Barulhento Silêncio escrita por Dark_Hina


Capítulo 7
Capítulo 7




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/86353/chapter/7

O técnico de vestígios possuía nas mãos cobertas por uma luva de látex uma toalha branca queimada, a mesma que horas atrás estava em posse das mãos de Sofia e dias atrás nas de Silva na corrência do crime.

–Lhe chamei a uns vinte minutos trás.

–Eu estou aqui.

–Não você está a três corredores a minha sala.

–Afinal tem alguma coisa para mim?

–Sim, sua toalha tem vestígios de pólvora e rapas de ferro.

–Raspas de ferro?

–O material dela é muito ruim, chegando a ser áspero. Arranhou a arma, comparei com umas raspas que fiz dela. Tem também alguns epitélios, mandei para o DNA. E então caso solucionando?

–Sim, mas não graças a você. - Grissom e Brass se encaminharam para o estacionamento. Brass se apossou do volante e seguiu firme para casa da vítima.

–Está mais calmo? - Pergunta o policial.

–Nada melhor do que um Hodges para enlouquecemos e um Ecklei para nos tornamos assassinos.

–Ou do que uma Sara para nos apaixonarmos. - Grissom lhe olhou com olhos fulminantes.

–Só porque está dirigindo não precisa viajar.

–Grissom, garota é um aventureiro que se perdeu em uma excursão e acha que você é a bússola.

–Sabia que em certos lugares do mundo as bússolas não funcionam?

–Já lhe passou pela cabeça o motivo dela ter feito o que ela fez?

–Já me perguntei muito sobre isso e não tive resposta. Você tem?

–Não da boca dela, mais nós dois imaginamos o motivo.

–E seria?

–Começa com você jantando com a garota e termina com você nos braços daquela cafetina que abre a pernas para que paga mais.

–Não sei do que está falando. - Grissom sentiu o sangue de deu rosto ferver.

–Me dê outro motivo lógico dela ter bebido acima do limite permitido, dirigido e ter ido a uma cena de crime. -O silêncio tomou conta do carro. -Não perceber que está errado é normal, ser alertado de que está errado e continuar no erro em plena consciência é burrice. Uma burrice que não vale perder uma garota jovem e bonita que merece ser importante na vida de alguém.

–Se se importa tanto porque não fica com ela para si?

–Porque não é de mim que ela gosta. - O silêncio volta a reinar, ambos engolem e seco e cada um olha para o posto ao outro. -O que você disse mesmo aquele doutor que matou a 'garota-borboleta'? - Grissom exalou com força e Brass percebeu que ele não gostou nenhum pouco do dele ter tocado no assunto. -Vejamos... “É triste não é doutor? Cara como nós...”

–Já chega Brass!

–“Homens de meia idade que permitiram que o seu trabalho consumisse as suas vidas. A única hora que tocamos outras pessoas é quando estamos usando nossas luvas de látex. Acordamos um dia e nos damos conta de que para 50 anos não vivemos nada... “

–Está bem Brass! - Grissom estava visivelmente irritado e a chuva que caia no carro fazendo latejar o som em seus ouvidos não lhe ajudava.

–Não você disse mais! E vai escutar! “Mas então, de repente... temos uma segunda chance. Alguém jovem e linda aparece. Alguém... que poderíamos nos importar! - A voz de Brass era tão entuada que parecia afeminada.

–Ela nos oferece uma nova vida com ela. Mas nós temos uma grande decisão para fazer, certo?” Porcaria Grissom!

–E eu estava errado?

–Sim, ela não estava pedindo sua vida e sim sua companhia.

–Às vezes pequenas coisas são grandes demais para se dar.

–Ou então você pediu a uma pessoa muito 'mão-de-vaca'.


~♥~



Ela deixou o livro que falsamente lia em cima do criado-mudo, se sentou em sua cama e respirou fundo quando percebeu que lagrimejava. Insetos eram realmente interessantes mas quando ele fala e sutilmente complementava com coisas triviais que fugiam totalmente do assunto e propositalmente nos obrigava a admitir que ele era um gênio.


Quem ela queria enganar? A si própria? Aquele livro só piorou sua insonia e nada que fizesse naquele momento serviria para afastá-lo dos seus pensamentos, não com todos os seus atos sendo indiretamente ligados a ele. Espera, tinha uma coisa que não a deixava pensar nele.

Em um pulo se levantou e foi a cozinha, ao abrir o congelador o ar frio desceu para seus pés que os fez tremer por um segundo. Ela pego a cerveja mais gelada ao termômetro do tato, a abriu já tomando uma grande golada. Por mais que a bebida estivesse gelada ela desceu queimando.

Fechou a porta do congelador respirou fundo, tomou outra golada, ela começa a andar em seu apartamento, entrou em seu banheiro no fundo prevendo o que aconteceria em instantes. Quando quando novamente deixou sua língua em contato com o líquido começou a tosse. Uma tosse desesperada que a fez em uma fração de segundos abrir a tampa do vaso e colocar o pouco que bebeu para fora do corpo em uma ânsia de vomito continua. Assim que despejou tudo que seu organismo não queria, a mulher volta a respirar fundo. Lava a boca e pensa um pouco no que estava fazendo, em seguida vai para seu quarto pega as chaves do carro e o livro que tinha deixado de lado. Não havia motivo para não ir, o pouco que bebeu não estava no limite de consumo permitido, sem falar que possivelmente todo o conteúdo que passou pela sua boca nos instantes passados estavam descendo pelo ralo, literalmente. Ao descer até a garagem de seu prédio tomou posse do sue volante e seguiu a estrada da vida...


~♥~



Foi desconsiderado pelos homens a conversa anterior. O silêncio incomodo estava irritando o policial.



–Você já sabe que foi a 'naja-cuspideira' que matou a mulher, porque ainda vai fazer isso? Luzes é mais o estilo da Catherine.


–Sabia que 'Naja-cuspideira' é verdadeiramente uma cobra? Só que suas presas não possuí agulha hipodérmica, o orifício de escape do veneno é no meio das presas. Ela cospe nos olhos da vítima para caçar, quando ela morde não sai tanto veneno como quando ela cospe.

–Acabei de insultar um animal ao compará-lo com ela.

–Isso, faça um complô com a Sofia e a Catherine contra a suspeita. Você tem uma queda por loiras.

–Particularidades que morenas também tem. - Os dois esboçaram um sorriso no canto do rosto. -Você não me respondeu porque vai fazer isso.

–Simples, se não pode controlar a mente deixe o trabalho fazer isso para você.

–Então é a assim?

–De repente esse caminho ficou longo.

–Não foi o caminho que ficou longo, foi a conversa que está se estendo e vai durar até ser esclarecida.

–Tomara que não tenha sinais vermelhos até lá. -Os dois exalaram com força e entre olharam, aquela situação de simetria de ações estava se tornando incomoda.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É fic beira seu final...É tudo bem...
Próximo capítulo sem data definida mais pretendo postar dia 16/09/2010 (próxima sexta-feira)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Barulhento Silêncio" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.