Tide Blood escrita por Nakura


Capítulo 3
Amor de Lua, Maré de Sangue


Notas iniciais do capítulo

Bem... Aí está outro capítulo. Talvez estaja algo errado aí, pois faz tempo que isso tá aqui no pc então... Aliás, eu ia por uma imagem no final do texto, mas... Não consegui = Da próxima vez eu ponho =)



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Capítulo 2: Amor de lua, maré de sangue 

“Não somos japoneses, não falamos em japonês e não pensamos em japonês. Mas, como estamos no Japão... Aishiteru.”

 

 

Todas as manhãs, Tsuki chegava mais cedo ao colégio e esperava por Hana, sua melhor amiga, na área onde ficavam as cerejeiras. Hana, por sua vez, sempre chegava correndo, com um bem-humorado bom dia. Nesse dia, nada mudaria, porém quando Hana chegou perto da amiga para dar bom dia se paralisou. Não, não havia nada de errado com Tsuki, mas sim com o que estava em suas mãos. Uma pilha de cartas.

 

- O que houve com a sua beleza hoje?Os meninos exageraram desta vez... –Disse Hana, referindo-se às cartas como se fossem as típicas cartas de declaração de amor que Tsuki sempre recebia.

 

- Ah, não é o que você está pensando... Isso tudo é convite.

 

- Para o baile de amanhã?

 

- Isso mesmo.

 

As duas ficaram em silêncio e logo começaram a rir, davam risadas como se fossem crianças, como faziam todas as manhãs. Tsuki deu metade das cartas para Hana e as duas dirigiram-se à sala de aula.

 

- Então... Com quem você vai? –Hana disse a Tsuki mesmo olhando para as cartas.

 

- Ah... Com ninguém. –Tsuki mostrava cara de despreocupada.

 

- O que? Mas por que? –Se surpreendeu.

 

- Por causa dele... –Olhou para o canto.

 

- Dele... O garoto com quem você vive sonhando?

 

As duas já estavam na sala, ao lado de suas carteiras, lá no fundo, porém ainda em pé. Tsuki colocou as cartas sobre a mesa e pulou em cima de Hana, abraçando-a sem se importar com as belas cartas que caíram sobre o frio chão.

 

- Você sabe... Ele é mais que um sonho! –Tsuki ergueu o punho direito para cima.

 

- Claro, claro. Olhos azuis e profundos como o mar, alto, forte, cabelos negros e bagunçados, ar de pessoa séria e calma... –Hana ia contando nos dedos as qualidades do garoto citado, mesmo com o braço esquerdo da amiga que se segurava em seu pescoço.

 

- Cuidado para não babar.

 

- Eu? Por que logo eu? Eu ia falar isso pra você. –Hana ficou quieta por alguns segundos e fez uma cara séria- Olha, não quero te machucar, mas...

 

- O que?

 

- É que eu acho que você deveria ir ao baile com alguém que te convidou, porque... –

 

Afastou o braço da amiga e a si mesma e olhou em seus olhos- É um pouco impossível que esse garoto apareça logo hoje como um aluno novo, se sente do seu lado e te convide para o baile de amanhã, ainda mais aqui, no Japão...

 

A voz de Hana foi interrompida pelo professor.

 

- Queridos alunos, nós temos um colega novo!

 

- Ta me zoando? ._. –Disse Hana, olhando para Tsuki.

As duas olharam para frente e viram o novo aluno. Alto, um pouco magro, porém forte. Tinha olhos azuis bem bonitos e profundos, cabelos médios, castanhos e bagunçados. Parecia ser alguém tranqüilo.

 

- O nome dele é Umi Cificap. – Enquanto o professor falava, Umi olhava para o nada. O professor se virou a ele. – Olhe, Umi, você pode sentar ali nas últimas carteiras, ao lado de Tsuki.

 

Umi concordou de forma educada com a cabeça e começou a andar lentamente em direção ao seu lugar. No meio do caminho, Umi olhou para Tsuki e seus olhares se cruzaram. Foram mínimos segundos, porém suficientes para Tsuki ficar corada e Umi sorrir. Muitas garotas viram seu belo sorriso e se encantaram. Ele apoiou seu material na carteira e sentou-se.

 

- Prazer, meu nome é Umi. –Estendeu a mão esquerda sorrindo como se fosse um anjo.

 

Sua bela voz despertou ainda mais interesse das outras garotas. Porém Tsuki só ficava corada e estendeu a mão direita.

 

- Bem vindo, meu nome é Tsuki.

 

Os dois se olharam, olharam para suas mãos.

 

- M- me d- desculpe, é que eu sou canhoto. –Ficou levemente envergonhado.

 

Tsuki riu, virou o braço de modo que seu polegar ficou para baixo. Segurou a mão de

 

Umi e os dois acabaram se cumprimentando de forma diferente.

 

- Tudo bem. –Tsuki deu um sorriso fofo, ainda estando corada.

 

As meninas ao lado começaram a invejar, porém não falavam nada, apenas olhavam a cena. Porém, Hana não podia ficar de fora.

 

- E eu sou Hana, melhor amiga dela. Bem vindo ao fundão.

 

- Obrigado, acho que vou gostar daqui.

 

- Sabe, você é aluno novo, mas não pode ficar de fora do baile de amanhã. –As palavras de Hana fizeram algumas garotas que se sentavam em frente se virarem.

 

- Baile?

 

Duas garotas sentadas na frente de Hana e Tsuki, que usavam várias pulseiras se viraram em direção a Umi.

 

- É um baile que deveriam fazer no final do ano, mas eles preferem fazer no começo de outubro por causa das provas de novembro... É como uma festa de despedida adiantada.

 

Umi ficou olhando para as duas garotas. Elas também olhavam para ele como se esperassem serem convidadas.

 

- Tsuki, você já foi convidada por alguém? Já tem um par? –As garotas se surpreenderam (ignoradas).

 

Tsuki olhou para as cartas no chão e pensou “Não... É melhor eu não mentir... Seria maldade com as outras garotas”...

 

- Não, ninguém me convidou. –Tsuki disse firmemente “Droga! Por que eu nunca consigo fazer o que eu penso?” pensou.

 

- Então... Gostaria de ir comigo?

Aquela pergunta deixou todas as garotas mais surpresas ainda.

 

- Claro, eu adoraria, obrigada.

 

Umi sorriu.

 

- De nada.

 

 

A manhã terminou, depois de longas e cansativas aulas. Depois de história, japonês, geografia e inglês, o sinal bateu e, logo seguido de vários “Êêêêê!!!” todos pegaram seus materiais e saíram até o portão. Tsuki havia se despedido de Hana e estava saindo do portão.

 

- Ei, espere! –Gritou Umi, correndo em sua direção. Tsuki parou de andar e os dois se aproximaram. –Posso te acompanhar até a sua casa? Vou para a mesma direção que você.

 

- Claro, seria muito legal. –Os dois sorriram e começaram a andar.

 

Os dois percorreram o caminho em silêncio. Não era silêncio absoluto, pois o barulho das crianças brincando, dos carros e do forte vento que batia nas folhas quebrava qualquer silêncio. O silêncio permanecia em suas mentes, que não conseguiam raciocinar direito. Finalmente, os dois pararam diante de duas mansões muito bonitas e grandes.

 

- É aqui que eu moro. –Disseram juntos.

 

Os dois ficaram um em frente ao outro, novamente em silêncio. Não queriam se despedir, mas não podiam ficar ali para sempre. Quando os dois se aproximaram, vários meninos passaram correndo e os separaram. Porém, logo depois, passou outro menino- correndo também- que fez Tsuki cair em cima de Umi.

 

Os dois ficaram corados e não sabiam o que falar. Começaram a se olhar fixamente para seus olhos.

 

- Seus olhos... –Disseram juntos.

Ficaram ainda mais envergonhados e se levantaram.

 

- Desculpe, eu te interrompi. –Umi mexia no cabelo, bagunçando-o ainda mais.

 

- Não, tudo bem... –Tsuki pôs uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. –De onde você é?

 

Umi ficou pensativo e pôs a mão no rosto por alguns segundos.

 

- Eu não sei... Mas não sou japonês... E você? De onde é?

 

- Eu também não sei, mas não sou daqui.

 

Os dois sorriram e começaram a rir.

 

- Me desculpe por ter caído em cima de você.

 

- Não foi nada.

 

Os dois começaram a andar para dentro de casa e se despediram com a mão. Umi entra em casa e se depara com um homem loiro que parecia um garoto. Ele segurava uma taça de vinho tinto em sua mão e estava sentado em uma poltrona com a mesma cor do vinho. Ele sorriu de um jeito calmo, de anjo, exatamente como Umi sorri.

 

- Voltou cedo... “Umi”.

 

- Boa tarde para você também Gabriel. –Umi não olhava para Gabriel.

 

- Ora, mas o que é isso? Não podemos ser rudes diante de convidados. –Ele aponta com a outra mão para o outro lado da sala.

 

Só então Umi vê vários homens de ternos negros sentados. Ele fica com uma expressão séria no rosto.

 

- “Convidados”... Sei. Por que estão aqui?

 

- Nós encontramos a garota, você sabe. –Disse um dos homens.

 

- Faremos os preparativos do plano para amanhã. –Disse outro.

 

Gabriel sorri.

 

- Sim... Só nos falta uma coisa.

 

Todos olham para ele, que ergue a taça de vinho.

 

- De uma... “Isca”.

 

 

Fim do capítulo 2

 

 

 



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Notas finais do capítulo

Rewis?



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