Code Geass Sekai no Tenbatsu Fase I escrita por Sakito


Capítulo 4
Chapter IV ~ Answers




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~ Code Geass Hangyaku no Lelouch: Sekai no Tenbatsu ~
Code Geass: O Divino Julgamento do Mundo 

Chapter 4 ~Answers


A batalha que havia tomado à base de Britannia havia por fim sido concluída e todos os lados sofreram perdas enormes, e muito mais que dano em numero de tropas, sofreram também com grandes danos mentais – efeitos causados pelo repentino encontro com tal maquina indestrutível que era Hypnos.


Britannia entrara em alerta após aquela situação. A guerra era iminente e isso fez com que reuniões com membros políticos do país natal se reunissem para uma que seria a maior e mais importante reunião. A guerra deveria ser aceita e consecutivamente levada em frente? Nada era certo, apenas era possível afirmar que não haveria nada em um período de quarenta e oito horas. Era insignificante para eles, mas e para a Ordem dos Cavaleiros Negros?


Na base dos cavaleiros negros nós podemos ver um Zero cansado junto a C.C. ainda dentro de Gawain. Ambos estavam pensativos demais. Mas por azar da mulher o jovem líder obteve tempo o suficiente para se acalmar. Não era possível esquecer a expressão de terror que ela assumira durante a conversa entre seus inimigos e Lancelot através do canal de comunicação aberto – no combate.


- C.C. espero que nós tenhamos um nível de intimidade para que eu pergunte a você: Afinal, o que ocorreu em Fukuchiyama que a deixou desta maneira? E espero é claro que responda, pois se isso afetar a guerra...- Ameaçou Zero.

- Delicado como sempre, Lelouch. Mas não é de seu interesse, são assuntos meus como sempre e eles não dizem respeito a você. Saberá somente quando precisar cumprir tua parte em nosso acordo. – “Escorregou” C.C. da pergunta feita pelo rapaz.

- Não me respondeu se é um assunto crucial para a guerra. E deixe-me saber quem são, aqueles que querem tomar minha vida. Acredito que saber quem quer tomar minha liberdade de viver seja o suficiente para que me conte pelo menos alguma coisa. – Prosseguiu grossamente.

- Isso não interessa você...Nunca interessou...Meta-se somente em seus assuntos que já são problemáticos demais para a sua capacidade, não ultrapasse os próprios limites. – Disse C.C. mas não tem tom normal, parecia ter um “que” de tristeza em sua voz.

A mulher não quis saber mais de assunto com aquela pessoa que se achava o grande líder superior do mundo, tratando as pessoas como se fossem peças ou animais. Ela abriu a escotilha de Gawain e então se retirou de lá. Fora possível ver algo escorrendo de seu rosto e então caindo no chão – ela chorava por algo. Saiu em direção a algum lugar desconhecido, de dentro da base de Shikoku aonde estavam finalmente todos os seus soldados – com exceção do que foram escalados para a batalha de Sandai, que ainda estava em andamento. Zero tardou a sair do Gawain, vira o rosto da mulher ao sair e pensou se deveria mesmo ter tratado ela daquela maneira. Devia ter tratado da situação mais cautelosamente, as informações que ela tinha eram provavelmente vitais e se tratava “dela”, não gostaria de vê-la triste ao seu lado. Ao finalmente decidir sair um dos membros da ordem dos cavaleiros negros vem até ele, tinha um papel em suas mãos.


- São as informações sobre a situação das tropas? – Tentou adivinhar, Zero.

- Sim Zero. Perdemos mais quase vinte Knightmares e mais de trinta precisam de reparo imediato. As forças principais, os Burai Kai, estão seriamente avariados e a senhora Lakshata nos avisou que demoraria cerca de três dias no mínimo para que eles estejam inteiros. Guren II não sofrera muitas avarias sérias, apenas uma recolocação de membros e então o reparo da armadura. O exercito permaneceu no poder e o Knightmare misterioso não fora encontrado após o lugar; - Leu o membro aleatório.

- Três dias no mínimo? Vamos ter de trabalhar com uma previsão de quatro ou cinco para não sermos pegos de surpresa. Concentrem os esforços no concerto dos Knightmares, desviem quantos membros forem necessário para concertá-los por completo neste prazo. É só? – Indagou Zero que queria ir o mais rápido possível de encontro da garota, concertar o que fizera.

- Não senhor...Recebemos algumas noticias do ataque a Sandai a cerca de três minutos atrás. Aparentemente estamos em grande vantagem devido a sua estratégia, a concentração do envio de tropas a Fukuchiyama. Mas a batalha parece que vai durar mais algum tempo e se demorar pode ser que consigam enviar um grande numero de reforços a eles. – Reportou, temente. 

- Se tornou uma batalha de atrito? Não é possível que dê tudo errado. Não agora. De qualquer maneira, mesmo que pudéssemos enviar forças até eles seria retirar a força de nossa base, e se eles nos descobrirem estamos acabados. Não enviem reforços. Prossigam com o combate e se verem a impossibilidade de continuar...Batam em retirada. – Disse Zero nervoso, como se aquela pessoa tivesse a culpa de algo.Realmente, nada estava acontecendo como o planejado. Tudo estava seguindo para o pior caminho possível para a Ordem dos Cavaleiros Negros.

Não perguntara novamente se “era tudo”. Simplesmente se retirou do lugar com certa arrogância. Fora questionado por um numero incrível de pessoas, ele no entanto não as ouvia e dava respostas aleatórias. Sua cabeça estava a mil, como se estivesse em curto. E as únicas informações que ele conseguia processar eram imagens do que havia ocorrido e do quão semelhante era se comparado a um “pesadelo”.


Havia “aquela” sala. Era uma espécie de sala aonde somente ele e C.C. podiam entrar. Um lugar aonde ele poderia ficar sem sua mascara e conversar normalmente com a única pessoa que não seria afetada pela sua própria maldição, o Geass. Ele adentrou o lugar certo de que a encontraria e sim, lá estava ela, deitada no sofá com as mãos sobre o rosto impedindo que a luz chegasse aos seus olhos. Zero retirou a sua mascara e novamente se tornou aquela pessoa, se tornou Lelouch.

- C.C...- Começou ele, antes de ser interrompido. 

- Você os viu, Lelouch...Você os viu quando tocou em mim naquela montanha, quando eu o salvei de Lancelot. Assim como viu toda a minha história, eles estavam lá, aquelas pessoas. – Falou C.C. sem mostrar o rosto, mas em um tom sério e não choroso, como da ultima vez.

- Você...- Disse ao receber a informação, sem que insistisse mais.

- Eles são...Os juizes. – Mais confortável, ela se sentou e encarou ele nos olhos.

- Juizes? – Questionou o garoto.

- São os anciões, aqueles que possuem o Geass desde...”Aquilo”. São os melhores, conseguem até mesmo controlar as pessoas como eu...- Completava aos poucos, desanimada.

- Então são como eu? Eles possuem também um Geass? Você os deu, C.C., como fez com Mão? – Lelouch sentia-se desprotegido dentro do campo que ele “Não tinha conhecimento”. Perguntava tudo temente, mas anotando tudo em mente.

- Não. Você é o que chamariam de “criança”. Seu geass não é forte, Lelouch. O daquelas pessoas são infinitamente mais fortes e sob o controle dos mesmos. – Voltando ao normal a garota decide se vingar, colocando-o para baixo.

- Mas isso não explica nada do motivo real pelo qual eles me querem morto, não é?- Perguntava ignorando a “vagues” que a história tinha, pois sabia que ela não iria responder.

- De certo, Lelouch. Como disse eles são os juizes. São pessoas que não aceitam a todos em seu meio, e dizem que apenas os puros e sábios podem possuir esse poder sagrado dado por “Deus”. Eles subjugam a todos que o possuem e eles não aprovam. Não os vejo desde antes da guerra. – Continuou brincando C.C. – Eles o querem morto, Lelouch. E a mim também. 

Lelouch abriu os olhos com a surpresa da revelação. Apesar de ainda não ter sentido, toda aquela história, ele teve de aceitar. Dificilmente ela contaria mais para ele, dificilmente se abriria mais e aquelas pessoas provavelmente já a conheciam. Seriam então resquícios de seu passado perdido? Ele não quis saber mais nada, apenas sentou-se no sofá que ficava a frente e começou a encará-la.


- Obrigado. – Disse esforçando-se para parecer agradecido.Como sempre, a menor expressão de sentimentalismo daquela pessoa, a garota se sentia comovida. Ela sorriu fazendo parecer ironia, mas estava feliz. A palavra “obrigado” fora escutada muitas vezes daquela boca, e ninguém alem dele havia lhe dito tal coisa. Estava feliz por conhecê-lo para realizar o seu objetivo, enfim. 

-~ Em alguma região bem próxima, no cruzador militar Avalon~-


Escuro; A solitária imersão no submundo do desconhecido. Não era possível ver nada, escutar nada e nem ao menos cheirar nada. Mas era possível sentir algo vindo de seu interior, muito maior do que sua vontade, seu instinto. Ele lutava agressivamente pela luz, pela resistência e sobrevivência. E fora graças a ele que algumas coisas começaram a mudar naquele mundo. Vozes confusas e ainda emboladas, vinham aos ouvidos e imagens embaçadas e turvas aos olhos. Com o tempo somente os sons foram distinguidos, enquanto a imagem ficava por conta do “eu” imaginar.


- Ele vai ficar bem? – Perguntava uma voz polida e aparentemente conhecida.

- Não tenho duvidas, ele é um homem muito forte. De grande vigor. O que nos preocupa é “quando”, isso vai ocorrer. – Respondeu uma segunda voz, esta, irreconhecível. 

Novamente tentando se liberar do escuro, os olhos tentam identificar tudo que vê e passar as informações cada vez mais claras ao cérebro. Só foi possivel em alguns minutos, e lá estava. O dono da primeira voz era um dos responsáveis pelo departamento de tecnologias da Área 11, um Conde de nome Lloyd, respeitado por uns e tratado como um tolo, por outros. O segundo parecia ser um homem idoso, alguém novo, vestia-se todo de branco e tinha um jaleco, era claramente um médico. Olhando mais a baixo, procurando seu próprio corpo para saber o que era tudo aquilo fora constatado que estava tudo bem. Estava muito bem, o corpo do soldado Kururugi Suzaku.

- Ele é uma pessoa importante agora, desde que se tornou cavaleiro de vossa alteza, a terceira princesa da Britannia Euphemia l a Britannia. Não posso permitir que entre em combate nesse estado. – Protestou o médico contra as tentativas do conde de persuadi-lo. 

- Então é uma pena. Eu realmente estava empolgado com aquilo, mas...- Continuava o Conde, antes de ser interrompido. 

- Lloyd-san, por favor, me tire deste lugar. Zero...Eu...- Os parou a voz frágil do paciente que até a poucos minutos atrás dormia tranquilamente.

Era uma cena muito preciosa para todos os que apreciavam a lealdade e a honra de um verdadeiro Cavaleiro. Independente de seus ferimentos – causados por erro dele não ser superior ao inimigo – estaria disposto a continuar lutando em nome daquela que seria a pessoa a ser protegida, que hoje encontra-se somente nos corações de cada um. Mesmo que fosse necessário ser um zumbi que incansavelmente levantaria da terra para poder estrangular seu alvo, Zero. O médico, no entanto, não admirou a cena por muito tempo, logo tratara de ajeitar ele corretamente para que descansasse. 

- Fique calmo Kururugi, não se apresse agora. Os ferimentos ao seu corpo externo não foram tantos, mas internamente fora...A fumaça inalada e os cortes internos podem ser uma grande dor de cabeça; - Protestava o médico novamente, contra essas pessoas insistentes. 

- Exatamente, muito bom descanso para você senhor sortudo. – Começou uma de suas brincadeiras, Lloyd.

– Trate de melhorar logo, em três dias decidiram a posição de Britannia com relação aos ataques massivos de Zero, se vai ser considerado ou não guerra. - Acabei de dizer que levará mais tempo! – Protestou mais forte, agora irritado.

- Se você tentar pará-lo provavelmente vai acabar levando alguns golpes fortes ou fracos e vai cair no chão desmaiado, quando acordar vai perceber que seu paciente não estará mais aqui e sim na guerra. Não vai mante-lo aqui. – Avisou o Conde com um sorriso maligno no rosto. – Kururugi, estaremos aguardando o seu retorno com a manutenção de sua maquina. 

- Mas...Lloyd-san...Naquela explosão, o Lancelot deve...- Disse Suzaku, com pena nas palavras. Era uma boa maquina que sempre correspondeu muito bem aos seus sentimentos e necessidade.

- Parabéns pela sorte! Novas partes integrais do Lancelot estavam sendo feitas para a implementação de alguns sistemas e somente tivemos de reconstruir o tronco e a parte da armadura da escotilha. – Disse Lloyd procurando a reação de Suzaku que fora uma surpresa.

– Quando você voltar um Knightmare companheiro, antigo e experiente o aguarda, com um rosto novo! – E terminando de falar isso desandou a rir, incansavelmente.   

-~Na base da Ordem dos Cavaleiros Negros em Shikoku~-


Zero caminhava imponente pela base, tendo ao seu lado C.C. que também pareceu mudar de atitude com o homem. Eles perceberam que agora tinham uma relação muito maior que pessoas do mundo tem, geralmente, é exatamente como uma escravidão ou monopólio pessoal. Zero ainda era uma propriedade publica, mas Lelouch não tinha mais como retornar para sua vida e por isso a tinha somente próximo de C.C. – que por sua vez o homem com quem convivia era um dos únicos a conhecer o seu real passado.

Chegando na maior sala, aonde ficavam os Knightmares para o concerto, viu que todos os homens estavam trabalhando duro, inclusive aqueles responsáveis por estratégias ou mídia.


- Ordem dos Cavaleiros Negros! Está decidido. – Ele gritou, fazendo a voz ecoar pelo lugar e todos se virarem para ele, surpresos. – Nós atacaremos com força total em três dias! Bateremos de frente com aquela que é denominada a nação que domina um terço do mundo, e a obliteraremos deste nosso Estados Unidos do Japão. Daqui a quatro dias, quando acordarmos sob nosso próprio céu, veremos e sentiremos o verdadeiro valor da liberdade. – Ele prosseguiu com seu discurso, que parecia aos poucos fazer com que o coração das pessoas batessem mais rápido. – Dormirmos em paz sob nossos tetos, tranqüilos que a morte das pessoas queridas foram vingadas, que os responsáveis pagaram; Que a punição divina fora aplicada! 

O efeito da ultima frase provocou um tumulto. Altos gritos de apoio foram escutados e C.C. entendeu muito bem o que ele queria dizer com “Punição Divina”. Estaria ele levando na brincadeira? Já havia descoberto uma maneira de vencê-lo? Não se sabe. Mas ele parou a confusão, erguendo as mãos.


- Deixemos de lado o nosso mero terrorismo e nos preparemos para a GUERRA! – E assim conseguira o que queria. Uma animação sem tamanho e motivação, como conseqüência do primeiro.

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