Wicked Mind escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 5
Capítulo 5 - Uma Nova Chance


Notas iniciais do capítulo

Finalmente outro cap



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Quando chegou a noite, consegui sair do chalé em silencio e ir até a beira do lago de canoagem, que me lembrava algo. Mas levei um susto, lá estava um garoto olhando para as águas calmas. Percy.

-Oi – eu disse, quando me sentei ao lado dele.

-Oi – ele disse mau-humorado, enquanto bagunçava os cabelos.

-Escute... – comecei – Como isso é possível? Sabe, esse negócio de eu vir do passado e isso ser 2010...

Ele suspirou.

-Muitas vezes não entendemos o que os deuses fazem. Havia apenas um titã que mexia com o tempo, era...

-Cronos – completei – É, eu lembro. Eu não sei como, mas essas coisas sobre mitologia começam a dançar na minha cabeça quando eu preciso saber de algo. Eu lembro de movimentos que fazia com a espada e quando tento repeti-los eu perco a coragem, com medo.

-Eu era assim no começo... Não sabia o quanto era poderoso – ele disse e então se deu conta – Ei, não estou me achando, só...

-Sei – dei uma risadinha que escapou de meus lábios contra minha vontade.

-Esqueça Filipa. Você sabe que é muito difícil para todos os semideuses no começo, mas no fundo sabemos que é pra isso que nascemos.

-Você tem razão, mas isso é... Estranho.

Ele concordou.

-Sempre é assim. No inicio, quando Poseidon me reclamou, todos me tratavam como se eu fosse um doente ou algo assim, e era apenas porque eu era o único filho dos três grandes no acampamento.

-Eu não sei quem é minha mãe – murmurei, mas depois tive que sorrir – Meu meio-tio – zombei enquanto tirava o bilhete do bolso e dava um sorrisinho afetado.

Percy lia o bilhete apreensivo e então riu.

-Parece que eu tenho uma sobrinha mais velha. Pelo menos você conhece algum parente seu antes de descobrir quem é sua mãe.

-É – tive que sorrir.

-Percy – chamou Annabeth.

-Não quero problemas – murmurei enquanto pegava o bilhete do Percy e saia de fininho apenas com um:

-Oi Annabeth.

POV Percy

-Oi Annie – murmurei dando um beijo na bochecha dela, que não disse nada – Ei, o que foi?

-O que ela estava fazendo aqui?

-Ela veio conversar.

-Ah, é?!

-Annabeth... Não diga que está com ciúme?

-Não estou – ela retrucou.

-Qualé, ela só veio falar comigo sobre a mãe dela...

-E vocês sabem quem ela é?

-Não, mas...

-Ah, Percy. Faça me o favor...

-Ei, Annie – eu disse enquanto a puxava pelo braço para dar um beijo nos lábios dela. Annabeth me deu uma cotovelada para me afastar – Aiii. Annie espera, Filipa e eu somos parentes. Ela é minha “sobrinha”

-Ahn? – ela perguntou, enquanto eu contava para ela o bilhete que a mãe de Filipa havia deixado para ela – Quer dizer que o pai dela é um semideus e a mãe uma deusa? Meus deuses, isso não é bom...

-Como assim...

-Percy, pense. Sendo ela uma filha de uma deusa e um meio-sangue, seria mais poderosa que nós... E isso é muito, muito ruim...

-O que, mas ela... não parece perigosa.

-Parecer e ser são coisas completamente diferentes – ela retrucou, mas relaxou quando apertei sua mão.

-Annabeth, não fique assim...

Puxei-a para um beijo rápido, mas ela se afastou murmurando que tinha que treinar. Treinar o que meus deuses? Eu sabia que a tinha deixado irritada.

POV Filipa

Quando cheguei novamente no chalé de Hermes, então deitei no beliche e senti as lágrimas escorrendo dos meus olhos.

 “Não chore criança” , disse uma voz na minha cabeça e eu me senti alerta.

 “Mãe?” , perguntei com emoção.

 “Sim, criança. Sinto tanto não poder te reconhecer. Acontece que isso irá te proteger o máximo possível. Espero que entenda...”

 “Mãe?”, perguntei, mas ninguém respondeu.

A voz sumiu do mesmo jeito que surgiu. Do nada. Eu me sentia mais triste que nunca, mas também me sentia um pouco feliz sabendo que minha mãe estava me protegendo. Era tudo que eu queria e mais um pouco, esse pouco era saber quem é ela. Começava com “S”. Mas quem da mitologia grega tinha o nome que começava com “S”? Droga, isso está me incomodando.

Não sei quanto tempo fiquei ali, apenas sei que quando me dei conta eu estava novamente naquele lugar. Eu estava na caverna onde apenas Mona, Charles, David, Aria... E Dan.

-Filipa sumiu – disse Dan, cutucando as brasas da fogueira com um pauzinho.

-Ela é uma deusa.

-O que? – perguntou Dan – Não, ela não é, Mona. A mãe dela é uma deusa... e você sabe.

-Talvez – retrucou Mona – Mas precisamos nos unir. Sobraram só nós cinco, isso é uma floresta de desespero...

Ela gritou.

-Porra – berrou Aria.

-Que droga é essa?! – exclamou Charles e David.

-Deuses – murmurou Aria.

-Filipa? – perguntou Dan, enquanto olhava para onde eu estava.

-O que? – perguntei, minha voz ecoou na caverna.

-Está aí? – perguntou Dan, franzindo as sobrancelhas.

-Eu estou no Acampamento Meio-Sangue, em 2010 – informei – Dan está desaparecido a um mês...

Ele arregalou os olhos.

-Eu não sei quem é minha mãe – disse depressa – Mas ela falou comigo. Espere, estou acordando... Droga... – eu disse tentando manter a “conexão” – Eu volto quando puder. Vou tirar vocês daí!

E acordei.

-Deuses, o que foi isso? – perguntei para mim mesma quando vi que já era noite. Caminhei até o refeitório onde todos estavam. Quando cheguei lá e me encostei numa coluna grega, todos olharam para mim. Quíron arregalou os olhos, mas disse lentamente olhando para cima da minha cabeça.

-Saúdem Filipa, filha de Selene, deusa da lua antecessora a Ártemis, irmã da deusa Eos, a aurora e do deus Hélios, deus do Sol.

Acima de mim estava uma lua minguante.

 


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?



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