True Love escrita por CaahCF


Capítulo 7
Breathe for love tomorrow (...) ♪


Notas iniciais do capítulo

ok, era pro nome do capítulo ser: Breathe for love tomorrow, cause there's no hope for today. mas nao coube tudo ali...
esse é um capitulo enrolação... mas, enfim, espero que gostem...
e ah, o nome nao tem mt a ver com a historia, eu coloquei esse pq tava sem criatividade pra um nome melhor... e sl, tava com essa musica na cabeça...
boa leitura ;D



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POV Josh.

Não imaginei que fosse doer tanto dizer aquelas palavras. Não imaginei que fosse tão difícil acabar com o que parecia ter sido uma simples ilusão. Ok, talvez não tivesse sido uma pequena ilusão, pelo menos para mim. Agora, eu não sei o que fazer ou que pensar. Eu simplesmente terminei com ela e a larguei aos prantos no banco. Não era isso que eu queria fazer. Doía em mim vê-la chorar. Mas doía mais ainda o que ela me fez, o sentimento de traição. Logo que voltei ao prédio da escola Jenna veio correndo até mim.

- Terminou com ela? – perguntou animada.

- Sim. – falei secamente e ela explodiu de felicidade, só faltou soltar fogos de artifício.

- E o que vai fazer agora? – perguntou ela me seguindo.

- Ir embora. – guardei meus livros em meu armário.

- Por que?

- Porque eu não to com cabeça pra ir pra aula agora. Tchau. – fechei meu armário e saí.

Precisava esfriar a cabeça. Me isolar. Fugir de toda essa loucura, tentar me livrar da dor. Fui pra casa, que por sorte estava vazia, peguei meu carro e comecei a andar sem rumo por aí. Acabei indo para a minha clareira. O lugar que me fazia bem, que me fazia pensar.

Chegando lá tive uma visão nada agradável. Uma menina pequena, de pele branca e cabelos cor de fogo estava sentada no chão, com as costas recostadas no “meu” tronco. A ruiva tinha a cabeça debruçada por sobre os joelhos, que eram abraçados por braços magros e aparentemente sensíveis. Seu choro desesperado ecoava por todo o local. Era um som angustiante e eu tinha vontade de ir ajudá-la, de consolá-la e tomá-la em meus braços, protegê-la de quem a fez estar sofrendo tanto assim. Mas eu sabia quem a estava fazendo sofrer. Eu.

Hayley levantou um pouco a cabeça, fazendo com que só seus olhos angustiados e desesperados aparecessem. Imagem que me provocou um imenso buraco no lugar onde era para o meu coração bater. Saí correndo. Eu não era forte o bastante para vê-la naquele estado.

Corri até não poder mais, joguei-me no chão, recostando-me em uma árvore. E comecei a pensar no porque mesmo que eu sentia tal dor imensurável.

 

                                   - - - Flashback on - - -

- DAVIS, FARRO, YORK E COMPANHIA, PRA FORA AGORA! – gritou o Sr. Watson já estressado, nossas brincadeiras não estavam nem no começo.

- Mas Sr. Watson... – tentei protestar, mas ele me interrompeu.

-SEM “MAS” SR. FARRO... PRA FORA, AGORA! – gritou novamente.

- Então ta bom. – Jeremy deu de ombros.

Saindo da sala vi Jenna e Isabella no corredor. As duas tinham essa aula com a Hayley se não me engano. Fui até elas.

- Ér, oi Jenna, Isabella... Ér, não era essa aula que vocês têm com a Hayley? – perguntei.

- É. – respondeu Jenna.

- Hm, e... Cadê ela? – perguntei, pensando só depois de ter perguntando o quão ridícula era essa pergunta, é óbvio que ela devia ta na sala.

- Ta pra lá... O professor não veio... Mas, ér, Josh... Eu posso ter uma conversinha com você? – perguntou Jenna.

- Ahn... É claro. – falei e ela me puxou para o braço, para longe de Isabella – Fala logo Jenna... Quero falar com a Hayley antes de bater o sinal.

- Ah Hayley... Sempre a Hayley! – disse com voz entediada – Se você soubesse o que ela anda aprontando por aí não ficaria tão preocupado assim em falar com ela.

- O que você quer dizer com isso Jenna? – perguntei confuso.

- Ah, desculpa querido... Eu não posso contar. – Jenna soltou de meu braço e ficou de frente para mim – Prometi segredo pra sua namoradinha. – falou e me deu saiu andando.

Alcancei-a e a segurei pelo braço, fazendo-a virar-se para mim.

- Fala logo Jenna! Não to com paciência pros seus joguinhos hoje. – disse frio.

- Ta bom... Já que você insiste tanto... Só não me culpe se isso causar algum problema depois... Sabe eu não te contei tudo o que aconteceu no show. - começou ela.

- Como assim? – interrompi.

- Dá pra não interromper?

- Continua. – interrompi de novo.

- Ai meu Deus! – ela suspirou – Ok, vou ser bem clara e rápida... A Hayley beijou o Chad. Pronto, falei.

- O QUÊ? –gritei.

- É isso mesmo que você ouviu meu querido, a sua namoradinha te traiu.

- Não, isso não é verdade... Não pode ser verdade! – eu nunca acreditaria numa coisa dessas vindo da Jenna – Não acredito em você!

- Ok. Pergunte para o Jeremy, ele é o melhor amigo dela, não é? Ele sabe tudo da vida dela, não sabe?

Jenna não se arriscaria a me mandar perguntar para o Jeremy, ela sabia que eu realmente perguntaria.

                                   - - - Flashback off - - -

Não. Não valia apena sentir tanta dor por uma pessoa que me traiu, escondeu coisas de mim. Não valia apena. Coração pare de doer e se reconstrua, é uma ordem. Ordenei inutilmente. Ok, não é sentado no meio do nada que eu vou esquecer a dor. Levantei, fui até o meu carro e voltei a dirigir sem rumo. Acabei decidindo voltar pra casa e sair com alguém à noite.

Chegando em casa, liguei para a primeira menina solteira que achei na agenda telefônica do meu celular. Jenna. Não me importava quem era, eu só precisava sair, beber um pouco talvez.

- Oi, Jenna? – falei assim que finalmente atenderam.

- Oi Josh! – disse com uma voz contente.

- Vai fazer alguma coisa hoje à noite?

- Não, por que?

- Ta afim de sair? Ir pra alguma balada, sei lá... Você escolhe.

- Claro! – ela concordou na hora, obviamente.

- Te pego às 22h, pode ser?

- Aham.

- Ok, até às 22h então.

- Até. – disse ela e eu desliguei.

Bom, pelo menos para baladas a Jenna nunca era uma má companhia, sempre animada, amava dançar, beber então, era com ela mesma, se bem me lembro.

Alguns minutos depois de eu chegar minha mãe e Jennifer chegaram.

- Ué, voltou antes Josh?

- Aula vaga, mãe. – menti.

- Ah sim. – disse e foi pra lá.

Fiquei mexendo no computador até o tempo passar, às 21h fui tomar banho e me arrumar.

- Vai sair Josh? – perguntou Zac quando fiquei pronto.

- Sim.

- Pra onde?

- Pra alguma balada sei lá...

- Não posso ir junto, posso?

- Ér, não. – falei e desci a escada – Mãe, eu vou sair, mas não se preocupe não volto muito tarde, eu acho. – peguei a chave do meu carro e saí, sem esperar por uma resposta dela, provavelmente ela iria protestar.

Procurei por algum CD que não tivesse nenhuma música falando sobre o amor e todo aquele mela-mela. Depois de muito procurar acabei desistindo e deixando em uma rádio qualquer. Logo cheguei na casa da Jenna. Desci do carro e apertei a campainha, não deu nem um segundo e ela atendeu. Não posso negar que ela está linda. Jenna é bonita, sempre foi. Mas hoje estava mais.

- Oi. – disse com um tom de voz extremamente feliz e animado.

- Oi. – respondi não tão animado – Então, escolheu o lugar pra onde a gente vai? – falei já abrindo a porta do carro para ela.

Dei a volta no carro e entrei. Ela falou o lugar – uma danceteria nova – e eu dirigi até lá. Fomos direto para o bar. Pedimos duas ices [N/a: ta, eu sei q nos EUA só pode beber com 21 anos e ainda tem q apresentar a identidade, mas, sei la, o Josh tem q beber. Kkkkkk] e logo Jenna já me puxou para a pista de dança.

- EU AMO ESSA MÚSICA! – gritou, já dançando no ritmo da música.

Dançamos e bebemos e enfim, foi... Legal. Me diverti bastante, coisa que pensei não ser possível. Não hoje. Ok, a bebida ajudou bastante, mas né.

- Ér, Josh... Vamos embora? Ta tarde e... Amanhã tem aula. – disse Jenna. Sua cabeça estava apoiada em meu ombro, seus olhos já piscavam de sono. Estávamos sentados no bar, descansando um pouco.

- Ok, vamos.

Acertei a conta no bar e me levantei. Jenna veio ao meu lado e passou um braço pelas minhas costas, passei meu braço por seus ombros, aconchegando-a melhor em mim, juntando nossos corpos. Caminhamos assim até o carro, abri a porta pra ela – como sempre – e dei a volta no carro. Dirigi devagar até a casa de Jenna. Não sei em que momento, ela acabou dormindo. Tão serena, tão inocente, tão doce, tão angelical, tão... Linda. Parei o carro em frente a sua casa, ela ainda dormia. Fiquei na dúvida se a acordava ou não. Por fim, acabei decidindo fazer o certo. Acordei-a, mas não como se acorda uma simples amiga, não com um leve chacoalhar ou um cutucão.

Sim, eu a beijei. Não sei direito o que me levou a fazer isso, talvez a bebida, mas agora já estava feito. Rocei levemente meus lábios nos seus e quando ela abriu os olhos a beijei de verdade, no começo ela não reagiu, mas depois de entender o que estava acontecendo, entrelaçou seus dedos em meus cabelos, fiz o mesmo nos seus. Paramos sem fôlego. Jenna me olhava com um sorriso meio que malicioso nos lábios.

Jenna já se inclinava para dar-me outro beijo. Selei nossos lábios e me afastei. Ela me olhou confusa.

- Ér, desculpa Jenna... Mas é que... Desculpa, não dá. – falei mais confuso que ela. O arrependimento ardia em meu peito.

- Eu entendo... É muito cedo ainda não é.

- Aham... Ér, foi divertido hoje a noite... Eu precisava disso, obrigada. – me esforcei para mudar de assunto.

- De nada... Quando quiser se divertir... Já sabe né. – disse meio... Solidária?

- Aham. – assenti com a cabeça.

- Ok, agora tenho que ir. – suspirou. Inclinou-se em minha direção, dando-me outro selinho e me abraçando. Sussurrou algo como “amo você”, mas eu não entendi direito, deve ser só coisa da minha imaginação, resultado da bebida.

Fiquei olhando-a até entrar em casa. Assim que ela entrou fui para casa. E a única coisa que vinha em minha mente era: “O que foi que eu fiz?”

 

POV Hayley.

Depois de chorar muito e andar sem rumo, acabei parando na clareira do Josh. Descobri que não era tão longe. Aos poucos fui assimilando tudo e tentando entender e aceitar. Ok, era impossível aceitar. Mas no fim toda a culpa era minha. Fui eu quem escondeu as coisas. Uma hora ou outra todos ficariam sabendo.

Mas mesmo depois de ter “engolido” tudo eu não consegui parar de chorar, aliás depois de tomar toda a culpa eu sentia mais necessidade ainda de chorar, de me martirizar.

Acho que eu estava tão louca, desesperada, que imaginei ter visto Josh na clareira. Por um segundo ele me olhava curiosamente e de repente simplesmente sumiu.

O sol se pôs e eu ainda estava ali. Chorando. Como podiam haver tantas lágrimas? Como podia haver tamanha dor? Se eu tivesse contado a ele talvez tivesse pulado essa fase. Talvez eu estaria com ele, em seus braços, com seus lábios nos meus. Mas não, eu estava aqui. Sozinha, no meio do nada, com uma dor insuportável, inimaginável.

Não sei direito em que momento, tombei de lado, ainda abraçando meus joelhos, ainda chorando, deixando a dor se aprofundar ainda mais, se é que isso era possível. E quando pensei que as lágrimas tinham acabado o sentido de tudo se foi, fui “desconectada”.

- HAAAAAYLEEEEY! HAAAAAAAAYLEEEEEEEY! – ouvi gritos ao longe.

Ainda desnorteada levantei um pouco a cabeça, tudo girou e foi como se eu tivesse levado uma coronhada na nuca, por tamanha dor. Abaixei-a novamente. Os gritos continuavam:

- HAAAAAAAAAAAAYLEEEEEEEEEEEY! HAAAAAAAYLEEEEEEEEEEY! CAAAADÊÊÊ VOOOOCÊÊÊ RUIIVIIINHAAA? – era uma voz masculina e parecia desesperada.

Tentei me sentar, agora com sucesso. Senti meu corpo meio trêmulo então não arrisquei ficar de pé. Ouvi passos e logo duas silhuetas altas adentraram na clareira, luzes fracas de lanternas percorriam todo o espaço até pararem em mim.

- HAYLEY! – gritou a mesma voz que eu ouvira antes. O reconheci.

Jeremy veio correndo até mim e se abaixou para me abraçar.

- Hayley, você ta bem? – perguntou preocupado.

- To bem, Jerm, to bem. – falei com lágrimas nos olhos. É claro que elas não tinham acabado.

A outra silhueta alta que acompanhava Jeremy se aproximou e abaixou-se ao lado de Jeremy. Zac.

- Hey Sponge Bob... O que aconteceu? Como veio parar aqui? – perguntou. Afundei meu rosto no peito de Jeremy.

- Acho que ela ta muito cansada pra dar explicações Zac... Vamos avisar os outros que a encontramos e voltar para casa. – disse Jeremy entendendo minha reação. É claro, ele sabia o porquê de tudo – Você... Consegue andar? – perguntou-me Jeremy preocupado.

- Hm, acho que sim. – sussurrei. Não tinha forças nem para falar alto.

Apoiei minhas mãos no chão, tomando impulso. Fiquei em pé durante um segundo. Minhas pernas vacilaram e Jeremy me segurou antes que eu caísse. Então, ele me ergueu em seus braços e começou a andar. Zac nos seguiu.

- Que horas são? – perguntei. Detestava ficar sem saber as horas.

- 03h45min. – respondeu Zac.

- Da madrugada? – perguntei assustada.

- Da tarde que não é né. – zombou Zac e Jeremy olhou de cara feia pra ele. Dei um leve sorriso de canto.

Logo saímos da floresta e chegamos ao acostamento da estrada, onde estava o carro de Taylor e mais dois carros da polícia.

- Pra quê tudo isso? – perguntei somente para Jeremy ouvir.

- Tudo isso o que? – sussurrou para mim.

- Pra quê chamar a polícia?

- Pra quê? – disse um pouco mais alto – Hayley, você sumiu desde o almoço. Você desapareceu da escola. – assim que Jeremy terminou de falar minha mãe, Taylor, Bree e um policial vieram correndo ao nosso encontro.

- Pode me soltar Jerm. – falei baixinho. No mesmo momento ele me pôs no chão, mas mantendo-me apoiada nele.

- Hayley! – disse minha mãe, com os olhos cheio de lágrimas – Até que enfim, Hayley! O que aconteceu com você meu amor? – perguntou-me preocupada.

- Nada demais mãe... Eu tava andando no bosque da escola, me perdi e parei numa clareira... Acho que cochilei um pouco. – falei tentando passar tranqüilidade a ela.

- Foi só isso mesmo? – perguntou o policial.

- Sim.

- E por que você estava andando no bosque da escola? – perguntou-me o policial. Só o que me faltava ter que responder a um interrogatório agora.

- Eu tenho mesmo que responder agora? Estou morrendo de fome e sono. – bocejei.

- Tudo bem... Ér, Sra. Williams, podemos conversar? – disse virando-se para minha mãe. Os dois caminharam para longe, deixando somente eu, Jeremy, Zac, Taylor e Bree.

- Eles acham que você tinha fugido com alguém. – comentou Taylor, fazendo todos rirem. Ri também, só que não tinha achado graça nisso, pelo contrário, me machucou mais ainda.

-Ér, Hayley, eu trouxe um sanduíche, imaginei que você estivesse com fome. – disse Jeremy, percebendo que eu não gostei do comentário de Taylor.

- Obrigada Jerm... Não sei o que faria da minha vida sem você. – falei realmente grata. Ele piscou um olho para mim e foi pegar o sanduíche no carro de Taylor.

Conversei com Bree e Taylor enquanto comia.

- Estamos liberados, vamos? – disse minha mãe.

- Aham. – resmunguei enquanto dava a ultima mordida no sanduíche.

- Ér, acho que eu vou com os policiais... Se quiser pode ir com seus amigos. – disse ela.

- Aham. – esbocei um sorriso e caminhei ao lado de Jeremy até o carro.

Taylor e Zac foram na frente,  eu fui deitada no colo de Bree e Jeremy atrás.

- Quer que eu pose na sua casa? – perguntou Bree.

- Pode ser Bree.

Eu precisava de alguém para me abrir e Bree, provavelmente, ainda não sabia de nada, tinha que contar a ela. Taylor parou em frente a minha casa. Saí do carro e avistei Josh sentado na varanda de sua casa. Minha vontade era de ir correndo para os seus braços, juntar nossos lábios e sussurrar um “eu te amo” em seu ouvido. O fato de não pode fazer isso fez o meu coração despedaçado latejar e se despedaçar ainda mais. Como isso era possível eu não sei, a única coisa que eu sei é que dói demais.
Sem perceber paralisei ali, fitando-o sem piscar, sem me importar com o resto do mundo. Jeremy interrompeu meu momento, entrando em minha frente e bloqueando minha visão.
- Hey, vamos, vamos! – disse virado meu corpo e me fazendo andar em direção a minha casa.

Passei o braço pelas suas costas e afundei meu rosto em seu peito enquanto andava, Jeremy passou seu braço por meus ombros, aconchegando-me melhor nele. Ele parecia saber o que eu sentia, parecia querer compartilhar a dor comigo.

Parei na frente da porta e me virei para os meninos que vinham atrás de nós.

- Querem entrar? – perguntei somente a Taylor e Zac, porque eu tenho certeza de que Jeremy vai entrar.

- Ér... Não, obrigado Hayles. – disse Taylor, falando por ele e por Zac.

- Entoa... Obrigada pela preocupação de vocês... Sério mesmo. Não sei o que seria de mim sem vocês! – falei emocionada.

- Ah que isso Hayles... Você é minha cunhadinha, faz parte da minha família. – disse Zac ingenuamente. Ele não fez ideia do quanto aquelas palavras me feriram. Apertei mais o corpo de Jeremy contra o meu.

- Eu faria qualquer coisa pra ver você bem Hayles, você sabe disso. – disse Taylor.

- Awn, obrigada mesmo meninos! – dei um abraço em cada um.

- Ér, agora eu tenho que ir. – disse Zac olhando para sua casa.

Josh andava de um lado para o outro, impacientemente, olhando para nós.

- Estou indo também.

- Ok, boa noite meninos.

Nos despedimos todos.

- Vocês dois – me virei para Bree e Jeremy – Pra dentro agora! – ordenei.

- Sim senhora! – disseram os dois, batendo continência e me fazendo rir.

Quando íamos entrando, minha mãe chegou. Entramos todos juntos. Na sala de casa minha avó estava sentada, com uma xícara de chá nas mãos. Sua expressão aflita aliviou-se ao me ver.

- Hayley! Aleluia! – disse vindo me abraçar – Está tudo bem? O que aconteceu? Onde você estava?

- Eu to bem vó... Só me perdi na floresta.

- O que você estava fazendo na floresta?

- Longa história. – não falei nada mais que isso, sabia que ela entenderia.

- Ok, amanhã você me conta... Agora que você já chegou eu posso dormir né...

- É claro vó, vai lá.

- Eu vou dormir também... Boa noite meninos. – disse minha mãe.

Quando as duas subiram, Jerm, Bree e eu nos sentamos no sofá.

- Pode contar tudo! – exigiu Bree.

- Ta bom. – falei com uma voz cansada. Contei toda a história detalhadamente. Os dois ouviram sem dizer nada, só faziam algumas caras e bocas, algumas engraçadas, outras espantadas – Foi isso... Resumindo: Ele me deixou e eu como covarde que sou saí correndo e chorando... Não existe mais Josh e Hayley. Acabou. Tudo. – falei dando espaço para as lágrimas e dor.

- Mas Hay, por que você não contou a ele? Aliás, por que você não contou nem pra mim? – perguntou Bree.

- Porque eu pensei que ninguém fosse saber disso... Porque eu pensei que fosse possível esquecer tudo. – falei me inundando em lágrimas – Eu sou uma idiota.

- Não! Você não é uma idiota! – repreendeu-me Jeremy – Você só fez o que você achava ser certo.

- É, você escutou o seu coração Hayley! Não fique se martirizando por isso! – Bree continuou a repreensão de Jeremy.

- Meu coração é idiota! – falei não aceitando a repreensão, eu merecia sofrer.

- Shhh, não pense assim! – disse Jeremy, me abraçando – Vai ver não era pra ser.

- Se não era pra ser, por que eu to sofrendo tanto assim? Por que? – perguntei desesperada.

- Calma Hayley, tudo tem um propósito... Quem seja melhor acabar tudo de uma vez, por que se ele foi tão frio como você disse, provavelmente ele nunca te amou. Ninguém que ame de verdade acaba tudo tão friamente. – disse Bree.

- Ok, ele pode não ter me amado, mas eu... Eu amo muito ele! Eu não consigo imaginar uma vida sem ele... Vocês me entendem?

- É claro que entendemos! – disse Jeremy – Só não gostamos de ver você sofrendo assim por uma coisa que talvez nem valha tanto apena.

- Não vale apena? É o JOSH! O amor da minha vida, o único cara que eu amei de verdade... Ele não vale apena? – perguntei, não vendo sentido nas palavras dele.

- Pra você, Hayley, ele foi isso tudo, mas você foi tudo isso pra ele? – perguntou-me Bree – De que adianta sofrer por alguém que não te amou de verdade?

- Eu não sei Bree... Eu não sei... Mas é que, eu não consigo fazer essa dor parar.

- Ei, calma... Vamos... Sei lá... Vamos faze outra coisa... Você ficar aí chorando não vai conseguir parar de sofrer. – Bree olhou para os lados procurando algo para me entreter.

- Ér, bem... Eu preciso ir. – disse Jeremy se colocando em pé.

- Ah não Jeremy! – fiz beicinho.

- Ah sim! Eu preciso, Sponge Bob... Prometi pra minha mãe que dormiria em casa.

- Ta. – disse de má vontade e continuei com o beicinho.

- Boa noite meninas e... Bree cuida dela pra mim? – pediu Jeremy. Mostrei a língua pra ele.

- Eu não preciso que ninguém cuide de mim!

- Claro que não. – disse em tom de ironia – Eu só não quero que você morra por falta de água no corpo de tanto que você anda chorando. – disse rindo.

- Para, eu nem ando chorando tanto assim! – mostrei novamente a língua pra ele.

- E ainda por cima é mais teimosa que uma mula! – disse Jeremy e eu o empurrei porta a fora – Cuida dela Bree! – falou um pouco mais alto. Fechei a porta em sua cara. Bree só ria.

É, acho que a vida gosta pelo menos um pouquinho de mim. Ela me dera os melhores amigos do mundo. Jeremy o bobão e compreensivo e Bree, meu braço direito, meu ombro pra chorar. Somente os dois bastavam, mas ainda tem o Taylor, com toda sua lealdade, e o Zac, ingênuo e fofo. Mas o meu coração não se contenta só com ótimos amigos, ele insiste em querer o Josh, ele insiste em sofrer e de despedaçar mais ainda por ele.

Paralise de costas para a porta. O sorriso se desmanchando, as lagrimas voltando e o peito latejando. Deslizei com as costas na porta até sentar-me no chão. Milhares de lagrimas escorriam por meu rosto. Tentei escondê-las – inutilmente – apoiando minha testa em meus joelhos.

- Hayley! – disse Bree com uma voz claramente descontente.  Ela sentou-se ao meu lado e me abraçou – Vem! Chega de chorar. Você está com fome? Quer que eu prepare algo pra você?

- Não precisa – falei em meio aos soluços – E-eu s-só... Só quero tomar um banho e me deitar. – gaguejei.

- Tudo bem então. Vamos. – Bree me ajudou a levantar.

Fomos para meu quarto. Ajeitei um colchão no chão, ao lado da minha cama para ela, peguei meu pijama e fui para o banheiro. Deixei a água escorrer pelo meu corpo por um bom tempo. Queria que a dor fosse com a água pelo ralo, mas, é claro, isso não aconteceu. Quando achei que já tinha demorado demais, saí, coloquei meu pijama e escovei os dentes, tudo extremamente devagar. Voltei para o quarto, Bree já estava deitada, mas ainda não dormia.

- Posso apagar a luz? – perguntei.

- Pode. – respondeu-me ela.

Apaguei a luz e deitei-me na minha cama. Como sempre, nós ficamos conversando sobre tudo antes de dormir. Quando eu realmente peguei no sono o sol já estava nascendo. Às 6h30min meu celular despertou. Eu sou desliguei o despertador , virei para o outro lado e voltei a dormir.

Era uma cena estranha. Josh, Jenna e eu conversávamos normalmente, mas não era eu que estava nos braços dele, não era a minha mão entrelaçada na dele. E de repente, sem mais nem menos, Josh e Jenna se beijam ternamente. Isso me atingiu como uma facada, mas eu não conseguia reagir, nem me mover. Eu simplesmente congelara. Num piscar de olhos a cena mudara. Eu estava caindo num poço fundo e à medida que eu caía coisas afiadas me atingiam. Ouvia ao fundo a minha voz preferida nesse mundo dizendo palavras que me feriam mais que as coisas afiadas que me atingiam sem cessar.

“Eu te amo Jenna e sempre, sempre vou te amar... Meu coração é todo seu.” Josh repetia essas palavras o tempo todo.

Acordei aos gritos, estava suada, meus olhos ardiam, meu estômago também. Meu travesseiro estava molhado e com borrões pretos em toda a fronha.

- Hayley? – Bree apoiou-se nos cotovelos para poder me olhar – Tudo bem? – perguntou preocupada.

- Aham... Foi só um pesadelo. – sentei-me na cama, certamente não dormiria mais depois disso. Eu tenho uma sorte para voltar aos sonhos, na maioria das vezes era bom, legal. Aquele caso, certamente, era uma exceção.

- Quer falar sobre isso? – Bree sentou-se também.

- Você não vai dormir mais? – não queria privá-la de seu sonho pra ficar contando um pesadelo idiota.

- Não.

- Ta bom... Josh e Jenna... Juntos. – não consegui terminar de falar.

- Uh, isso sim é que é um pesadelo terrível. – disse fazendo uma careta, que me fez cair na gargalhada, Bree me acompanhou no riso – É bom ter ver rindo assim Hayles! – disse-me ela, me fazendo sorrir mais.

- Bom dia meninas! – disse vovó colocando a cabeça na fresta da porta.

- Bom dia vó! – falei, ainda com um sorriso.

- Bom dia vó da Hay! – disse Bree, nos fazendo rir.

- Dormiram bem? – perguntou vovó, entrando no quarto. Bree e eu assentimos – O que aconteceu co-m o seu travesseiro Hayley? – Você andou chorando? – perguntou-me sentando-se na beira de minha cama.

- Longa história. – falei, ciente de que não adiantava mentir para ela, ela me conhece melhor do que eu mesma.

- Você anda cheia de longas histórias, hein mocinha. – disse, me fazendo rir.

- Mais tarde eu conto todas elas você! – falei.

- Ok. O café está na mesa... To esperando vocês duas lá em baixo.

Bree e eu assentimos novamente e ela saiu do quarto. Antes de descer decidi tomar um banho, por causa do suor. Bree ficou arrumando sua cama improvisada, mesmo eu dizendo que não precisava, ela insistiu e eu acabei deixando.


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Notas finais do capítulo

então, oq acharam? nao ta lá aquelas coisas, eu sei... mas né... independente de terem gostado ou nao deixem reviews, gosto de saber que vcs pelo menos estao acompanhando...
é isso. um beijo e até segunda.



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