The Clock. escrita por AnaBonagamba


Capítulo 9
Pictures and exibition.


Notas iniciais do capítulo

O título original não é esse, mas esse capítulo me faz lembrar algumas músicas de Mussorgsky (clássico) que possuem esse nome. Imagens em exibição. Espero que gostem.



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Acordei na manhã seguinte com uma enorme dor de pernas, tinha-me deixado dormir sentada no chão, com a cabeça apoiada na cama de Tom, endireite-me e pousei a mão na testa dele, que continuava tão quente como na noite anterior.

Dirigi-me ao banheiro e tomei um banho rápido, molhei uma pequena toalha em água fria, e pousei-a na testa de Tom, que inspirou fundo com o contacto, mas sem acordar.

Entrei no roupeiro e tirei a roupa com que tinha chegado a esta loja, uma calças de ganga, uma camisola de gola alta e um manto. Coloquei o manto, ainda dobrado no sofá, e o relógio em cima dele, então olhei para Tom, e um reflexo dourado chamou-me a atenção para a dobra da camisa.

Aproximei-me lentamente e sentei-me ao lado dele, e percebi, debaixo do tecido branco estava o medalhão dourado. Puxei-o do seu esconderijo e inspeccionei-o com atenção até encontrar o trinco, que abriu com um pequeno clik, do seu interior os olhos de Tom fintavam-me, frios e sem sentimentos, lendo o meu interior.

- Ginny… - A voz de Tom fez-me saltar de surpresa.

- Estas acordado… - A mão dele pousou sobre o medalhão e fecho-o, voltando a coloca-lo sobre a protecção da sua camisa. – Com te sentes? – Perguntei virando a toalha na testa de Tom.

- Mal… - Deu um sorriso fraco, os seus olhos ainda eram vermelhos, mas já não era um tom intenso.

É esta a hora Ginny, faz a tua escolha, mata-o ou deixa-o viver. Sabes quais são as opções, os prós e os contras. Que vais escolher?

- Ginny… quem era aquele… - Sabia de quem ele estava a falar, mas apenas sorri.

- Um pesadelo que me segue desde os onze anos…

Comecei a tirar a varinha do bolso de trás das calças, a minha mão tremia, escondendo a varinha atrás da perna. Tom tirou a toalha da testa e com esforço apoiou-se no cotovelo, - Vestiste a roupa com que apareceste… vais a algum lado? – Perguntou, e os olhos escureceram um pouco.

Passei a mão pelos arranhões com cuidado. – Vou para casa Tom, ter com a minha família.

- Porque não ficas comigo?

- Porque não pertenço aqui Tom, tens de seguir com a tua vida… e eu com a minha. – Agarrei a varinha com mais força. Estas à espera do qu?

Tom suspirou e deixou-se cair na almofada. – Estou muito cansado… - Resmungou.

- E muito doente também… doente de tantas maneiras… - Tom fechou os olhos e não me respondeu.

Com a pouca coragem que reuni levantei a varinha e apontei-a ao pescoço dele. – Avada… - Suspirei e fechei os olhos. – A… Avada Keda… - Por Merlin! Não consigo fazer-te isto Tom, não consigo! – Senti as lágrimas correrem pela minha face, sem que eu as conseguisse parar. – Quem me dera que as circunstancias tivessem sido diferentes, que a história fosse diferente…

Tom olhou para mim. – Ginny… - Inclinei-me e beijei-o, um beijo de despedida. Tom apoio uma mão na minha nuca, mas eu não demorei muito tempo, levantei-me de rompante, peguei no relógio, enfiei o manto enquanto descia as escadas e saltei os últimos quatro degraus, e no preciso momento em que ia abrir a porta, esta abre-se e entra o casal Borgin com o pequeno Dimus.

- Ginny! O que se passa? – Perguntou preocupada Mrs. Borgin. – Estas a chorar!

Limpei as lágrimas e sorri. – Foi um prazer trabalhar nesta loja Mr. Borgin, e adorei conhece-la Mrs. Borgin, mas tenho de ir embora. Tom está com uma febre terrível, deveriam de chamar um curandeiro ou assim… Adeus!

Passei por eles, e sai pela porta ainda aberta, assim que virei abri o relógio e o chão de madeira dura por baixo de mim. Estava de volta ao meu tempo.

Levantei-me com o relógio na mão e limpei as últimas lágrimas, olhei em volta e estavam todos a olhar para mim. – Er… Bom dia… peço desculpa por cair aqui… não quis de maneira alguma causar confusão.

- O meu relógio! – Gritou de repente Quevedo arrancando-mo da mão. – Quem és tu? Uma ladra? Uma auror? – Continuo num tom controlado mas muito acusador.

- Não, não… acho que o senhor o largou quando tropeçou em mim e… - Fui interrompida por um gesto brusco por parte do antigo devorador da morte. – Não me importa! – E desapareceu.

A mulher loira aproximou-se em passos rápidos. – Você está bem?

- Sim claro, não se preocupe. – Dei um sorriso falso. – Posso usar a sua lareira? Acho que já tive emoção suficiente para um dia.

- Esteja à vontade. – Sorrio e seguiu-me até à lareira, estendeu-me o pequeno vaso com o pó de floo, e mandei uma pitada para o fogo, que mudou instantaneamente para um verde esmeralda. Olhei para o fogo e pensei na toca, com Harry, Ron e Hermione à espera do Relógio, que lhes iria dizer?

A minha atenção foi desviada para o a loira, que estava a deslocar alguns objectos, para poder colocar uma moldura.

Tom sorria-me da fotografia, segurando a minha imagem pela cintura, ambos com um ar divertido. – O meu avô diz que é o próprio Quem-nós-sabemos, com uma mulher que trabalhou aqui pouco tempo… - Tom roubou um beijo à minha imagem, o registo perfeito daquele momento, e do nosso estado. – Parecem felizes, mas eu não acredito que seja ele. – Olhou para mim com um sorriso, e a sua boca formou um "O" perfeito, voltou a olhar para a fotografia, mas eu já tinha entrado no fogo e dito o meu destino, quando ela voltou a olhar.

Não consegui manter o equilíbrio quando sai da lareira, e acabei por cair, espalhando cinzas pela sala.

- Ginny! – Ron gritou correndo para me ajudar a levantar. – Estas bem? Conseguiste o Relógio?

Não podia esperar um abraço de boas vindas, ou um "Senti a tua falta, nem sabes como estávamos preocupados!", porque eles não sabiam o que se tinha passado… e eu também não lhes diria…

- Deixa-me sentar Ron, dei uma queda muito feia e embaraçosa no meio daquela maldita loja. – Resmunguei e sentei-me pesadamente no sofá, descalçando as botas, e logo a minha mãe apareceu com uma caneca fumegante de chocolate quente e bolachas, como sempre fazia quando regressávamos de uma missão.

- Como correu Ginny? Conseguiste?

- Não… infelizmente não consegui… ainda lho consegui tirar, mas ele desequilibrou-se e mandou-me ao chão, nem consegui aparantar… Ele depressa me viu com o Relógio na mão, e acho que tenho sorte de ele não me ter arrastado com ele, para onde quer que ele estivesse com pressa para ir, acabou por aparantar e obviamente não o consegui seguir…

- Sabia que não devíamos ter confiado em ti para algo deste género!

- Ronald Weasley! Isso não são modos de falar com a tua irmã! – A minha mãe começou, pronta para lhe explicar o porque de ele não ter autoridade para falar assim comigo.

Harry e Hermione desceram as escadas, sentando-se cada um do meu lado, enquanto eu bebia mais um gole de chocolate quente. – Para que é que achas que eles precisam do Relógio? Se aquilo funciona… o que eu duvido, não podem trazer o jovem Lord Voldemort para o futuro, pois isso arruinaria a História. – Disse Hermione.

- E ele está condenado a morrer, por isso, não interessa quantas vezes os seus seguidores, vão ao passado para o avisar de um futuro que está a mais de cinquenta anos dele.

- Sim… - E tiramos os três uma bolacha do prato, comendo-a ao mesmo tempo.


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