- Poison escrita por Bella_Hofs


Capítulo 13
- Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Gente, resolvi escolher mais um pouco e cheguei a conclusão que eu adoro escrever essa história ! Graças a vocês pessoal, obrigada por tudo.

Boa leitura , Bells '



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Eu corri muito, nem senti que algo me parou pelo caminho.

Unhas encravaram-se no meu braço e me puxaram para um lugar com carpetes cinzas e cadeiras de grife. O escritório de Miranda parecia ainda maior e frio, porque o cara do feng-chui fez um trabalho incrível no escritório dela. Mas isso não vem ao caso.

- Jennifer Gardens, onde está sua cabeça agora? – Miranda me contornou e se sentou do lado dela da mesa. Sua cara estava vermelha como as suas unhas e os cabelos levemente bagunçados. – Olha só, que diabos você foi fazer lá na frente? E porque você não usa forro?

- Eu... Eu não sei. Eu não entendo. Foi muito rápido. – Eu tremia e me abracei inconscientemente, ali, cansada e derrotada por alguém diabólico. – Foi tudo sua culpa.

Miranda riu escandalosamente, com um tipo de maldade que eu nunca tinha visto nela.

- Ah, minha culpa se você não apareceu no trabalho? Minha culpa se a Sara te chamou num corredor e deu uma de chefe? Minha culpa se você, ou quem quer que tenha feito esse vestido medíocre, o fez de pano de cortina velha? Ah, por favor. Se não tiver ninguém para culpar, culpe a você mesma. – Miranda se sentou e bebeu um copo de limonada de uma só vez. As palavras dela me deixaram fixada ali, no mesmo lugar, parada sem nada a dizer, sem forças para continuar a me expressar. – Sabe o que aconteceu enquanto eu saí do meu carro e entrei no escritório? Ah sim. Mulheres com roupas transparentes, risadas histéricas e bolsas fora de moda. Isso porque eu tive que interromper meu... Ah, encontro das duas. Sabe o quanto foi difícil abandonar os modelos de cueca no meu bentley pra poder vir aqui e encontrar você? – Ela arrumou o cabelo e foi até o sofá pegar a bolsa.

- Eu... Não senhora. – Abaixei a cabeça e deixei algumas lágrimas saírem. – Só que eu estou com tantos problemas, veja só, meu... quase namorado me dispensou, minha mãe está prestes a perder o emprego, Sara está tentando me matar socialmente...

- Ah, e você acha que só você tem problemas sociais, ou emocionais? Bem, você não sabe. LARGA DE SER BURRA JENNS, por tudo que é mais sagrado. – Ela colocou a bolsa na mesa e tirou de lá um celular. Um daqueles executivos, com todo tipo de botões e funções. – Sara vai sempre deteriorar sua situação. Mas se quiser lançar uma tendência, minha cara, fale comigo antes. – Ela me deu o celular e a coluna de moda do NY Times estava aberta, com uma foto minha e o meu vestido sem forro.

- Mas... Eu não entendo – eu balancei a cabeça e li o resto do artigo, onde falaram que eu previ a moda de primavera antes mesmo dos desfiles de inverno, que seriam a um mês, porque era semana de natal, agora só faltavam dias para as celebrações festivas mais idiotas do mundo começar de novo.

- Ah sim, não entende. Vou traduzir pra você. Você lançou uma tendência porque Sara fez uma brincadeira de mau gosto com você e agora ela está desesperada atrás de uma maneira de te desestabilizar.

- Mas minha mãe pegou esse pano... – Pensando bem ela não me disse de onde pegava, mas ela estava um pouco acima da média de stress dela.

- Francamente, de onde sua mãe tiraria essa quantidade de tecidos de um dia pro outro? Falando nisso, vintage fica melhor com um toque de cinza, esquece o visual 4 de julho. – Miranda sentou-se novamente e massageou as têmporas. Depois ela pegou um pouco de batom e passou, dando um passo na minha direção e pegando o celular de volta, enfiando ele na bolsa e dando um laço nela. – Vai lá, troque de roupa na mesma sala onde você achou esses sapatos. Pelo visto, aposto que já conheceu minha stylist favorita, Frances Dalune. Ela é meio nova, mas as criações dela não dizem o mesmo.

- Bem, obrigada Miranda. Eu... Agradeço. E boa sorte com os modelos de cueca. – Eu enxuguei as lágrimas e ela já tinha ido. Acho que era melhor assim, que ela não tivesse que se preocupar com alguém como eu o tempo todo, visto que ela carregava modelos à tira colo.

Saí da sala dela e ao virar a maçaneta, as pessoas me encaravam, como se estivessem ali presentes a conversa toda. Então corri até a pequena sala, onde Frances estava com uma muda de roupas prontas. Era um casaco comprido e creme e um vestido azul bic, não muito justo, mas que me deixava linda. Eu agradeci e ela me deixou ficar com o sapato. Nossa, as paredes realmente tinha ouvidos por ali, porque no segundo que eu pisei do lado de fora, as pessoas me cumprimentaram pela tendência, pelo vestido, pelo vintage em pleno inverno, por tudo, até fui perdoada por ter trazido Sara de volta. Parecia que o dia não podia piorar ainda mais.

Desci o elevador comprimida com caras de terno e um senhor que falava tanto no telefone que me deixava aflita. Mas no momento que eu cruzei aquele saguão, as pessoas olhavam para mim como se soubessem quem eu era, como se soubessem o meu nome. E um olhar na multidão se destacou com um olhar verde esmeralda e um buquê de rosas incrivelmente champanhe.

Ele veio na minha direção e a primeira coisa que fez foi me abraçar.

- Ah, me desculpe por ter sido tão grosso com você. Ou até mesmo rude, saiba que eu gosto de você da maneira que for, mudada ou não...

Tampei a boca dele com as mãos.

- Psiu, você fala demais – Peguei as rosas e sorri. – Eu gosto disso.

No próximo minuto eu estava ali parada, beijando em um saguão empresarial o meu gerente e parecia uma cana de filme. Quando desci as mãos para seu pescoço, só as deixei entrelaçadas lá, ele entrelaçou as dele em minha cintura. Os nosso olhos se encontraram e uma salva de palmas estourou no salão, com um burburinho. Mas um sapato de salto e unhas vermelhas me tiraram dali.

- Sai daí Jennifer, acho que não entendeu que as rosas eram pra mim. – Sara me arrancou dali e puxou Tommy pra ela em um beijo cinematográfico. Mas a vingança ia ser maligna. Cutuquei o ombro dela e quando ela virou, só precisei de um tapa pra tirá-la dali.

- O que você acha que está fazendo, Sara? Ouvi dizer que roubar namorados é um talento que você desenvolveu muito bem. – Eu a rodeei e uma rodinha de luta se formou ao nosso redor

- Eu? Eu não roubei nada seu, sua burra. Acho que a fama lhe subiu a cabeça. – Ela rodeou um pouco mais e Tommy não se moveu.

Tem uma coisa que nunca te ensinaram sobre briga de mulheres: Só ataque quando a sua oponente começar a se frustrar.

Eu agarrei o cabelo dela, puxando de um lado para o outro da roda e tirei o sapato para bater nela. Ela girou sobre mim e me prendeu no chão enquanto nós duas ficávamos ali brigando, enroscadas em palavrões e tufos de cabelos. Acho que ela estava com uma unha quebrada, um salto quebrado e com um pouco menos de cabelos e eu estava com menos um sapato, um casaco rasgado e menos cabelo, quando eu dei-lhe outro tapa e a segurei pelas bordas do casaco.

- Sabe, acho que tem uma coisa que nunca te ensinaram, Sara. As meninas do colégio eram como você: fracas, burras e loiras. Nunca tive muita paciência com isso. – Arrastei ela pelas portas giratórias e o povo veio atrás, acompanhando enquanto ela tentava me arranhar. Foi em vão. Eu só precisei jogar ela de cara na neve e cuspir na cara dela pra terminar de ganhar a briga.

Claro que eu fui escoltada pra fora dali com um namorado e cinco seguranças.

Mas, quem se importa. Finais felizes nunca acontecem todo dia mesmo. Quer uma dica? Quando o seu final feliz acontecer, mesmo que seja assim, da pior maneira, compartilhe com seus amigos. No meu caso, cinco seguranças e um namorado.


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Notas finais do capítulo

Reviews ? * sorisso diabólico *