Ela marcou um encontro com ele, mas ao invés dele estar lá esperando-a no local e horário marcado, ele não estava.

Esperou uma hora e nada de Shikamaru aparecer, mas ela sabia o que o mesmo estava fazendo e o porquê dele ter feito isso varias vezes: o sono e a preguiça.

“Essa é a ultima vez em que isso acontecerá!”, pensou a loira consigo mesma com lágrimas nos olhos, mas as engoliu. Chamou o garçom e pediu a conta, o que rapidamente foi feito e ela pode pagar o que havia consumido naquele barzinho.

Ela não agüentava mais. Ele deixou-a plantada por diversas vezes, esperando-o, mas agora Temari estava disposta a terminar o namoro de dois anos apesar de seu coração estar em frangalhos, sim, ela faria isso junto com o restante de orgulho e dignidade que ainda possuía.

Com a cabeça erguida saiu daquele bar e entrou em seu carro, seguindo para a casa de Shikamaru. A cada quarteirão que passava e esquina que virava, vinham as lembranças de seus momentos juntos com o namorado e as lágrimas brotavam de seus olhos sem sua permissão.

Quando percebeu, o carro já estava parando em frente à casa do preguiçoso. Estacionou e saiu de seu veiculo decidida a acabar com o sofrimento e preservar o pouco do orgulho que restara.

Tocou a campainha três vezes até ser atendida. Seu rosto ainda estava úmido por causa das lagrimas, mas ela já não chorava mais. Shikamaru estava arrumado para passear, apesar da roupa estar amassada. Como de costume ele havia dormido antes de encontrar-se com Temari. A loira tremeu. Como ela conseguiria terminar com o amor da sua vida? Com aquela pessoa que compartilhou um sentimento maravilhoso por dois anos? Ela não sabia, mas estava prestes a descobrir...

-        Eu dormi de novo, não foi? – perguntou a ela.

-        Estou cansada disso! – gritou Temari entrando na casa raivosamente.

-        Desculpe-me! – pediu o preguiçoso.

-        Não, você teve dois anos de namoro para aprender a dar-me valor! – cuspiu as palavras na cara do namorado. Ou já pode ser chamado de ex?

-        Eu sempre lhe dei valor, Temari. – ele aproximava-se dela calmamente.

-        Mentira... Você... – mordeu o lábio inferior na tentativa de engoliu o choro. – mentiroso! Se tivesse dado, eu não estaria aqui terminando o nosso relacionamento. A-acabou, Shikamaru!

-        Acha que é fácil assim? – ele havia prendido-a contra a parede e encarava-a nos orbes profundamente. – você entrou na minha vida como se fosse um relâmpago, roubou o meu coração e quer sair desse jeito? – a dona dos coques vacilou, mas conseguiu se recompor.

-        E você pensou em mim quando me deixava esperando-te toda produzida e arrumada para irmos ao cinema?

-        Eu sei que estou errado, mas agora eu percebo... – a loira interrompeu-o.

-        Só agora? Deixa-me adiantar-lhe que percebeu atrasado!

-        Sabe que tenho dificuldades para demonstrar o que sinto...

-        Eu sempre soube disso, mas eu quero atenção e isso é tudo que você não me da!

-        Prometo que farei de tudo para que isso não aconteça mais! – ela queria muito acreditar nessas palavras, mas sabia que correria o risco de machucar-se novamente.

-        Foi bom enquanto durou... Esqueça-me! Siga a sua vida como se eu não tivesse entrado nela.

-        Não vou deixar você sair da minha vida, se for necessário, eu grudarei em você  para que nunca deixe de amar-me!

-        Por que você faria isso?

-        Porque eu te amo como se fosse a primeira vez.

Ele colou seus corpos num ato desesperado, pois nunca queria sentir falta dela, queria que ela fosse dele, apenas dele e de mais ninguém.

-        Porque eu te amo como se fosse à primeira vez!

Owari