Nostalgia

Por favor, triste nostalgia, não me abandone agora...

Estou perdida em minhas próprias reflexões, isso é tudo tão melancólico, estou tão perdida.

Apenas gostaria de ter algum lugar onde realmente poderia fugir desses demônios que

Adoram me perseguir, quebrar minha frágil alma de gelo, mas não há nenhum lugar.

Minha única salvação é no meu mundo onde me fecho cada vez mais, mas querem entrar nele...

Das doces e melancólicas lembranças quero apagar de minha mente, mas parece que

Não há como, elas voltam de uma forma tão nostálgica que me fazem chorar.

Eu apenas quero esquecer-se de tudo isso que assombra meus pensamentos.

Minha vida tem uma bela linha vermelha entre o preto e branco, assustando-me.

Meus dias correm, mas permaneço aqui parada vendo tudo se passar surrealmente.

Eu quero fingir que esse desejo doentio não está gritando em minha mente...

Mas é inevitável.

Esse desejo está devorando minha alma, e cada lembrança ele aumenta.

A sede por sentir dor é algo inevitável, por favor, tire-me daqui, estou enlouquecendo.

Eu não quero entregar minha alma a essa dor reconfortante, o vermelho é tão belo.

O escarlate de meu sangue está tão visível a minha volta, nessas navalhas enferrujadas.

Estou tão louca ao ponto de sentir prazer em ver essa navalha rasgando minha pele,

Fazendo meu sangue jorrar, sentir essa dor ardente,ver minhas lágrimas com sangue.

E minha triste nostalgia adora me fazer lembrar-se de momentos que jamais deveriam existir.

Eu apenas quero fechar meus olhos e jamais acordar, quero me trancar no meu mundo.

Então por favor, deixe-me apenas com minha solidão que me afoga na loucura.

É tão bom ver as estações se assassinando uma a outra e eu presa aqui apenas observando.

Quanto tempo mais terei que fugir desses demônios?Eu quero meu mundo, apenas ele.

Onde apenas eu exista, mas tem algo que me perturba cada vez mais, derramo lágrimas.

É doloroso e prazeroso apertar essa faca em minhas mãos, meu sangue pinta o chão.

Então com essa última nostalgia farei de passaporte para o meu mundo...

Mate-me, doce e triste nostalgia...