Endless escrita por mari_martelote
Encontrei Juninho na escola no dia seguinte. Ele parecia preocupado e eu o perguntei o que estava acontecendo. Afinal, agora eu talvez possa ajudar e participar mais da vida dele. Ele me contou que estava com problemas com relação aos pegas. Falou que precisa de mais uma pessoa para correr com ele e com Julio, mas que ninguém se habilitará. Eu então falei que poderia ir. Ele riu e falou que por mais corajosa que eu fosse era perigoso demais e não deixaria eu ir dessa vez. Conversei com ele que eu poderia ajudar. Contei sobre minhas visões quando a adrenalina me subia à cabeça e ele ficou de boca aberta. Perguntou-me se era só quando subia a cabeça e eu respondi que sim. Logo depois, sem hesita, aceitou. Falou que eu precisaria de aulas, mas que isso se resolvia fácil. Como era o que eu queria não discuti, mas sabia que ele sabia de alguma coisa e não havia me contado.
Há tarde ele me levou para um lugar que eu não conhecia. Tinha muita areia e ele me disse que era melhor me treinar naquele lugar. Não vi problema. Sai do carro e logo um outro chegou. Ninguém saiu do carro então perguntei se não ia se apresentar, mas Juninho disse que não. Que ele ia só observar e me pediu que entrasse no carro.
Entrei e acho que mais um vez a adrenalina me subiu a mente. Tive visões de como seria aquele treino e mais um vez saiu como eu tinha pensado. Isso me deixou com medo e resolvi sair do carro. Juninho me perguntou o que havia acontecido e eu não respondi. Quando ia falar alguma coisa Julio saio do carro. Era o menino loiro. A presença sempre me perturbava e agora estava ainda maior. Saiu perguntando para mim se tinha previsto alguma coisa quando entrei no carro e eu balancei a cabeça em sinal de positivo. Ele sorriu. Eu nunca tinha visto um sorriso tão feliz. Era real. E Juninho sorriu com ele.
Explicaram-me que os dois tinham as mesmas visões. Era um dom e eu teria que conviver com ele. Com o tempo eu sabia usar melhor e eles me ajudariam. Fiquei eufórica. Não sabia se era uma coisa boa ou ruim, mas agora eu tinha e não sabia o que fazer. Pediram-me calma e me explicaram que não é para ter medo. Isso nunca viria a me atrapalhar só me ajudaria. E por fim falaram: ‘Agora é oficial. Ninguém consegue nos deter.’ Riram e eu ri junto afinal o que eu poderia fazer numa hora dessa?
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