Assim como combinado, após a escola fomos para casa e a noite nos encontraríamos na minha casa para podermos ter aquele jantar em família. Ou melhor dizendo, jantar com a minha família. Eu não sabia se ele ia ficar confortável. Não sabia se eu ia ficar confortável, mas não importava. Eu tinha que prometer para mim mesmo que tudo ia dar certo. Dei as orientações necessárias para meu pai e ele concordou numa boa. E seja o que Deus quiser.

  21h e chega a tão esperada hora. E chega também o Juninho. Em um dos seus melhores carros. Meu pai fica vidrado. Não no Juninho, mais sim no carro. Quando ele entra a primeira coisa que meu pai pergunta é: ‘É um Civic personalizado?’ E Juninho responde: ‘É sim, Senhor. Já vi que gosta de carros.’ Meu pai é do tipo de que com carro ele pode fazer tudo. Parece criança quando vê um. Tem vários tipos espalhados pela casa inteira e não se cansa de comprar mais. Juninho e ele ficaram conversando durando o jantar inteiro sobre carros e F1. Eles se entenderam super bem e minha mãe não ficou de fora. Juninho conversou bastante com ela sobre como era legal ela ser professora de uma escola tão simpática. Levei ele para ver meus desenhos e ele se surpreendeu com tamanha igualdade nos traços. Para mim não chegava aos pés dele, mas já que ele não via as linhas mal feitas não era quem ia mostrar a ele.

  Depois do jantar todos foram embora e uma surpresa aconteceu. Juninho queria me levar para algum lugar. Para meu pai ele disse que íamos a um Shopping, mas eu sabia que não era. Eu pai concordou, afinal ele e Juninho tinham virado, em uma noite, amigos.