Dança Comigo? escrita por ninatozo


Capítulo 26
O grande dia - PARTE 1


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, dormi na casa da Rê ♥ e não pude entrar na internet pra postar antes.
E finalmente, a apresentação chegou!
Esse capitulo vai ser dividido em duas partes, o proximo será o ultimo :( mas calma, ainda tem o epilogo depois.



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POV Bella

 

É hoje! Nem da pra acreditar, eu não paro de tremer, estou super nervosa. Hoje é um dia que talvez possa mudar a minha vida. Hoje é o dia em que nada pode sair errado.

Eu já tinha colocado um collant, a meia calça e feito um coque bem preso. Charlie iria me levar de carro, Edward queria me levar, mas Charlie insistiu que ele mesmo queria levar sua filha para uma de suas apresentações mais importantes.

Eu estava terminando a maquiagem no sofá da sala enquanto Charlie pegava as chaves do carro.

“Pai anda logo, não podemos nos atrasar!” Eu gritei. Terminei de passar o gloss e fui até a porta.

“Bella, ainda falta duas horas para a sua apresentação.” Ele disse, abrindo a porta.

Fui até o carro.

“Pai, eu tenho que ser uma bailarina exemplar, preciso chegar muito antes!” Eu falei.

Ele resmungou alguma coisa e entrou no carro batendo a porta, eu fiz o mesmo.

“Por deus Bella, você ainda vai acabar quebrando a porta desse jeito.” Ele falou enquanto girava a chave.

“Olha quem fala, você praticamente esmurrou a porta. Não me surpreenderia se a janela se estilhaçasse.” Ok, fui um pouco dramática.

“É, mas sou eu quem pagou por este carro não é? Ou você contribuiu com alguma coisa?” Ele perguntou.

Eu bufei e revirei os olhos, ele esboçou aquele sorriso bobo no rosto e nós dois não pudemos evitar os risos.

Mas no meio do caminho, o carro fez um barulho muito estranho, e então parou. Eu gritei.

“Bella pare! Você quer me deixar surdo?” Ele falou nervoso. “Vou ver o que é isso.”

Ele saiu do carro e foi abrir o capô.

“Ande logo, eu não posso me atrasar.” Gritei para ele.

Mas não consegui ficar parada lá dentro, eu estava nervosa e ansiosa, precisava ver o que estava acontecendo, precisava me distrair por alguns minutos e parar de pensar em não chegar atrasada no teatro.

“Hey Bella!” Ele me chamou. “Tem um envelope aqui, com o seu nome.”

Arqueei as sobrancelhas e, desconfiada, peguei o pequeno pedaço de papel branco, meio borrado de graxa, das mãos de Charlie.

Abri cuidadosamente o envelope e desdobrei o papel que tinha dentro dele. Nele encontrei uma caligrafia impecável e caprichada.

“Olá Isabella! Aposto que não esperava por uma surpresa dessas não é? Principalmente hoje, o seu grande dia, ou melhor, o seu quase-grande-dia. Não sei por que você acreditou na idéia de que eu tinha desistido, tolinha. Eu não vou deixar você ser Giselle, este é o MEU sonho, e você não vai realizá-lo por mim, eu mesma o farei. Eu irei dançar essa noite, porque você não merece ser Giselle, a professora deve ser muito cega para ter escolhido você Swan. Você não chegará ao teatro a tempo Bella. Nesse instante, você deve estar desesperada porque o carro não funciona e eu provavelmente estarei colocando o traje de Giselle e calçando minhas sapatilhas. O jogo acabou Swan, e você perdeu.

Jane Cullen.

PS: Não se preocupe, eu vou pegar uma das várias flores que vão me jogar no palco e darei a você, para guardar de recordação.”

Nas primeiras linhas, já soube quem era o autor da carta mesmo sem ter lido a assinatura.

Eu amassei o papel e o joguei no chão, o pequeno pedaço de papel amassado caiu em uma poça lamacenta perto do meio fio, e o papel que antes era branco, se tornou cinza. As palavras de Jane estavam borradas naquela bolinha amassada, mas ainda ecoavam na minha cabeça.

“Droga!” Falei enquanto dei um soco no carro. Charlie me olhou assustado.

“O que foi filha?” Ele perguntou. “De quem era?”

Suspirei e coloquei minhas mãos na porta do carro, depositando meu peso ali.

“Jane. Ela quer ser Giselle, não quer que eu vá a apresentação.” Falei devagar e baixo.

“Não acredito que ela faria isso!” Ele disse espantado. “Não se preocupe querida, vou tentar concertar.” Enquanto ele tentava concertar o carro, eu podia ouvir seus resmungos. “Essa porcaria tinha que pifar logo no meio do nada! Eu não devia ter pego esse atalho pela estrada de terra. Se ao menos os celulares tivessem sinal aqui.”

E foi então que eu ouvi.

Não sei se a esperança tem um som, mas se tivesse, com certeza seria o motor de uma moto.

Assim que escutei o som que estava me prendendo aos meus últimos pedacinhos de esperança, fiquei eufórica e comecei a pular e fazer sinais para o motoqueiro parar.

Não pude deixar demonstrar toda a surpresa que senti quando o motoqueiro parou ao nosso lado e tirou o capacete.

 “Por deus Bells, o que você esta fazendo aqui?” E então eu tinha meu amigo de volta, neste momento, percebi que Jacob Black voltara a ser apenas Jake, meu amigo Jake.

“Bem, o carro pifou e eu tenho uma apresentação para ir.” Eu resumi a historia para ele.

Depois de pensar um pouco, ele finalmente disse.

“Tudo bem, mas só tem espaço para um na minha moto.” Ele falou e eu e Charlie nos olhamos.

Charlie deu um tapinha nas minhas costas.

“Vai lá Bella, eu fico aqui concertando o carro e quando terminar eu vou te encontrar.” Ele sorria.

“Tem certeza? Vai ficar bem sozinho?” Perguntei preocupada.

Ele me abraçou.

“É claro que vou, sou um policial não sou?” Ele perguntou.

“Sim, o melhor de todos.” Pude sentir sua respiração em minhas costas.

“Vai lá e arrase naquele palco Bells, deixe aquela Jane com o queixo no chão, de o seu melhor.” Eu assenti e ele apertou um pouco o abraço. “Eu te amo filha.”

Aquele eu te amo foi tão importante para mim porque eu sabia o quanto era difícil para Charlie dizê-lo. Bem, digamos que ele não seja muito bom quando o assunto é demonstrar sentimentos.

“Também te amo pai.” Me soltei de seu abraço e ouvi o celular apitar. “Olhe, agora tem sinal!” Ele sorriu e eu me despedi novamente, e então subi na garupa da moto de Jacob e fui rumo ao teatro.

As coisas no caminho não passavam de borrões coloridos. Não conversei com Jake, não disse nada, pois sabia que não era necessário, se eu falasse, provavelmente iria estragar esse momento.

E eu não estava nem um pouco a fim de perder meu amigo de novo.

Ele parou em frente ao teatro e tirou o capacete, fiz o mesmo, descendo da moto.

“Obrigada Jake” Falei.

Ele resmungou um “Não foi nada” e eu quase fui embora, mas não resisti a tentação de abraçá-lo.

Talvez fosse o meu ultimo abraço em Jake, então eu aproveitei cada segundo, e captei seu cheiro, nunca mais o esqueceria. Ele iria embora, mas eu ainda me lembraria do cheiro e saberia que éramos amigos agora.

Mesmo que logo seriamos de cidades diferentes, havíamos resolvido as coisas.

Depois do longo abraço, não precisamos dizer mais nada, então eu caminhei em direção ao teatro, respirando fundo.

Quando entrei, pude perceber que algumas pessoas que iriam assistir já estavam chegando e tomando seus lugares.

Sorri e entrei de cabeça erguida no camarim. E lá encontrei muitas pessoas aliviadas e uma Jane me olhando incrédula com a roupa de Giselle nas mãos. Sorri para ela.

“Como você conseguiu?” Ela perguntou indignada.

“Tive ajuda de um amigo Jane, aposto que você não contava com isso, já que você não tem nenhum.” Ela abriu a boca para falar, mas eu a cortei. “E me de essa roupa, tenho que me vestir.”

Peguei a roupa de seus braços e fui andando até o banheiro, Edward estava me abraçando e perguntando o que aconteceu.

Eu simplesmente disse que contaria para ele depois, porque agora eu tinha um espetáculo para dançar.

 


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? no proximo vocês vão ver (ou melhor, ler) eles dançando juntos e muito mais!
Não esqueçam dos reviews, e recomendem!
beeeijos



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