Another Case escrita por LittleFish


Capítulo 7
Desfecho.


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!

Acho que não demorei taaaanto assim. Enfim, chegamos ao final da fanfic!
Espero que todos tenham gostado e agradeço de coração aos que mandaram reviews, recomendaram e leram!

Não sou muito boa com finais, mas quis fazer algo bem direto e decisivo. Sem rodeios.

E também: conheçam o verdadeiro Wayne.

O resto... É o resto! -Q

Agradeço mais uma vez e espero que gostem do capítulo.

Boa leitura!



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        – O que esses papéis significam?!

        – Ah, você logo vai saber... Mas agora, só tenho algumas poucas palavras para você.

        – E quais são? – Perguntou num tom desafiador.

        – Game Over, Mr. Wayne– Disse com uma visível satisfação de ter solucionado o caso.

        – Você só pode estar brincando! – O homem falou com nervosismo, andando em círculos.

        L fez uma parada significativa. Olhou para as folhas que estavam em sua mão e voltou a encarar o acusado.

        –  Infelizmente, ou talvez felizmente, não estou brincando. Você matou duas pessoas e já estava planejando uma terceira morte. Mas não vamos falar disso. Apenas me conte uma coisa: agiu sozinho ao matar Namikawa Mori?

        Ele hesitou.

        – Não sei do que está falando...

        –  Não tente me tapear com essa conversa, por favor. Todos aqui já sabem que você cometeu os crimes e, o mais importante: tenho como provar isso. É melhor que comece a falar – Cortou.

        O homem havia parado de andar. Olhou fixamente para o detetive e, finalmente, suspirou. Uma marca de tristeza, dor e segredo haviam aparecido em seu rosto. O verdadeiro Wayne estava diante deles.

        – Acham que tudo isso é fácil, não? Que sou um assassino inescrupuloso que matou pai e filha... Mas vocês não sabem quem eram aqueles dois. Ah, se ao menos imaginassem!

        – Sim, Mr. Nós sabemos – Retomou a palavra. – Mas adoraria ouvir a verdade de sua boca.

        O miserável assentiu. Parecia já ter certeza de seu destino, e por isso, finalmente deu início a sua narrativa.

        – Maldito seja o dia que conheci Namikawa Shinto. Boa aparência, confiável e a princípio, um bom amigo. Estava atrás de patrocínio para sua campanha política e disse que não havia conseguido nenhum apoio por ser um iniciante. Ah, eu concordei de bom grado. Investi pesado em sua campanha, fiz tudo que estava ao meu alcance. O resultado, você deve saber, já que ele havia sido eleito como Senador! E um novato sendo eleito em um cargo alto, só podia significar um alto investimento monetário. E foi isso que aconteceu.

        Todos ouviam atentamente a história. Yuichi estava parada, com os olhos arregalados, a boca apertada e a mão no peito. Parecia compreender cada passagem descrita pelo empresário. L estava impassível. Onigiri estava inquieto, observando cada movimento feito pelo culpado, como se ele pudesse saltar e matar alguém, a qualquer momento.

        – Com essa colaboração intensiva, acabei por, muitas vezes, visitar sua mansão. Foi lá que cometi meu segundo erro: conhecer Namikawa Mori. Seu jeito doce, porém esperto, de ser me contagiou. Em pouco tempo, já estava completamente alucinado por ela. Ah, e eu era correspondido. Sentia que não poderia ficar mais feliz! Passamos a nos encontrar. Creio que o homem de nada sabia, já que Mori não costumava a se aproximar de mim enquanto estávamos na presença dele. Estava tudo correndo às mil maravilhas... Até que aconteceu. Shinto foi eleito, passou a ganhar tubos de dinheiro e mesmo assim, continuava pedindo empréstimos. Sempre concordei de bom grado, até que um dia... A empresa não agüentou. Ninguém mais comprava ações e a produção estava fraca. Todo o dinheiro só servia para ser emprestado. Foi aí que a ruína começou.

        – E o que o senhor fez a respeito? – O jovem perguntou.

        – Fui falar com o velho Namikawa, claro. Disse que precisava de dinheiro e que não poderia emprestar mais nada. Ele ficou furioso. Tratou-me muito mal e disse uma série de coisas para mim. Fiquei muito sentido e desfiz nossa aliança. Mori estava muito assustada com toda aquela gritaria, mas pediu para que a encontrasse depois. Foi o que fiz. Assim que saí da mansão Namikawa, encontrei-me com ela em um pequeno restaurante. Sua expressão era de puro terror e sua voz estava trêmula. Só entendi o motivo disso depois que a ouvi contar a história mais improvável desse mundo.

        – Essa história seria...? – Perguntou, mesmo sabendo da resposta.

        – Contou que seu nome não era Namikawa Mori e que não era japonesa. Era apenas uma descendente que morava nos Estados Unidos. Lá ela conheceu um golpista que, talvez por conhecidência, era um imigrante japonês. Acabou se apaixonou por ele. Ambos praticaram inúmeros crimes, todos perfeitos. Mas nada dura por muito tempo: havia o risco de serem descobertos, precisavam fugir. Pensaram em um lugar em comum: o Japão. Poderiam entrar com facilidade e não seriam notados. Seria questão de poucos meses para recomeçar uma vida normal. Eu estava completamente aterrorizado quando ouvi tudo isso. Mori, que na verdade era Rose Mizuho, olhava para mim com uma expressão suplicante. Dizia que haviam dado um golpe milionário e que agora precisavam fugir novamente. Ela falou que queria ficar comigo, não queria ir embora, que me amava, mas para isso precisava me pedir um favor.

        – Matar o pai, ou melhor: o namorado – L completou.

        Wayne fez uma careta.

        – Eu a amava demais! Não podia negar nada que pedisse. E se pudesse ter a chance de ficar com ela para sempre... Faria tudo de novo. Planejamos tudo com cuidado e esperamos. Em uma noite, Rose me telefonou. Disse que havia tido uma briga terrível com Komatsu (o nome verdadeiro de Namikawa Shinto) e que ele tentara matá-la. Senti meu sangue ferver. A hora de agir havia chegado. Não demorou muito para que eu chegasse na mansão. Minha querida foi até o cofre, era uma espécie de isca, para o maldito achar que ela estava tentando roubá-lo. Deu certo.

        Flash Back ON

        – Rose! – Komatsu gritou, entrando no cofre – O que está fazendo aqui?

        Ela fingiu se surpreender.

        – E-Eu... – Estava com várias notas e jóias na mão. – Não é o que está pensando!

        – Como assim, não é o que estou pensando! Sua cega maldita, você está me roubando! Como ousa?!

        – Komatsu, me escute... – Tentou argumentar.

        – Não venha com essa! Não tenho que escutá-la. Pensa que não estou sabendo de seu romancezinho com aquele empresário? Sei de tudo, sua desgraçada. Vou matar os dois, fique sabendo. Não quero que mais ninguém atrapalhe meus lucros! Agora... – E antes que pudesse concluir, a figura de Wayne apareceu na porta do cofre.

        – Saia de perto dela, seu crápula – Gritou, empunhando uma arma.

        O homem riu.

        – Oh, aí está. Diga-me, acha mesmo que essa mulher o ama? Ela apenas quer que você me mate para ficar com toda minha fortuna. Ande, faça isso. Rose irá dar um jeito de matá-lo logo que conseguir por as mãos no dinheiro.

        – Não é verdade! – Exclamou.

        – Não escute o que ele diz, querido! – Rose disse. – Pense no futuro! Iremos ficar juntos sempre...

        – Você é muito covarde para atirar – O outro desdenhou.

        Nesse momento, algo surpreendente aconteceu. Com a provocação de Komatsu, Wayne o empurrou. O golpista caiu ao chão, impossibilitado de se mover.

        – Nunca me chame de covarde... – E disparou a arma sem nenhum dó.

        Rose cobriu as mãos com a boca. Seus olhos se arregalaram e em seguida tornaram a se fechar.

        – Foi necessário... – Disse. – Vamos limpar tudo e sairemos daqui sem que ninguém nos note.

        Ele assentiu, abraçando-a. Parecia uma situação terrível, mas se estava com alguém que amava... Então estava seguro.

        Flash Back OFF

        O empresário falido estava com as mãos no rosto quando terminou sua narrativa.

        – Se você a amava tanto... Por que a matou? – Onigiri manifestou-se.

        – Eu a amava... Mas entendi o que Komatsu disse. Namikawa Mori, ou Rose Mizuho não ama ninguém, a não ser o dinheiro. Depois que minha empresa faliu, descobri que ela estava planejando uma viagem para a América do Sul. Iria me abandonar... E levaria o dinheiro da herança junto. Fiquei revoltado... Não estava raciocinando direito...

        – E decidiu envenená-la, não é? – L perguntou.

        – C-Como sabe disso?

        – O laudo do legista confirmou: havia uma substância química barata em seu corpo. Diga-me, era o único tipo de veneno que possuía em casa?

        Ele franziu a testa.

        – Por que pergunta isso?

        – É um veneno muito barato e que é vendido em uma pequena loja na esquina de sua casa – Respondeu. – Isso foi um ato muito pouco inteligente, Mr. Wayne.

        – Deve ter sido... Mas quais são as provas contra mim? – Perguntou.

        – Bom, temos o vidro de veneno que ainda deve estar em sua casa, o laudo do legista, os papéis do consulado norte-americano (que confirmam a identidade de Rose e Komatsu)... Além da sua confissão.

        – Confissão?

        – Sim. Eu estava gravando tudo isso... – E mostrou um pequeno gravador que estava em seu bolso.

        O homem ficou boquiaberto, mas acabou por dar um sorriso triste.

        – Acho que já sabia como isso ia terminar – Suspirou. – Mas já perdi tudo... A mulher que amo, meu dinheiro, minha empresa... Acho que já perdi até a mim mesmo.

        – E se não me engano, também pretendia matar Yuichi-san – Observou. – Ela sabia demais e já havia presenciado brigas entre a suposta família Namikawa. Além de xereta, a mulher também era inteligente. Era apenas uma questão de tempo que ela descobrisse o que havia acontecido.

        – Ei! – Yuichi exclamou diante da menção de seu nome.

        Wayne riu.

        – Você é muito inteligente mesmo, moleque. Aposto que a culpa foi toda minha... Eu acabei dando muitas pistas em meus depoimentos. Deveria ter sido mais cuidadoso – Falou consigo mesmo.

        – Acho que está na hora de ir, Mr.

        Ele olhou para a entrada. Alguns policiais já o esperavam. Um deles estava segurando uma algema. Tudo fora preparado.

        – Então acabou. Talvez isso não seja completamente ruim. Não agüentava mais viver nessa mentira. É aqui que me despeço – E inclinou levemente a cabeça e se retirou.

        Wayne foi levado pelos policiais, deixando apenas L, Yuichi e Onigiri sozinhos no clube Hoshigari.

        – Como descobriu tudo isso?! – Onigiri exclamou.

        – Apenas ouvi todos os depoimentos e provas. Depois foi só montar um esquema e tudo se tornou claro – Respondeu com simplicidade.

        O assistente ainda não estava satisfeito.

        – E o jardim queimado de Yuichi-san? Você estava desconfiando o tempo inteiro!

        A mulher gritou de maneira aguda.

        – Suspeitando de mim?!

        – Sinto muito por isso. Mas achei que aquelas queimaduras poderiam ter algo a ver com os crimes de Wayne. Não... Era apenas o restante das fotos de seu finado marido, não eram?

        Ela surpreendeu-se.

        – Como sabia?

        – Não tinha certeza de que eram fotos, mas deduzi que devia se tratar de algo de seu ex-marido. Se você nada tinha a ver com o crime, só poderia ser isso.

        – Sim, você tem toda a razão – Confirmou. – Ainda tinha algumas coisas guardadas que pertenciam a ele. Decidi me desfazer delas de uma vez e toquei fogo.

        Onigiri pousou a mão em seu ombro.

        – Não fique assim...

        L revirou os olhos. Desejava ansiosamente ir embora.

        – Quero que os dois pombinhos me dêem licença. Estou muito cansado e preciso recobrar as energias.

        – Com uma boa noite de sono? – Yuichi perguntou.

        – Claro que não. Com um cupcake – E acenou com as mãos, finalmente se retirando.

        Outro caso havia sido finalizado. O alívio tomou o jovem detetive. A justiça fora feita e uma pilha de doces o esperava. Merecida recompensa. Depois, iria finalmente embora.

        Uma sensação estranha de que um dia voltaria ao Japão. Talvez fosse um pressentimento ou uma previsão, não sabia dizer. Mas aquilo não importava, por hora. Só conseguia pensar no açucarado cupcake que o esperava. 

        FIM


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?

Mesmo como fim do sistema de Nyah!Cash e experiência, peço para que deixem reviews. Seria muito importante para mim.

Finalmente o Onigiri ficou desimpedido de começar um romance com a Yuichi, não é? Mas é provável que ela não queira... Coitado, HAUHEUHAUHEA.

Mas... É isso!

Obrigada por lerem e até a próxima fic! Fiquem com Deus e um grande beijo!



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