Vida Eterna escrita por Daniela Black


Capítulo 16
Capítulo 15 – Verdades do Passado


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho noção que não tenho perdão, não foi uns dias, nem semanas, nem meses, mas sim anos que fiquei sem postar. Não estou à espera de receber reviews, obviamente, mas claro se por acaso houver alguém que ainda esteja a seguir esta fic, todos os comentários serão bem vindos.
Aprendi que devo escrever para mim mesma, escrever para me distrair, para ser feliz, escrever por gosto e não obrigada.
Peço desculpas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/85296/chapter/16

A distancia entre a casa do Sam e a casa do Jake era muito curta, cerca de
cinco minutos a pé e estávamos frente a frente com a casa tão conhecida por
mim de madeira avermelhada.

Num primeiro momento ficámos os quatro a olhar para a porta sem saber o que
fazer, era estranho, ninguém sabia como dar aquela notícia e muito menos se
queriam saber a versão do Billy.

Mas alguma vez tinha que ser, não podíamos adiar mais, aquele assunto tinha
que ser resolvido.

– Amor, estas bem? – perguntei-lhe colocando as minhas mãos na face de
forma a ele olhar para mim.

– Sim, isto tem que ser feito, não é? – ele perguntou-me e eu acenei-lhe
afirmativamente. – Então vá, vamos, mas acho melhor vocês os dois esperarem
aqui fora, depois chamo-vos. – ele disse apontando para o Daniel e a Mary.

– Claro. – eles disseram.

Eu e o Jake fomos em direcção á sua casa, mas eu estava nervosa, não sabia
o que o Billy iria dizer, nem como o Jake iria reagir.

“Amor tem calma, lembra-te que ele é teu pai.” – disse-lhe através do meu
poder e ele acenou afirmativamente olhando nos meus olhos.

Quando entrámos fomos logo recebidos pelo pai do Jacob na sua habitual
cadeira de rodas.

– Ah meu filho, que susto me pregaste ontem, eu fiquei preocupado sabias?
Não vieste dormir a casa. – ele disse olhando para o Jake que estava com
uma cara fria e sem animo, mas rapidamente olhou para mim. – Oh Nessie
minha querida, estas cada vez mais bonita. – ele disse-me e eu fui ao seu
encontro cumprimentando-o.

– Obrigada Billy. – respondi-lhe, mas ele voltou o seu olhar para o filho
que rapidamente se prenunciou.

– Precisamos de falar. – o Jake disse com aquela cara séria e sentou-se no
pequeno sofá e colocou as mãos na cabeça e eu sentei-me ao seu lado.

– O que se passa filho? – perguntou o Billy preocupado.

– Não sei por onde começar. Nessie conta o que descobriste, eu não vou
conseguir falar. – pediu-me o Jake com a cabeça baixa.

– Filho, Renesmee, o que é que se passa? – perguntou o pai do Jake.

– Billy, é muito complicado, mas eu vou tentar explicar rapidamente. – eu
disse-lhe e o pai do Jake afirmou afirmativamente. – É o seguinte, eu tenho
uma colega da minha escola e ontem ela contou-me uma coisa que me
surpreendeu muito e …. É muito complicado… - eu disse e suspirei, não sabia
como começar a explicar o sucedido, não sabia como começar o assunto e
olhei para o Jacob a pedir ajuda, mas ele de repente levantou-se.

– ESTOU FARTO, EU NÃO TENHO PACIÊNCIA PARA ISTO… - o Jacob gritou no meu da
sala.

– Amor acalma-te, vamos falar com calma. – eu disse indo até ele e
agarrando-o antes que fizesse algo que mais tarde se arrependesse.

– EU NÃO CONSIGO. O QUE ACONTECEU FOI QUE DESCOBRIMOS QUE TIVESTE UM FILHO
Á DEZOITO ANOS E NESTE MOMENTO ELE É UM LOBO. – o Jake gritou tudo e ficou
a olhar a reacção do pai que foi de completo choque.

– O que? Do que é que estão a falar? – perguntou-nos o Billy em estado
perdido e em choque.

– DO QUE É QUE ESTAMOS A FALAR? AINDA PERGUNTAS?? ISTO É O CÚMULO! – gritou
o Jake perdendo completamente o controlo.

– Jake acalma-te eu falo, vai até á cozinha. – eu pedi-lhe.

– NÃO, EU QUERO ESTAR AQUI, PARA VER A CARA DELE PARA SABER SE TEM CORAGEM
PARA MENTIR. – o Jake disse e afastou-me.

– Filho, não sei o que estás a falar, a sério que não sei. – o pai do Jake
disse.

– Então dizes que não traíste a mãe á anos atrás? Já com três filhos? –
perguntou-lhe o Jacob e o Billy apenas abaixou a cabeça sem falar nada. –
Pois, descobrimos também que tens um filho, ele chama-se Daniel e neste
momento é um lobo. – disse o Jake sentando-se no sofá, acalmando-se um
pouco.

– Filho, eu sei que errei no passado, a tua mãe soube de tudo, mas
perdoou-me, nós amávamo-nos muito e eu não vou negar que tive um caso com
outra pessoa no passado enquanto estava com a tua mãe, mas em relação de
ter um filho, isso não, eu não tive nenhum filho. – o pai do Jacob disse e
por alguma razão eu acreditei na história dele, parecia tão sincero.

– NÃO ACREDITO EM TI! – O Jacob gritou levantando-se do sofá e esmurrando a
parede, fazendo um buraco nela.

– Jake amor, o teu pai pode estar a dizer a verdade. – eu disse-lhe
chegando-me ao pé dele.

– Filho eu estou a dizer toda a verdade, acredite em mim, mas como é que
sabes que esse miúdo é mesmo meu filho? – perguntou o Billy.

– Porque a mãe dele lhe disse o teu nome e ele anda em Forks á tua procura
à mais ou menos 2 anos, ele e a mãe vieram para cá à tua procura. –
explicou-lhe o Jake de forma rude.

– Eu quero falar com esse rapaz. – pediu-lhe o Billy e o Jake acenou
afirmativamente.

– E vais, ele está lá fora. – anunciou e rapidamente foi até à porta chamar
o Daniel e a Mary.

Eles entraram e rapidamente reparei nas semelhanças entre os dois, sem
dúvida que Billy e o Daniel são pai e filho, e o Daniel e a Mary
sentaram-se no pequeno sofá, enquanto que eu e o Jake estávamos de pé.

– Bem, isto é muito estranho, disseram-me que o senhor era o Billy Black,
certo? – perguntou o Daniel.

– Correcto. – respondeu o Billy bem sério. – Mas antes de mais gostaria de
saber um pouco da sua história meu jovem. – pediu o Billy.

– Claro. – respondeu o Daniel e começou a contar-lhe todos os pormenores
que a mãe lhe contou, como engravidou aqui em Forks e os pais mandaram-lhe
para Inglaterra, pois o pai da criança não quis aceitar a criança.

Daniel relatou tudo, incluindo que a mãe tinha casado e ele viveu a vida
toda a pensar que o homem com quem vivia era o seu verdadeiro pai, até á
morte dele e descobriu tudo e quis vir à procura do verdadeiro pai.

– A minha mãe muitas vezes cria-me impedir, mas eu disse-lhe que vinha a
bem ou a mal, que não me importava de vir sozinha, eu apenas queria alguma
verdade na minha vida. Mas ela decidiu vir comigo e até este momento vim
sempre á sua procura, mas acreditei sempre que vivia em Forks e não nos
arredores, por isso nunca me lembrei de o procurar aqui em La Push. Mas á
uns dias comecei a sentir-me mal e pronto, aqui estou eu, sou um lobo e
encontrei o meu pai. – concluiu e calou-se olhando para as suas mãos.

– Daniel, como se chama a tua mãe? – perguntou-lhe o Billy.

– Candice Davis. – e o Billy suspirou.

– Antes de se casar era Candice Morgan? – perguntou e o Daniel acenou
afirmativamente. – Bem, sim, pelo vistos tu és meu filho, eu tive um caso
com a tua mãe mais ou menos à dezoito anos, mas uma coisa tenho a certeza,
a tua mãe nunca me falou que estava grávida, ela mentiu sobre isso, não sei
porque. – e olhou para o Jacob - Jacob, eu amo demasiado os meus filhos,
sabes que eu nunca abandonaria um filho meu. – O Jake não respondeu, apenas
desviou o olhar e o Billy continuou olhando agora para o Daniel. – Daniel
eu tenho que falar com a tua mãe, ela tem que dizer o porquê de não me ter
dito que estava grávida e têm que acreditar em mim que eu nunca abandonaria
um filho meu.

– Senhor, com todo o respeito, mas acho que não deveria falar com a minha
mãe, o que lhe vai dizer? Que eu o encontrei porque me transformei num
lobo? – perguntou o Daniel.

– Daniel, primeiro senhor está no céu, chama-me apenas de Billy e segundo,
a verdade tem que vir ao de cima. – respondeu o Billy.

– Pai, acho que o Daniel tem razão, ele pode tentar falar com a mãe, pode
inventar alguma coisa e tentar saber a verdade, se não conseguir aí o pai
vai falar com a mãe dele. – disse o Jacob.

– Filho acreditas em mim? – perguntou-lhe o pai.

– Eu fiquei chateado por saber que tinhas traído a mãe, mas nunca acreditei
que tinhas deixado um filho, eu sei o que significa os filhos para ti. –
disse-lhe o Jake e nesse preciso momento entra a Rachel em casa.

– Oi família, estive em Port Angeles a fazer umas comprinhas para o bebe e
… - mas calou-se assim que viu as nossas caras e dois estranhos dentro da
sua casa. – Uh o que se passa? E muito prazer sou a Rachel e vocês são… -
cumprimentou o Daniel e a Mary.

– Rachel temos que te contar uma coisa. – começou o Jacob interrompendo a
irmã.

– Ai que caras, morreu alguém? - perguntou a Rachel prestes a rir.

– Rachel não é hora de brincadeiras, temos assuntos importantes para te
contar, mas não quero que te enerves. - disse o Jake visivelmente calmo e
sereno.

– Ai Jacob, que drama é que aconteceu agora? - perguntou a irmã do Jacob
sentando-se no lugar do Daniel e colocando os sacos de lado e o Jacob
suspirou.

– Rachel o assunto é sério. - falou baixo o Billy pela primeira vez que a
Rachel entrou em casa.

– Vá lá contem-me lá. - disse impaciente a Rachel.

– Já que estás com tanta pressa, aqui vai: temos um irmão mais novo, o pai
traiu a mãe á dezoito anos atrás. - disse o Jake friamente.

– JACOB! - gritámos eu o pai dele juntos.

A Rachel, não teve nenhuma reacção, primeiro ficou completamente pálida e
depois começou a chorar.

– Rachel, filha... - disse o Billy chegando mais perto da filha, fazendo
com que ela reagisse automaticamente dando um pulo para trás.

– Não, não me toques. Eu.. Eu... - Rachel não estava em condições de dizer
mais nada e simplesmente saiu de casa a correr.

Olhei para o Jacob e fiz-lhe cara feia, a culpa era toda dele, a irmã está
grávida e ele lança aquela bomba daquela maneira?

Mas graças a deus, ele percebeu, pois quando dei conta todos estavam a
olhar para o Jacob da mesma maneira.

– Ok, ok, já percebi, eu vou falar com ela. - disse o Jacob e saiu de casa
atrás da irmã.

Após ela sair ficou um completo silêncio em toda a casa, mas finalmente o
Daniel cortou o clima pesado.

– Acabei de conhecer a minha irmã certo? - perguntou.

– Uma delas. - corrigiu o Billy. - Ainda tens que conhecer a Rebecca que é
gémea da Rachel, mas ela vive no Havai, mas no casamento da Rachel vais ter
tempo de a conhecer. - no início o Daniel ficou surpreso com tantas
novidades, mas logo habituou-se.

Ficámos mais um tempo a falar sobre a família Black e ainda sobre alguns
lobos, incluindo o Paul, o futuro marido da Rachel e explicámos-lhe os
casais e ainda algumas lendas da tribo.

Durante toda a conversa a Mary ouvi-a tudo com atenção, tentando perceber
tudo da melhor força e até chegava a ser engraçado as perguntas que ela
fazia, mas pelo menos notava-se que ela gostava de tudo o que estava a
conhecer, ou pelo menos admirava, por ser um novo mundo desconhecido até
agora.

No meio disto o Jacob chega juntamente com a Rachel e naquele momento todos
calaram-se para prestar atenção à sua reacção.

A Rachel passou pelo pai sem lhe prestar sequer uma palavra e foi
directamente ao encontro do Daniel.

– Daniel, desculpa, a minha reacção dá bocado não tem nada haver contigo,
peço desculpas. – disse ela envergonhada.

– Não faz mal, eu compreendo bem. – ele disse-lhe.

– Obrigada, mas olha tu não tens culpa das irresponsabilidades do nosso
pai, por isso gostava muito de te conhecer melhor, afinal somos irmãos. –
explicou a Rachel, deixando o Daniel com um largo sorriso.

– Claro, claro que sim, é o que mais quero. – disse o Daniel e rapidamente
a Rachel abraçou-o.

– Tenho muito prazer em conhecer-te, só espero é que sejas melhor que
aquele ogre que se diz meu irmão. – disse a Rachel apontando para o Jake
fazendo-o bufar e toda a gente começou a rir.

– Ai não, agora estão todos a rir à minha conta. – resmungou o Jacob e eu
fui abraça-lo.

– Pronto está melhor é? – perguntei-lhe e ele voltou a resmungar.

Pelo menos o ambiente ficou muito melhor desde as novidades, o que era bom,
pelo menos assim tínhamos a certeza que ele era bem aceite e todas as
confusões foram desfeitas!

À saída o Billy ainda quis que o Daniel lá ficasse e fez com que eu
levasse a Mary a casa.

– Nessie, obrigada por tudo, se não fosses tu nem quero pensar no que
poderia ter acontecido. – a Mary disse á porta de casa dela.

– Não tens que agradecer, eu só fiz o que achei que deveria ser feito, foi
assim que me educaram, mesmo que uma casa cheia de vampiros. – disse e
sorri, mas percebi que ela fez uma careta. – Mary, em relação a mim, sempre
estamos bem? – perguntei-lhe.

– Claro que sim, Nessie, tu e a tua família são diferente, não vou mentir
que me vai custar a aceitar, mas não sei porquê, mas em relação a ti é como
se nada soubesse, eu não me sinto diferente ao pé de ti. – ela explicou e
eu sorri, estava mesmo feliz por saber que ela não se importava de eu ser
diferente. – Mas em relação à tua família é mais complicado, sabes que eu
não os conhecia bem, então agora, parece que nem os quero conhecer. – ela
disse e eu fiquei um pouco triste, afinal era a minha família. – Mas
acredito que com o tempo eu vou habituar-me, eu faço isso por ti, pela
nossa amizade. – ela disse e abraçou-me fazendo com que um grande surgisse
saísse dos meus lábios.

– Obrigada Mary, nem sabes o quanto é bom saber isso, é mesmo importante
querida. – disse-lhe.

– Eu sei, e quero que saibas que gosto muito de ti. Mas pronto, agora tenho
que ir, logo vou ter à casa do Daniel e ainda tenho que fazer umas coisas.
– explicou-me saindo do carro.

– Está bem. Beijos e até amanhã. Vemo-nos na escola. – disse-lhe.

– Vemo-nos na escola. – ela gritou chegando ao pé da porta e eu logo
arranquei novamente em direcção a La Push, eu precisava de ter a certeza
que o Jacob estava bem, depois de tantas revelações, eu tinha que saber
como ele estava de verdade.

Afinal ainda era cedo e eu queria aproveitar o resto da tarde para passar
com o meu amor, após as últimas revelações, era tempo de ter um tempo só
para nós, para descansar e aproveitarmos um ao outro.

A viagem de volta a La Push era relativamente curta e assim que cheguei a
casa dele percebi imediatamente que o Jake não se encontrava, o seu cheiro
maravilhoso que tento de inebriava não estava presente.

Meti-me floresta adentro a tentar achá-lo e pouco antes de chegar á praia
reconheci o seu tão amado aroma e segui-o.

Percorri a praia inteira e fui dar com ele na parte mais deserta, encostado
a uma árvore apenas com uma bermuda, olhando as ondas do mar.

Ele estava tão sereno, o seu olhar estava calmo e tranquilo, mas eu sabia
que era apenas uma imagem que ele queria passar.

– Amor. – chamei-o assim que o alcancei.

Ele virou-se na minha direcção e deu um fraco sorriso.

– Oi linda. – disse e abraçou-me apertado e ficámos assim durante algum
tempo a olhar em direcção ao mar.

Naquele momento nada importava, apenas nós e aquele simples gesto já diziam
tudo o que precisávamos.

Quando nos separámos sentámos na areia e eu encostei-me ao tronco nu dele,
olhávamos as ondas arrebentarem na areia, o céu limpo que raramente se
encontra em Forks e um tempo calmo e sereno, mas rapidamente acordei da
minha visão, eu sabia que tínhamos que falar, pois lá no fundo eu tinha a
certeza que ele ainda não estava totalmente acostumado com as palavras do
pai, nem estava a aceitar aquelas novidades facilmente.

Eu não queria interromper aquele momento, mas eu tinha que saber como ele
estava, eu precisava, não queria apenas aquela fachada que ele mostrava
para todos, eu queria a verdade, eu queria ajudá-lo a ultrapassar todas as
dificuldades, o nosso amor era assim, para os bons e para os mãos momentos.

– Jake, amor…. – tentei dizer assim que me virei para ele mas fui
surpreendida pelos seus lábios maravilhosos.

Rapidamente as nossas línguas encontraram-se e saboreávamos a boca de cada
um, naquele momento nada nem ninguém nos preocupava, era um momento só
nosso, de entrega e paixão.

Levei as minhas mãos para o cabelo dele e puxei-o mais para mim (como se
isso fosse possível), as mãos do Jacob foram directamente para a minha
cintura levantando-me da areia e puxando-me para o seu colo, ficando com
uma perna em cada lado da sua cintura.

As suas mãos passeavam por todo o meu corpo, desde as costas, ás minhas
pernas, fazendo com que simples arrepios passassem pelo meu corpo e
fizessem com que gemesse na sua boca.

Ele puxou o meu corpo mais junto ao seu fazendo com que o nossos sexos se
tocassem e mais gemidos saíssem da nossa boca. Deixamos de nos beijar pois
infelizmente ainda éramos humanos, mas logo que ele deixou a minha boca
percorreu o meu pescoço dando leves beijos e mordidas, deixando um rasto de
desejo e um fogo intenso que apenas sabia que não queria parar, eu
continuava a puxar os seus cabelos sempre para mais perto de mim, eu não
queria que ele parasse, queria ele junto a mim.

Quando me dei conta já estava deitada na areia com o meu amor por cima de
mim, as suas mãos percorriam todo o meu corpo e em cada gesto, o fogo
aumentava e o desejo também.

Os seus lábios voltaram para os meus e uma das suas mãos estava na minha
coxa levantando-a para que a entrelaça-se no seu corpo, a outra ia subindo
directamente para os meus seios e massajasse-o devagar e mesmo com toda a
roupa senti uma corrente ainda maior de desejo que fez com que arqueasse as
costas e logo a sua boca estava novamente torturando o meu pescoço.

A onda de prazer era enorme que sentia a minha intimidade molhada e por
alguma razão eu queria mais e mais, não sabia explicar, era quase uma
necessidade física, eu nunca tinha sentido nada igual, até ao momento nunca
tinha sentido tanto prazer.

Os meus gemidos estavam cada vez mais alto, e não consegui controlar a
minha voz.

– Jake…. – gritava ao sentir todas as emoções que ele me proporcionava.

Mas logo senti falta dos seus toques e os seus beijos na minha pele e
quando abri os olhos senti o seu olhar em mim.

– Nessie…Ohh meu deus…o que eu fiz… - a cara dele era de pânico e
rapidamente ele levantou-se e virou-me as costas e sentou-se virado para o
mar.

– Jake…o que estás a dizer??? – perguntei-lhe sem entender a sua atitude.
Levantei-me e ajeitei a minha roupa que estava toda amarrotada e cheia de
areia e fui ao seu encontro e vi-o a chorar, com as mãos a puxar os seus
lindos cabelos. – Jake….pára… - disse-lhe segurando-lhe as mãos, mas ele
como era mais forte separou-se de mim e levantou-se.

– Nessie, eu…desculpa, eu não sei onde estava com a cabeça, desculpa…eu não
deveria ter feito aquilo….ai ness desculpa…. – ele continuou a chorar e a
desculpar-se.

– JAKE….o que estás ai a dizer? – gritei com ele.

– Ness ouve….eu não estava a pensar como deve ser, depois tu chegas-te e
quando te viraste só vi os teus lábios e eu só queria um momento de
verdade, um momento que me sentisse amado. Desculpa, não deveria ter me
aproveitado de ti daquela maneira…por favor desculpas-me meu amor… - ele
disse-me e continuava a chorar à minha frente. Uma das coisas que eu amava
no Jake era que ele não tinha medo de mostrar as suas emoções, se ele
estava feliz, ele sorria e era a pessoa mais divertida, mas se ele estava
triste, ele não se poupava nas lágrimas ou nas palavras, simplesmente
chorava quando queria e eu sabia que ele precisava. Mas este não era um
desses momentos. Não era preciso isso, mas assim que percebi o porque de
tudo aquilo eu até achei engraçado, dando um pequeno sorriso.

– Jake amor…por favor não há nada a ser desculpado. Por acaso
perguntaste-me como me senti? Não! Pois mas eu digo-te, foi maravilhoso,
nunca tinha estado contigo assim e simplesmente foi mágico. Jake não me
preocupa se me beijaste para esqueceres, pois isso não há mal nenhum, pois
eu amo-te e se querias sentir esse amor para conseguires ultrapassar tudo o
que está a colocar o teu mundo de pernas para o ar, então qual é o
problema? Tu não estavas a fazer nada de mal, eu sou tua, esqueceste? E
amo-te por isso nada do que aconteceu à bocado foi mau. – cheguei-me ao pé
dele e abracei-o, mas não obtive nenhuma resposta, acho que ele estava em
estado de choque com as minhas palavras. – Amor, simplesmente foi o momento
mais prazeroso que já tive. E não tens que te sentir assim, por favor não
estragues esta tarde maravilhosa. Jake, não te esqueças que temos que estar
juntos nos bons e nos maus momentos, e se eu consigo que tudo o que se
passa a tua volta se minimize por uns minutos, então sim, qual é o
problema? – eu terminei com uma pergunta estando com os meus braços envolta
do seu tronco e passava lentamente os meus dedos pelos seus músculos das
costas, mas ele não respondi-a, estava fixado no meu olhar e eu não atrevi
a desviar. – Jake… - chamei-o e sacudi-lhe com os braços e logo pareceu que
voltou a realidade.

– Nessie, amor, eu…não sei o que dizer… - ele falou mas agora
desviando o seu olhar.

– Não digas nada, apenas beija-me. – e logo estava novamente a sentir os
seus lábios nos meus, naquela altura o mundo poderia acabar que não me
importaria, estar nos braços de quem se ama e que sabemos que nos ama é o
melhor lugar no mundo.

As nossas línguas mexiam-se juntamente e saboreávamos o momento que era só
nosso, as mãos do meu amor estavam novamente nas minhas costas e puxavam-me
para mais perto dele, mas infelizmente nem tudo é rosas e o que é bom dura
pouco, logo ele afastou os nossos lábios e juntou as nossas testes, mas
ficamos abraçadinhos sem nos largámos.

– Nessie, obrigada por seres tão maravilhosa, eu amo-te tanto. Desculpa o
que disse…tu tens razão, mesmo eu achando que ás vezes isto tudo parece um
sonho e que quando acordar não estarás nos meus braços e que provavelmente
existe um certo vampiro que não irá gostar nada, mas queres saber, eu não
me importo. Só tu, eu e o nosso amor é que é importante e é nisso que temos
que nos focar. – ele disse acariciando a minha face e eu dei um sorriso de
consentimento.

– Claro que sim meu amor. E em relação ao meu pai, não te preocupes, com
ele entendo-me eu. – disse-lhe com um sorriso e logo a seguir voltei a
sentir a sua boca na minha.

Passámos o resto do dia assim juntinhos, andamos pela praia, pela floresta
ainda fomos a casa dele almoçar, quer dizer, o Jake almoçou, já eu apenas
mordi uma maçã. A casa dele estava fazia, apenas havia um bilhete do Billy
a dizer que tinha ia para casa do Sam e assim que ele acabou de comer
ficamos por casa a ver um filme.

Se me perguntarem qual era o filme, eu não sabia dizer, apenas ouvia tiros
e gritos que constatei que era de acção, pois com os lábios do Jake no meu
pescoço que não conseguia raciocinar, muito menos prestar atenção ao filme
e rapidamente estava no colo dele com uma perna de cada lado do seu tronco.

Desta vez não ouve hesitação, ele tocava-me com amor e paixão, eu sabia que
ele queria tanto quanto eu.

As mãos dele desceram das minhas costas para as minhas pernas puxando-me
mais para junto dele e as minhas mãos maltratavam o seu cabelo.

Assim que as nossas intimidades, ainda cobertas, se tocaram e senti o seu
grau de excitação ambos gememos na boca um do outro, naquele momento mais
nada importava, eu sabia que ainda não estava pronta, mas naquele momento
não conseguia raciocinar bem, o seu cheiro, os seus toques, a sua pele
quente que nos últimos segundo aumentou consideravelmente e o seu sabor
faziam com que eu não soubesse nem qual era o meu nome, lá no fundo eu
sabia que estávamos a ir depressa de mais, mas eu não me importava, eu
amava-o, sabia que ele me amava e principalmente sabia que ambos queríamos
e precisávamos daquilo, claro que o local em que nos encontrámos nem me
veio á cabeça e de certeza que à do Jacob também não, pois nunca
imaginaríamos que seriamos apanhados naquela situação, mas quando ouvimos
uma tosse forçada e risos escandalosos é que nos apercebemos onde
estávamos, ou seja no meio da sala da casa dele e na porta encontravam-se
nada mais que a Rachel que tentava com todas as forças não rir e apenas
dava umas leves tosses e o Paul, já esse estava com um ataque de risos que
era super desagradável fazendo com que eu rapidamente escondesse a minha
cabeça na curva do pescoço do meu namorado.

– Oi Jake, oi Nessie. – cumprimentou a Rachel.

– Que linda figura ah? – comentou o Paul levando uma cotovelada da Rachel.
– O que foi? Rach olha só se fosse o vosso pai? O velho já não tem idade
para ter cercas emoções. – ele disse e voltou a rir descaradamente.

– Cala-te Paul. – ordenou o Jake naquele tom que dá medo a qualquer um,
menos a mim que quando vi a cara séria dele para o Paul, que este logo
ficou todo certinho e também com cara séria, deu-me vontade de rir
esquecendo todo o mico anterior.

– Pronto, pronto, já vamos indo. – disse a Rachel para minimizar aquele
momento e puxando o namorado em direcção ao seu quarto.

– Desculpa amor, eu não sabia que eles vinham. – pediu olhando com cara de
perdão.

Simplesmente beijei-o sem dar espaço para ele reagir.

– Deixa lá. – disse-lhe afastando os nossos lábios. – Eu também tenho que
ir para casa, passei o dia todo aqui. – expliquei-lhe já me levantando e
arranjando o melhor possível a roupa toda amassada.

– Eu levo-te princesa. – ele disse-me já se levantando.

– Jake não é preciso, eu tenho o meu carro. – expliquei-lhe rodando a sua
cintura com os meus braços.

– Não faz mal, depois venho a correr. – ele disse-me.

– Jake, mesmo que ame a tua companhia, não seria uma boa ideia, vá lá, olha
amanhã até venho almoçar contigo. Pode ser? – perguntei-lhe beijando o
queixo e ele bufou, eu sabia que já tinha ganho.

– Pronto tudo bem, mas amanha vou-te buscar sem falta. – ele disse-me
enquanto íamos em direcção ao meu carro e quando chegámos ele virou-me para
ele e atacou o meus lábios com rapidez, a sua língua entrava na minha boca
cheia de fome, paixão, rapidamente passei os meus braços pelo seu pescoço e
puxei os seus cabelos e ele levantou-me um pouco do chão, mas em pouco
tempo já estava novamente no chão, as nossas testas juntas e a nossa
respiração ofegante.

– Eu amo-te. – ele disse e voltou-me a beijar, mas desta vez mais calmo e
amoroso.

As nossas línguas moviam-se calmamente, saboreando o momento e guardando
cada pedacinho da boca de cada um.

– Eu também te amo. Muito… - disse-lhe após separámos-nos e logo o abracei.

Eu não o queria deixar, mesmo sabendo que o iria ver no dia seguinte, era
muito difícil, sem dúvida eu estava viciada em Jacob Black e precisava dele
24 horas do meu dia, mas infelizmente a nossa vida ainda não é assim, digo
ainda, pois acredito que daqui a um tempo possamos viver como queremos,
temos a eternidade para isso, mas para mim isso começa a soar pouco, saber
que o terei para sempre durante séculos e séculos parece pouco comparado
com o amor que eu tenho para lhe dar, estranho o meu pensamento né? Mas
isso é porque eu sou estranha!

Custou separarmo-nos, mas assim que conseguimos entrei no carro em direcção
á minha casa com a promessa de mandar-lhe uma mensagem assim que lá chegar.

Todo o caminho foi bem sereno, afinal La Push e Forks aquelas horas da
tarde tinha poucas pessoas, eu estava bem calminha, a minha tarde tinha
sido maravilhosa, mesmo com todos os problemas, todas as novidades, pelo
menos conseguimos ser felizes e ter um pouco de alegria no meio disto tudo.

E quando as lembranças da minha tarde com o Jake na praia e mais tarde na
casa dele vieram-me á cabeça, outro pensamento me surgiu: o meu pai não
poderia nem sonhar.

Não sei como mas de repente tive uma dor de cabeça enorme fazendo que
perdesse o controle do carro por segundos, mas rapidamente consegui o
controlar de novo e tal como a dor veio, a dor desapareceu, ou seja,
bastante rápido.

Foi muito estranho, mas algo me dizia que era bom, mas logo esqueci isso e
tentei organizar os meus pensamentos de forma a que o meu pai nem sequer
sonhasse no que aconteceu.

Eu tentava pensar em outras coisas, como por exemplo a história do Daniel e
como tudo foi resolvido, mas no fundo eu sabia que o meu pai não iria
descobrir, não me perguntei como é que eu sabia isso, apenas tinha essa
impressão e sabia que não era preciso me preocupar.

Estacionei o carro da garagem, mandei uma rápida mensagem ao Jake: “Acabei
de chegar meu amor. Sonha comigo. Amo-te.” e rapidamente entrei em casa e
encontrei o meu pai e o tio Jasper entretidos num dos computados de
secretária muito sérios, a minha mãe, a tia Alice e a tia Rose no portátil,
ambas as minhas tias estavam a rir já a minha mãe estava fazia cara de
zangada e um pouco de raiva, já o tio Emm estava na consola em frente á
televisão gritando feito criança, com certeza estava a perder.

Olhei para o meu telemóvel e tinha uma mensagem do Jake: “Tu és o meu
sonho. Amo-te.” – eu sorri feita uma boba, mas rapidamente fui interrompida
por uma voz bem calma bem conhecida.

– Boa tarde minha linda. – cumprimentou-me a minha avó que vinha da
cozinha, fazendo todos olharem para mim.

– Olá Nessie. – cumprimentaram-me todos em coro.

– Minha sobrinha querida, por favor vem-nos ajudar a convencer a tua mãe a
comprar este vestido. – disse a Alice já ao meu lado e puxando-me em
direcção ao portátil que estava no colo da tia Rose.

Olhei para a tela e vi um vestido longo azul choque que de alguma forma
consegui ver bastante bem a imagem da minha mãe nele, o que era super
estranho já que ela raramente usa vestidos, mas aquele tinha que ser dela.

– Mãe, o vestido é lindo…acredito que irá ficar lindo em ti. – disse-lhe e
vi a cara de decepção, acredito que ela pensava que eu iria ficar do lado
dela. – Mãe vá lá, não fiques assim, o vestido é mesmo bonito e vai-te
ficar a matar. – expliquei e vi um ar de derrotada.

– Pronto, pronto, eu compro o raio do vestido. – disse a minha mãe e
começou a fazer a compra online com as minhas tias a darem pulinhos de
alegria. – Filha hoje vamos ficar por aqui. – disse-me a minha mãe após
fazer a compra. – É que o Edward está a ajudar o Jasper num dos negócios e
eu ficarei por aqui também, se quiseres podes dormir no teu quarto aqui. –
a minha mãe explicou-me.

Inicialmente o primeiro pensamento foi aceitar e ficar aqui com toda a
família, mas logo percebi que ficar aqui não iria conseguir descansar.

– Não mãe, eu prefiro ir para a nossa casa, é mais sossegado, pode ser? –
perguntei-lhe.

– Claro que sim meu amor, qualquer coisa é só nos chamar. – ela disse-me
com um sorriso.

– Nessie, vem comer. – chamou-me a minha avó da cozinha e eu fiz uma careta.

Fui andando em direcção da cozinha e o cheiro a lasanha reinava pelo ar.

– Avó sabe bem que eu não como muito. Estava a pensar só beber um sumo e ir
para a casa. – expliquei-lhe sentando-me na bancada.

– Querida, tens que comer comida humana, nem que seja um pouco, acredito
que o Jake te fez todas as vontades e por isso não comeste nada o dia
inteiro. – ralhou-me colocando um bocado de lasanha num prato e eu bufei,
afinal a minha avó tinha razão.

Peguei num garfo e dei algumas colheradas, realmente estava bom mas não me
satisfazia, compreendo que até ter 7 anos, poderia precisar de comida
humana, mas agora já não irei envelhecer nem crescer mais logo a comida
humana já não me iria fazer nada, já bastava na escola que tinha que fazer
para não dar nas vistas e na casa do Jake só para ser simpática e não ser
mal agradecida.

Quando comi bastante para que a minha avó não implicasse comigo levei o meu
prato para a pia e lavei-o juntamente com o talheres e logo juntei-me na
sala com o resto da minha família.

Todos continuavam iguais só o barulho de um carro a entrar na garagem é que
foi diferente com que fez a minha avó descer as escadas e ir para a garagem
esperar o meu avó que tinha acabado que chegar do hospital.

Rapidamente senti-me cansada e depois de cumprimentar o meu avó, despedi-me
de todos, claro que ainda ouvi um “se precisares de alguma coisa grita” e
até do meu pai “eu levo-te até à porta”, claro que concordei com o primeiro
que foi a minha mãe, mas recusei o do meu pai, ele queria tratar-me ainda
como uma bebe, mas tem que começar a perceber que já não tenha a mesma
idade que o ano passado, eu cresci e ele tem que começar a perceber isso e
tenho a certeza que estas pequenas coisas ajudam a que ele perceba como
cresci e assim fui em direcção á casa dos meus pais no meio da floresta.

Saltei o pequeno rio que separava as margens e rapidamente entrei dentro de
casa.

Dirigi-me ao meu quarto e logo despi-me e segurei a lingerie mais simples e
fui em direcção à casa de banho que ficava no corredor.

Abri a torneira e deixei a banheira encher, eu estava mesmo a precisar de
relaxar como deve ser, abri uma gaveta do armário e tirei de lá uns sais
próprios para o banho e despejei uma certa quantidade na banheira, deixando
o ambiente mais aromatizado e mais relaxante.

Acendi umas velinhas que se encontravam em cima do armário e logo acabei de
me despir.

Assim que a banheira estava completamente cheia desliguei a torneira e
entrei nela, forçando o meu corpo a relaxar.

A água estava a escaldar, tal como eu amava, lembrava-me o corpo do meu
amor junto ao meu, o que me fez estremecer só com as lembranças daquela
tarde.

Eu nunca tinha estado com nenhum homem assim, o Jake sabia disso, afinal
ele era o meu primeiro, e se deus quiser, o único, namorado, por isso todas
estas sensações eram novas para mim, mas eu não sabia se isso era o mesmo
com ele.

Antes de eu nascer, antes da minha mãe, ele era um rapaz normal, que com
certeza teve namoradas e afinal ele é homem, já li na internet que quando
os homens não tinham o que precisavam iam procurar a outras mulheres, eu
sabia que o Jake nunca me trairia, afinal o imprinting assim o diz e ele
esperou sete anos por mim, tenho a certeza que ele não se importa esperar
mais algum tempinho, mas preocupa-me que ele esteja a precisar e que não
esteja a ter o que ele quer.

A minha cabeça dava voltas e mais voltas eu sabia que tinha que ter uma
conversa bem séria com o Jacob, mas neste momento não posso pensar nisso,
tenho que relaxar para amanha um novo dia com mais uma fantochada que tinha
que ser feita apenas para as aparências, coisa que já não me importava,
pois graças àquela escola conheci pessoas maravilhosas que levarei para
sempre no meu coração.

Assim que senti a água morna abri a tampa de forma a água escorrer e liguei
o chuveiro para tomar um banho rápido.

Sai do banho e limpei-me vestindo a lingerie branca de renda confortável
que tinha escolhido para dormir, sequei rapidamente o meu cabelo deixando-o
com leves cachos e sai do banho ainda com aquele cheiro de banho juntamente
com os sais minerais, que mais tarde percebi que foi a causa de não ter
percebido a sua entrada.

Assim que entrei no meu quarto vi-o deitado na minha cama com o porta
retratos na mão de quando tinha aparência de uma criança de 6 anos, mas a
verdade apenas tinha 1 ano apenas e estava sentada ao colo dele em baixo de
uma árvore que sem dúvida era uma das minha favoritas.

– Estava a ver que nunca mais chegá… - ele disse, mas no momento que olhou
para mim a frase morreu e foi aí que notei que estava apenas de lingerie e
corei completamente, mas consegui correr em direcção ao meu robe que se
encontrava em cima do meu cadeirão.

Após vesti-lo fui em direcção à minha cama e ele ainda estava a passar as
mãos pelo cabelo de forma nervosa.

Subi na cama e fui em direcção ao Jake e beijei-o levemente, mas
rapidamente ele me puxou para o seu colo fazendo com que as minhas pernas
entrelaçassem na sua cintura.

O meu corpo ardente desejava-o completamente, naqueles momentos eu não
consegui me lembrar do meu nome quanto mais onde estávamos e quem poderia
nos ouvir.

Eu estava completamente perdida naqueles braços musculosos, naquele corpo
torneado e completamente perfeito que parecia ter sido feito por medida.

Gemi quando senti os seus lábios no meu pescoço e uma das suas mãos
suportava todo o meu peso e a outra começava a subir pela minha coxa por
dentro do meu robe.

As minhas mãos continuavam a maltratar os seus cabelos sem nenhuma ideia de
parar.

Lá no fundo, bem lá no fundo, uma parte de mim, a parte realista e
respeitável, dizia para parar, que não era o momento, nem muito menos o
lugar certo para me entregar ali.

Mas a outra parte de mim, a parte que é completamente apaixonada, louca e
cheia de tesão por Jacob Black dizia que se nos amávamos o que importava o
local, dia ou como seria a nossa primeira vez?

O que importava é que seria com o amor da minha vida, com a pessoa que eu
quero passar a minha eternidade e nada mais importava, apenas o nosso amor,
o que sentíamos um pelo outro e o que precisávamos um do outros. De resto
mais nada importava naquele momento.

Quando a sua mão chegou à minha cintura e ameaçou baixar aquele fino pano
que nos afastava naquele momento, eu gemi descontroladamente, apertando-o
mais contra mim.

E foi esta diferença de tratamento que o fez acordar para a vida e perceber
o que estávamos prestes a fazer.

Pelo menos um de nos ainda tinha um pouco de sanidade naquele momento.

Ele separou os nossos corpos e olhámos nos olhos.

– Nessie..nos não podemos… - disse ele com dificuldade para falar.

– Porquê? – perguntei-lhe fazendo biquinho, lá no fundo eu sabia que era o
certo.

– Amor, eu quero tanto quanto tu, ou mais até… - ele disse metendo a sua
cabeça no meu pescoço. – Mas não é o local certo e ainda é muito cedo..não
achas?

Eu olhei para ele completamente atónica…

– Jake o que nós já falámos… - eu tentei argumentar mas fui interrompida,
ele olhou nos meus olhos com tanta intensidade que parecia que ele
conseguia entrar dentro de mim.

– Nessie por favor, quando tiver que ser será, mas não hoje, não com os
teus pais prestes a poderem entrar aqui, não no local onde alguém nos pode
incomodar e muito menos com o estado de espírito que nos encontramos. No
dia em que te amar, quero fazê-lo com calma, sem pressas, quero poder
beijar todo este maravilhoso corpo, quero poder dar-te prazer, quero te dar
uma noite inesquecível, quero ser teu como quero que sejas minhas, mas de
maneira certa, da maneira que não digamos: foi precipitado, quero que seja
perfeito. – ele disse e naquele momento eu já estava a chorar de emoção.

– Oh Jake…eu amo-te tanto…és perfeito meu amor. – disse-lhe abraçando-o. –
Eu sei que não é o local certo, mas eu amo-te e quando estou contigo mais
nada importa. – disse-lhe

– Eu sei o que é isso, é o mesmo que sinto. Mas agora tu precisas de
dormir, amanha tens aulas. Vá deita-te. – ele puxou-me para baixo dos
lençóis juntamente com ele e eu deitei a minha cabeça no seu tronco nu.

Era tão bom estar junto da pessoa que se ama, sempre que estou assim que o Jake sinto-me protegida, acarinhada, amada e o tempo simplesmente para, o importante é o momento e mais nada importa. Ele consegue fazer com que esqueça todos os problemas e confusões em que estamos no momento e aproveitar apenas o presente com ele.

Lembro-me que é assim desde criança. Quando o via na porta o meu coração pulava de alegria, naquela altura eu ainda não sabia, mas eu já o amava. Apenas o seu sorriso fazia-me ganhar o dia, até quando eu estava chateada por não poder sair de casa, pois os meus pais não queriam que o resto da população de Forks desconfiassem, era só o Jacob entrar pela casa dentro e chamava-me de "minha princesa" tudo era esquecido e aquele aperto de estar todo o dia presa dentro de casa desaparecia e quando ele dava-me aquele abraço apertado, tudo era esquecido e apenas aquele momento era importante.

Desde sempre que foi assim, ele ilumina os meus dias mais escuros, quando eu estava triste bastante um sorriso dele para ficar logo a saltar pela casa toda como a tia Alice, era instantâneo e automático, ele exercia um poder que naquela altura ainda não conseguia distinguir, em criança apenas sabia que o Jake me fazia bem e que o queria sempre junto de mim. Já assim que ele tinha que sair de minha casa eu sentia um aperto do coração como se nunca mais o fosse ver, era esquisito, e muitas vezes o meu tio chegava a perguntava-me se estava bem, demorava para adormecer e só no dia seguinte quando o via é que descansava, fazendo com que muitas das vezes ele só tenha saído de minha casa após eu adormecer.

Muitas noites ele ficava na beira da minha cama e eu pedia-lhe para me conta histórias.
– Jake, conta-me uma história. - eu pedia-lhe nas noites em que ele lá ficava e ele contava-me algumas lendas da sua tribo, histórias para adormecer não era o seu forte, portante ele contava-me as que a sua mãe lhe contava quando pequeno, ou seja as lendas de La Push e eu não me importava nada, era bom saber mais do lugar onde ele vivia e onde muitas vezes eu ia, eu gostava bastante só adormecia após fazer-lhe mil e uma perguntas e o Jake não se importava nada, eu até via no seu olhar orgulho por estar a explicar histórias da sua vida e acho até que ficava bastante feliz por me ver tão interessada.

– Um beijo pelos pensamento do meu amor. - pediu-me o Jacob tirando-me dos meus pensamentos e levantei a minha cabeça e olhei dentro daqueles olhos negros que tanto me fascinavam.

– Apenas a lembrar momentos de quando era mais pequena. - respondi-lhe beijando de leve os seus lábios grossos e macios, mas rapidamente ele nos virou deixando-me por baixo do seu enorme corpo e aprofundando o beijo, ele pediu passagem com a sua língua quente e eu abri a boca automaticamente para a receber, levei as minhas mãos para o seu cabelo apertando-o e maltratando-o como eu tanto gostava de fazer, ele era tão macio que era impossível não os tocar e ao mesmo tempo tentava puxá-lo cada vez mais para perto de mim, não o deixando largar a minha boca onde as nossas línguas conheciam-se já tão bem e mexiam-se a uma velocidade eloquecedora, enquanto que as suas mãos percorriam a minha cintura apertando-a com força, mas sabendo que não poderíamos ir mais adiante ele soltou os meus lábios e enquanto tentava falava dava pequenos beijos e mordidas no meu pescoço.

– Então, o que era mesmo que estavas a pensar? - perguntou-me nunca deixando o meu pescoço.

– Uhh ... estava... a lembrar-me dos nossos momentos...quando era pequena... - eu tentava falar mas era impossível com os lábios dele no meu pescoço, ora beijava ora dava pequenas mordidas que me faziam gemer constantemente e eu apertava-o mais contra mim, mas ele ao ver o meu esforço para falar voltou a subir a sua boca para a minha e beijou-me de leve nos lábios e rapidamente nos virou para a posição anterior, onde eu estava no seu peito.
A minha respiração ainda era irregular, mas já conseguia falar.

– O que estavas mesmo a dizer? - perguntou-me com cara bem safada o que me fez ficar bem vermelha como um tomate.

– Estava a lembrar-me de como já em pequena eu te amava, mesmo não sabendo a realidade desse sentimentos, eu quando estava junto de ti parecia que era naquela altura que eu estava viva e quando tu ias embora ficava triste e melancólica, parecia que quando estava contigo o dia estava com um sol radioso, mesmo nos dias chuvosos e friso de Froks, e quando não estavas junto de mim o dia ficava escuro e triste. E também estava a recordar das noites em que me adormecias com as histórias de La Push, eu já em pequena eu amava todas as lendas, elas são lindas. - eu expliquei-lhe.

– Oh meu amor, sabes bem que eu também ficava assim quando saia junto de ti, quando estava contigo é que o meu dia fazia sentido e quando não estavas nada importava, só ver os teus olhos a brilhar e o teu sorriso quando me vias eu ganhava o meu dia, não importava o quanto mau ele foi. Tu desde sempre foste a minha vida e quero que saibas disso e que nunca desconfies do meu amor por ti. - disse-me ele puxando a minha cabeça para eu olhá-lo dentro dos seus olhos e logo me beijou.

Foi um beijo calmo, sem pressa e muito simples, apenas queríamos transmitir o nosso amor por aquele toque tão suave e cúmplice entre nós dois, mas ele não aprofundou muito e logo terminou o beijo com pequenos beijos pelos meus lábios passando para a minha bochecha.

– Amor tens que dormir, amanhã tens aula. - ele disse-me aconchegando-me melhor na cama e puxando a coberta por cima dos meus braços de forma a tapar-me.

– Ficas comigo até adormecer? - perguntei-lhe olhando para os seus olhos e esperando que ele dissesse que sim.

– Consegues sempre o que queres de mim, não é? - disse-me com ar divertido, dei-lhe um pequeno sorriso, aconcheguei-me no seu peito e rapidamente fui levada para a terra dos sonhos, onde tudo era perfeito, sem conflitos, sem guerras entre vampiros e lobos, apenas a minha família, eu e o meu Jake.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como viram não está perfeito, mas já há muito tempo que tenho este capitulo no pc e hoje decidi postar.
Caso estejam a perguntar quando irei postar um novo capítulo? Sinceramente? Não sei.
Simplesmente existe tantas histórias Jake e Ness Pós-Amanhecer que não sei se vale a pena, acho que prefiro me dedicar a histórias de universo alternativo ou originais, pois assim também escrevo e tenho uma história mais aberta a opções, sendo que nesta estou presa à saga twilight e as suas regras.
Mas deixem a vossa opinião, caso ainda exista alguém aqui que leia isto =(
Beijos grandes.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vida Eterna" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.