Ohne Dich Kann Ich Nicht escrita por Indy Kaulitz


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

oehhh.. voltei!
vocÊ não vao acreditar, meu namorado levou um tiro em uma briga de bar, poiseh, correu pro lado errado quando dois caras comesaram a brigar e uma bala perdida acabou encontrando as costelas dele. Felizmente ele ta bem. Foi por isso que eu demorei, tava totalmente sem cabeça pra escrever.
O cap e meio monotono mais necessario...
espero que gostem...
bjsss



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Abri a porta do meu apartamento e joguei a chave na mesa, Tom veio logo atrás de mim e fechou a porta.

Tom: Obrigada por me deixar ficar aqui.

Andreas: Sem problemas. Você não tem nenhuma bagagem ou alguma coisa assim?

Tom: Não.

Ele se sentou no sofá e fechou os olhos.

Andreas: Você parece cansado.

Tom: Eu estou mais não é isso que me incomoda agora.

Ele se acomodou um pouco melhor do sofá e olhou pra janela mais acho que ele não estava realmente enxergando alguma coisa. Eu não ia perguntar onde ele esteve e por que, não era realmente da minha conta mais o que quer que fosse não era bom, a julgar pelas expressões dele, pela cicatriz que ele tinha no pescoço e pelos reflexos sempre que alguém se aproximava.

Tom: Ele me odeia.

Andreas: Quem, Bill? Ele não odeia você.

Ele olhou pra mim e seus olhos pareciam levemente desfocados, ele estava tentando esconder alguma coisa, algum sentimento.

Andreas: Não foi fácil pra ele Tom, quando você sumiu ele não comeu por vários dias, não saia de casa, raramente saia do próprio quarto, não falava com ninguém. Depois ele começou a questionar o porquê de você ter ido e eu acho que ele não chegou a conclusão certa, ele se sentiu rejeitado eu acho, era difícil entender ele nesses dias, ele não falava coisa com coisa.

Ele suspirou e eu me sentei na poltrona a sua frente.

Tom: Ele realmente acha que eu o deixei ou coisa assim. Ele não faz idéia do quanto...

Ele parou de falar e suspirou outra vez. Era fácil saber como ele se sentia agora, pra mim foi difícil ver meu melhor amigo acabar com a própria vida daquele jeito mais pra ele, ver Bill daquele jeito provavelmente seria imensamente pior, ainda mais se Bill o fizesse se sentir culpado, e era o que ele certamente tinha feito.

Então era isso que ele queria esconder, estava estampado nos olhos dele agora. Era culpa, ele realmente achava que aquilo tudo era culpa dele.

Andreas: Não é sua culpa Tom.

Tom: Eu deveria cuidar dele.

Andreas: Não é sua culpa.

Tom: Ele é meu irmão, eu deveria evitar que ele se machucasse assim.

Andreas: Mais você não pode. Não é sua culpa. Eu tenho certeza que você teve um motivo ou tem uma explicação por ter ido embora, como você poderia saber que as coisas tinham chegado a esse ponto?!.

Tom: Eu só queria poder apagar os últimos 6 anos, voltar no tempo até aquele noite.

Andreas: Eu também e aposto que o Bill também mais não da, o que você pode fazer é ajeitar as coisas partir de agora. Você pretendente ficar aqui agora certo?

Tom: Certo.

Andreas: Isso é suficiente por enquanto, você vai ver, tudo vai se ajeitar agora que você está aqui.

Tom: Eu espero que sim. Por falar nele, quanto tempo ainda pode manter ele no hospital?

Andreas: Na verdade ele nem deveria mais estar lá, eu acabei subornando o médico enquanto você falava com ele, mesmo assim ele vai ter que sair amanha depois do almoço.

Tom: Certo. Obrigado por cuidar dele Andreas, depois de dormir um pouco eu vou conseguir pensar em alguma coisa pra fazer.

Andreas: Tudo bem. Tem toalhas limpas no banheiro e você pode usar uma roupa minha hoje.

Tom: Obrigado.

Andreas: Boa noite. Ah, se você ouvir alguém no meio da noite não se assuste, minha namorada deve chegar de viagem durante a madrugada.

Tom: Tudo bem. Boa noite.

-x-

Eu não ouvi nada. Na verdade acho que se uma bomba explodisse no meio da sala eu não teria acordado, estava tão cansado quando me deitei que dormi imediatamente, não tinha animo nem mesmo para me sentir desconfortável nas roupas de outra pessoa. Apesar disso eu acordei relativamente cedo na manha seguinte. Era por volta das oito horas quando eu me sentei no sofá-cama e ouvi vozes vindas da cozinha, minutos depois uma garota apareceu na sala, era bonita mais tinha um estilo um tanto extravagante.

Mary: Oi. Espero não ter acordado você quando eu cheguei.

Tom: Não acordou.

Mary: Que bom. Eu sou Mary, a namorada do Andreas.

Tom: Eu sou Tom.

Mary: Eu sei, ele me contou que você é o irmão do Bill não é?.

Tom: Você conhece ele?

Mary: Não muito bem, eu estive com ele algumas vezes, ele é uma ótima pessoa, especialmente quando está sóbrio.

Andreas: Mary por favor.

Andreas se sentou no sofá e me entregou uma xícara de café.

Mary: Me desculpe eu não queria ser indiscreta.

Tom: Ta tudo bem.

Mary: Eu vou terminar de me vestir.

Ela entrou na quarto e eu me perguntei o que mais ela poderia por, o vestido, a meia causa, as luvas de renda, o laço na cabelo rosa, a maquiagem forte, parecia não ter espaço pra mais nada.

Andreas: Me desculpe por isso, ela realmente simpatiza com o Bill.

Tom: Ela não disse nada de mais.

Andreas: E me desculpe pelo sofá, eu não tenho quarto de hóspedes, o que eu ganho não da pra morar em um lugar maior.

Tom: Não se preocupe, eu dormi como uma pedra. O sofá foi ótimo.

Andreas: Certo. Olha só, eu liguei pra Ilda, a mulher que limpa esse apartamento e ela está na sua casa gora com mais uma dúzia de mulheres limpando, acho que daqui uma hora vai estar habitável outra vez, ao que me parece seu quarto está exatamente como você deixou, talvez você encontre alguma coisa roupa sua que ainda sirva em você. A Mary deu um jeito nas roupas que você usava ontem e elas estão na secadora então por que você não toma café e depois se apronta e eu posso te levar até lá antes de ir trabalhar, acho que o carro do Bill está lá.

Aquilo era muito desconfortável, Andreas estava sendo ótimo, um grande amigo mais era estranho ter alguém resolvendo sua vida pra você, especialmente quando você não tem como recompensar-lo, e nem previsão de quando poderá.

Era difícil se acostumar com uma reviravolta tão grande, eu esperava chegar em casa, receber um abraço apertado da minha mãe, dizer uns bons desaforos pro Gordon, talvez dar alguns socos nele também, e principalmente abraçar Bill e dizer que tudo o que ele me disse da ultima vez que nos falamos era recíproco e que foi só por isso que eu agüentei tudo. Mais olha só pra mim agora, minha mãe estava morta, meu padrasto desaparecido, meu irmão internado e eu dormindo no sofá de uma cara que eu não via há seis anos. Nada parecido com o que eu tinha em mente, e eu não tenho a menor idéia do que fazer pra melhorar as coisas agora.

Tom: Você por acaso sabe o que aconteceu com o dinheiro da minha família?

Andreas: Na verdade está exatamente como sua mãe deixou. Eu espero que você não se importe mais quando ela morreu eu não achei uma boa idéia deixar tudo nas mãos do Bill, ele acabaria gastando tudo em pó, então eu peguei os cartões dele e da sua mãe, ainda estão comigo e eu juro que não mexi em nada.

Tom: Você não precisa dizer isso, eu não posso me zangar com você depois de tudo o que você fez pelo meu irmão, e por mim agora. Você fez a coisa certa. Eu só estou tentando pensar no que fazer agora.

Andreas: Bom, o que vocês têm da pra manter vocês dois confortavelmente por um tempo, se o Bill não gastar de mais é claro.

Tom: É sobre ele que eu não sei o que fazer. Eu não sei como ajudar ele.

Andreas: Acho que você devia conversar com ele sobre isso, Bill pode ter feito muita besteira mais ele sabe o que ele é, ele sabe que é um viciado, ele simplesmente não queria deixar de ser, talvez ele queira agora que você está aqui.

E lá estava a culpa de novo, não foi o que Andreas quis dizer é claro, mais estava nas entrelinhas que Bill tinha se viciado por que eu fui embora, se ele estava assim por minha culpa era mais do que minha responsabilidade fazer com que ele se recuperasse.

Tom: Você sabe onde minha mãe está enterrada?

Andreas: Sei. Eu cuidei de tudo quando ela morreu, o enterro eu tudo mais, Bill não estava em condições.

Tom: Obrigado Andreas.

Andreas: Você não precisa me agradecer Tom, você e o Bill foram meus melhores amigos a vida toda, eu teria sido o saco de pancadas da escola por todo o segundo grau se você não aparecesse. Eu não fiz nada por pena, é assim que se age com a família certo?.

Aquilo era bizarro, eu me lembro de quando Andreas chegou na escola e ele era estranho, meio auto-exilado, acho que é por isso que ficamos amigos dele, Bill e eu éramos estranhos também.

Tom: Certo.

Andreas: Ótimo, agora que acabamos com esse momento Oprah, vá se aprontar, eu ainda tenho que deixar a Mary no trabalho antes de irmos pra sua casa.

 

 

A casa estava exatamente como eu me lembrava agora, Andreas estava certo, minhas roupas ainda estavam lá e muitas delas ainda serviam já que minhas roupas no geral eram bem maiores que eu. O quarto do Bill estava lá também, mais estava diferente, aparentemente ele tinha arrancado o papel de parede com as unhas e as fotos não estavam mais lá também. Era um lugar triste. O quarto da minha mãe também estava diferente, na verdade estava vazio, sem fotos, sem roupas, nada que indicasse que pertencia a alguém. Aquilo fez com que, pela primeira vez desde que eu cheguei, eu me lembrasse de sentir falta dela, de me lamentar por ela não estar mais aqui e não apenas por eu não estar presente quando ela morreu.

O carro na garagem precisava de alguns cuidados mais andava, era preto, como todos os pertences de Bill, era um carro bonito, se parecia com ele.

Depois que o Andreas foi embora eu me deitei na cama dele tentado pensar no melhor para se fazer agora. Falar com ele, se nós conseguíssemos não gritar seria ótimo mais eu não sabia o que esperar dele agora. No momento tudo o que eu podia fazer era tira-lo do hospital, levá-lo pra casa e esperar que ele realmente quisesse se curar.  

-x-

Nossa eu preciso muito fumar alguma coisa agora, ou fazer qualquer coisa que me fizesse parar de pensar por um tempo, o pior de tudo era que eu não sabia o que pensar. As palavras dele ainda estavam ecoando na minha cabeça. Então tudo o que eu pensava estava errado, ele não tinha fugido e me deixado. Nossa isso soou muito piegas. Mais o caso é que ele não queria estar longe tanto quanto eu não queria que ele estivesse, ainda assim não fazia muito sentido, se minha mãe descobriu o que o Gordon tinha feito por que não me contou. “Talvez por que ela raramente te via consciente e você não se lembraria de qualquer coisa que ela falasse.” Puxa, eu estou ouvindo vozes sem usar nada agora, isso é preocupante. Talvez seja minha consciência falando, eu nunca pensei que realmente tivesse uma. Se eu pelo menos saísse desse lugar talvez conseguisse pensar no que fazer, ficar deitado nessa cama sendo dopado a cada oito horas não estava ajudando em nada. Deus, eu preciso muito fumar alguma coisa, qualquer coisa.  Como seria minha vida agora? Voltaríamos pra casa como se nada tivesse acontecido? Não parece possível que tudo volte a ser como antes, que nós voltemos a ser grandes irmãos, melhores amigos e tudo mais. Além disso tem o fato que eu fiz uma declaração muito romântica pra ele na noite que ele sumiu e ele não respondeu nada. Onde eu estava com a cabeça, dizendo aquelas coisas pra ele? Essa era a pergunta que pairava na minha cabeça a 6 anos. Âh, alguém batendo na porta, provavelmente a próxima dose cavalar de calmantes estava a caminho.

Bill: Entra.

Não era a enfermeira. Era ele. E mais uma vez não dava pra não notar como ele tinha ficado ainda mais bonito com os anos. Ele parecia tão perdido quanto eu mais mesmo assim estava bem, melhor do que ontem.

Tom: Oi.

Bill: Oi.

Tom: Eu vim levar você pra casa.

Bill: Está falando serio?

Ele sorriu. E foi como se o mundo todo ficasse em silencio.

Tom: Estou. Nós podemos ir agora se você estiver vestido, eu já assinei todos os papeis.

Bill: Isso é a melhor coisa que poderia me acontecer hoje.

Eu me levantei e arranquei as agulhas do meu braço, causei minhas botas e olhei pra ele. Ele parecia realmente perdido agora. Foi agora que eu senti toda a saudade, toda a falta que ele me fez desabar sobre mim e eu tive que lutar contra as lagrimas por que isso seria muito ridículo. Mesmo assim eu não consegui impedir meus pés de caminhar até ele e nem meus braços de abraçá-lo. Ele levou alguns segundos pra me abraçar de volta mais quando o fez, nossa, eu nunca me senti tão bem na vida.

 

Mary:


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Notas finais do capítulo

E ai?
agradando?