O Brilho das Estrelas escrita por Rafaella_Dutra, Lola Mazzieri


Capítulo 11
Eu finalmente descubro a verdade... Ou parte dela.


Notas iniciais do capítulo

Tem tanta gente esperando esse cap. Eu diminui o tamanho dos cap., não sei se vcs perceberam. Acho que assim fica mais fácil de ler. Me digam de que tamanho preferem.



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Eu me sentia mais forte. Como se fosse ser capaz de fazer qualquer coisa. E estava adorando essa sensação.

 -"Seja bem-vinda a caçada. Agora, minha caçadora, não se esqueça de avisar Stevie Rae que aceitaste de bom grado seu destino..." - Ela dizia.

-" De bom grado, milady?" - Eu a interrompi.

- " Não me leve a mal, querida. Mas estávamos dispostas a persuadi-la de outras formas, caso fosse necessário." - Ela respondeu.

- "Interessante..." - Ponderei.

- "Tome isto como um presente meu. Feche seus olhos." - A Deusa disse, pouco antes de desaparecer.

Eu fechei os olhos, e tudo começou a girar. Quando os abri novamente, encontrei Micaella me encarando, com a mão em meu rosto.

- "Agora, eu tenho que ir, e você também. Até mais." - Ela disse antes de se virar e ir embora.

Demorei um pouco para perceber o que havia acontecido. Lady Ártemis havia voltado no tempo, já que nossa conversa deveria ter demorado. Então eu ainda tinha tempo de participar do fim do jogo...

Um grito alto e agudo, de estourar os tímpanos, me tirou de meus devaneios, e me lembrei do caça bandeira.

Certo, deixe-me esclarecer minha situação: Eu estava sozinha, perdida, sem um objetivo e com fome. É, poderia ser pior.

Outro grito. Ótimo - pensei. Eu já tinha um objetivo: Encontrar o dono dos gritos.

Voltei para cima das árvores, e comecei a procurar quem estava gritando. Não demorou muito para encontrar dois filhos de Ares. Eu já os havia visto no refeitório. Eram gêmeos. Cara, esses deuses tem problemas para ter um filho só por vez? Seus cabelos eram castanhos e espetados, e os olhos esverdeados. Todos se preocupavam com eles, por causa de uma maldição. Eram superprotegidos, e todos cuidavam para que estivessem sempre em harmonia, para evitar qualquer possível briga. Aparentemente, todos os gêmeos de Ares acabariam matando um ao outro. Isso começou na fundação de Roma, quando Rômulo matou Remo. Você sabe, os tiozinhos que foram amamentados pela loba até serem encontrados por um casal de camponeses. Eram super unidos. Até se matarem, é claro.

Ambos haviam encurralado uma filha de Hefesto. Ela tinha cabelos castanhos curtos, acima do ombro e olhos do mesmo tom de chocolate. Sua blusa estava rasgada, mostrando parte de seu sutiã. Mas não era por estar perdendo que ela gritava. Perto deles estavam três enormes criaturas aladas, grandes o suficiente parar barrar a luz do sol. Assemelhavam-se muito a pássaros do mal. Suas asas, cabeça e bico eram feitos de ferro, seus olhos cor de rubi brilhavam como fogo e pareciam prontos para atacar. Eu podia ver as penas de metal se eriçando em seus pescoços.

Finalmente, um dos pássaros voou para cima de um dos gêmeos, e o bicou, várias vezes. Fiquei imóvel. O sangue começou a jorrar, e o irmão dele se desesperou. Todos os outros pássaros começaram a ir para cima deles, e eu resolvi tomar uma providencia.

Meu arco reapareceu em minhas costas, e pequei uma flecha qualquer. Atirei. Nada aconteceu.

Os meninos continuavam a golpear inutilmente os pássaros, e eu já havia tentado destruí-los com todas as flechas, nenhuma funcionou.

Maravilha. Agora, já era - Eu pensei. Mas a filha do Deus das forjas me surpreendeu. Com um sopro, ela ateou foto a própria espada, e, apenas tocando-os com ela, incendiou os pássaros, um a um.

- "Inúteis!" - Ela berrou, coberta de fuligem. - "Vocês são apenas um bando de inúteis!"

-  "Nos desculpe." - Eu tentei melhorar a situação. - "Eu não fazia idéia de que poderia acabar com eles usando fogo. Falha minha."

- "Não você, donzela. Estou falando deles. São uns idiotas. Se concentraram tanto em me derrotar, que se esqueceram das aves estínfalas." - Ela se voltou para mim. - "Muito prazer. Chamo-me Helena. Veremos-nos em breve. Agora, se me dão licença, tenho mais o que fazer."

Dito isso, ela saiu correndo por entre as árvores. Provavelmente foi trocar de blusa. Estranho. Ela me chamou de donzela. Enfim, eu também não iria ficar parada no meio do jogo, e corri, novamente sem direção.

Eu já havia perdido as esperanças, quando vi o punho de Zeus. Aliás, deixe-me explicar. O punho de Zeus, na verdade, é apenas um amontanhado de pedras, que nem se parece com um punho. Mas ouvi alguém comentar que ele foi construído pelo próprio Zeus, e não é bom ficar perto dele em dias de tempestade, pois serve como um para-raios.

Lá em cima, a bandeira vermelha parecia sussurrar meu nome. Como se isso fosse possível. De qualquer forma, filhos de Hades, Poseidon e Deméter lutavam contra parte do meu time.

Sabe, acho que não cheguei a comentar, mas eu sempre participei do time de escalada. E era realmente boa.

Escondida por entre as sombras, comecei a subir. E cara, era realmente alto. Devo ter levado uns quatro minutos para chegar lá em cima. Fiquei surpresa ao ver um único filho de Zeus parado, em frente à bandeira. Simples desse jeito. Sem mais nenhuma defesa aparente. Assim que me viu ele juntou as mãos, e um sorriso sacana surgiu em seu rosto.

Faíscas começaram a passar por seus braços, e quando eu pensei que ele fosse lançar um Kamehameha, ele levantou os braços e o céu escureceu.

Era o fim. Nós iriamos perder. Por minha culpa. A raiva se apoderou de mim, coisa que andava acontecendo bastante. E senti minhas mãos faiscarem. Ergui meus braços como ele havia feito. Agora era uma questão de tempo. E claro, sorte.

Finalmente, um raio enorme caiu entre nós. E continuou lá, sem terminar. O raio parecia brigar consigo mesmo, sem se decidir de forma alguma, até que atingiu o menino, fazendo-o cair inconsciente. Os campistas lá em baixo não perceberam o que acontecera. Peguei seu corpo e o deitei nas pedras. Preparando-me para pegar a bandeira. Então, do nada, um filho de Poseidon apareceu.

E ele tinha uma espada. Enorme. (N.A.: Não malicie...) Mal tive tempo de pegar End, e começamos a lutar. A cada golpe dele, eu desviava, cada vez mais cansada.

Ficamos lutando por algum tempo, quando ele me acertou, com toda sua força. Para minha sorte, a espada pegou no bracelete dourado e desviou, de forma que não me machuquei.

Consegui derrubar a espada dele, mas ele pegou a própria bandeira e começou a usa-la para se defender. Ele tentou me socar, e desviei com sucesso. E ele me deu uma rasteira.

Eu, que já estava na beirada do Punho de Zeus naquele momento, caí, desastrada como sempre. Mas, pelo menos, o levei junto, quando puxei sua blusa, buscando equilíbrio, então não foi em vão.

E ele? Bem, ele se segurava o mastro da bandeira, e a levando conosco.

Caímos no chão. Com um estrondo alto e dolorido. Todos pararam de lutar, e ficaram nos encarando. Fracamente, me curvei sobre ele que mal se mexera e peguei a bandeira. Agora, eu só precisava voltar para o nosso território.

Stark adentrou a multidão, brandindo sua adaga e praticamente me levantou no colo. Percebi que ele corou. Então, começou a correr. Como um filho de Hermes. E eu estava em seus braços. Atrás de nós, a batalha continuava. Podíamos ouvir o time adversário se aproximando para nos deter. E eu sabia que estava pesada, mas faltava só um pouco para chegarmos a nosso campo.

 Foi aí que aconteceu. Uma corrente. Com uma bola de metal. Parecia um daqueles pesos das olimpíadas, a única diferença é que aquela tinha espinhos. Muitos deles. Stark caiu, me derrubando. 


Desesperada, com medo de tomarem a bandeira de volta, continuei correndo, e o abandonei, para lutar sozinho com o dono da corrente.

Eu já podia ver a divisória do terreno. Eu estava quase lá. Só mais um pouco. Eu consegui passar com a bandeira nas mãos.

Meu maior erro. Sabe, vencer algo pode deixar alguns parentes realmente orgulhosos. Ao invés de se aproximar e me parabenizar como eu pensei que aconteceria, todos ficaras estáticos. 

Finalmente descobri o porquê. Acima de mim, em um tom enjoativo de cor-de-rosa, havia um grande coração porpurinado e brega.

Quíron se aproximou e gritou:

- "Salve Avril sem sobrenome. Filha de Afrodite, deusa da beleza, do amor e da procriação."


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Notas finais do capítulo

O que acharam da grande revelação?

No próximo capitulo vou postar um resumo, de tudo que já aconteceu até agora, para quem tem preguiça de ler.