Life Ways escrita por Vic Teani


Capítulo 8
Jogo Perigoso




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  O sol entrava pelas frestas entre as cortinas.
  Um garoto moreno dormia pesado em uma cama baixa.
  - Acorda – disse outro garoto, jogando um travesseiro na cara do que dormia.
  Shikamaru acordou com um pulo.
  - Não precisava me acordar desse jeito – ele falou, resmungando.
  - Ah, desculpa – disse Sasuke – Esqueci a bandeja com o café da manhã na cozinha, não sai da cama que eu vou lá buscar, tá?
  - Não enche – disso o Nara, bocejando.
  - É melhor se apressar – falou o Uchiha – Estamos quase atrasados.
 
  O calor já estava tomando conta da manhã. A loira se arrastava, ainda sonolenta, pelos corredores.
  Abriu sem muita disposição a porta da sua sala e ligou rapidamente o ar-condicionado.
  A noite anterior havia sido realmente agradável. Conversara bastante com seu amigo – e amante – de tantos anos. Ela não havia tido muitos homens em sua vida por não achar nenhum que realmente lhe interessasse. E aquele ela não estava disposta a deixar escapar novamente.
  O encontraria novamente no fim de semana.
  Olhou desanimada para a enorme pilha de papéis em sua escrivaninha.
  Transferências, provas de alunos a serem entregues aos devidos professores, pedidos de autorização para isso e aquilo, tudo misturado naquele monte de papel.
  Ela suspirou, e sua porta foi aberta. Uma mulher morena entrou.
  - Ah, Kurenai – falou Tsunade, feliz por encontrar algo que adiasse a nada agradável tarefa pelo menos por alguns instantes.
  - Bom dia, Tsunade – disse a outra, fechando a porta – A senhora avaliou o pedido que lhe fiz?
  A loira sorriu e tirou uma chave da bolsa, destrancando uma de suas gavetas. Tirou uma folha de papel e a estendeu para a outra.
  Kurenai arregalou os olhos ao ver o que estava escrito.
  - Tão rápido assim? – ela perguntou.
  - Eu não durmo em serviço – disse Tsunade – Bom, as vezes sim – ela riu – O sistema de bolsas passa a valer hoje.

  O homem entrou na delegacia, calmo.
  - Bom dia, Yamato – disse ele, sorrindo ao ver ao amigo.
  Porém, a expressão preocupada do homem não lhe passou despercebida.
  - O que houve? – perguntou Shikaku.
  - Estamos com algo complicado nas mãos – disse o outro – Não posso lhe contar agora, é assunto do departamento oficial, Danzou não permite que eu diga.
  O Nara levantou uma sobrancelha.
  - Mas – Yamato sorriu – Todos sabemos que você é tão bom como detetive quanto como policial – ele disse – Ninguém se surpreenderia se você conseguisse descobrir o que é.
  Shikaku sorriu.
  - E por acaso você não deixaria escapar nenhuma pista, não é? – ele disse.
  - Fui treinado para isso – falou Yamato.
  - Bom, esse jogo vai ser interessante – disse o homem com os cabelos presos – Quanto tempo levarei para descobrir o que preocupa Danzou?

  Ino observava o garoto sentado à sua frente.
  O moreno estava concentrado na aula, como sempre. Por que algo parecia errado?
  O sinal tocou e ela se levantou. Sasuke apenas continuou sentado.
  Ela se aproximou para falar com ele, mas alguém segurou seu pulso.
  - Agora não – disse Shikamaru, atrás dela.
  - Por que? – perguntou a menina para o amigo.
  - Sasuke está com problemas sérios – ele disse, e após pensar por um instante, completou a frase – Itachi voltou.
  Ino arregalou os olhos, surpresa. Abriu a boca para falar algo, mas o garoto foi mais rápido.
  - Pode falar com ele – falou o Nara – Mas não como a garota obcecada por ele, e sim como a amiga que você sempre foi.
  Ela concordou com a cabeça, e o garoto a soltou.
  A loira se aproximou do moreno.
  - Oi – ela disse, puxando uma cadeira e sentando ao lado dele.
  O garoto não respondeu.
  - Eu sei que você não gosta de falar – ela disse – E que eu não tenho sido uma boa amiga esses meses, tenho sido mais uma doida obcecada mas... Eu sou sua amiga, e estou aqui para o que precisar, ouviu?
  Ele não respondeu, como ela já previa. Porém, ele também não a mandou embora, então a loira ficou ali, ao lado dele, até a aula recomeçar.
 
  O quarto de hotel era elegante. Tinha uma cama king-size, com um elegante lençol de seda vermelho. Uma porta branca com uma maçaneta dourada bem acabada levava ao banheiro impecável.
  O piso se levava em uma parte do quarto, onde estava localizada uma enorme televisão de LCD, com uma poltrona altamente convidativa.
  Próximo, havia uma bancada, com um frigobar e um telefone branco.
  Um homem, bem trajado, com um terno preto e uma calça da mesma cor, uma gravata azul escura e o cabelo cuidadosamente penteado para trás, estava no sofá, trocando entediadamente os canais da televisão.
  Sua pele pálida tinha um tom quase sobrenatural, em contraste com seu cabelo negro.
  O telefone tocou, e ele se levantou para atender, sem pressa.
  - Alô? – ele disse – Sim, mande subir.
  Colocou o fone no gancho e foi até a porta.
  Logo, ouviu batidas, e a destrancou.
  - Pontual como sempre – ele disse.
  - E você, nada discreto – murmurou o outro – Tinha que alugar um quarto na cobertura?
  - Eu vivo com estilo, e você sabe disso – ele deu um sorriso – O que você descobriu?
  O outro ajeitou os óculos.
  - As coisas por aqui estão interessantes – ele falou – E também, um tanto perigosas.
  O homem mais alto deu um sorriso.
  - Como eu já lhe disse, Sasuke Uchiha ia assumir a empresa da família – falou o de cabelos cinzentos – Mas não mais.
  O de cabelos negros o olhou, intrigado.
  - Itachi Uchiha voltou para assumir os negócios da família – continuou o outro.
  O mais pálido deu um sorriso quase obsceno de tão malicioso.
  - Você nunca vem com coisas banais, não é, Kabuto? – perguntou ele – Quem diria, Itachi Uchiha aqui. Será que ele traiu a organização?
  Kabuto conteve um sorriso.
  - Isso eu não sei – mentiu – Mas para nossa sorte, espero que sim.
  - Você tem medo deles? – perguntou o outro.
  - Você tem, Orochimaru – retrucou o menor.
  O moreno sorriu.
  - Sim, você pode estar certo – comentou ele – E é por isso que eu preciso me livrar desse incomodo rapidamente.
  - Vejo que você está preparando algo grande, não é mesmo? – falou Kabuto.
  - Sim, sim – o outro disse – Mas não quero falar disso agora – ele falou, pegando o celular do bolso.
  Uma música baixa tocava, e ele atendeu.
  - Olá, querida – ele falou, maliciosamente – Sim, você sabe onde me encontrar, espero que não se atrase.

   


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