Blackwhite escrita por carol_teles


Capítulo 24
Fuga


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Tudo bem? Dessa vez consegui postar mais rápido! ^^ Esse capítulo é para vocês lerem e irem curtir a Semana Santa (tem semana santa em Portugal também?). Está meio curto, mas acho que vocês vão gostar. Bem, como estou sem muito tempo, vou deixar vocês lerem. Obrigada para quem deixou reviews no meu capitulo anterior! Adoro lê-las.
Bom, boa leitura e uma ótima Semana Santa para vocês!



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…Normal POV:…

– Eu estou com fome… - a garota de cabelos pretos geme, olhando para sua companheira de cativeiro.

– Eu também. – Amu concorda – Você acha que se a gente pedir comida para eles, eles vão dar?

– Não sei. Mas vale a tentativa. HEY! – Hikari grita o mais alto possível – HEY! Seus babacas sequestradores! Será que dá para trazer comida para a gente?!

– Caramba! – um rapaz aparece e Amu o encara, curiosa – Vocês não conseguem ficar quietas por um minuto não é?!

– Quem é você? – Amu pergunta. Aquele garoto não estava ali antes.

– Não é da sua conta. - ele responde de modo seco.

– Cadê aqueles outros dois?

– Lá nos fundos vigiando.

– E você está sozinho aqui?

– Claro que não, garota burra. – Amu o lança um olhar irritado. Que garoto mais arrogante. – Você acha que a gente é idiota?

– Então tem mais alguém com você?

– 4. Além dos dois lá nos fundos.

– Então vocês são 6? Dois nos fundos e quatro na frente?

– Si… - o garoto parou de falar, percebendo o que a garota havia feito – Há, muito boa essa.

– Não sei do que está falando. – Amu sorri inocentemente.

– Bem que o Aniki falou que era para tomar cuidado com você.

– Então o Akira-kun mandou vocês 6 para vigiarem 2 garotas? Duas garotinhas fracas e famintas? – Amu riu – Bela confiança ele tem em vocês.

– Cala a boca. Eu só estou aqui porque o Aniki tinha que encontrar o chefe sobre… Mas que droga!

– Chefe? Então o Akira-kun não é o chefe? – Amu olha para Hikari que a lança um olhar interessado.

– Bem, não é uma surpresa. – Hikari fala sarcasticamente, entrando no jogo de Amu – Ele é um fracote.

– Aniki não é fracote! – o garoto se exalta ao escutar as duas garotas falando mal dele – Ele vai controlar toda a operação quando o chefe sair do país!

– Chefe isso, Aniki aquilo. Aposto que esse tal de chefe nem existe e que ele só está blefando para controlar vocês. – Amu e Hikari riem.

– É claro que existe! Ele acabou de sair da prisão e é o pai do Aniki! Vocês deveriam estar agradecendo pelo Aniki deixar vocês duas vivas. Outras não tiveram tanta sorte. – o garoto sorri malignamente.

– Espera ai. Você quer dizer que o Yamamoto Takashi é o pai do Akira-kun? - Amu arregala os olhos, surpresa.

– Sim! E o Aniki vai ser o único a cuidar dos negócios aqui no Japão quando o chefe for embora.

– Para os Estados Unidos? – a garota palpitou.

– Isso! O Aniki disse que eu vou ser o segundo no comando quando isso acontecer! O chefe vai controlar o Mercado americano e o Aniki vai controlar aqui!

– Aposto como você e seus amiguinhos aqui vão ser todos eliminados quando chegar a hora.

O garoto se aproxima furioso e puxa os cabelos da garota, arrancando um gemido dela.

– Aniki nunca faria isso!

– Isso é o que você pensa. – Amu fala entredentes - Ele já apresentou você ao pai dele? Ele já deixou algum de vocês controlar alguma coisa importante? Vocês são só peões descartáveis.

A garota lançou um olhar para Hikari, que a olhou sem entender. Enquanto o garoto estava em pé, Amu havia percebido o canivete em seu bolso prestes a cair e quando o garoto havia se mexido bruscamente em sua direção, havia caído e ele não havia percebido.

Hikari olhava para a cena sem saber o que falar, então finalmente viu o pequeno canivete a poucos centímetros de seus pés e teve que reprimir um sorriso. Aproveitando a chance que Amu havia criado para ela, a garota deslizou o corpo para baixo, quase deitando-se e com os pés, arrastou-o o suficiente para poder pegar com as mãos. Os idiotas haviam amarrado as mãos das duas na frente do corpo. Será que eles podiam ser mais idiotas do que isso?

– Você não sabe de nada! Você é só uma garotinha estúpida que deu azar em ser a namorada do Tsukiyomi! O Aniki vai acabar com ele e junto dele, todos os seus amiguinhos idiotas.

– Pfft! – Amu virou o rosto tentando esconder a risada, mas logo essa escapou, fazendo não só o rapaz, mas a garota ao seu lado se assustarem.

– Q-qual a graça? Pare de rir!

– Vocês são mesmo um bando de idiotas. O Ikuto não vai vir. E mesmo que ele viesse, ele pode acabar com a raça de vocês seis com as mãos amarradas nas costas.

– Nós vamos mata-lo antes que ele possa sequer chegar perto de você!

– Por favor, eu poderia acabar com você. Você sequer sabe como lutar? – Amu provoca mais ainda e Hikari apressa seus movimentos o máximo que pode sem o rapaz perceber. Faltava muito pouco para cortar a corda que prendia suas mãos.

– É claro que eu sei! Eu posso acabar com você em um segundo!

– Ah é? Quero ver você tentar. – Amu estica os braços – Me desamarra e a gente pode ver quem é o mais forte aqui.

– Eu não vou desamarrar você!

– Por que? Medo de perder? Não sabia que o Akira-kun estava contratando covardes.

– ...Eu vou bater tanto em você garota que vai se arrepender de ter dito isso. – o rapaz falou furiosamente, começando a desatar os nós nos pés e mãos de Amu, que sorriu e lançou um olhar para Hikari. A garota sorriu de volta.

~~Enquanto isso~~

– É isso não é Ikuto? – Nagihiko pressiona o amigo, que simplesmente fica calado.

– Então… Ele mentiu? – Utau pergunta, abobalhada – Ele mentiu para poder proteger a Amu? Ele nunca quis acabar com ela? Mas… Para que dizer tudo aquilo? Você poderia ter simplesmente dito a ela que queria acabar. Não precisava ter inventado toda aquela loucura sobre uma aposta!

– Eu tinha que dizer alguma coisa que a fizesse ficar longe de mim! – Ikuto grita, assustando a irmã – Eu tinha que fazer ela me odiar e não querer sequer olhar para a minha cara! Era para o imbecil do Akira acreditar que ela me odiava e que eu a odiava.

– Para ai ele perder o interesse nela e ela ficar fora de perigo. – Nagihiko completa.

– Era! Mas a Amu… Meu Deus, aquela garota… Droga! Eu não sei se ela é boa demais ou simplesmente estúpida! Por que diabos ele não ficava longe de mim?! Sempre sorrindo para mim quando me via, me fazendo gostar mais ainda dela! E quando eu menos percebi a gente já era amigo de novo!

– Ikuto. – o garoto olha para a irmã, bufando em raiva e medo. Medo pelo que Amu poderia estar passando. – Você é muito estúpido.

– Utau-chan!

– O que? Ele é. Ao invés de ele mesmo protege-la, nããão, ele manda outra pessoa fazer. E ainda machuca a Amu e a ele mesmo no processo.

– Utau. – Kukkai a chama – Você não entende, não é? O Ikuto ama a Hinamori. Ele sabia que não podia ficar o tempo todo perto dela para protegê-la. Ele prefere sofrer mil vezes antes de colocar a Hinamori em perigo.

– Mas…

– Ele está certo Utau-chan. – Tadase sorri – Ikuto-nii-san ama a Amu-chan demais para colocá-la em perigo por causa dele. Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com a Lulu por minha causa.

– Aloo! – Rima chama a atenção de todos – Okay, o Ikuto é o mocinho da história! Oba! Mas será que dá para focar na situação aqui? A Amu foi sequestrada! Não deveríamos estar atrás dela?

– Rima-chan está certa. – Nagihiko concorda – Então, Ikuto? O que o Haru-kun falou?

– Ele disse que pegaram ela em frente a casa dela. – o rapaz responde, sua expressão tão séria que alguém que o visse pensaria que ele estava resolvendo um problema de vida e morte. Talvez estivesse. – Eram três. Ele tentou impedir, mas um dele o acertou com um taco de baseball.

– Ele está bem?

– Sim. A dona dos apartamentos o achou de manhã e o levou ao hospital. Ele tinha acabado de acordar quando me ligou.

– Então a gente não sabe de nada?

– Nós sabemos que o Akira-kun é quem está por detrás disso.

– E você quer ir até a casa dele, bater na porta e pedir a Amu de volta? – Ikuto pergunta sarcasticamente.

– Claro que não. Mas isso deve dar uma pista sobre onde ela está. Eu não acho que ele a colocaria em um lugar que não fosse completamente confiável para ele, o que significa que a Amu-chan deve estar em algum do sul da cidade. Provavelmente perto da base dele.

– Vamos. – Ikuto pega o capacete.

– ESPERE!

…:Amu’s POV:..

– Você é idiota?! – reviro os olhos ao escutar um deles gritando com o outro – Como é que você deixou uma delas escapar?!

– Eu já disse que foi um acidente! Essa garota ficou me provocando e eu não percebi a outra pegando meu canivete.

– Acidente o caramba! Vai me dizer que foi um acidente também você ter apanhado dela?!

Amu sorriu ao escutar isso. Quando o garoto tinha soltado suas cordas, ela pulou para cima dele, distraindo-o enquanto Hikari se escondia entre as caixas. Foi a fuga mais fácil que Amu já vira. E a luta mais fácil também. Quando ela socou o garoto no rosto, ele gritou, o que fez com que os dois que estavam nos fundo viessem ver o que havia acontecido, dando a chance perfeita para Hikari escapar. Amu continuou batendo no que estava embaixo de si, até os outros dois chegarem e a arrancarem de cima dele. Claro que ela ainda deu uns bons chutes nos dois antes de parar de se debater e deixar eles a amarrarem de novo.

– ...apanharam também! Ou esse sangue ai na sua cara surgiu milagrosamente?!

– Aniki vai nos matar quando ele descobrir. - um deles coloca as mãos na cabeça, desesperado e eu sorrio.

– Ele não tem que descobrir. A gente diz que fez a troca da que fugiu. Ele só se importa com essa daqui mesmo.

– Tem razão. – os outros concordam e eu reviro os olhos. Eles são um bando de idiotas.

– Vocês estão perdendo o tempo de vocês. Eu já disse que o Ikuto não vai vir.

– Cala a boca! – o que apanhou de mim grita e antes que eu pudesse me esquivar, ele me da um tapa, me fazendo cair no chão com o impacto. Olho para ele furiosa. Você acabou de se tornar o primeiro na minha lista de vingança para quando eu sair daqui. Tem sorte de eu ainda estar bancando a boazinha. Se eu quisesse, teria saído daqui junto com a Hikari, mas não quis. Esses bestas dão informações importantes sem nem se tocarem.

– Você ta louco?! O Aniki disse para a gente não tocar nela!

– Ela mereceu! – ele grita, ainda furioso de ter perdido para mim.

– Ele ta certo. Acho que ele merece me bater pelo menos uma vez depois de ter apanhado de uma garotinha como eu. – sorrio maliciosamente e, incrivelmente, os amigos dele riem da cara dele.

– Espera só até eu contar isso para o Hino. Ele vai morrer de rir.

– Vocês também apanharam dela! - ele grita, embaraçado.

– Porque a gente estava tentando tirar ela de cima de você.

– Ei, já que vocês tem tempo de rir um da cara do outro, será que da para me trazer comida? E água?

– … É, acho que você merece depois de dar uma surra nele. – um deles fala e os outros riem, acompanhando-o para fora.

Eu suspiro. Eu queria estar em casa. Eu queria que o Ikuto viesse me salvar. Me encosto na caixa e imagino ele vindo me salvar. Será que ele sequer sabe que eu estou aqui? Duvido muito. Por que isso tinha que acontecer comigo? Por que coisas ruins sempre acontecem comigo?

– Aqui está garota. – olho para o lado ao escutar a voz de um dele e me ajeito. Ele coloca a comida na minha frente e eu encaro. – O que você está esperando? Coma.

– Eu não consigo. Minhas mãos estão amarradas, lembra? – olho para ele, fazendo minha melhor expressão de filhotinho sem dono, com direito a lágrimas nos olhos e tudo e ele suspira.

– Vou soltar suas mãos. Mas só enquanto come. E nada de tentar nenhum gracinha, ok? – concordo com a cabeça, sorrindo.

– Então? Para quem vocês vão vender as drogas dentro dessas caixas? – tento puxar assunto e quase rio da expressão de pânico dele quando escuta a minha pergunta.

– Como você sabe?! – ele me olha apavorado.

– Não sabia. Mas você acabou de me dizer. Por favor, você ao menos sabe o quanto pesaria uma caixa cheia de pedras? Essa daqui pesa pelo menos metade. Além disso, pedras? Sério mesmo? O chefe de vocês é muito estúpido se acha que isso ai enganaria alguém. – massageio meus pulsos e franzo as sobrancelhas. Estão feridos. Não tinha percebido isso antes.

– Apenas coma! – ele senta em cima de uma das caixas, me vigiando.

– Qual é, o que eu poderia fazer se você me dissesse? Contar para a policia? Como se eles fossem acreditar em mim. – falo de um jeito como se a ideia fosse ridícula.

– Coma.

– Okay, okay. Só mais uma pergunta. – ele suspira e eu sorrio. Sou muito boa em irritar os outros – Vocês querem me trocar pela rendição do Ikuto. Mas como vocês vão fazer isso se ele sequer sabe que vocês estão comigo?

– Aniki vai ligar para ele amanhã.

– Amanhã? E por que não hoje?

– Ele disse que o Tsukiyomi merece sofrer um pouco antes.

– Hm… Bem malvado. Vocês se conhecem a muito tempo?

– Dois anos. O pai dele me salvou.

– Ahh. E agora você trabalha para ele. – mastigo o último pedaço do meu sanduiche e pego o outro – Você sabia que o Akira-kun vai tomar controle das coisas por aqui?

– Claro que sim. Eu vou ser o segundo no comando. – ergo uma sobrancelha.

– Que engraçado. O seu amigo disse a mesma coisa.

– Aniki mentiu para ele. Ele me disse que assim que o pai dele der a ordem, vai se livrar deles. Ele disse que eu sou o único capaz de ajuda-lo.

– Hm… e quem garante que ele não mentiu para você também? – sorrio ao ver ele hesitar. Não tinha pensado nisso, não é, garotão?

– A-Aniki não faria isso. Ele disse que eu sou como um irmão para ele.

– Nossa, que coincidência! O seu outro amigo disse a mesma coisa! – minto - Que engraçado, será que ele fala isso para todo mundo?

– Ele só está controlando eles. – ele fala e percebo a confusão dentro dele e a dúvida. Sorrio. Vai ser como tirar doce da boca de criança.

– Mas ele não precisava falar isso não é? Era só dizer que eles seriam recompensados. Dizer para todos vocês que vão ser o segundo no comando… Hm, parece que ele está enganando todos vocês.

– E-ele não faria isso. N-não há razão. – ele murmura.

– Bem, você tem o que? 19 anos? É uma criança, não? Por que o pai dele deixaria uma criança cuidar dos assuntos dele? O Akira-kun eu entendo, já que é o filho dele. Mas você? Os outros? Não são nada para ele.

– M-mas… Mas ele me prometeu… Ele disse que eu era como um filho!

– Eu não quero ser a vilã aqui – falo, levantando os braços em sinal de rendição – Só estou tentando ajudar você. Você não acha estranho?

– E-eu...

– Ele deve estar planejando colocar a culpa em vocês se algo der errado, não? Afinal de contas, o pai do Akira-kun controla todo o mercado de drogas daqui. E ele vai para os Estados unidos. É um passo bem grande e eu não acho que a policia não vá perceber. Ele deve estar pensando em usar vocês como distração.

– Eu sei onde é a base dele! Ele não faria isso comigo, porque senão eu posso contar a policia tudo sobre o plano dele!

– A base? Você quer dizer aquela casa no monte ao lado do templo?

– Claro que não garota! Ele não é burro de fazer a própria casa de base! Ele tem um esconderijo subterrâneo embaixo do templo e tem túneis secretos que levam para todos os pontos de comércio e de armazenamento. – sorrio. Finalmente ele caiu na minha.

– Nossa, ele é muito esperto! Aposto como a policia nem desconfia. Ninguém suspeitaria de um templo.

– Claro que não! Yamamoto-sama é o melhor no que faz!

– Mas você acha que ele vai conseguir fugir do país? Quero dizer, ele acabou de sair da prisão.

– Não seja idiota! Ele tem um plano! Ou você acha que a briga no terreno abandonado é só porque o Aniki quer território? – ele ri – Ele só está juntando essas gangues para que a atenção da policia seja desviada. Eles vão ser pres…

– Hey, Jin! Vem aqui! – um dos garotos grita e eu respiro fundo, desejando poder gritar com o idiota que acabou de nos interromper. Ele revelou tanta coisa sem nem se tocar e provavelmente falaria muito mais se o idiota do amigo dele não tivesse interrompido!

– Estou indo! – ele grita de volta – Vamos, vou amarrar você de novo. Junta as mãos. – obedeço direitinho – Agora fica quietinha ai.

– Posso dizer só mais uma coisa?

– O que?

– Se eu fosse você, me afastaria do Akira-kun.

– Ele não vai me trair. Eu confio no Aniki. Você é quem deveria se afastar do seu namorado. Olha só no que deu você ficar com ele. – ele me olha por um instante e então vai embora.

Fico quieta por alguns minutos, pensando em tudo que ele me falou. Então sorrio. Hora de sair daqui.


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Notas finais do capítulo

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