A Vingança escrita por MisuhoTita


Capítulo 14
A Procura de Lady Evelyn




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Simon Elliot olha para Richard perplexo, pois, a conclusão que seu filho chegara tinha algum sentido.

Ele diz:

― Richard, meu filho, eu...

Richard olha muito sério para seu pai antes de dizer:

― Pense bem, meu pai. E, o senhor verá que todas as peças deste quebra-cabeça de encaixam.

Mesmo sabendo que seu filho poderia ter alguma razão, Simon tenta encontrar uma outra resposta para este estranho enigma.

Ele diz:

― Pode haver alguma outra explicação. Como este homem pode ter entrado e saído daqui sem ninguém ter visto?

Richard diz:

― Do mesmo jeito que ele assassinou a sangue frio a minha mãe, planejando muito bem. Pense, meu pai. O ataque desta madrugada serviu de distração, pois perdemos homens e estávamos totalmente fixados em expulsar o inimigo. William Lancelot pode muito bem ter entrado, raptado minha esposa e saído sem ser notado.

― Mas por que ele faria isso? – Simon se viu perguntando, embora já imaginasse a resposta para esta pergunta.

― Pelo mesmo motivo que ele assassinou minha mãe, para se vingar. Há dez anos, quando o mandei para a prisão, ele jurou que iria se vingar, ele jurou que não ia parar enquanto não me tirasse tudo e, parece que ele está conseguindo.

Adam olha para o triste semblante de seu senhor, não gostava nem um pouco de vê-lo daquele jeito, se sentindo derrotado. Ele devia tudo aos Elliot, eles eram boas pessoas e não mereciam isto.

Ele diz:

― Meu Lorde, ainda não procuramos Lady Elliot nos arredores e proximidades do castelo, só procuramos pela propriedade.

Richard olha para seu empregado com um meio sorriso, sabia que Adam tinha a melhor das intenções, porém, tinha certeza que, por mais que procurassem, não encontrariam sua esposa. William Lancelot era ardiloso demais.

Simon tinha quase certeza de que seu filho tinha razão. Mas, sua longa experiência de vida lhe dizia para procurarem por todos os lugares possíveis, se não encontrassem Lady Evelyn, no mínimo, poderiam encontrar uma pista que os levasse a ela.

Ele diz:

― Adam, você pode estar certo. Prepare um cavalo para mim, um para Richard e um outro para você. Vamos nos separar e dar uma busca pelos arredores da propriedade.

Adam diz:

― Sim, meu Lorde.

E se retira, a fim de cumprir a ordem que lhe foi dada.

Richard olha para o chão, não queria encarar seu pai e lhe tirar suas esperanças. Mas, sabia que esta busca seria inútil, sabia que não a encontraria.

Simon, parecendo adivinhar os pensamentos de seu filho diz:

― Richard, meu filho. Não sou ingênuo, portanto, eu não espero encontrar a sua esposa procurando pelos arredores do castelo.

Richard, ainda sem encarar seu pai e ainda confuso pelas palavras dele diz:

― Então... Por que?

― Porque mesmo que não a encontremos, podemos ter a sorte de encontrar uma pista que nos leve a sua esposa. William Lancelot não é tão esperto quanto pensa, meu filho. Ele deve ter deixado algum fio solto, e, é por este fio que nós vamos pegá-lo e manda-lo de volta para a prisão.

― O senhor falando deste jeito, parece até que é bem simples, meu pai.

― Sei que não é nada simples, Richard. Mas, sou se pai, e, tenho mais experiência de vida que você. Por isso, posso te afirmar que, toda trama deixa um ou dois fios soltos. Nós encontraremos este fio e por ele, começará a ruina de William Lancelot.

― Quando William Lancelot assassinou minha mãe, ele não deixou nenhum fio solto.

― Engano seu, meu filho. Você não sabe, mas, contratei um detetive particular e ele descobriu que, o homem que se encontrou com Caleb aquele dia e sumiu misteriosamente na verdade trabalha para William Lancelot.

― Como é? E o que mais este detetive descobriu? Porque William Lancelot saiu da prisão? Pelo crime que ele cometeu ele deveria passar o resto de sua vida lá.

― O detetive tem descoberto coisas interessantes a respeito de William Lancelot. No momento, ele está procurando provas que o incriminem pelo assassinato de Annie. Agora, o rapto de sua esposa só fará com que a pena dele aumente. É provável que seja condenado à pena de morte.

― A morte para ele é pouco perante todo o mal que ele vem me causando.

― É pouco, mas, é o pior castigo que alguém como ele pode receber.

Neste momento, chega Adam.

Ele diz:

― Lorde Simon, lorde Richard, os cavalos já estão prontos.

Simon diz:

― Vamos, Richard. De qualquer jeito, é melhor do que ficar aqui parado.

Richard diz:

― Tem razão, meu pai.

Os três homens saem do castelo, montam seus cavalos e, partem, cada um seguindo uma direção diferente.

Richard cavalga sem pressa, olhando com uma atenção redobrada cada canto daquele lugar. Cada árvore, por entre o verde das folhas das árvores... Por entre cada tronco... Mas, nada! Nenhum sinal, nenhuma pista, nada! Como no caso do assassinato de sua mãe, parecia que William Lancelot havia desaparecido, sem deixar um vestígio se quer de sua presença... Um sinal, de que ele realmente havia passado por ali...

A cada minuto, Richard parecia menos esperançoso e mais desesperado. E, acima de tudo, sentindo-se cada vez mais e mais culpado.

Não sabia o paradeiro de Evelyn, não sabia o que ela estava sofrendo neste momento. A única coisa que sabia, é que ele era o culpado.

William Lancelot havia jurado vingança e, estava cumprindo seu juramento. Assim como era culpado pela morte de sua mãe, também era culpado pelo rapto de sua esposa. Pois, se ele não tivesse se casado com Evelyn, William Lancelot não a teria usado como um instrumento de sua vingança.

Um pensamento começa a invadir a mente de Richard: e se, William Lancelot fizesse a Evelyn o mesmo que fez a sua mãe? E se ele só encontrasse o corpo de sua bela esposa?

Infelizmente, tinha que admitir que, eram enormes as chances disto acontecer. Para seu azar, William Lancelot não era um homem de brincadeiras, era um homem que cumpria, e, muito bem, os juramentos que fazia. Estava sentindo isto na pele.

Os três procuraram por Lady Evelyn e por uma pista até o sol estar a pino, meio dia. E então, cansados da procura pelo sol ardente mais a batalha da noite anterior, sem direito a descanso, os três voltam para o castelo, derrotados.

Simon e Richard vão para a sala, onde uma criada logo aparece com uma jarra de água e dois copos, para os lordes se refrescarem após uma manhã inteira de cavalgada e procura.

Richard não queria encarar seu pai. Não queria dizer que, no fim das contas, ele estava certo, que, William Lancelot era esperto demais e não deixava fios soltos em suas tramas.

Simon, mais uma vez adivinhando os pensamentos de seu filho, diz:

― Sei o que deve estar pensando, meu filho. Mas, acredite no que estou dizendo, este homem deixou alguma ponta solta, e nós vamos encontrá-la.

― Não consigo ser tão otimista quanto o senhor, meu pai. Não consigo parar de me preocupar com Evelyn.

― Imagino que sim, meu filho. Porém, no momento, tem algo que só você pode fazer. E, é algo que infelizmente não pode ser adiado.

Richard encara seu pai confuso e diz:

― Do que está falando, meu pai?

― Que você terá que ir ao castelo Sullivan e contar a Lorde Antony Sullivan o que aconteceu.

Até aquele momento, Richard havia se esquecido completamente de seu sogro, Lorde Antony Sullivan. Mas, seu pai está certo, precisa contar a ele que Evelyn fora raptada, e, tinha a impressão de que Lorde Sullivan ficaria furioso quando soubesse...


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