegendo pelo vidro da chuva que continuava a desabar com o triplo de intensidade agora...
Essa hora ele já devia estar longe- pensei. Comecei a me xingar quando percebi que nem ao menos perguntei seu nome.
-Más que droga eu às vezes faço jus as piadinhas de Jacob. – ouvi que lá embaixo Edward já ligava para Jacob como uma vizinha faladeira contando o que sabia. Prestei atenção na conversa e vi que ele não havia pescado muitas informações de minha mente apenas que eu o segui e disse um monologo para o nada, nossa conversa continuava sob o sigilo do escudo de Bella.
Todos voltaram a suas atividades menos Bella, Alice e Emmett agora via um filme de comédia.
Olhei através da janela admirando a Tempestade ...Um pensamento não me abandonou durante todo o tempo “Onde será que o intruso deve ter se abrigado do Temporal”...



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

traduções das musicas...

Terno Açúcar

Eu corro,
Eu caio,
O que se partiu?
Olho meu corpo
Era corpo ou alma?

A escuridão desaparece,
Desaparece para a luz
Desaparecendo agora,
Desaparece da noite

E todos esses pesadelos que tive
Quando criança
E a manhã que sempre veio,
Veio muito tarde
O que a minha mente esqueceu?
Esqueceu de esconder
Poderia o pesadelo ter acordado?
Eu não sei

Dentro ou fora?
Cima ou baixo?
Nunca sei, é uma ilusão
Voltas e voltas,
Sempre e sempre,
Todos os dias aumenta a minha confusão

Não de novo, não de novo, não de novo
Este sonho, não consigo acordar
O que é real, o que é real, o que é real?
Está ficando difícil agüentar
O que eu preciso, o que eu preciso, o que eu preciso?
Alguma coisa para responder
E o branco açúcar gentilmente me esconde

Oh, o doce açúcar salve-me
É o quarto que me confina
Me confina
Doce açúcar...

Ontem,
De volta e forte
Porta quebrada não abre mais

Está quebrando,
preciso agora,
A Mãe dos açucares sempre me ama

Não de novo, não de novo, não de novo
Este sonho, não consigo acordar
O que é real, o que é real, o que é real?
Está ficando difícil agüentar
O que eu preciso, o que eu preciso, o que eu preciso?
Alguma coisa para responder
E o branco açúcar gentilmente me esconde

Oh, o doce açúcar salve-me
É o quarto que me confina



Your Rain (Tradução)


Dançando sozinha de novo, de novo a chuva caindo
Apenas sua essência permanece para dançar comigo
Ninguém me mostrou como retribui o amor que você deu para mim
Mamãe nunca me segurou, papai ama um estranho mais que eu.

Eu nunca quis deixar você pra baixo
Tudo o que eu preciso são simples palavras de amor.

Você tocou meu corpo uma vez, ele queimou-me e continuou leve
Nunca esqueço, nunca será de novo, eu choro.

Na caçada da cidade, são meus gritos apenas um cochicho?
Pessoas ocupadas, indo para lugar nenhum, me vêem ensopada na chuva.
Sem compaixão, nada importa, minha resistência está esperando
Como uma flor no depósito esperando por uma morte solitária.

Fora da minha cabeça e eu não sei o que eu encontrei
Depois e depois eu sinto isso me abater.

Na caçada da cidade, são meus gritos apenas um cochicho?
Pessoas ocupadas, indo para lugar nenhum, me vêem ensopada na chuva.
Sem compaixão, nada importa, minha resistência está esperando
Como uma flor no depósito esperando por uma morte solitária.


AS MÚSICAS CONTÉM INFORMAÇÕES MISTERIOSAS....LEIAM COM ATENÇÃO A TRADUÇÃO SE QUEREM FAZER ESPECULAÇÕES