Parte 3 --- Anjo e Fada

Jasper estacionou seu carro na frente da casa de Alice.

O sorriso largo ainda estava brilhante, e régulo, em seu rosto.

Saiu apressado para abrir a porta do carro para Alice, cavalheirismo acima de tudo! Até mesmo da sua afobação para tomá-la novamente nos braços.

Para ele, foi difícil dirigir com os constantes olhares cobiçosos de Alice sobre ele. Eram explícitos e quentes.

Não demorou muito para que os ânimos exaltados os levassem a uma pegação desenfreada que teve início ainda no elevador, quando Alice, inocentemente, pôs as mãos de Jasper em seus quadris.

Quando finalmente a porta do apartamento foi aberta, eles já estavam ofegantes em uma viagem de amor e luxúria.

Jasper colocou-a sobre a cama e logo depois começou a despi-la. A mulher soltava gemidos, quase miados, enlouquecedores aos ouvidos dele.

- Desculpe se estou indo... Rápido demais. – Murmurou entre um beijo e outro.

- Não, não – apressou-se ela, - foram só anos esperando... Você deve estar muito ansioso e... – ela já havia se perdido em sua própria lógica para concluir o pensamento.

Ajudou Jasper a tirar sua camisa e então a calça.

“Ma-ra-vi-lho-so!”, pensou ao passar as mãos pelo tanquinho definido de seu melhor amigo.

Jasper dispensou a ajuda dela para se livrar da calça e de sua roupa de baixo.

Jogou-se de encontro a Alice, deitada na cama, completamente nua, para mais uma sessão de carícias.

Alice não precisava de preliminares, estava completamente pronta para ele e muito ansiosa para tê-lo dentro de si.

Afinal, quantas garotas tinham a honra de transar com o melhor amigo?

Certamente, poucas.

- Hum... Você tem... Camisinhas? – perguntou ele, ligeiramente corado, mas ela não sabia se era pela atividade sexual, ou pelo caráter íntimo da pergunta.

- Na gaveta ao lado – respondeu ela, os olhos fitando, não diretamente, o peitoral largo.

Ele realizou o ritual de colocação da camisinha de forma discreta, sem revelar muito para ela.

A janelas do quarto estavam fechadas o que só contribuía mais para o calor que se alastrara no cômodo; o que também poderia ser pela proximidade íntima do casal...

Jasper usou as mãos para ajeitar Alice em baixo dele de forma que ele pudesse penetrá-la de forma plena.

Beijou-a no instante da penetração para que fosse mais prazeroso, para os dois. Escutou o gemido dela em sua boca.

Alice estava experimentando uma parte de Jasper que não conhecia: Jasper, o amante excepcional!

Durante um curto segundo dentre aquele vai-e-vem gostoso, ela parou para se perguntar o que aconteceria depois daquela noite.

Mas foi curto mesmo, pois logo Jasper estava investindo contra ela, fazendo com que esquecesse do mundo novamente.

Só havia ela e ele no vasto mundo. E ela já não mais se sentia mais uma, sentia sua alma se fundindo a dele, como seus corpos faziam.

Logo os movimentos profundos, lentos e travessos, já que eles não param de se encarar ternamente durante um segundo, os levaram a um clímax descomunal.

E Alice gritou de prazer, como nunca havia gritado antes! Nem com James, durante os dois anos de casamento.

Cansado e suado, ele se jogou ao lado dela na cama, mas levou-a juntos, onde permaneceram abraçados.

A cabeça dela repousava confortavelmente no peitoral dele, enquanto ele fazia-lhe carinho.

- Amo você. – Acrescentou Jasper, depois de um longo tempo tranquilo e silencioso.

- Eu também amo você – murmurou ela.

Passou-se mais um tempo.

Jasper, após o sexo, estava refletindo sobre declarar ou não sua fixação por ela, mostrando a caixinha.

Mas e se ela não aceitasse?

Esse era o seu maior medo, sempre fora. Mas, se ela aceitara fazer amor, não já era um belo sinal que ele não iria ser rejeitado?

Mas ainda havia um coisa, o passo seguinte era muito maior do que o que acabara de acontecer entre eles...

Com um último pensamento de “Que se dane o medo!”, chamou Alice.

- Está dormindo? – sussurrou.

- Não – sussurrou de volta e riu.

- Posso te dizer uma coisa?

- Claro. – Ela não sabia por que ele estava sussurrando, mas por via das dúvidas, preferiu continuar.

Jasper deixou de abraçá-la, escorregando fora da cama e pegando a sua camisa jogada o chão.

Alice estava com o cenho franzido, se soubesse que ele tinha que sair da cama, teria dito não.

Com uma ligeira relutância, levou a caixinha pequena de veludo vermelho para ela.

Assim que a viu, Alice ficou ereta na cama,e respirou fundo.

“Deus...”, pensou.

- Talvez eu tenha me precipitado, mas eu achei que se tudo desse certo no final e você não me chutasse pra fora da sua vida, esse seria um bom jeito de iniciarmos uma nova fase em nossas vidas...

Ele abriu a caixinha e colocou-a na mão de Alice, para que ela pudesse examiná-las; sentou-se atrás dela na cama, observando a reação da amada.

Dentro, haviam duas alianças douradas, extremamente simples, mas de uma delicadeza impressionante. O que estava escrito na parte interna delas não deixou de lhe provocar um sorriso.

Lia-se gravado nas alianças:

“Anjo e Fada”.

FIM

História Real: Original