Ponto de vista de Emmett.

Eu estava ficando maluco com as atitudes dela.

Ela levantou da sala e saiu com Seth, me sentia asfixiado por meus pensamentos meu peito doía, eu queria gritar para ela obrigando-a me ouvir indiferente do que ela pudesse me responder. Eu precisava de algo.

Qualquer coisa serviria para alimentar meu vício que era Rosalie!

Jasper veio até mim. – Precisa conversar?

- Você sabe com quem preciso falar. – Respondi atravessado não adiantaria em nada falar do meu sofrimento ele já estava cansado de saber.

- Emmett, não seja afobado. - Me levantei e sai para não ser desagradável e o deixei só. Como ele podia me dizer isso. Eu sabia que se fosse ao contrário sua calma teria desaparecido. Ele não agüentaria nem um minuto longe de Alice depois de tudo que houve.

Fui para a porta da sala e vi a Rose na floresta nos braços de Seth, como queria estar no lugar dele e sentir seu corpo junto ao meu.

Eles então se soltaram e vieram andando em direção a casa, Seth bateu em meu ombro e entrou me coloquei na frente para impedir a entrada de Rosy.

- Emmet, me de passagem sim?! – Fora as únicas palavras que ela pronunciou sem ao menos olhar em meus olhos, recuei para o lado covardemente e a deixei entrar, não tive coragem de dizer nada. Meus lábios tremiam assim como meu corpo inteiro.

Corri em direção à floresta e soquei a primeira árvore que vi o mais forte que pude despedaçando-a  assim como meu coração. Sorte minha que tem uma tempestade a caminho.

Logo escutei meu nome olhei e vi Edward, ele sempre foi como um verdadeiro irmão para mim, más no momento ele era a ultima pessoa com quem queria conversar.

- Vai embora Edward! Preciso descarregar minha fúria em algo! – talvez ele me deixasse em paz.

- Emmett, converse com alguém. Você precisa desabafar ou se não vai explodir.

- Bem que eu queria explodir assim adiantaria as coisas para Rose! – resmunguei.

- Não seja bobo Emm, não há duvidas sobre o que ela sente por você.

- Não?! – zombei.

- Emmett, você está cansado não está raciocinando direito. – ele queria me dar um sermão.

- Edward não me amole. –gritei. – Vá embora, por que você não vai fazer companhia para Rose. Agora que vocês estão se dando tão bem deveriam por o papo em dia. – Fui irônico.

- Não seja bobo, você está com ciúmes de mim com Rosalie. – Ele riu da minha cara isso era a gota d’água.

- O que você veio fazer aqui Edward, caçoar de mim? Já não estou mal o suficiente?

- Sua atitude é inacreditável! – Ele me olhou seriamente e continuou. – Sinceramente eu entendo o fato de você estar magoado, já que você a ama, más pensar que eu poderia estar me aproveitando da situação para me aproximar de Rosalie?- ele parecia que ia gargalhar de mim, jurei que se ele me abrisse aquele sorriso torto ficaria sem dentes. Ele fechou a cara  MALDITA TELEPATIA.

- É realmente o que deseja fazer? Vai se sentir melhor começar uma briga comigo?- Ele tirou a camisa e começou a caminhar mais para dentro da floresta. - Vamos Emmett o que está esperando? Se for disso que está precisando eu vou lhe dar.

Era impressão minha ou ele estava me chamando pro pau.

- Não vou te bater Edward! – Ele ficou louco?!

- Ah! Qual é Emmett, você sabe tanto quanto eu, que você quer me dar uma boa surra. – ele sorriu para mim. – Afinal eu sou o único que sabe como Rose se sente não é? Eu estou o tempo todo em sua mente! Ela estava em meus braços até agora pouco, posso até sentir o perfume de seus cabelos em mim. –  Seu riso aumentou aquilo me fez explodir, era da minha Rose que ele falava.

Corri pra cima de Edward agarrei-o pela cintura e o derrubei com o peso do meu corpo, ele ainda não estava satisfeito e continuou.

- Você pode fazer melhor do que isso Emmett, não é a toa que Rose não diz nada a você, parece um bebezão. – ele queria morrer não era possível.

Eu ia começar a socá-lo quando ele me derrubou de costas no chão e se levantou.

- Sabe Emmett, eu até acho você um cara legal. Mais só lhe falta uma coisa maturidade. – Eu levantei etentei socá-lo, ele se moveu tão rápido que quando dei por mim ele já segurava meu braço torcido em minhas costas.

Ele chegou perto de meu ouvido e gargalhou. – Do que adianta força se você nunca sabe direcioná-la?

Minha paciência estava esgotando. Afrouxei o braço em sinal de fraqueza e de forma traiçoeira rapidamente dei uma cabeçada em seu nariz.

Eu sabia enganar Edward, movimentos rápidos e improvisados. Essa era sua falha.

Ele cambaleou para trás com a cabeçada, eu então puxei suas duas pernas tombando-o no chão.

- Já chega. – Ouvi Bella gritar. – Ele vai te matar Edward! Isso não está dando certo!- Ela parecia chorar sem lágrimas.

Quando olhei para minhas mãos a cabeça de Edward estava entre elas e eu prestes a arrancá-la. Larguei e a cabeça dele tombou no chão ele parecia exausto.

Vi Jasper soltar Bella que observava tudo atentamente.

Edward abriu um largo sorriso- Se sente melhor?!- eu estava assustado, ele realmente era  MASOQUISTA.

- Eu podia ter te matado! – balbuciei.

-Não, Alice já tinha me alertado, e Jasper sabia do meu plano. – Ele então abraçou Bella. - A única que não sabia de nada era essa bobinha aqui.

- Seu imbecil! – Bella o socou e caminhou para sua casa.

Eu realmente me sentia melhor, bater em alguém sempre aliviava a pressão.

- Obrigada, Ed. – Falei constrangido.

- Que isso! – Ele bateu em meu ombro. – Eu também me diverti! Vou atrás de Bella antes que ela me deixe dormir na rua. Jasper você pode olhar Nessie para mim?!

- Claro Edward! Vá acertar as contas com Bella. – Jasper estava melhor. Agora eu estava aliviado.

- Até amanhã então, se precisar de mim Emmett pode bater lá na cabana. – Ele nem esperou que eu respondesse já estava na porta se humilhando para Bella abrir.

- Você quer que eu fique com você Emmett? – Resolvi deixar que Jasper aproveitasse um pouco o clima sem meus sentimentos para pertubá-lo.

-Pode ir Jasper. Eu vou pensar um pouco. – Ele então apertou meu ombro e foi em direção a uma Alice curiosíssima na porta.

 Vaguei me embrenhando um pouco mais até encontrar uma árvore alta que suportasse meu peso. Escalei rapidamente e me acomodei, não havia nada que eu já não tivesse visto, porém era um ótimo lugar para descansar a cabeça.

Más eu não conseguia deixar de pensar nela, no meu anjo Até seus defeitos eram lindos para mim.

Adorava ela como á uma Deusa, todos seus movimentos eram perfeitos. Seu sorriso, sua voz, seu hálito doce.

Estar longe dela me deixava louco. Eu a queria em meus braços, eu necessitava dela. Não parava de pensar na hipótese que talvez ela não me amasse mais, não me desejasse como eu a desejava.

Eu morreria se ela não me quisesse, não suportava estar ao seu lado sem poder lhe tocar ou ouvir sua voz. Eu não precisava morrer, ela já estava me matando pouco a pouco.

Como ela podia depois de tantas juras de amor, o que eu tinha feito de errado para ela não me amar mais.

Minha memória era péssima, eu devia ter feito algo de muito grave para ela estar me tratando assim.

Recapitulei os últimos acontecimentos. Ela ainda devia estar magoada por eu ter á deixado sozinha para caçar, tudo começou aí eu devia ter ficado ao seu lado.Nada disso teria acontecido e se fosse inevitavel essa hora ela estaria melhor. Como eu puder ser tão insensível, eu agi de forma tão idiota quando cheguei dizendo que talvez fosse melhor nós irmos embora daqui e a única coisa que ela precisava era meu apoio.

Por que eu fui escutar Edward ele nunca entendeu Rosalie. Eu a conhecia como ninguém, eu nunca deveria ter a magoado desse jeito. Eu era um covarde, quando ela mais precisou de mim eu a deixei.

Depois fui ainda mais imbecil as coisas estavam um pouco melhores e o Bestão aqui teve que abrir a boca gigante, dizendo que queria ter a transformado, eu sabia o quanto era delicado esse assunto para Rose.

É por isso que ela me ODIAVA AGORA  e com toda razão. Eu fiz com que ela se lembrasse daquele  PORCO Do ROYCE  eu mataria ele de novo se fosse possível. Eu o torturaria por décadas se isso fosse curar as feridas da minha ursinha.

Eu queria que ela estivesse aqui em meus braços, para eu dizer o quanto a protegeria, Mais eu era um tremendo idiota que só possuía músculos, meu cérebro não servia pra nada. Uma hora ou outra ela teria de se cansar de mim, uma mulher como ela poderia ter quem quisesse e ela fez a pior escolha possível.

Eu era um empecilho em sua vida, um peso que ela tinha que carregar só por que me salvou da morte, ela devia estar arrependida do que fez! No mínimo era isso, e ela estava com pena de me dizer.

Minha doce Rose, sempre tão boa. Todas ás vezes que vejo seu rosto lembro a primeira vez que a vi e o quanto a amei desde o primeiro instante...

Essa foi a única lembrança que fiz questão de nunca perder... Todas ás vezes que podia me recordava para nunca perder dada que minha memória era péssima, eu me agarraria a isso se ela não me pertencesse mais...

Era sábado e eu estava péssimo minha Noiva na época acabara de descobrir os detalhes sórdidos da minha vida antes de nosso noivado e me pediu um tempo para pensar. Eu estava chateado achava que havia perdido o grande amor da minha vida, e isso tudo culpa de minha mania de ser sincero quando bebia.

Meu porre da noite anterior não tinha passado, e meu melhor amigo resolveu levar sua namorada ao cinema que estreará na cidade.

Pensei em me distrair, arrumei meu equipamento de caça e fui para as montanhas, havia rumores que uma família de Ursos Negros estava colocando o terror nos moradores locais Então resolvi que o ar da montanha me faria melhor. Caçar sempre me deixava em êxtase à adrenalina era meu vício.

Segui a trilha e lá pelo meio da tarde avistei o que seria o abrigo da família,  as fezes pelo local me revelavam que eles não deviam estar longe. Fiquei a espreita e logo achei o rastro da mãe e dos filhos. Abati a mãe tão rápido que nem acreditei ela era enorme, mais estava tão distraída com seus filhotes que não notou minha presença.

Arrume minha postura para atirar nos filhotes mais a atitudes deles me surpreendeu, ele não vieram em minha direção me atacar nem ao menos se sentiram ameaçados por mim. Simplesmente deitaram ao lado do corpo já sem vida de sua mãe e ficaram ali numa canção fúnebre, me senti desprezível eu não poderia matá-los eles eram inofensivos a mim. Daria tempo para crescerem eles não eram uma ameaça ainda. Eu já estava me direcionando rumo à trilha novamente. Quando um rugido alto e ensurdecedor vieram de uma rocha há uns 5 metros acima de mim.

Ele devia ser o macho, não fiz movimentos bruscos e comecei a pensar rápido, eu precisava achar uma arvore alta para me esconder, más ele não me deu tempo, pulou suicidamente da rocha e quando tocou o chão veio de encontro a mim eu caí  e me virei de bruços em defesa, ele subiu emcima de mim e percebi que ele havia quebrado minhas pernas na colisão, protegi meu pescoço com as mãos e ele mordeu violentamente meu crânio a dor foi horrível, perdi minha percepção ele então continuou me atacando desferindo outras mordidas na parte esquerda de meu corpo, cravando os dentes em minhas costelas e meu braço.

Ele cortou minhas costas com suas garras me pisoteando com força.

Eu sabia que ia morrer e decidi que não iria me entregar sem lutar, Eu procurei minha arma e com uma força instantânea consegui trazer ela para junto de mim, me virei com dificuldade já que o bicho estava por cima.

Eu sabia que um tiro não o mataria, então dei graças a Deus de ter poupado a munição que teria gasto nos filhotes.

Atirei em sua barriga, ele cambaleou para trás más não caiu eu ganhei um pouco de espaço então mirei em sua cabeça e atirei, ele soltou um grito de dor e caiu ainda vivo respirando com dificuldade.

Meu corpo ficou tombado ao lado do dele, que ironia eu morreria aqui e minha única testemunha seria meu assassino.

Eu não tenho palavras para descrever a dor que sentia, devo ter ficado lá jogado por horas pois a luz do dia começou a sumir e só escutava o silêncio da floresta, se eu não morresse pelas fraturas talvez outro animal me encontrasse e me desse o descanso de vez.

Foi aí que a vi meu anjo! Ela era a pessoa mais bonita que vi em toda minha vida, nem em pinturas eu havia testemunhado tamanha beleza.

Ela me fitou de longe com os olhos curiosos sem se aproximar, minha aparência devia ser assustadora para ela pela fisionomia que sustentava.

Ela então se aproximou um pouco com cautela, percebi que seus olhos e seus lábios tremiam.

Ela tentou chegar perto de mim, então fez cara de repulsa.

- Eu preciso me preparar para pegá-lo. – Ela sussurrou para si mesma.

Ela então se agachou no urso de costas para mim, acho que ela devia estar confirmando se ele estava morto. Eu estava alucinando tive a impressão dela estar beijando o urso. Ela devia ser alguma ambientalista pensei.

De repente ela me pegou nos braços sem demonstrar nenhum esforço. Ela carregava uma expressão de dor em seus olhos. Aos poucos a velocidade de seu caminhar foi aumentando, até o momento que pensei estar voando, ela realmente devia ser um anjo, meu anjo.

Senti a temperatura aumentar, observei e nós estávamos dentro de uma casa decorada de forma bem aconchegante. Fui colocado num sofá de frente para uma lareira.

Escutei a voz que parecia ser de meu anjo suplicando por minha vida... Sua voz era tão doce, adormeci...

E então quando acordei tinha me acontecido à melhor coisa... Que me podia acontecer...

E agora tudo estava sendo tirado de mim, por que minha existência se limitava a ela: Rosalie.

Crie coragem desci da árvore num salto eu ia exigir que ela me falasse tudo. Se ela dissesse que eu não servia mais para ela eu aceitaria. Mais não engoliria mais seu silêncio. Isso era tortura demais para mim.

Entrei em casa e atravessei a sala sem calcular a velocidade, percebi pelos xingamentos de Esme segurando as coisas.

Peguei na maçaneta da porta decidido, respirei fundo e contive minha euforia...

Dentro de mim só havia os  estilhaços de um sentimento que latejava mais do que a dor da morte.