Life Ways escrita por Vic Teani


Capítulo 15
Xeque - Vai tentar escapar? / Season Finale


Notas iniciais do capítulo

Por favor, leiam as notas finais do capítulo. Muito obrigado e boa leitura.



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- Oi! – gritou a rosada, acenando, ao ver o vulto loiro parado perto do muro da casa.
  - Sakura! – disse Naruto, abrindo os braços e abraçando a amiga – Pensei que você fosse voltar bem mais cedo! Por que a demora?
  - Desculpa, Naruto, mas é que eu acabei me distraindo e perdi o ônibus... Me desculpa! Ai tive que esperar o outro ônibus.
  - Que é isso, só estava preocupado – disse ele – E ai, como foi o primeiro dia de aula?
  - Ah, foi... – ela ia dizer ótimo, mas aquela não era a palavra – Bom, pra dizer a verdade, foi... estranho...

  - O que é isso? – disse o garoto moreno, clicando em uma pasta.
  Uma tela se abriu e vários arquivos começaram a aparecer na tela. Em todos eles, a foto de um homem de cabelos negros longos, olhos escuros...
  - Então o Sasuke tinha razão! – disse Shikamaru, lendo as informações que iam aparecendo na tela.
  Olhou para a janela, e o sol já começava a surgir no horizonte. Seu pai ainda não havia voltado, mas aquilo era normal em dias com muito trabalho. Ele colocou a pen-drive no computador e começou a transferir os arquivos.
  - A coisa é muito pior do que pensava – ele disse, enquanto observava as janelas que continham uma descrição detalhada da vida de Itachi Uchiha.

  O homem olhava atentamente para a central de policia. Ele estava de volta naquele lugar, depois de tanto tempo. Quem diria, que o que começou ali, também terminaria ali?
  No fundo, ele talvez sempre tenha sabido. Sim, por que ele queria que tudo acabasse ali. Acabar? Não, começar. O nome dele seria lembrado por muito tempo depois que seus planos estivessem concluídos.
  Ele olhou para o relógio de pulso. Estava quase na hora. Ele entrou no carro de vidros escuros e esperou. O sol já tinha aparecido por completo quando um homem apareceu na esquina.
  Um velho com um braço engessado, um olho coberto por faixas. Ele passou pelo carro e entrou na delegacia sem sequer notar o homem que o espionava.
  - Aproveite seu dia Danzou – disse o homem dentro do carro, sorrindo – Não restam muitos mais para você.

A menina ruiva parou em frente a uma porta, ansiosa. Orochimaru estava na frente dela, segurando um molho de chaves, procurando pacientemente a chave certa.
  Ele então abriu a porta, e ela viu uma sala pequena, com um colchão estendido no chão. Uma luz fraca iluminava o ambiente.
  Um garoto estava deitado no chão, amordaçado e com as mãos e pés amarrados.
  - Sasuke! – Karin gritou, correndo até o moreno – O que você fez? – ela olhou para Orochimaru.
  - Fique calma, ele só está dormindo. Pode até tirar a mordaça e as cordas, se quiser. Daqui ele não escapa.
  - O que você fez? – ela repetiu a pergunta – Eu queria rever ele, mas não assim! Eu achei... Eu achei que você...
  - Achou que eu iria simplesmente deixar vocês dois se reencontrarem numa linda cena de romance? Não, tolinha. Você agora pode ficar feliz, por que ele vai ficar conosco por um bom tempo.

  Na manhã seguinte, as aulas transcorreram naturalmente. Porém, um fato não passou despercebido aos alunos: algo estava faltando. Para ser mais exato, alguém.
  - Você sabe onde o Sasuke está? – perguntou Ino, cutucando Shikamaru com o cotovelo, enquanto o professor ruivo escrevia qualquer coisa na lousa.
  - Não – respondeu o moreno, levantando a cabeça – Ele deveria ir na minha casa ontem, mas não apareceu...
  - O que será que aconteceu com ele? – perguntou a loira, colocando uma mexa do cabelo de trás da orelha, o que sempre fazia quando ficava nervosa – Espero que não seja nada de ruim, deve ser só uma gripe, um resfriado... algo assim.
  - Talvez – murmurou Shikamaru – Mas o Sasuke é... Muito problemático.

  A sala da diretora estava anormalmente arrumada. Nenhum papel fora do lugar, nenhuma caneta perdida pelo chão, nenhuma mancha de café na mesa. Shizune estava na ante-sala, sentada em sua mesa arrumando alguns documentos que deveria entregar para Tsunade.
  Ouviram-se batidas na porta, ao que ela prontamente se levantou e a abriu. Deu de cara com um homem de cabelos negros um pouco bagunçados, um olhar meio cansado, mas sério.
  - O senhor é pai de aluno? – ela disse, sorrindo.
  - Não – falou o homem, entrando na sala – Pode me chamar de Yamato. Preciso falar com a diretora urgentemente.
  - Por que?

  O garoto esperava na sala fracamente iluminada. As paredes brancas pareciam se erguer até se perderem de vista, o teto alvo parecia inalcançável. Estava frio, apesar de sempre estar frio dentro da mansão. Esse é o objetivo do ar-condicionado não é? Mas naquele dia estava ainda mais frio. Talvez fosse um frio psicológico, ilusão provocada pelo nervosismo do garoto.
  Enquanto ele tentava se lembrar do que havia aprendido sobre sensação térmica, a porta do escritório foi aberta, e um homem alto, de grandes cabelos negros e lisos e olhos acinzentados entrou.
  Neji se levantou imediatamente e o cumprimentou com uma reverencia rápida, ao que o homem respondeu igualmente. O homem se sentou na cadeira de trás de uma pesada mesa de carvalho. Um abajur elegante estava na ponta direita da mesa, e era a única iluminação da sala naquele momento.
  Porém, ele ficou em silêncio, e Neji achou que deveria falar primeiro. Mas o que falar?
  - Com licença... senhor – ele disse – Não sei por que me chamou aqui, mas se for qualquer coisa relativa a empresa... Posso lhe garantir que minha posição continua a mesma, ficarei honrado em me tornar o diretor quando o senhor deixar o cargo e...
  - Não é nada disso – disse o homem, quase rindo. O garoto se surpreendeu, e suas palavras se perderam no silêncio que se seguiu.
  - Então, o que...
  - Neji – disse o homem – Eu te escolhi para liderar minha empresa quando eu não estiver mais apto para tal função. Eu lhe acolhi em minha casa, eu lhe coloquei na melhor escola e lhe colocarei na melhor faculdade. Você concorda que eu devo confiar e gostar muito de você, se não, não teria motivos para tal, não concorda?
  O garoto, sem entender aonde o tio queria chegar, apenas acenou com a cabeça.
  - Por confiar tanto e te achar um rapaz digno – ele disse, e Neji viu o brilho sagaz nos olhos cinzentos – É por isso que vou manter viva a velha tradição entre os Hyuuga...
  Fez-se silêncio, e se não fosse pelo clima frio da sala, Neji já estaria suando.
  - Neji Hyuuga – disse ele – Filho de Hizashi meu irmão. Eu quero que você se case com a minha filha.

  - Intimada para depor? – falou a mulher loira, segurando a folha de papel com ambas as mãos – Mas como assim? Que crime foi cometido?
  - Se acalme, senhora Tsunade – disse Yamato – Sasuke Uchiha, aluno do seu colégio, foi seqüestrado ontem a noite.
  A diretora colocou uma das mãos sobre a boca, abafando um gritinho de surpresa, e recuou um passo para trás.
  - O suspeito do crime é alguém que soubemos que a senhora conheceu... a algum tempo.
  Os pensamentos da loira voaram imediatamente para Jiraya. Não, não poderia ser ele. Aquele homem jamais faria aquilo.
  - E quem seria? – ela disse, contendo a voz.

  Shikamaru fechou a porta da casa, deixando os sapatos na entrada. Jogou a mochila em qualquer canto junto a parede e puxou uma cadeira da mesa da sala, afrouxando a gravata do seu uniforme.
  - Que calor horrível – disse ele, olhando para o ventilador de teto que não adiantava muita coisa.
  - Já chegou em casa? – veio uma voz da cozinha. Seu pai apareceu na porta da sala, o que surpreendeu o garoto. Ele não costumava estar em casa uma hora dessas.
  - O trabalho acabou mais cedo? – perguntou Shikamaru. O pai, porém, nada disse. A expressão era séria, com um toque de algo que parecia... pena? Não. Talvez...
  - Temos um assunto sério para conversar – disse o pai, puxando uma cadeira e se sentando de frente para o filho – É sobre seu amigo... o Uchiha.
  Shikamaru se ajeitou na cadeira – o que era algo realmente raro – e ficou sério. Ele sabia que algo estava errado, mas só podia suspeitar. Não queria ter certeza. Mas se seu pai, que trabalhava na polícia e tinha informações que nem o próprio Yamato sabia...
  - Imagino que a essa altura, você já deve saber tudo sobre Itachi Uchiha – disse o pai – Não fique surpreso, você realmente acha que eu não sei que você andou vendo os arquivos? Enfim, você deve ter lido algumas coisas sobre a Akatsuki e o criminoso Orochimaru...
  - Você quer dizer que Itachi não está por trás disso? – perguntou Shikamaru.
  - Por trás? – perguntou o pai – Não, não por trás. Mas que tudo isso tem haver com ele, sim. Escute, a Akatsuki não gosta de desertores. Itachi e Orochimaru deixaram a Akatsuki a muito tempo, levando segredos perigosos da organização. Eles não podiam deixar isso assim. Demorou muito tempo, mas finalmente eles localizaram os dois. E não poderia ser mais fácil, já que os dois estão na mesma cidade.
  - O que?! – perguntou Shikamaru, se curvando para frente  - Você quer me dizer que o Orochimaru está...
  - Aqui – completou o homem – Exatamente. E ele e Itachi tem suas rixas pessoais. Sasuke, infelizmente está no meio de tudo isso. Quero dizer, em que família problemática ele foi nascer...

  - Orochimaru? – perguntou o homem, olhando para a foto – Bom, quem diria, não é? Mas se era pra nos reencontrarmos, acho que deveríamos ser os três.
  - Senhor Jiraya... – disse Yamato, estendendo a folha para ele – Por favor, assine a intimação.
  - Ah, sim – disse o de cabelos brancos, pegando a caneta e rubricando no local indicado – Sabe, as vezes eu me pergunto o que o destino está preparando.
  - É algo interessante, não é? – perguntou o policial, e em uma rápida mesura, se despediu de Jiraya, abrindo a porta e saindo da casa.

  O homem olhava para a tela do computador. Lia e relia algo quase desesperadamente, procurando com toda a sua força de vontade uma única falha em tudo aquilo. Quando chegou ao último ponto final pela décima vez, se deu por satisfeito e fechou o notebook. Reclinou a cadeira e apoiou os pés na escrivaninha.
  Sorrindo, abriu uma gaveta e tirou de lá um pequeno objeto que brilho à luz do abajur, que era a única iluminação do ambiente.
  Ele girou o pen-drive nos dedos, e o destapou. Aquele pequeno objeto continha tudo o que precisava. Todos os segredos que, depois de anos, resultaram em um plano totalmente a prova de falhas. Sim, seu plano. Olhou para o notebook, e riu. Ele se surpreendeu com o som da própria risada.
  Por que ele ria muito, mas pouquíssimas vezes era de verdadeira felicidade. Mas agora sim. Ele não conseguia pensar em nada que lhe fizesse mais feliz do que botar tudo aquilo abaixo.
  Destruir todos, um por um.

 
  O sol se punha no horizonte, e uma melodia enchia o ar. As flores do jardim completavam um quadro de grande beleza, do qual a garota com um elegante vestido branco era o objeto central.
  A Hyuuga então deixou o instrumento no banco do jardim e se sentou, debaixo da cerejeira. Observava as manchas de diferentes tons de vermelho, laranja e rosa que enchiam o céu. Olhando para o oeste, já era possível ver os primeiros vestígios da escuridão da noite chegando.
  Aqueles dias estavam sendo realmente estranhos. Estranhos? Não... Diferentes. Sim. A garota de cabelos rosados logo ficaria amiga de Tenten, Hinata tinha certeza. Elas formariam um trio inseparável de amigas, o início de um grupo que tiraria Ino do pedestal em que ela mesma se colocava.
   A garota de olhos cinzentos balançou a cabeça, rindo das próprias idéias. Cada coisa que ela imaginava.
  Por fim, o sol sumiu, se preparando para brilhar do outro lado do mundo. Tudo que restava do dia era uma fina linha laranja no horizonte. Hinata se levantou e pegou o violino, se preparando para voltar para a mansão.
  Então, do lado de fora do portão, ela viu um vulto um pouco mais alto que ela, apenas uma sombra negra em contraste com a última
luz daquele dia.


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Notas finais do capítulo

Yoo povo! Pois é gente. Devem ter notado que no título do cap está escrito Season Finale. Quem assiste muito seriado sabe o que significa.
Pra quem não sabe, Season Finale é o fim de uma temporada, ou seja, a primeira "temporada" da fic acabou. Ela vai entrar em hiatus, ou seja, férias, por um tempo, ainda indeterminado, que talvez seja até o fim de janeiro.
Mas calma! A fic vai voltar. Esse tempo é só pra organizar as idéias e arrumar e botar os outros projetos pra frente.
Até lá, quero que vocês tentem descobrir quem é o personagem misterioso que estava vigiando o Danzou. Ele NÃO é nenhum personagem que apareceu até agora na fic, mas é SIM um personagem que existe no universo de Naruto.
Vou dar uma dica: vocês notarem que ele aparece duas vezes nesse capítulo. Ele também aparece no capítulo nove.
E ai, alguém arrisca um palpite?
Bom gente, espero que entedam o motivo dessa parada na fic. Afinal, eu tenho vida, preciso de férias também xD
Muito obrigado a todos que leram e acompanharam a fic até agora, ela voltará com fortes emoções!



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