Capítulo II – Cíumes?

Abri a porta quem encontrei ali?

Edward Cullen em carne e osso.

Ele estava vestindo uma calça jeans escura e uma camiseta azul-claro, e me olhava com um semblante furioso.

- O que você quer Cullen? – cuspi.

- O que eu quero? O que eu quero, é saber que raios foi aquilo na minha festa ontem! – perguntou ele, no mesmo tom grosseiro.

- O que? – perguntei, rindo. – Quer dizer que eu vou a uma festa e não posso dançar, só porque você não quer? – arqueei a sobrancelha.

- Quem você acha que engana, Isabella? Você estava querendo chamar atenção! – gritou ele.

- Atenção de quem? De você? – ri estericamente.

- E porque não? – perguntou ele, começando a abaixar o tom de voz e diminuindo o espaço entre nós.

- Porque eu não me interesso por caras como você. – respondi, vacilante. Ele não parava de se aproximar, e aquilo já estava ficando perigoso. Eu não sabia quanto tempo iria resistir.

- E que tipo de cara sou eu, então?– perguntou ele, um sorriso malicioso brotando em seus lábios.

- Um idiota, um completo idiota. – respondi, mas é claro que não era só isso o que eu gostaria de responder.

- Ah, eu sou um idiota? – ele começou a sussurrar em meu ouvido. Nem preciso comentar que fiquei completamente arrepiada - e agora? Eu ainda sou um idiota?

- Totalmente. – respondi, completamente hipnotizada.

- Está segura disso? – perguntou ele, mordiscando o lóbulo da minha orelha.

- Claro que estou, Cullen. – falei, empurrando-o para longe de mim.

- Não parece. – ele abriu aquele sorriso torto maravilhoso, e tive que me apoiar no portal da porta para não cair.

- E você por acaso me conhece, para saber se eu estou ou não segura de algo? – semicerrei os olhos, e nesse momento, Alice apareceu no elevador, com um sorriso maldoso nos lábios.

- Desculpem atrapalhar a...discussão, mas eu acho melhor falarem mais baixo, ou os vizinhos vão ouvir.

- Sem problema, Alice. O Edward já estava de saída, não é mesmo? – olhei para ele, com a sobrancelha arqueada.

- Claro. – respondeu ele, com um sorriso torto. – nos vemos depois, Alice.

- Tchauzinho, Eddie. – acenou ela em despedida.

Alice me arrastou para o quarto e exigiu que eu contasse a ela o que havia acontecido. Eu disse que na noite passada, havia feito tudo aquilo porque estava bêbada, e que ele havia ido até lá em casa para tirar satisfações comigo.

- AAAAAAAAAAAH, BELLINHA! – gritou ela, batendo palminhas.

- O que eu perdi? –

- O Eddie tá afim de você, TOTAL! – ela quicava sem parar, em cima da minha cama.

- Até parece. – tentei não cair na história da Alice. Mas involuntariamente comecei a pensar em como deveria ser bom beijar aqueles lábios, ou estar nos braços daquele Adônis...

- Bella! – ela estalou os dedos na minha frente. – você está viajando, ao que me parece. Você ouviu o que eu disse? –

- Desculpe, não.

- É que eu estou afim de ir até aquela boate hoje a noite, e eu queria muito que você fosse comigo.

- Ah, não. Sem essa, Alice. Eu preciso dormir. Faz duas noites que eu não durmo direito. Fica para depois. – cortei. Ela me olhou com uma cara triste, e depois soltou um suspiro pesado.

- Está bem. Eu vou sozinha. Ei, preciso ir agora. Vou passar no shopping para comprar algumas roupinhas. – despediu-se ela, dando um beijo na minha bochecha.

- Ah, espera. Eu vou com você. – disse, enquanto pegava uma calça jeans e uma blusa rosa bem confortável.

- Isabella Swan saindo com Alice Cullen para fazer compras? – questionou ela, descrente.

- Ah, para. Eu preciso sair um pouco. – sorri, enquanto ia me trocar no banheiro.

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Passamos o resto do dia no shopping. Paramos em várias lojas, e em cada uma delas saíamos com cinco peças de roupas, no mínimo. Depois de um tempo, comecei a sentir dor nas pernas, e então pedi a Alice que fossemos comer alguma coisa. Paramos em um restaurante qualquer e ficamos um bom tempo lá, conversando. Alice ainda insistia no fato de que Edward estava afim de mim, mas eu apenas ignorei. Depois de comermos, pedi a ela que me deixasse em casa, pois eu ainda tinha que dormir cedo, afinal no dia seguinte teria que madrugar na faculdade. Durante todo o caminho de casa, Alice tentou me convencer a ir na boate com ela, dizendo que voltaríamos cedo, e que amanhã não estaríamos de ressaca. Mas eu realmente não estava afim, e disse que ela poderia ir sozinha ou que deixasse para outro dia.

- Então é isso, Alice. Nos vemos depois. – disse, cumprimentando-a com um beijo na bochecha.

- Até mais, Bella. – despediu-se, dando partida no carro logo em seguida.

Precisei de ajuda do porteiro para chegar no apartamento com todas aquelas sacolas. Assim que chegamos no meu andar, agradeci e também perguntei se havia chegado alguma correspondência. Ele respondeu que não, mas que se chegasse algo, ele interfonaria.

Levei todas as sacolas para o quarto, e comecei a por as roupas no cabide. Aproveitei e fiz o mesmo com as minhas roupas que eu havia pego na lavanderia outro dia, mas que ainda não tinha tido a oportunidade de organizá-las. Quando já estava tudo em seu devido lugar, resolvi tomar um banho.

Como já era tarde, e não havia mais nada para fazer, vesti um par de moletons, peguei um pote de sorvete, e me joguei no sofá, para assistir algum filme. Em algum momento da noite, caí no sono.

Acordei no meio da madrugada com o interfone tocando insistentemente. Levantei do sofá e me arrastei até a cozinha para atender o dito cujo.

- Alô.

- Isabella, por favor, não desliga o interfone. – pedia ele, desesperado.

- E-Edward? – perguntei. Não era possível.

- Sim, sou eu. Por favor, não desligue. – pedia ele.

- O que você quer? – eu estava furiosa. Porque raios ele tinha que me acordar a essa hora? E porque ele não falava logo o que tinha de falar e desligava de uma vez?

- A Alice. Ela...

- O que aconteceu com ela? – de repente, comecei a suar frio. O que havia acontecido? Será que ela estava bem?

- Ela sofreu um acidente, Isabella. – disse ele, por fim.

- O que? – minha mente se recusava a digerir uma informação dessas, e minhas pernas enfraqueceram.