O pequeno garoto encarava as plantações de tabaco, a sua frente. Porém sua mente estava em outro lugar. Estava pensando sobre onde havia ido parar seus antigos amigos que aqui viviam, perguntava-se o porque deles ter o deixado com esses estranhos, e seus sotaques fortes e seus olhares arrogantes sobre ele. Abraçou suas pernas, estremecendo ao fazer.

Seu corpo era coberto por feridas, feridas da batalha sobre sua posse. Feridas de quando o garoto tentou rejeitar aos britânicos e levou uma grande surra, que nunca mais iria esquecer. Pensava ele.

Odiava-os, odiava a forma que eles haviam feito dele sua propriedade, tirado-o de seus amigos.
 
–    George!

Encolheu-se ao ouvir a voz que o chamava. Conhecia aquela voz. Virou-se, para encarar o dono daquela voz. O homem que o chamava-a era Arthur Kirkland, denominava-se – naquela época – Reino da Grã-Bretanha. Era um homem de estatura mediana, com densas sobrancelhas e íris verdes.

–    Venha, Alfred quer conhece-lo!

Ouvi-o falar, sorrindo. Mas sabia que aquele sorriso não era para ele. Ele nem ao menos importava-se com sua existência, ao menos é claro para plantação de tabaco em suas terras. Levantou-se de seu lugar, sem muita animação, caminhando em direção ao britânico.

Iria conhecer seu “pai” hoje. Mas realmente não estava tão animado com a ideia, como qualquer outro garoto ficaria. Primeiramente, ele sabia muito bem. Ele não era um garoto qualquer. Ele era só mais uma parte de uma nação. De uma jovem nação. Que seguia a tudo que os britânicos falavam.

Caminhou o tempo todo ao lado do homem, até que ele parou, dizendo algo como “ aqui está ” em seu sotaque irritante. O garoto levantou seu olhar, para ver os olhos azuis e puros a sua frente, os olhos de sua pátria. Encarou-o por um longo tempo, até conseguir sorrir pela primeira vez, desde que havia sido conquistado pelos ingleses.

Havia algo no olhar da jovem nação a sua frente, que o fez sorrir. Algo que o fez acreditar que seu tormento de viver sobre os comandos daqueles homens acabaria logo, logo.