Fear Is Only In Our Minds ... Taking Over All The Time escrita por Kah


Capítulo 1
[one-shot]




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Frank e Karolina, mais conhecida por Kah, estavam deitados na areia, observando as estrelas.

(F) – Vamos fazer um passeio?

(K) – Vamos, mas... Pra onde?

—Não sei. Podíamos passear de barco, qualquer dia, naquela praia que é meia deserta e calma.

—É, pode ser. – Kah respondeu, meio sem certeza.

—Hummm... Não senti firmeza na sua resposta.. – Frank disse, zoando – Você não está com medo, está?

—Não... Um pouco, talvez.   -.-

—Não se preocupa... Você vai estar comigo... E nós não vamos sozinhos...

—E isso é motivo pra eu não ter medo, estar com você? ...HAHAHAH brincadeira, eu vou confiar em você. Mas vamos só nós ou vai chamar mais alguém?

—Se você quiser...

—É, talvez... Está frio...

—Está, sim... Vamos embora?

—Vamos sim.

 

 

O tal passeio foi marcado para dois dias depois. Não teriam companhia, preferiram ir sozinhos, para ‘curtir’ mais.

Resolveram que, na véspera acampariam na praia. Sairiam no outro dia, bem cedo, a fim de alugar um barco e só voltariam ao entardecer, ou melhor, ao anoitecer.

—Está bom aqui. Frank disse, escolhendo o local em que acampariam na areia.

Kah não disse nada, apenas colocou a barraca que levava nas costas na areia.

Frank colocou de lado a mala onde estavam sanduíches e bebida para comerem durante a noite, roupas de banho e secas, além de sacos de dormir.

Frank arrumou a barraca, alegando como ‘uma atividade de homem’, mas logo a Kah estava ajudando a arrumar as coisas. Frank foi buscar galhos secos para a fogueira, já que queriam clima bem ‘luau’.

— Onde você vai conseguir galhos na praia, ô coisa?

— Bom, este lado da praia – Frank faz um largo gesto em direção à algumas árvores – é um pouco afastado da cidade, e não vou muito longe. Veja, logo ali tem, você nem vai me perder de vista.

—Tudo bem, vai logo. E volte mais rápido ainda, não quero ficar sozinha. >.<’

A parai era extensa, havia uma parte meio ‘florestada’, tinha algumas árvores, e andando alguns metros, se chegava ao asfalto.

Frank trouxe os galhos, sozinho mesmo, e fizeram lá a fogueira, jantaram e após algum tempo, resolveram dormir, para acordarem cedo e aproveitarem o passeio.

Algumas horas depois em que adormeceram, Kah acordou, um pouco inquieta. Não teve sonho, nem pesadelo. Mas acordou com uma sensação estranha. Cutucou com o cotovelo o braço de Frank. Mas ele não acordou com ela cutucando-lhe o braço.

 

 

A fogueira havia apagado, mas a lua iluminava a praia, não estava tão escuro, mas também não se via muito.

Frank ouviu passos na areia, era como se estivessem rodeando a barraca.

—Frank, eu...

—Shhhh

Silêncio. Não se ouvia mais nada, além das respirações e da batida do mar ao longe.

—Pode falar, meu anjo..

— Porque você mandou eu parar de falar, em outras palavras, calar a boca?

—Achei ter ouvido algo. Deve ter sido algum cachorro de rua. Mas o que foi?

—é que eu acordei com uma sensação estranha..

— Você só deve ter tido algum pesadelo... Vamos dormir.

— Não, não estava! Ù.ú

Não estava tão escuro, mas não se viam. Porém, Frank sabia que não era pesadelo, ele também sentiu isso. Só não disse nada, não queria assustar Kah, preferiu ficar calado. Não havia como saírem dali, não àquela hora.

—Tá. Mas vamos voltar a dormir.

De repente, ouve-se novamente algo. Mas dessa vez, um ruído mais próximo e parecido como se rodeados e como se tivessem jogando objetos. Era como ouvir um balão ser estourado, mas com os ouvidos tampados, um som abafado.

  Estava, antes, um silêncio mortal, e o susto fez Kah pular e gritar.

—Shhh!

—O que é? – Kah sussurrou, muito assustada.

—Shhh! – Frank pediu silencio novamente, e começava a ficar inquieto, talvez com medo.

— Estou com medo. – Kah assumiu, se abraçando à Frank com força.

Pelo silencio dele, ela percebeu que era melhor ficarem quietos, e ficou abraçada a ele, com os olhos fechados, por mais que na dava pra ver muito bem a mão à frente do rosto.

De novo, o barulho, parecia como se alguém jogasse objetos mesmo, e eles se sentiam observados, mesmo dentro da barraca fechada.

Não era pelo medo, eles realmente se sentiam observados, mas nenhum deles disse nada.

Apenas se abraçaram mais forte, e apertaram mais os olhos, vencidos pelo medo. Adormeceram. Conseguiram, enfim, adormecer, não souberam quando os barulhos cessaram.

 

 

Frank acordou bem cedo, parecia que tinha dormido bem pouco, e que havia levado uma surra. Kah permaneceu agarrada à ele, mas dormia profundamente.

Kah tentou acordar, mas sentiu-lhe como se tivessem colados os olhos. Via manchas, mas não conseguia decifrar aquelas hieróglifos. Tentava se mexer, mas também não conseguia.

É como se estivesse amarrada com correntes, presa debaixo de barras de ferro e com os olhos lacrados.

De repente, toda aquela sensação passou e ela enfim abriu os olhos, muito assustada, mas Frank não estava na barraca.

Kah levantou-se, e espiou lá fora. Área lisa, como se o mar tivesse varrido as pegadas que eles haviam deixado antes de dormir. Só tinha as pegadas descalças de Frank, que saiu e observava o mar, alaranjado e azul, Frank estava meio estranho, e assustado.

O céu ainda era sombrio, a luz, apesar do sol já ter nascido, mortiça.

Kah se ajuntou a ele, mas não disse nada. Encostou-se no ombro dele, e em silêncio, pôs se a chorar.

Ele também não disse nada. Apenas abraçou Kah e foram arrumar as coisas..

Haveria sido um pesadelo? Fruto da imaginação, o medo estava apenas nas suas mentes? Talvez pelo entusiasmo e emoção de acampar pela primeira vez na praia?

Não sabiam o que havia acontecido. Mas não seriam mais os mesmo dali em diante.

 

# FIM #


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