Beijo escrita por Arsi-chan


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Mais um fic retirado do fundo do baú para ser postado aqui no Nyah



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Título: Beijo

Categoria: Gazette

Casal: Aoi x Uruha

Gênero: Romance/Yaoi

Classificação: +18

Sinopse: "Eu realmente não me importava se aquele beijo o ofendia ou o deixava constrangido. Um beijo sempre era apenas um beijo."

Direitos Autorais: Sim, os GazeBoys são meus e somente meus. Todos eles têm meu nome tatuado em um lugar impróprio para ser mostrado em público. “-_-

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Beijo

 

Uruha POV

 

-Eu não gostei do que você fez, Uruha! Qual é o seu problema?

 

Rodei os olhos, cansado demais depois de um show como aquele para aturar as reclamações problemáticas de Aoi e seu senso de moralidade.

 

-O que as pessoas vão pensar?

 

Fiz um gesto de dispensa com as mãos, enquanto andava em direção ao banheiro, pronto pra me livrar de todo aquele suor que estava grudando em meu corpo.

 

Bem ao longe, eu sentia o início de uma dor de cabeça, que só pioraria se Aoi continuasse com aquele sermão.

 

Eu realmente não me importava se aquele beijo o ofendia ou o deixava constrangido. Um beijo sempre era apenas um beijo.

 

Eu estava empolgado e excitado, apenas isso.

 

E nenhuma guerra iria começar por causa de um beijo.

 

-Takashima! Eu estou falando com você!

 

Abri a porta do boxe, encarando Aoi que me olhava nos olhos, parecendo ainda mais furioso que antes.

 

-Posso acabar de tomar banho, Aoi? – Indaguei, colocando as mãos na cintura, sem me importar com minha nudez.

 

-Uruha, você deveria... – Fechei a porta do boxe, com força. – Ter um pouco de juízo! – Gritou.

 

Aoi continuou no banheiro, tentando espalhar seu senso de moralidade distorcida, falando sobre que exemplos estávamos dando e tudo mais.

 

Eu queria chamá-lo de velho, dizer que precisava se sentir mais... no século que estávamos, mas achei que isso não melhoraria seu humor.

 

Mas toda aquela baboseira sobre moralidade estava mesmo me irritando. Na verdade, eu estava começando a ficar puto.

 

Enquanto eu tentava evitar que o xampu caísse nos meus olhos, Aoi continuava a reclamar e me explicar, com detalhes mínimos, o que o meu ato podia acarretar em nossa carreira. Eu queria dizer que o máximo que aconteceria seria que nossas fãs ficariam ainda mais felizes e talvez tivéssemos que fazer mais entrevistas. Mas, obviamente, Yuu não me ouviria.

 

-Uruha, você está me ouvindo?

 

Suspirei, minha paciência no limite e resolvi dar um ponto final àquela cena ridícula.

 

Eu era sim uma pessoa responsável e tinha completa noção do que fizera e não precisava ser tratado como uma criança por Aoi.

 

Já livre de qualquer vestígio de sabão, abri a porta do boxe no exato momento que Aoi voltava a repetir sobre ‘a moralidade japonesa’, como se nós não nos vestíssemos justamente para ir contra toda a moralidade possível. Como se ele não mexesse os quadris como se estivesse convidando alguém para uma noite quente de sexo selvagem.

 

Completamente molhado e nu, saí do boxe e agarrei seu colarinho, empurrando-o até o quarto, agradecendo pelas camas de hotéis serem macias, quando o joguei sobre a mesma, me sentando em seu colo, no processo.

 

Não houve tempo para protestos ou senso de moralidade.

 

Colei minha boca a sua, beijando-o de uma forma bem diferente da que havia feito no palco.

 

Fôlegos esvaídos, afastei meus lábios dos dele, sentindo seus dedos em meu rosto.

 

-Por que você sempre reclama tanto, Yuu? – Perguntei acariciando seus ombros.

 

-Você não pode resolver todas as nossas discussões desse jeito, Uru. – Respondeu, roçando o nariz no meu pescoço.

 

-Eu posso tentar. – Encostei nossas testas. – Já que você está em constante negação.

 

Ele riu daquele seu jeito tão lindo e eu me senti derreter, distribuindo alguns beijos por seu rosto.

 

-Foi por isso que eu te beijei naquele palco, Yuu. – Sussurrei, passando as mãos por suas costas. – Eu não consegui resistir. Eu não posso resistir quando você sorri desse jeito... não posso resistir nem quando olho pra você.

 

Ele rodou os olhos e deitou na cama, com os braços abertos.

 

-Você sabe mesmo como me amansar, Uru. – Eu ri e apoiei minhas mãos sobre seu peito.

 

-O que eu posso dizer? – Dei de ombros. – Sou um cara apaixonado.

 

Ele riu novamente e me puxou, invertendo nossas posições, se encaixando entre minhas pernas.

 

Eu o acompanhei no sorriso, feliz por ter conseguido que toda aquela raiva sumisse.

 

-Eu adoro seus dentes de criança, Uru. – Senti um beijo quente em meus lábios. – Mas não gosto quando você age como uma criança mimada, fazendo essas coisas sem me consultar. Isso pode repercutir de uma forma negativa, meu anjo.

 

-Você sabe mesmo acabar com o clima, seu velho chato! – Tentei me levantar, mas ele segurou meus ombros e forçou seus quadris contra os meus.

 

-Por Buda! Como você é mimado! – Resmungou, aborrecido.

 

-Você está bravo comigo, Yuu? – Perguntei, tentando parecer inocente.

 

Mas o fato de estar nu e molhado embaixo dele não ajudava muito.

 

-Não jogue esse jogo comigo, Uru! – Tentou parecer realmente bravo, mas não conseguiu. – O que você vai dizer aos entrevistadores quando eles perguntarem sobre isso? Porque você sabe que eles vão perguntar, não é, Uruha?

 

Suspirei, deixando meus dedos brincarem com seus cabelos, enquanto pensava em uma boa resposta.

 

-Eu vou falar a verdade. – Ele pareceu horrorizado e eu ri. – Vou dizer que você estava tão lindo que eu não consegui resistir.

 

Aoi me olhou, como se estivesse encarando algum louco ou algo do tipo. Eu me contentei em fechar os olhos e suspirar.

 

Não havia sido um erro tão grande assim. E eu não havia planejado nada... simplesmente aconteceu. E a culpa era de Aoi, por estar tão maravilhosamente lindo.

 

Ouvi sua risada e abri os olhos, encarando seu rosto sorridente, com certa dose de espanto.

 

-Sabe de uma coisa, Uru? – Ergui a sobrancelha. – Essa parece ser a melhor resposta.

 

Eu ri junto e beijei seus lábios, numa cópia exata que havia feito no palco.

 

-Vai ser bom atiçar a mente das pessoas. – Falei, correndo a língua por seu piercing. – Você até pode entrar na brincadeira, dizendo que... eu não faço isso sempre.

 

-Mas você faz. – Respondeu, cínico. – Só que não em público.

 

Sorrimos cúmplices e ele me beijou, com desejo.

 

Apenas fechei os olhos e aproveitei o momento que veio depois e que, com certeza, as pessoas que lessem ou ouvissem nossa futura entrevista, ficariam imaginando.


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