[Introdução]

 

Em um dia de inverno, um inverno frio e rigoroso, uma carta é posta por baixo da porta de uma casa, uma casa já antiga, mas bem cuidada, de cor avermelhada e com uma porta de madeira com pintura já descascada.

Nesta casa mora Neji Cohrer, um homem de personalidade fria, arrogante e talvez até audaciosa, mora com sua esposa e seu filho; Sua esposa se chama Tenten Cohrer, que é filha mais nova de um pobre alfaiate, mas também a mais bela foi prometida a casamento por seu pai, pois ele queria que ela se cassasse com um bom partido, que pelo menos a desse um bom lugar para viver. De tanto procurar o pobre alfaiate achou, era um de seus clientes, que sempre vinha com sua mãe para encomendar vestido à última, e na época de suas meninices, eles ficavam brincando, enquanto a mãe de Neji encomendava vestidos para a mesma. Mas duraram pouco, eles foram crescendo, e a personalidade de Neji foi adquirindo nova forma, porque haviam assassinado seu pai em sua frente. E então sua personalidade mudou d’água para o vinho, de uma criança alegre e sonhadora a um homem frio, que não se importava com nada nem com ninguém.

 

Mas o pior era; que cada vez mais que Neji crescia mais belo ficava, e o coração de Tenten só disparava, ao observar o quão belo ele ficava, mas a beleza de Neji crescia juntamente com essa personalidade hipócrita.  Cada ano que passava o pobre alfaiate percebia, da afeição que Tenten tinha, pelo filho de sua melhor cliente e amiga. E então com sua cliente ele propôs, de casar sua filha mais nova, com o filho dela. E a mãe de Neji foi pensar, mas já sabia, que Tenten era um doce de gente, e ensando nesse lado, ela aceitou o trato, de casar teu filho, com a pobre moça, Tenten.

 

[No passado...]

 

Inglaterra, 1899

 

[Passou a adolescência, passou a criancice, passou a puberdade e já chegou à maioridade]

 

 

Depois de alguns anos, chegando aos dezoito anos de idade de Tenten, que era um pouco tempo mais nova que Neji, o casamento foi marcado, ela estava nervosa, pois faltariam apenas alguns meses para a realização do casamento, e com isso, ela já se preparava psicologicamente para não aparentar infantilidade perto de seu noivo.

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[Alguns meses depois]

 

 

Faltava uma semana para o casamento, ela dividiu esses sete dias para saber mais sobre seu futuro marido, saber ser uma boa esposa, e mãe. E em cada dia ela visitava uma amiga dela, para fazer essas perguntas.

 

Faltando sete dias: Tenten foi para a floricultura de sua amiga Ino Bodleng, entrou pela porta de madeira.

- Bom dia Ino! – disse Tenten feliz.

- Bom dia Tenten! – respondeu Ino também feliz.

- Sabe Ino, eu gostaria de sua ajuda, mas se estiver ocupada tudo bem, eu posso esperar.

- Ah! Eu ajudo sim, só que terá que esperar até o final da tarde, até a loja fechar, tudo bem para você?

- Claro! – respondeu Tenten radiante.

- Você é um doce, eu já disse isso?

Tenten para passar o tempo, começou a ajudar a Ino. O crepúsculo já chegava, e Ino pronunciou:

- Obrigada Tenten, você foi muito eficiente, se um dia você quiser trabalhar aqui, eu iria ficar muito feliz, pois às vezes é tão chato, quando tem pouca movimentação.

 - A... Muito obrigada pelo elogio, Ino, mas eu gostaria de continuar onde eu trabalho na loja de meu pai, é que ser costureira é muito mais que fazer roupas, remendar, costurar e essas coisas, é um trabalho que você faz com o coração, e o melhor de tudo é quando o cliente sai satisfeito, é um sentimento bom para a costureira, mesmo tendo ficado horas ou até dias preparando a roupa para o cliente.

- Estou impressionada, quando é que você amadureceu tanto? Parece que foi ontem que você tinha pegado um sapo na mão e colocou na janela da casa do Sr. James, aquele dia foi muito engraçado. – disse Ino sorrindo.

- Mas depois eu levei uma bronca de meu pai, e ele me puxou pela orelha até a casa do Sr. James para pedir desculpa. Sorte minha que a casa do Sr. James era perto. – disse Tenten rindo.

- Sorte mesmo... Bom, mas do que você precisa de ajuda?

- Eu preciso de ajuda na parte de como ser uma boa esposa, mãe, e essas coisas, mas antes eu gostaria de perguntar se você sabe de algo sobre Neji, do tipo de comida que ele gosta, até as cores favoritas dele.

- Nossa! Estou surpreendida! Você parece mesmo interessada nisso, bom, na parte dos gostos do Neji, eu indicaria para você perguntar para a Hinata, pois ela é a prima dele, certamente saberá. Ah! Mas acho que ela estará na confeitaria onde ela trabalha, passe lá amanhã. Mudando de assunto, na parte de ser boa mãe eu te ajudarei. Bom, primeiramente...

 

[E a conversa com a Ino continuou, até saiu um pouco do assunto, com muitas risadas, mas essa dúvida de Tenten foi tirada, e no outro dia]

 

Faltando seis dias: Tenten andou até a confeitaria onde Hinata trabalhava, se perdeu um pouco no caminho, mas achou o lugar, era de uma pintura de uma cor clara e suave, havia demorado alguns minutos para entrar, só para observar o estabelecimento, abriu a porta para entrar, e quando abriu, ouviu aquele sininho tocar, achou muito bonito, bem típico de sua amiga Hinata. Observou o local a procura de Hinata, e ouviu um “Nanana” vindo de uma porta, que suspeitava ser a cozinha, foi até lá e perguntou:

- Com licença, a Hinata está?

- Claro. - disse a mulher que cantava o “Nanana” e se virou, mostrando-se ser a Hinata.

- Hinata! Eu nem percebi que era você! Que saudade, faz tempo que não te vejo! – exclamou super feliz Tenten.

- Tenten! Que surpresa!  Nem percebi que era sua voz. – disse Hinata constrangida.

- Não precisa ficar envergonhada não, eu também não percebi que era você. – disse Tenten sorrindo – Hinata, o que está fazendo?

- Hm... Estou terminando um bolo que encomendaram, e eu gosto tanto de fazer bolos, e acho que a parte mais divertida é enfeitar, é uma das partes mais relaxantes.

Tenten se aproximou para ver o bolo.

- Realmente está ficando bem bonito o bolo. – Falou Tenten.

- Muito obrigada. Tenten, o que te trás aqui?

- Ah! É verdade, esqueci de dizer. Eu preciso de ajuda sua, como você sabe, eu irei me casar, e gostaria de saber sobre meu noivo, ou seja, seu primo. - disse Tenten rindo.

- Hm, pode perguntar, eu conheço bem ele.

- Muito obrigada! Então vamos para a primeira pergunta, a mais básica de todas, qual é a cor preferida dele?

- Preto.

- Qual é a comida favorita dele?

- Ele tem grande preferência por coisas salgadas, dificilmente gosta de doces, mas gosta de abacaxi. Ele gosta de lasanha, muito mesmo, e gosta de comida com orégano.

- Qual corte de cabelo ele gosta?

- Isso não está pessoal de mais não? É que eu não sei bem, talvez solto, como o dele mesmo. – disse Hinata rindo.

 

[E as perguntas continuaram, depois no final da tarde, Tenten voltou para casa, e ficou pensando]

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[Os dias passaram e foi o dia do casamento]

 

 

Tenten acordou nervosa, e pensou consigo que pelo menos estaria preparada para ser uma boa esposa, pois tirou todas as suas dúvidas com a Ino, Hinata, Sakura, Temari, Anko, e Kurenai.

Duas horas antes do casamento Tenten havia arrumado seu cabelo, com ajuda de suas amigas, e colocou o seu vestido de noiva, e Kurenai pronunciou:

- Adorável! Ficou tão meigo.

- Muito obrigada Kurenai. – respondeu Tenten.

E o dia seguiu, o casamento foi bonito, e o clímax, o momento que Tenten mais esperava a parte do beijo. Mas ela agiu com maturidade, para não aparentar boba, mas mesmo assim sentiu os pêlos de seus braços se arrepiarem, e um vento frio passou, mas Tenten estava tão encantada com a beleza de Neji que sentiu até calor. E então a parte que Tenten desejava aconteceu, foi um beijo normal, e Tenten estava tão contente, que pensou na possibilidade de seu coração sair pela boca! E então a celebração acabou, mas ficará gravado na memória de Tenten para sempre.

 

[No presente...]

 

Inglaterra, 1907

 

 

Neji estava tomando café quando ouviu um barulho perto da porta, se levantou da poltrona onde estava e foi verificar o barulho. Viu que era uma carta, mas seria de quem? E com essa pergunta na cabeça ele abriu envelope, e leu o conteúdo da carta, leu do começo ao fim, suspirou cansado, e chamou:

- Tenten, venha aqui.

Tenten chegou usando um avental bordado de cor branca, Neji entregou a carta para ela para que ela lesse. Ela leu a carta, que na verdade era uma convocação para Neji participar da guerra que estava acontecendo, dos países da Europa contra os da Ásia.

- Mas como assim? Você terá que ir mesmo para essa guerra: Não tem como deixar outra pessoa ir em seu lugar? – Perguntou Tenten alarmada.

- Terei que ir para essa guerra, mesmo contra minhas vontades, e pela minha experiência de lutas, não irá dar para fugir dessa realidade.

 

E assim como ele disse, nem uma semana depois ele já estava com aquele uniforme de cor de musgo esverdeado, indo junto com mais soldados, em direção ao comboio que os esperava.

- Neji... Por favor, volte vivo. – Disse Tenten segurando suas lágrimas.

- Eu irei voltar vivo, não sou fraco. – Respondeu Neji com sua arrogância de sempre.

 

E assim foi, Neji  foi para aquela guerra, e no mesmo dia Tenten ficou nos prantos, mas teve que ser forte, pois tinha um filho, seu querido filho Kotani, a qual puxou na aparência do pai.

Neji chegou naquele campo de batalha já de noite, viu alguns soldados feridos, mas observou que havia um monte lutando, o major falou o que eles fariam, e disse que iria ser melhor ficarem em grupos, e formarem um tipo de uma base, se escondendo em cavernas, como raposas prontas para atacar.

 

Neji seguiu a ordem do major, eu mais uns homens seguimos para uma caverna estava bem escondida, levamos mantimentos, para nos mantermos vivos para alguns dias, e até fiz um pouco de amizade com alguns deles, um chama Suigetsu, outro Pein, e o outro Tobi, nome estranho para um cara estranho. E uma de nossas conversas:

- Ah! Cara! Minha mulher deve já ter-me chifrado nesse momento! – Disse Suigetsu.

- Como assim? – Perguntou Neji para ele.

- Como assim o que? Chifrado, é ela estar nesse momento com outro homem.

- Como você sabe?

- Ela sempre faz isso. Mas ainda ela me ama. –Disse confiante Suigetsu.

- A minha é diferente, é tão brava, que me dá medo. – Falou Pein.

- Sorte as suas de pelo menos terem. – Dessa vez pronunciou Tobi.

- E você Neji. – Perguntou Suigetsu – É casado?

- Sim. – Respondeu simplesmente.

- E... Como ela é?

- Normal.

- Ela é brava, calma, o que?

- Não sei talvez calma.

- Oh! Que azar o dela em ter você como marido! – Falou Pein dessa vez.

- Por quê? – Perguntou Neji confuso.

- Você nem se importa com ela, se fosse a minha já teria me chifrado. – Disse Suigetsu.

- ...

- Se você não a quiser, pode dar ela para mim, estou solteiro mesmo! – Exclamou Tobi maliciosamente.

- Calem a boca! Deixem-me dormir! – Berrou Neji já se estressando.

- Está bem, cara, mas você está ai perdendo o que tem, depois não adianta chorar pelo leite derramado. – Falou Suigetsu.

E então foram dormir, mas Neji só fingia que dormia, na verdade, apenas pensava, pensava pela primeira vez em Tenten, nunca jamais pensou nela como sua esposa, pensava que ela era como qualquer outra, mas depois dessa conversa com os outros soldados, refletiu que a Tenten fosse boa, pois não traia como o do Suigetsu, não se enfurecia como a do Pein, e pelo menos a tinha, como o Tobi que não tem ninguém. Talvez ele fosse bobo de mais para perceber, talvez devesse pedir desculpas, talvez ainda tivesse chances de viver uma vida como uma família de verdade, talvez pudesse ser pai e esposo de verdade. Mas essas informações vieram muito rápidas para Neji, e então ele decidiu esperar até que essa guerra acabasse.

 

E a guerra continuou durou quase um ano, mas nenhuns dos continentes ganharam, eles haviam afirmado um acordo, eles desistiram dessa guerra, pois já havia muitos mortos, Neji sobreviveu, a muito custo, mas sobreviveu, não pôde falar as mesmas coisas de Tobi, pois ele infelizmente faleceu em ação, mas decidiu que iria cumprir a promessa, que Tobi propôs para ele, naquele dia de chuva:

 

- Neji! – Exclamou Tobi.

- O que foi?

- Eu gostaria de perguntar o porquê de você não gostar de sua esposa, o que ela lhe fez?

- Ela não fez nada, mas ela é uma boa pessoa, não me trai como a do Suigetsu, e não se enfurece como a do Pain...

- Entendo... Então me prometa uma coisa?

- O que?

- Que você será um bom esposo para ela, ah! E por acaso você tem filhos?

- Sim, tenho um filho.

- Então me prometa também que será um bom pai.

- Por que terei que prometer?

- Você saberá mais tarde, e até poderá ser feliz, jeito que você é meio insensível. E se você cumprir, eu poderei ir feliz.

- Não estou gostando nada dessa conversa, Tobi, o que pretende?

- Nada, agora me deixe descansar.

- Tobi!

 

E Neji ficou triste pela morte do amigo, mas não entendeu suas últimas palavras, dizendo que ele próprio seria feliz como o Tobi, Neji achava ele muito estranho, Tobi era feliz demais, falava coisas que Neji não entendia, mas era um bom rapaz.

E ai os soldados ficaram de luto por algum tempo, pela morte dos soldados, e foram marchando para suas casas cantando uma música de despedida, para os pobres soldados que foram, e entregaram bandeiras para as famílias, dizendo-lhes que foram muito úteis nas batalhas.

E então Neji viu de longe sua casa, e viu Tenten na porta o esperando, ela mudou o corte de cabelo, agora estava em um só coque, mas estava o esperando como sempre fazia, quando ele voltava do trabalho, sentiu-se amargurado por nunca a tratá-la bem, mas decidiu que dessa vez seria diferente, seria um homem melhor. E chegando em sua casa, ele tirou seu capacete, e chegou na mulher que disse:

- Bem-vindo de volta Nej- Mas não teve tempo de terminar, pois foi interrompida por um beijo de Neji, ela sentiu calor no coração, sentiu-se muito feliz e surpreendida, ela pensou se seria mesmo Neji, pois ele nunca faria isso. E então Neji parou o beijo e disse:

- Me desculpe por fazê-la esperar tanto tempo, sinto muito.

- Hm... – Disse Tenten com lágrimas nos olhos.

- Tenten...

E então ela pulou e abraçou-o como jamais fez, pulou de felicidade, pulou de alivio, pulou com a esperança, pulou sorrindo como jamais sorriu na vida, e pela primeira vez, depois que casou com Neji, o viu sorrir.

Neji se surpreendeu no começo com o ato da esposa, mas ficou feliz, e pensou que talvez Tobi fosse seu anjo da guarda, mas talvez só fosse a imaginação de Neji. O peso exercido sobre Neji, o fez cair com Tenten, e então Neji começou a rir, como uma criança, fazendo Tenten rir, e relembrar seus velhos tempos...